Uma Linda Mulher - 2ª TEMP. | CAP.4

|


Uma Linda Mulher - 2ª Temporada





Capítulo: 4 

Sete Meses Atrás

Arthur acordou em sua cama quando já era noite, Gabriel dormia tranquilamente ao seu lado. Como havia chegado ali não tinha a menor idéia, sua cabeça doía, e seus lábios estavam secos, o garoto havia tomado banho, sentou se na cama, reparando que também havia tomado banho, seu estomago se revirou, levou as mão a cabeça fechando os olhos, e a realidade o pegou de forma certeira e dura…Ela havia partido. Apertou os olhos com força impedindo das lágrimas caírem, mais era tarde, seu rosto se lavou de forma rude e grosseira, olhou o filho atrás de si, as marcas das lágrimas ainda estavam no mesmo, sentiu vontade de matar a si mesmo, havia assustado o menino, na realidade ele havia assustado a si mesmo. O vento soprava com força pela janela, a cortina balançava e o quarto estava apenas iluminado com a luz da lua. Arthur voltou a se sentar na cama, com o coração batendo, cada vez e mais e mais lento, era impressão sua, ou algo dentro de si estava morrendo, o vento bateu novamente e com ele o cheiro dos lençóis chegaram ao seu olfato. Arthur arregalou os olhos se levantando com rapidez, pegou seu telefone celular, discando uma vez seguida da outra, na espera que não desse novamente que o número já não existia, suas pernas lhe faltaram e sem perceber estava no chão, ali no meio do quarto sentado, e a única pergunta que podia se fazer naquele instante era, porque?
-
Sophia olhou nos olhos claros de Micael, na espera que ela continuasse a falar, o que de tão importante havia para ser dito. Ofereceu uma bebida e ela recusou, ofereceu para que se sentasse e ela também recusou. Se preocupou e ele mesmo acabou se sentando, a olhando na mesma intensidade. Oh Céus, sorriu sentindo seu coração bater com rapidez, adoraria se perder naqueles olhos e naquele corpo pelo resto de sua vida…
Sophia - Você nunca pergunta sobre o passado… – Micael franziu a testa. 
Micael – O nome mesmo diz, passado é passado… – Sophia fechou os olhos, se virou de costas dando alguns passos sobre o salto alto. 
Sophia – Eu não tenho sido verdadeira com você Micael, e esse peso na minha consciência está a um fio de me por maluca. – Micael se levantou, seu sorriso desapareceu. – Antes de tudo, saiba que tudo o que eu vivi com você valeu a pena…
Micael – Do que você está falando? – se aproximou, estava tremendo ou era impressão sua. – Eu sei que há outro homem, mais quando você estava comigo? – Sophia se virou com os olhos arregalados e coberto por lágrimas, negou com a cabeça. 
Sophia – Não, eu não trai você… – negou veemente com a cabeça. – Micael escute, mais se for escutar, escute com o coração, não que eu esteja com medo mais… – se calou se virando novamente. 
Micael – Está me deixando nervoso Sophia… - a pegou pelo braço com força a virando para si. 
Sophia – Sabe que eu nunca tive família, sabe que eu nunca tive ninguém e nem nada antes de conhecer você? Meus pais morreram, eu ainda era nova e… – fechou os olhos, naquele momento sentiu a vergonha arder em cada veia. – Meus estudos estavam pagos até o colegial, mais quando acabou, eu fui morar com uma tia minha, até os 22 anos, mais então ela se casou novamente e não havia mais espaço naquela casa para mim. Então eu vim para capital, eu não tinha dinheiro eu não tinha… – suspirou soltando um gemido de dor, Micael franziu a testa a olhando nos fundo dos olhos.
Micael – Porque ta dizendo isso? Porque ta falando sobre isso agora? – a segurou com ainda mais força pelo braço. 
Sophia – Eu tinha fome, e não tinha medo de fazer qualquer coisa para sobreviver…
Micael – Sophia. – gritou na espera que ela logo falasse, e ela falou, com as lágrimas caindo pelo rosto, e o olhando nos olhos. 
Sophia – Dois anos antes de conhecer você, eu era uma… - fechou os olhos – Eu era… – os abriu segurando o choro – Eu era uma prostituta Micael… - Em rápidos segundos Sophia viu os olhos de Micael perderem o brilho de forma brusca e grosseira, os olhos arregalados a miravam com incredulidade em quando a mão que lhe prendia o sangue no braço caia de forma lenta. Sophia fechou os olhos, se abraçando, e se afastando, ele iria gritar, iria lhe ofender, iria…
Micael – O que está dizendo? – Não se moveu, suas pernas não lhe obedeciam. – Espere, você está me dizendo, depois de tantos anos que você é…
Sophia – NÃO, EU ERA…
Micael – Que você é uma prostituta?
Sophia – NÃO MICAEL, QUE EU ERA, EU ERA, DOIS ANOS ANTES DE EU CONHECER VOCÊ. Eu tinha direito de uma vida descente, eu estudei, larguei aquela vida, eu trabalhei, me esforcei me formei, arranjei um emprego digno, eu tinha direito de ter um marido, uma família, filhos. – se derrubou em lágrimas, sobre a mirada fria de Micael. – Eu tinha o direito de recomeçar Micael…
Micael – VOCÊ MENTIU…
Sophia – NÃO, EU NÃO MENTI. VOCÊ ESTAVA PREOCUPADO DEMAIS EM CORRER ATRÁS DA LUA PARA REPARAR QUE SUA MULHER TINHA UM SEGREDO. NUNCA PERGUNTOU SOBRE A MINHA VIDA SOBRE O MEU PASSADO.
Micael – Santo Deus… – levou as mãos à cabeça, Sophia se calou, percebendo como ele sentava na ponta do sofá levando as mãos cabeça. – Oh Meu Deus Sophia, eu me casei com você, lhe dei o meu nome e… – se calou de repente, mirando o desespero naqueles olhos azuis agora tão opacos.

