Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulos 63, 64 e 65

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Capítulo 63:

— Me refrescando e, de quebra, aproveitei para lavar o carro. — E, sem avisar, viro a mangueira na direção dele e o molho, morrendo de rir.
Sua expressão é impagável.
As pessoas nos olham e eu já começo a me arrepender do que estou fazendo. Meu Deus, que cara irritada! Essa minha espontaneidade vai me trazer problemas, e estou vendo que não vai demorar muito. Mas, para minha surpresa, Arthur põe as garrafas de
água e a Coca-Cola no chão.
— Tudo bem, gatinha, você pediu!
Corre na minha direção, me rouba a mangueira e me encharca inteira. Eu grito, rio e corro em volta do carro enquanto ele se diverte com o que está fazendo. Por alguns minutos nos molhamos um ao outro, e nossa raiva se desfaz junto com a lama e a sujeira. As pessoas nos olham achando graça da cena, enquanto nós, como duas crianças, continuamos nos molhando e caindo na gargalhada.
Quando a água para de repente porque os três euros já acabaram, estou ensopada e apoiada na porta do carro. Arthur solta a mangueira
e se gruda no meu corpo antes de me beijar. Devora minha boca com verdadeira paixão e me deixa arrepiada.
— Alguém tão imprevisível como você está conseguindo emocionar um alemão rabugento.
— Jura? — murmuro como uma boba.
Arthur faz que sim e me beija.
— Onde você esteve a minha vida toda?
Grande momento!
Cena de filme! Me sinto a heroína. Sou Julia Roberts em Uma linda mulher. Babi em Tres metros sobre el cielo . Nunca ninguém me disse algo tão bonito num momento tão perfeito.
Após um monte de beijos ardentes, decidimos ir embora. Estamos encharcados e colocamos toalhas nos bancos de couro do carro. Arthur me entrega as chaves do Lotus outra vez.
— Continuemos a aventura — murmura.
Entre risadas, chegamos a Sitges. Estacionamos o carro, e não me surpreendo quando, depois de guardar as chaves na minha bolsa, Arthur busca minha mão. E, como um casalzinho, caminhamos de mãos dadas pelas ruas dessa bonita região.
O calor seca nossas roupas e Arthur me leva a um restaurante maravilhoso onde almoçamos enquanto observamos o mar. Nossa conversa flui com facilidade, ou, melhor, a minha conversa flui com facilidade. Não paro de falar e ele sorri. Poucas vezes o vi assim. Nessa hora, nem ele é meu chefe nem eu sou sua secretária. Somos apenas um casal que aproveita um momento agradável.
À tarde, por volta das seis, decidimos dar um mergulho. Assim que entramos na água,
Arthur me pega em seus braços e caminha comigo até mais para o fundo, depois me solta e eu acabo engolindo um pouco de água. Ah, isso não vai ficar assim! Disposta a fazê-lo pagar pela travessura, coloco uma perna entre as suas e, quando ele menos espera, eu vou lá e o afundo. Isso o surpreende, e agora preciso fugir dele, mas Arthur me segura de novo e me afunda no mar.
Passamos um tempinho divertido na água e, quando saímos, nos atiramos sobre nossas toalhas na areia e nos secamos ao sol em silêncio. A moleza me domina e estou quase caindo no sono quando Arthur se levanta e me propõe tomar alguma coisa gelada.
Aceito imediatamente. Recolhemos nossas coisas e vamos a um quiosque.
Arthur vai pedir as bebidas enquanto eu me sento numa mesinha e meu telefone toca.
Minha irmã. Fico na dúvida se atendo ou não, mas ao fim decido que não e interrompo a chamada. O celular toca outra vez e eu acabo cedendo.
— Fala, sua chata.
— Chata? Como chata? Te liguei mil vezes, sua ingrata.
Sorrio. Não me chamou de “maninha”. Está chateada. Minha irmã é uma figura, mas, como não estou a fim de ficar três horas conversando com ela, pergunto logo:
— O que houve, Raquel?
— Por que você não me liga?
— Estou muito enrolada. O que você quer? — pergunto enquanto observo Arthur pedindo as bebidas e logo digitando alguma coisa no celular.
— Falar contigo, fofaaaaa.
— Raquel, querida, posso te ligar mais tarde? Agora não estou podendo falar.
Do outro lado da linha, ela suspira.
— Tudo bem, mas me liga mesmo, tá?
— Beijossss.
Encerro a ligação e fecho os olhos. A brisa do mar sopra no meu rosto e eu estou feliz.


