Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulos 68 e 69

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Capítulo 68:


Sem olhar para meu Iceman, que está ao lado de Amanda, passo reto por ele, até que o ouço me chamar. Peço a Santiago que me dê um segundo e vou até meu chefe.

— Vai aonde, senhorita Blanco?

— Ao restaurante, senhor Aguiar.

Arthur olha para Santiago.

— Pode vir connosco na limusine.

Ótimo. Agora o desconfiado é ele.

Que se dane!

Amanda nos olha. Não entende o que estamos dizendo. Falamos em espanhol, e imagino que isso a incomode.

— Obrigada, senhor Aguiar, mas, se não se importa, irei com Santiago.

— Me importo — responde.

Não há ninguém ao nosso redor. Ninguém pode nos escutar.

— Pior para o senhor.

Dou as costas a ele e saio.

Dá-lhe, fúria espanhola!

Espanha 1 – Alemanha 0.

Sei que acabo de cometer a maior imprudência que uma secretária pode fazer. E ainda maior em se tratando de Arthur. Mas eu precisava disso. Precisava fazê-lo se sentir como eu me sinto.

Sem pensar nas consequências, entre elas a demissão certa, ando até Santiago e seguro seu braço com intimidade. Entramos em seu Opel Corsa e nos dirigimos ao restaurante, enquanto começo a pensar no desemprego. Depois dessa, vou ser demitida com certeza.

Quando chego ao estabelecimento, corro com Santiago para tomar várias Coca-Colas.

Ai, meu Deus! Como gosto de sentir suas borbulhas na minha boca...

Mas até as borbulhas se desfazem quando vejo entrar Arthur, seguido de Amanda e dos outros chefes. Olha na minha direção e posso perceber sua irritação. Os diretores entram no salão e rapidamente se acomodam em seus lugares. Arthur faz menção de se sentar, mas logo se desculpa com seus colegas e me faz um sinal com a mão. Eu e Santiago o avistamos, e não posso me recusar a ir.

Dou mais um gole na minha Coca, que deixo no balcão e me aproximo de Arthur.

— Diga-me, senhor Aguiar. Em que posso ajudá-lo?

Arthur abaixa a voz e, sem alterar a expressão de seu rosto, pergunta:

— O que você está fazendo, Lu?

Surpresa por voltar a ser “Lu”, respondo:

— Tomando uma Coca. Zero, por sinal, que engorda menos.

Minha resposta irreverente o desespera. Sei disso e gosto disso.

— Por que você está me irritando o tempo todo? — pergunta, me deixando desconcertada.

Que cinismo...!

— Eu?! — sussurro. — Mas que cara de...

Seu olhar é tenso. Duro e desafiador.

Suas pupilas se contraem e me dizem algo, mas hoje eu não quero entendê-las.

Recuso-me.

— Vá para o salão — me diz, antes de se virar. — Vamos almoçar.

Quando eu e Santiago chegamos ao salão, nos sentamos na outra ponta da mesa. Meu celular toca: minha irmã! Decido ignorá-la outra vez, não estou a fim de escutar seus resmungos. Mais tarde ligo de volta. A comida está ótima e eu continuo de papo com meu amigo.

De vez em quando, lanço olhares na direção do meu chefe e vejo que ele sorri para Amanda. Minha desconfiança aumenta. Mas, quando seus olhos cruzam com os meus, me sinto arder. Meu corpo se incendeia. Seu olhar de Iceman consegue fazer com que todas as minhas terminações nervosas se agitem ao mesmo tempo e eu me queime inteira.

Às quatro e meia, voltamos à sede da empresa. Eu, claro, pego carona com Santiago.

A reunião recomeça e só acaba às sete. Estou exausta!



Capítulo 69:


Quando tudo acaba, Amanda, Arthur e eu nos dirigimos até a limusine que nos espera e, sem dar tempo a Arthur para me humilhar de novo, me sento logo ao lado do motorista.

Nem vem!

Eu os ouço falar. Inclusive escuto Amanda cochichando e rindo como uma galinha.

Ouço o que falam e fico morrendo de raiva. Não gostaria de me sentir assim. Só de olhar para Amanda já dá para saber o que ela procura. Cadela!

Imagino que vão fechar os ambientes da limusine, mas desta vez Arthur não dá essa ordem. Quer que eu fique a par de toda a conversa. Fala em alemão, e ouvi-lo me deixa agitada. Me provoca.

Ao chegar ao hotel, a limusine para. Abro minha porta, desço.

Desejo com todas as minhas forças perder de vista Arthur e essa imbecil, mas espero educadamente que meu chefe e sua acompanhante desçam do carro. Depois me despeço e vou embora.

Quase corro até o elevador e, quando as portas se fecham, suspiro aliviada. Enfim, sozinha!