Até o pior dos homens podem mudar!

Sophia – Eu fui tudo o que você gostaria que eu fosse, eu fui a mulher que você sempre precisou em ter ao seu lado… –sua voz era raivosa e coberta por magoas. – EU DEI A VOCÊ TUDO O QUE EU TINHA, O POUCO QUE EU TINHA, E ISSO NÃO TEM NADA A VER COM O FATO DE EU TER OU NÃO SIDO UMA PROSTITUTA. EU MUDEI POR VOCÊ, EU MUDEI POR MIM. DROGA MICAEL, DROGA, VOCÊ É UM FILHO DA MÃE, E VAI MORRER SOZINHO PELO SEU EGOÍSMO! – Micael não respondeu apenas permaneceu com os olhos cravados no dela. – AGORA DIGA QUE ME AMA É QUE ESTÁ OBCECADO POR MIM… – Sophia pegou sua bolsa e começou a caminhar para fora da habitação, bateu a porta caminhando sem rumo e sem direção para a onde Deus a levasse. Micael franziu a testa, sentindo agora impacto das palavras de Sophia, seu corpo adquiriu vida, suas pernas começaram a caminhar, a correr, até aporta, e assim pela rua a fora. Correu até a esquina, onde Sophia virava, a gritou e na mesma hora a loira parou, sem se virar, permaneceu lá parada até que afoito e ofegante ele a alcançou. 
Micael – ME DÊ DOIS SEGUNDOS, OK? – o vento era forte, e os cabelos de ambos voavam. – MÊ DÊ DOIS MALDITOS SEGUNDOS…– Sophia enxugou as lágrimas com fúria, Micael cerrou o maxilar a olhando nos olhos. – EU AMO VOCÊ, E ESTOU OBCECADO POR VOCÊ. – O vento soprava com força, em um puxão rápido e forte ele a trouxe para si, colou suas bocas, e em fração de segundos, a chuva se pôs a cair…
-
Lua dirigiu por mais de 3 horas até chegar em um hotel de beira de estrada, estava perdida, e não havia uma coisa que ela tivesse consciência que estava fazendo, quando seu deu por si, já amanhecia. Abriu os olhos e a primeira coisa que fez foi correr para o vaso sanitário e colocar para fora o pouco de nutriente que seu corpo possuía, suada e grudando, os cabelos estavam espalhados pelo rosto, suas pernas estavam fracas, e sua primeira opção foi sentar se na frente da privada, controlando a náusea e os soluço do choro descontrolado que formava um nó em sua garganta, queria seu filho, queria Arthur, segurando suas mãos lhe beijando a testa esperando que aquela sensação horrível passasse, como ele havia feito pela primeira vez, queria Arthur ao seu lado. Chorou, chorou como talvez nenhuma mulher que amasse a seus filhos e marido chorou algum dia, o peso da solidão, o peso no coração. Lua estava grávida e sabia disso, precisava desesperadamente de seu marido, lhe olhando nos olhos do jeito que só ele fazia, dizendo para que confiasse nele e que tudo ficaria bem, levou as mãos na testa, tossindo e botando para fora mais uma vez a pouca energia que possuía em seu corpo. Conseguiu se levantar e abrir o chuveiro entrou debaixo do mesmo sentando se no chão, e deixou a água fria penetrar seus poros, e talvez acalmar o vulcão que explodia lhe queimando cada sentimento em seu interior…





Boa Tarde amores :)
Respondendo a pergunta: Não Gabi, ele sabe que o filho é dele, foi o presente de aniversário que ele pediu, se lembra?
Quem tiver dúvidas é só perguntar.
Vou postar mais um capítulo.
QUERO COMENTÁRIOS!!!

2 comentários: