Little Anie - Cap. 2

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Little Anie

Pov Arthur

-Acho que sua amiga está passando mal. -Kate falou ao se aproximar de  mim. A encarei. Quem? Lua?
-Hã? -Perguntei confuso.
-Lua, sua amiga, no banheiro. Acho que está passando mal. Até vomitou. -Finalizou. A encarei por um momento novamente.
-Ela está sozinha? -Perguntei visivelmente preocupado.
-Não. Aquela outra garota está com ela, a Mel. -Falou.
-Eu... er, vou avisar a Sophia. Me espera aqui. -Falei. Kate concordou. Saí indo até a pista de dança, Soph estava lá com Micael.

-Sophia! -A chamei. Ela se virou me encarando.
-Oi. -Respondeu.
-Kate, viu Lua no banheiro com Mel, e me disse que ela estava passando mal. -Lhe disse. Sophia me encarou preocupada.
-A Luh?
-Sim. -Respondi. Sophia levou as mãos a cabeça, e olhou para Mika.
-Meu Deus... -Sussurrou. -Eu... aah droga! Eu vou atrás dela. -Ela disse e saiu. Voltei ao bar com Micael e me juntei a Kate. Nós conversávamos sobre um assunto qualquer, quando ouvi a voz de Sophia, e as três garotas pararam em nossa frente. Mel e Soph a seguravam, ela estava estranha e parecia fraca, mas mesmo assim discutia com a irmã, dizendo que estava bem.
-BEM? -Sophia gritou. -Você está é louca, nós vamos pra casa, isso sim! -Falou firme. Lua revirou os olhos e soltou um riso irônico.
-Eu... Aah... Eu, já... -Ela parou. E olhou em volta. -Eu, tô dizendo, eu... tô legal. -Ela conseguiu dizer o que queria. Sophia bufou.
-E olha que você nem bebeu tanto. Vem! Vamos para casa. -Soph a puxou. Nós observávamos a cena. Eu queria ajudar, mas conhecendo a Lua, era melhor eu ficar onde estava. Ela iria recusar qualquer outra ajuda.
-Não consigo. -Ela falou.
-Aah droga! -Sophia reclamou. -Não consegue o que? -Perguntou impaciente.
-An... andar... -Falou. -Tudo tá rodando. Vocês estão girando. Acho que vou desmaiar... -Finalizou e ali caiu. Corri até elas, Mel e Soph não conseguiram segura-la. Levantei sua cabeça e segurei por baixo de sua cintura. Lua estava gelada.
-AAI MEU DEUS! -Sophia gritou desesperada. -A GENTE TEM QUE IR PARA O HOSPITAL. -Ela continuou gritando. Carreguei Lua em meu colo. Kate me olhava confusa. Soph estava desesperada, Mika não saiu do lugar e Mel segurou meu braço.
-Kate, vai pra casa... Mika? Você pode leva-la? -Perguntei. Ele fez que sim com a cabeça. -Amanhã a gente se fala. -Falei quando passei por ela e saí do pub. Sophia me acompanhava. Ainda bem que o hospital não ficava tão longe. Em poucos minutos chegaríamos lá.

No hospital, 1hr30min, depois.

Pov Lua

Eu me sentia cansada, meu corpo doia e minha mão também. Eu ainda estava de olhos fechados. Eu me lembrava do que tinha acontecido, eu tinha passado mal, um enjoo insuportável tomou conta de mim, depois de ouvir aquela novidade. Só de pensar em Arthur, com aquela garota, meu estômago embrulhava. A última coisa que vi foi: todos girando. E desmaiei. Será que eu estava em casa? Ou no hospital? Tudo estava silêncio. Abri os olhos. Arthur estava sentado no sofá que havia no quarto, ao seu lado estava, minha irmã. Droga! Vou levar uma tremenda, bronca! Suspirei. Me mexi e Arthur me olhou.

-Enfim, acordou! -Ele disse se levantando. Soph fez o mesmo. -Garota, que susto hein? -Ele disse depositando um suave beijo em minha testa. -Sem mais sustos por um bom tempo, ouviu? -Perguntou e eu balancei a cabeça concordando. Não pude evitar e sorri timidamente. Sophia se aproximou de mim.
-Primeiro: Que bom que acordou e está bem. -Ela disse e me deu um beijo na cabeça. -Segundo: Eu quero te matar, mas como não posso. Eu vou me limitar a te dá uma tremenda bronca. -Me avisou. Bem, eu já previa isso. Dei de ombros. -Terceiro: A bronca vai ficar pra amanhã, e a gente vai passar a noite aqui. Não podemos voltar pra casa com você assim. -Me disse. -O médico falou que a hora que você acordasse, era pra chama-lo. -Ela olhou para Arthur. -Agradeça ao Arthur, é o mínimo. -Finalizou.
-Não precisa. -Ele se apressou em dizer. Sorri ao encara-lo.
-Obrigado, Arthur. -Falei mesmo assim. O médico logo surgiu ali. Me liberou. -O que eu tive? -Perguntei para minha irmã.
-Uma queda de pressão. Por isso você vomitou e desmaiou. Garota, você estava praticamente morta, de tão gelada. Fiquei desesperada. -Ela me disse.
-Desculpa, Soph. -Falei sincera. Ela me abraçou.
-Tudo bem Luh... Bom, acho que vamos pra casa da Mel. Não podemos ir pra casa agora. Olha o seu estado. O interrogatório vai ser imediato, e mil vezes pior do que o de um simples, dormi fora de casa. -Ela disse. E era verdade, meu pai iria me esculhambar. Aff'. Bufei.
-Se quiserem, podem dormir lá em casa. Dona Laura está viajando. -Arthur nos disse. Laura era a mãe dele.
-Não. Acho que já dei problema demais por hoje. -Respondi.
-Aah, você acha? -Sophia perguntou irônica. Revirei os olhos.
-Tá! Hoje eu fui um problema para todos, peço desculpas por acabar com a noite de vocês. -Dei de ombros. -De verdade. -Completei.
-Não tem problema. Vamos pra casa, vou ficar mais aliviado de certa forma. -Arthur disse. O olhei por uns minutos antes de entrar no carro. E fomos para a casa dele.