Capítulo 64:

O dia está sendo maravilhoso e eu não quero que acabe nunca. O telefone toca outra vez e, convencida de que é minha irmã, respondo:
— Caramba, mas como você é mala, Raquel. O que te deu?
— Oi, gata, sinto dizer que não sou a mala da Raquel.
Logo percebo que é Fernando, o filho do Bicho. Mudo o tom da voz e solto uma gargalhada.
— Oi, Fernando, desculpa! Acabei de desligar com a minha irmã e você sabe como ela é chata...
Escuto sua risada.
— Onde você está? — pergunta.
— Em Sitges, Barcelona.
— Fazendo o quê aí?
— Trabalhando.
— No sábado?
— Nããããão... hoje não. Hoje estou curtindo o sol e a praia.
— Com quem?
A pergunta me pega tão de surpresa que nem sei o que responder.
— Com um pessoal da minha empresa — digo, por fim.
Arthur se aproxima. Deixa em cima da mesa uma Coca com muito gelo e uma cerveja, e se senta ao meu lado.
— Quando você vem a Jerez? Já estou te esperando.
— Daqui a alguns dias.
— Vai demorar tanto assim?
— Acho que sim.
— Que merda — ele diz.
Incomodada com a forma como Arthur me observa e escuta a conversa, respondo:
— Você aproveite bem aí. Já sabe que não precisa sofrer por mim.
Fernando suspira. Não gostou nem um pouco das minhas palavras, e acrescenta:
— Só vou aproveitar quando você chegar. As férias sem minha conterrânea preferida não têm a menor graça.
Seu comentário me faz rir. Arthur olha para mim.
— Ah, Fernando, não seja bobo. Você vai ficar bem e, quando eu chegar aí, te dou um toque e a gente se vê, ok?
Após nos despedirmos, fecho o celular, deixo na mesa e pego a Coca-Cola. Estou morrendo de sede. Por alguns segundos, Arthur me olha enquanto bebo.
— Quem é Fernando?
Deixo o copo em cima da mesa e tiro o cabelo do rosto.
— Um amigo de Jerez. Queria saber quando vou pra lá.
De repente me dou conta de que estou lhe dando explicações. O que estou fazendo? O que deu em mim?
— Um amigo... muito amigo? — insiste.
Sorrio ao pensar em Fernando.
— Digamos que só amigo.
O homem maravilhoso que está a meu lado balança a cabeça concordando e olha para o horizonte.
— Qual é o problema? Você não tem amigas?
— Tenho... e com algumas eu faço sexo. Você faz sexo com Fernando?
Se eu pudesse me ver, veria a cara de idiota que fiz ao ouvir a pergunta de Arthur.
— Às vezes. Quando estamos a fim.
— É bom com ele?
Essa pergunta tão íntima me parece totalmente fora de lugar.
— É.
— Tão bom quanto comigo?
— É diferente. Você é você, ele é ele.
Arthur crava os olhos em mim e me observa... me observa e me observa.
— Você está certa, Lu. Aproveite sua vida e o sexo.
Depois disso, não pergunta mais nada sobre Fernando. Nossa conversa continua, e o clima bom entre nós também.
Às sete da noite, decidimos voltar a Barcelona. De novo Arthur me dá as chaves do Lotus e eu dirijo fascinada, curtindo o momento.
Mais tarde, quando chegamos ao hotel, Arthur pede que nos tragam algo para comer no meu quarto e durante horas transamos de forma selvagem.


Capítulo 65:

