Peça-me o que quiser ou deixe-me - 3º temp. - 21º,22º,23º e 24º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 21:
Quando termino, Arthur aplaude orgulhoso e todos o parabenizam pelo talento que tem sua mulherzinha.
Quando estamos mais tranquilos, fixo meu olhar em Graciela e vejo como ela observa Dexter se movimentar pelo salão. Dá pena. Sei que sofre por seu chefe, mas não pode fazer nada para alcançá-lo.
Enquanto Arthur conversa com os pais de Dexter, decido dar uma volta pela festa e acabo ficando ao lado de Graciela, que me olha e sorri, ainda em seu olhar vejo algo que não tinha visto pela manhã: ressentimento. Sim, quando ela olha para Dexter o faz com autêntica admiração.
Ah, que bonito! Isso me faz sorrir e pergunto me concentrando nela:
- Quanto tempo trabalha para Dexter?
A jovem me olha diretamente e responde:
- Uns quatro anos.
Concordo. Quatro anos são muitos anos para desesperar e curiosa, pergunto:
- E como é Dexter como chefe?
Ela timidamente retira o cabelo do rosto e com resignação diz:
- É um bom chefe. Ocupo-me que esteja bem em sua casa e que não te falte nada.
Sorrio consciente que ainda que fosse um tirano nunca me confessaria. Uma dor na minha barriga me faz xingar. Foda-se! Tenho certeza que ficarei menstruada. Quando estou perdida em meus pensamentos, a jovem fala em voz baixa:
- Em algumas ocasiões é desconcertante, mas agora mesmo com a visita de vocês e essa festa, está muito feliz. Ele gosta muito de vocês.
Seu sorriso, sua atitude, seu olhar me fazem saber que é uma boa garota e tentando estreitar os laços que me fazem unir a ela, acrescento:
- Sabia que o Arthur era meu chefe também? Ele se comportava como o Dexter.
Isso a surpreende e prestando atenção em mim pergunta:
- O Sr. Aguiar era seu chefe?
- Sim, mas eu trabalhava em seu escritório não em sua casa.
Sua atitude muda e imediatamente me vê de igual para igual.
- Então me alegra duplamente, que seu amor pode ser real. Que lindo!
- Obrigada Graciela!
Arthur e Dexter nos olham do grupo onde estão. Sei que cochicham e sorriem enquanto Graciela fica corada. Gostaria de perguntar a jovem muita coisa, mas me contenho. Não quero ser uma intrometida como minha irmã, nem eu mesma me perdoaria. Por isso para cortar minha veia de detetive digo algo para fugir:
- Preciso ir ao banheiro, me diz onde fica?
Graciela concorda.
Caminhamos por um corredor muito amplo, quando para, abre uma porta e diz:
- Te espero aqui para voltarmos juntas, tudo bem?
Concordo e entro no banheiro.
Mãe de Deus! Eu fiquei menstruada!
Consciente de que isso sempre é inconveniente abro a porta e digo:
- Graciela pode me arrumar um absorvente?
- Agora mesmo! Já vou trazer.
A jovem desaparece. Eu fico no banheiro pensando nos familiares e na famosa menstruação quando Graciela volta e me entrega o que pedi, sorrio. Neste momento não sinto dor, mas sei que em algumas horas estarei retorcendo de dor.
Quando termino abro a porta e saio. A jovem me olha. Conheço esse olhar. Sei que deseja algo e lhe pergunto diretamente:
- Quer saber alguma coisa?
Ela concorda e disposta a sanar suas dúvidas a incentivo:
- Vamos.... pergunte.
Olhando para todos os lados, Graciela abaixa a voz e vermelha como um tomate, diz:
- Dexter viaja muito para a Alemanha, ele tem alguém especial ali?
Ah pobre menina! Agora entendo toda sua angustia e desejando abraçá-la, contesto:

- Se você refere a uma mulher, não. Não tem nenhuma especial.

Capítulo 22:


Seu gesto muda. Minha resposta a faz sorrir e agarrando-a pelos braços decido deixar de meias palavras e a empurro para o banheiro, depois que tranco a porta digo a ela:
- Só estou aqui há algumas horas e já percebi que você gosta muito do Dexter.
- Deu para perceber?
Intuição feminina Graciela. Raramente falha. Já sabe que nós mulheres temos um pouquinho de bruxa.
Nós sorrimos conscientes de nosso sexto sentido.
- E quanto a sua pergunta, te digo que na Alemanha não tem nada especial. Te digo isso por que sei que é assim de fato.
Ficando vermelha até não poder mais, concorda. Sei que tem um grande peso em suas costas, mas sem poder evitar, pergunto:
- Ele sabe?
Envergonhada encolhe os ombros e responde:
- Não sei. Às vezes penso que sim pelo jeito que me trata, mas outras vezes creio que nem sabe que existo. Gostei dele desde o primeiro momento que o vi prostrado na cama. O notei porque me recordou o um cantor mexicano chamado Alejandro Fernández. Você conhece?
- Uiii, sim...um pedaço de homem!
Nós concordamos e divertidas por nosso gesto, prosseguiu:
- Eu trabalhava nos hospital quando sua família me ofereceu esse trabalho, não hesitei Era uma maneira de permanecer perto dele. Foi amor a primeira vista.-Eu sorri.- Mas acredito que ele nunca me notou. Me trata bem, é justo e correto com tudo que preciso, mas nada mais.
- Você nunca insinuou para ele?
- Não.
- Nem sequer um pouquinho?
- Nada.
- Mas nada de nada?
- Nada de nada. Mas não é porque não tenha tentando.
Solto uma gargalhada. Não posso imaginar Dexter negando uma proposta sexual.
- Não sou de pedra Lua. Tenho minhas necessidades. Mas está claro, como mulher, eu não o atraio. Eu não existo.
Seu doce tom de voz chega no meu coração e pergunto:
- Você não é mexicana, certo?
Ela sorri e murmura:
- Nasci no Chile especificamente de um maravilhoso lugar chamado Concepción. Embora tenho muitos anos de trabalho no México. Meu pai era daqui. Sou uma mistura chilena e mexicana.
Engraçado, olho para essa jovem que me fez confidências depois de saber que Arthur era meu chefe. É uma menina agradável de ver, mas totalmente assexuada. O vestido que usa e o coque muito apertado não favorece em nada.
- Olha Graciela eu não sei se você sabe que Dexter não pode...
Ela arregala os olhos.
- Eu sei. Lembra que o conheci no hospital. Eu sei tudo sobre ele.
- Sabe que não pode...isso...e ainda assim quer algo com ele?
Mais corada que segundos antes, concorda:
- Na vida nem tudo é sexo convencional.
Vai...vai...vai... olha a assexuada!
De boca aberta ao ver que é menos inocente do que pensava pergunto:
- Ah não?
Ela nega com a cabeça e se aproximando mais sussurra:
- Em algumas ocasiões tenho visto seus amigos em seu escritório e no quarto que há dentro do escritório. – Eu olho pra ela e acrescentando diz: - O quarto onde estavam vocês três, eu sei o que passa ali.
- Você sabe?

Graciela concorda.


Capítulo 23:


Agora que deve estar vermelha como um tomate dever ser eu e entendo o seu olhar de censura.
Mas sem importar com o que eu penso, olha para o teto e diz:
- Oh Deus! Dexter é tão quente... tão fogoso!!! – E ao ver que solto uma gargalhada de “não estou acreditando nisso”, a coitada diz rapidamente: - Por favor... Por favor... o que estou dizendo? Por que estou contando isso? Perdão... Perdão.
Ao ver que aterrorizada tampa o rosto com as mãos, me dá pena aproximo dela e digo:
- Fique tranquila Graciela. Não aconteceu nada. – Disposta a saber o quanto sabe, pergunto: - O que você acha dos jogos do Dexter com seus amigos?
- Mórbidos e excitantes.
Toma vaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.... com a doce puritana. Quem poderia dizer?
- E você já jogou alguma vez o que ele joga?
Nervosa, suspiro, mas disposta a dar-lhe toda a confiança do mundo reconheço:
- Sim, eu tenho jogado, mas fora destas paredes negarei que disse. E você?
Surpreendida pelo que acabo de dizer, titubeia e finalmente responde:
- Depois de ver o que ele fazia, pesquisei e conheci algumas pessoas com quem jogo e fantasio que é ele. Mas com Dexter nunca me atrevi.
- Mas você faria?
Concorda sem um pingo de dúvida e eu sorrio. Está claro que o mórbido e o sexo agradam a todos nós. Como diz Arthur, existem os que desfrutam e existem os que passam metade da vida pensando o que gostariam de desfrutar.
No final ao ver o rosto de interrogação de Graciela, finalmente digo:
- Fique tranquila Graciela, você me confiou um segredo e eu não serei a pessoa a revelá-lo. Espero que guarde o meu também.
- Não duvide Lua.
- Agora é o seguinte, se você gosta do Dexter – insisto- acredito que deve fazer alguma coisa para chamar sua atenção.
- Eu fiz de tudo, mas ele não me vê.
Sem querer ofendê-la, acrescento:
- Talvez se você se vestisse de outra maneira, isso mudaria, não acredita?
Tocando o coque apertado diz:
- Se eu tiver que me vestir do jeito de suas amigas idiotas pare que ele olhe para mim, não farei.
- Não me refiro a isso Graciela. – a corto e pergunto: - É verdade que vai acompanhar Dexter a esta viagem à Espanha e depois a Alemanha?
Emocionada, concorda. Disposta a ajudá-la, digo:
- Incrível! Pois amanhã eu e você teremos um dia de garotas. Nós iremos às compras enquanto eles tratam de negócios, o que você acha?
- Faria isso por mim?
- Claro que sim! Nós mulheres temos que nos ajudarmos ainda que às vezes pareça o contrário - respondo convencida que estou me metendo onde não fui chamada.
Neste momento umas batidas soam na porta. Ao abrir vejo que é Arthur que com cara de preocupação, pergunta:

- Por que demorou tanto? Aconteceu alguma coisa?
Quando saímos do banheiro, olho meu menino e dando um beijo carinhoso em sua boca, respondo:
- Docinho, fiquei menstruada. O coitado enruga a testa. Sabe que vivo na borda quando estou assim. – Com isso, amanhã irei às compras com a Graciela, algum problema?
Surpreendido por essa repentina amizade, me olha. Sabe que estou armando alguma coisa. Vejo em seus olhos e responde:
- Por minha parte nenhum e acredito que da parte do Dexter também não haverá.