*

-Pronto, chegamos! -Arthur disse. Entramos na casa e subimos a escada. Arthur abriu a terceira porta do lado direito. O quarto tinha duas camas de solteiro. Já tinha vindo na casa de Arthur algumas poucas vezes, mas nunca tinha entrado em nenhum quarto. -Bom, espero que fiquem bem. -Falou.
-Vamos ficar. Obrigado, Arthur! -Minha irmã falou. -Quero água. -Pediu.
-Pode ir na cozinha, sinta-se em casa. -Ele sorriu. Soph retribuiu o sorriso e saiu do quarto. Me sentei em uma das camas. Arthur caminhou até mim, e sentou-se ao meu lado. -Você está melhor? -Me perguntou.
-Sim. Obrigada. E desculpa por estragar sua noite. Aposto que sua namorada não gostou disso. -Comentei.
-Eu me entendo com ela depois. Não se preocupe com isso. -Ele respondeu. Balancei a cabeça. Arthur segurou minha mão.
-Eu fiquei preocupado com você. Muito... muito mesmo. -Admitiu. O olhei.
-Eu não queria preocupar ninguém. Desculpa. -Pedi.
-Não se desculpe. Está tudo bem. Fiquei aliviado em saber que foi pressão baixa. Bem, acho que todos ali pensaram em uma coisa mais séria. -Falou. Olhei para ele confusa.
-Em gravidez? -Perguntei. Arthur balançou a cabeça.
-Soph até comentou comigo. Ela estava com medo. -Ri do comentário dele. Arthur me encarou. -Você acha engraçado?
-Sim. Sim, porque é impossível eu está grávida. -Falei. Arthur ainda me olhava.
-Se você tem tanta certeza. Que bom. Fico ainda mais aliviado. -Comentou.
-Arthur, ainda não faço essas coisas. -Eu mesma ri de meu comentário. Gente, que ridículo, ele não precisa saber. Arthur sorriu.
-Que bom saber disso... -Sussurrou. Revirei os olhos.
-Pensei que soubesse. -Falei. Eu nem namorado tinha. E de meninos, eu só andava com ele, Chay, Mika e Harry. Todos meus amigos.
-Se tratando de você, pra mim é sempre uma surpresa, meu anjo. -Ele se levantou. -Acho melhor você descansar. -Disse e se inclinou em minha direção. Eu esperava um beijo na testa ou até mesmo na cabeça, mas Arthur beijou meus lábios, eu retribuir, não era um beijo intenso, era até inocente. Ele se afastou. -Dorme Luh... Bons sonhos. -Disse.
-Bons sonhos, Arthur. -Sussurrei.
-Agora, com certeza. -Comentou ao se afastar. O olhei desaparecer. Que safado, ele tá namorando. Me joguei de costa na cama, cobri os olhos com as mãos. Dormi.

Acordei com um barulho de conversas, acho que vinha da cozinha, devia ser Soph e Arthur, já que a mesma não estava mais no quarto. Me sentei na cama e automaticamente, levei a mão aos lábios, me lembrei do acontecimento da noite passada. Arthur sempre me pediu um beijo. Ontem, ontem ele simplesmente me beijou... Sorri. Eu sim era uma idiota, agora ele tinha uma namorada. Revirei os olhos, sozinha no quarto, resolvi sair e ao chegar à cozinha, encontro os dois sentados, tomando café e batendo um papo animado. Sorri outra vez e Arthur me encarou.

-Bom dia! Espero que esteja melhor...
-Bom dia, Arthur. Estou sim, obrigado por perguntar. -Respondi.
-Uhm, bom dia, também. -O humor se Sophia não era tão bom assim, ela mentia bem.
-Bom dia, maninha...
-Come alguma coisa, você precisa. -Arthur falou. Concordei e me sentei em uma das cadeiras desocupada.
-Vou buscar meus sapatos. A gente precisa ir embora. Já abusamos demais. -Sophia disse se retirando.
-Eu levo vocês, sem problemas, Soph. -Arthur avisou. Continuei comendo. Ele não disse nada. A campainha tocou. A olhei preocupada.
-E se for a sua mãe? -Perguntei. Ele deu de ombros e se levantou.
-Luh, pode ser qualquer pessoa, menos a minha mãe. Ela me ligou ontem. Só volta na terça. -Falou e caminhou até a porta. Uma voz irritante soou no local.

Continua...


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Com mais de 7 comentários, eu posto o próximo cap. Lembrando que: O próximo é só, segunda-feira.

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