O dia foi horrível e quero desaparecer. Quando chego à suíte, jogo a pasta no lindo sofá. Ligo o som. Solto o cabelo, tiro o blazer e ponho a blusa para fora da saia. Preciso de um banho.

Então ouço batidas na porta. Minha mente me diz que é ele. Olho ao redor. Não tenho escapatória, a menos que me jogue do topo do prédio e morra espatifada em pleno asfalto. Que desgosto para o meu pobre pai! Nem pensar!

Decido ignorar as batidas. Não quero abrir, mas a pessoa do outro lado insiste.

Cansada, finalmente abro a porta e qual não é minha surpresa quando vejo Amanda na minha frente. Me olha de cima a baixo.

— Posso entrar? — pergunta em alemão.

— Claro, senhorita Fisher — respondo também em seu idioma.

A mulher entra. Fecho a porta e me viro.

— Você vai ficar por aqui no fim de semana, como fez em Barcelona? — pergunta, antes que eu possa dizer qualquer coisa.

Faço o que Arthur costuma fazer. Contraio a expressão do meu rosto. Penso... penso e penso e por fim respondo:

— Vou.

Minha resposta a deixa irritada. Passa as mãos pelo cabelo e depois as coloca na cintura.

— Se sua intenção é ficar com ele, pode esquecer. Ele vai estar comigo.

Enrugo a testa, como se ela falasse chinês e eu não entendesse nada.

— Do que está falando, senhorita Fisher?

— Você e eu sabemos muito bem do que estou falando. Não se faça de desentendida.

Vai me dizer que você não é uma espanhola sem um tostão furado que vê em Arthur uma oportunidade?

Fico boquiaberta pelo que ela acaba de dizer. Pisco os olhos e deixo cair a máscara que carrego dentro de mim.

— Olha, querida, você está se confundindo comigo. E, se você continua por esse caminho, vai ter problemas, porque eu não sou de ficar de bico calado, não. Portanto, cuidado com o que diz, senão vai ter que passar por cima de uma espanhola sem um tostão furado.

Amanda se afasta um passo de mim. Deve ter levado a sério minha advertência.

— Acho que o mais inteligente da sua parte seria se afastar dele — acrescenta. — Eu própria vou me encarregar de tudo o que Arthur precisar. Eu o conheço muito bem e sei como satisfazer suas vontades.

Aperto os punhos. Tão forte que acabo cravando as unhas neles. Mas estou consciente de que não posso agir como gostaria. Então conto até vinte, porque até dez não é suficiente, ando até a porta e a abro.

— Amanda — digo, com toda a gentileza de que sou capaz —, saia já do meu quarto porque, se continuar aqui, algo terrível vai acontecer.

Quando ela vai embora, bato com a porta enquanto solto os maiores palavrões. Tiro os sapatos e os atiro com fúria no sofá. Que ódio!

Minha indignação me enlouquece. Arthur estava me usando para colocar ciúmes naquela boneca inflável. Xingo tudo e todos e dou um chute na poltrona chique. Como fui tão imbecil? Sem querer pensar em mais nada, tiro meu notebook da pasta, até que meu celular apita. Recebo uma mensagem. Arthur. “Venha ao meu quarto.”

Ler isso me deixa ainda mais irritada. Sempre me considerei uma bonequinha em seus braços, mas neste momento me dou conta de que sou uma boneca idiota. Digito com raiva: “Vai à merda.”

A resposta chega rápido.





Vontade de matar a Amanda. OH que ódio!!!

14 comentários:

  1. Vontade de matar msm,que raivaaaa,adorei o ''vai a merda'',isso msm Lu ignora e faz com ele oq ele fez com vc..Lindona antes do almoço rola mais um?Pf estou vicida nessa web chego a ler o msm capitulo 2 vezes,adorooooo...
    Gabs <3

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  2. Merecemos mais capitulosss hj,cara essa Amanda pqp viu,Lua se saiu mt bem ''enfrentando'' ela,preciso de maissssss
    By:isis

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  3. Ai que ódio dessa Amanda msm argh, esse "vai a merda" da Lu foi muito bem feito!Preciso de mais hj

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  4. Que mulher ridícula, ainda se acha a tal !
    Posta ++++++++
    Ameeii *-*

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  5. É isso aí Lu faz ele provar do próprio veneno...

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  6. merecemos mais capítulos hj né ? possssstaaaaaaaaaa

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  7. Aii que raiva vou bater nessa amanda ...��������....... Eh isso msm lua .. manda o Arthur ir a merda .... Nao gostei dele fica de usando quando quer ...

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  8. Amanda, boneca inflavel do capetaaa.
    Ahhh Arthur bom de uns tapas tbm
    lll

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