Ao ouvi-lo sorrio. Como é inteligente o fodido! Inteligência alemã. Não escapa uma.


Capítulo 24:


Na manhã seguinte, depois de uma noite de sofrimento desumano por causa da maldita menstruação, quando abro os olhos percebo que a dor desapareceu. Bom! Sei que é só uma trégua e que a dor voltará, mas já estou acostumada.
Levanto-me e, após tomar o café-da-manhã com Dexter e Arthur eu deixo-os a par dos meus planos com Graciela, Dexter insiste que alguém nos acompanhe. Recusa-se a nos deixar ir sozinhas a qualquer lugar da cidade. Fez uma ligação e, uma hora depois, um motorista muito agradável nos levou até as lojas mais exclusivas.
De loja em loja, aproveito para comprar tudo o que me dá vontade, para toda a minha família e para Arthur. Adoro comprar coisas para o meu garoto. Ainda que o conheça e saiba que nunca usará a camiseta vermelha que diz “Viva a Morena”, mesmo assim compro só para vê-lo sorrir.
Horas despois, quando eu compro tudo e Graciela nada, chegamos a uma enorme loja, tomo coragem e digo:
- Vamos Graciela, o que vamos comprar para você?
Ela me olha com cara de pouco caso e responde:
- Não sei. Algo bonito para usar durante a viagem e quanto ao preço não há problema. Tenho poupado por tanto tempo e acredito que hoje é um bom dia para gastar em roupa.
Sorrio. A sua delicadeza me encanta e, olhando ao redor, proponho:
- O que você acha se começarmos procurando um bom jeans que fique de arrasar?
- Não uso jeans desde a minha adolescência.
- Sério? – E ao ver que assentia, digo - Garota, eu não poderia viver sem um bom jeans. É o que mais uso e te garanto que ficam bem com tudo.
Graciela sorri e ao ver a sua animação, acrescento:
Poderíamos comprar várias coisas para combinar que sejam modernas e descoladas, jeans, um ou outro vestido e algo mais elegante caso tenhamos de ir a alguma festa como a da noite passada.
Seus olhos se iluminam e ela sussurra:
- Genial!
Disposta a ajudá-la a conquistar Dexter, sorrio e procuro à minha volta. Ao fundo toca a Money, da Jessie J, e eu canto.
It´s not about the money, money, money.
We don´t need your money, money, money.
(Não é sobre o dinheiro, dinheiro, dinheiro.
Não precisamos do teu dinheiro, dinheiro, dinheiro)
Escolho uns jeans de cintura baixa, uma camiseta roxa e botas de cano alto pretas.
Uauuuuuu, conhecendo Dexter, ele irá adorar essas botas.
E mais… vou comprar umas que eu vi, vermelha e que farão o meu garoto ficar maluco.
- Experimenta isto. Com certeza ficarão fantásticos.
Graciela olha o que lhe entrego como quem olha para uma nave espacial. Não é o seu estilo, mas eu quero surpreender Dexter, e esta é a melhor maneira. Por fim, quando vejo que ela não se move, empurro-a para o provador, me divertindo. Quando ela entra, apanho as outras botas e experimento.
São bombásticas!
Salto alto… suaves, na altura do joelho e vermelhas. O meu Iceman vai adorá-las. Com os jeans que estou comprando ficarão um luxo e decido levá-las. São maravilhosas. Nesse instante o meu celular vibra. Uma mensagem.
Sinto a tua falta, pequena.
Espero que você compre tudo o que quiser.
Eu te amo.
Ai, meu garotão, quero enchê-lo de beijos. Precisa de mim a todo o momento e, com um sorriso bobo, teclo:
O cartão visa é quenteeeeeeee.
Eu te amo maluquinho.

Clico em enviar. Imagino o seu sorriso ao ler a mensagem e isso me satisfaz. Arthur é tão maravilhoso que o simples fato de pensar nele me faz sorrir. 

6 comentários:

  1. Lindoooo de maisss!!!! Lua arrasando como cupido!! Posta maiss!!!

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  2. Muito lindoss bixinha fica como ru quando mestrou

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  3. Eita que Lua ta u perigo kkkkk querendo casar detexe também kkkkk maisssssssssssssssssssss

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  4. Qurem dia a enpregada qiuer casar com Dexter kkk e claro a espanhola pinga fogo vai ajudar kkkkk Arthuur quer um baby que maldade dar Lua oxi kkk

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