O fim de semana passa e na segunda-feira pegamos um avião até Guipúzcoa. A atitude de Amanda em relação a mim não mudou quase nada. Está mais distante e agressiva, mas com Arthur ela não é assim. Fico irritada com o esforço que ela faz para que ele não preste atenção em mim. Mas o tiro sai pela culatra o tempo todo. Arthur, em suas funções de chefe, me solicita continuamente, e isso tira Amanda do sério. As reuniões se sucedem e, após Guipúzcoa, vamos às Astúrias.
Durante o dia, Arthur e eu trabalhamos lado a lado como chefe e secretária, e à noite brincamos e curtimos um ao outro. Sua luxúria parece algo inato, e cada vez que estamos juntos ele me enlouquece com a forma como me faz fantasiar e com seu jeito de me tocar e de me possuir. Adora olhar para mim enquanto me masturbo com o vibrador que ele me deu de presente — capricho que eu lhe concedo com muito prazer. O prazer que me faz sentir é tanto que sinto vontade de ir de novo a uma casa de swing e experimentar o mesmo da outra vez. Quando confesso isso, Arthur cai na gargalhada e, ao
me penetrar, imagina que outro homem está me possuindo enquanto ele observa. Essa fantasia me deixa louca.
Na quarta-feira, quando chegamos a Orense, vamos direto para uma reunião. No caminho, Arthur fala por telefone com uma tal de Sophia e se mostra irritado. O dia passa e ele termina se estressando pela falta de profissionalismo do chefe da sucursal. Não preparou nada do que era necessário, e Arthur reage muito mal. Tento interferir para apaziguar os ânimos, mas Arthur, meu chefe, acaba me repreendendo e me mandando calar a boca.
Na viagem de volta, o humor de Arthur está péssimo. Amanda olha para mim com ar de superioridade e eu tenho vontade de matá-la. Quando chegamos ao hotel, Arthur pede a Amanda que desça do carro e nos deixe um minuto a sós. Ela obedece e, assim que fecha a porta, Arthur olha para mim com uma expressão que me magoa.
— Que esta tenha sido a última vez que você fala numa reunião sem que eu peça.
Entendo sua irritação. Ele está certo e, embora sua bronca tenha me magoado, quero pedir desculpas, mas ele me interrompe:
— No fim das contas a Amanda pode ter razão. Tua presença não é necessária.
Me dá muita raiva ouvir Arthur mencionando essa mulher e saber que ela fala de mim.
— Não estou nem aí para o que essa idiota diz sobre mim.
— Mas talvez eu, sim, esteja aí — replica.
Passa a mão na cabeça e nos olhos. Sua cara não está nada boa. O telefone dele toca.
Arthur olha para o aparelho e interrompe a chamada. E, numa tentativa de amenizar o malestar entre nós, murmuro:
— Você está com uma cara péssima. Está com dor de cabeça?
Sem responder, me lança seu olhar impiedoso.
— Boa noite, Lu. Até amanhã.
Olho para ele, surpresa. Está me expulsando?
Com a dignidade que me resta, abro a porta do carro e saio. Amanda espera a poucos metros e prefiro não olhar para ela quando passo a seu lado, senão vou acabar partindo para cima dessa mulher. Vou direto para o quarto.
Na manhã seguinte, quinta-feira, quando o despertador toca às 7h20, eu solto um palavrão. Quero dormir mais.
Em meio a grunhidos, me levanto e ando até o chuveiro. Preciso da água fria no meu corpo para me acordar.
Debaixo d’água, me lembro de que já é quinta-feira e isso me deixa alegre. Em breve Arthur e eu teremos o fim de semana inteiro para ficarmos juntos. Ótimo!
Quando volto para o quarto, enrolada numa toalha felpuda de cor creme que tem um cheiro maravilhoso, dou uma olhada na mesinha de cabeceira.
— Ah, vibradorzinho! Adorei nossa noite ontem.
Solto umas risadas.
Em cima de lenços de papel está o vibrador em formato de batom que usei ontem à noite para relaxar. Pego o presentinho de Arthur. Suspiro enquanto me lembro da explosão de prazer que senti ao brincar com ele.
Bem-humorada desde cedo, pego o vibrador e volto ao banheiro. Passo uma água nele e o coloco na bolsa. Agora já não esqueço mais. Eu e o vibradorzinho, juntos até a morte.
Abro a mala e pego uma calcinha. Enquanto a coloco, lembro que tenho que pedir a Arthur que me devolva a que ele roubou de mim, ou então vai ficar faltando calcinha para os próximos dias. Minha irritação desapareceu completamente. Tenho certeza de que a dele também e de que temos um dia maravilhoso pela frente.

9 comentários:

  1. To achando q o fim de semana n vai ser como a lua ta imaginando n ein,essa Amanda vo te contar viu,acho q elas e o arthur tem alguma coisa.
    Gabs❤️

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  2. Bem que a lua deveria passar o fim de semana com outro homem deixando o Arthur mordido... rsrsrsrs

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  3. Acho que o Arthur nao vai passar o fim de semana com a Lua nao :( ele é tao bipolar,essa Amanda tem que morrer,ô mulherzinha chata

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  4. Arthur esta deixando essa vadia da Amanda influenciar ele -.-
    Tô achando que ele nesse ritmo vai tirar Lua de tempo :/
    adorandooo :D

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  5. Pq você não fala mais dos detalhes das transas deles? Kkk realmente não sei oq esse Arthur quer da vida affs essa puta da amanda só estragar

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  6. Tenho minhas dúvidas quanto a esse fim de semana ein ?! Kkkk
    Posta +++++++
    Ameeii *-*

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  7. Posta maiss por favor +++++++++++++

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