Certezas - 2ª Temporada - 18º Capítulo

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POV’s Arthur Aguiar

   O cara que a Ellie contratou tem um currículo de fazer inveja a qualquer pessoa que trabalhe na área dele. Ainda bem, pois assim não precisarei de estar muito tempo na empresa, avaliando e ensinando as coisas que ele deve fazer e ainda verificar se faz bem ou não. 
   Aproveitei o facto desse tal cara, que nem o nome eu sei, começar a trabalhar hoje para eu poder tirar um dia de folga. Os meus empregados devem pensar, e dizer nas minhas costas, que tiro mais folgas do que propriamente trabalho. 
   Acontece que estou querendo Lua do meu lado e para isso, tenho que a conquistar a sua confiança de volta.

   Eu parecia uma verdadeira dona de casa. Aspirei, lavei louça e até coloquei roupas a lavar na máquina. Se o meu pai me visse, diria que eu tinha virado gay por conta de todas as coisas que fiz. 
   Assim que terminei, fui tomar um banho para depois ir a uma consulta com Lua. Era uma consulta de gravidez. Enquanto eu tomava banho, estava interiorizando esse facto. Lá vão falar 90% do bebé, de como ele está e provavelmente vão ver o sexo dele. Coisa que até me intriga. 

   Fui buscar Lua ao trabalho. Recebi ela com um beijo, maior que selinho. Estou progredindo. De seguida, levei ela a uma pastelaria, bem perto do seu trabalho, pois ela estava com desejos de um bolo de coco (coqueiro) e suco de uva. Depois da sua escolha, fomos para a clínica onde se decorreria a consulta.

- Segundo Ellie, ele tem o melhor currículo de sempre e por isso irá exigir um belo salário. Se tudo der certo, e do que depender de mim, ele irá receber bem.
- E o que ele tem de fazer, mesmo?
- Ele faz parte da assessoria da empresa, ou seja, divulga o nosso trabalho.
- Quem fazia isso antes, era você, né? 
- Sim, era. – parei no semáforo vermelho e olhei para ela – Mas decidi colocar alguém porque tenho excesso de cargos e assim, com menos um cargo agora, poderei estar com você
- Estou te achando diferente. – ela deu uma dentada no bolo e me olhou 
- Um diferente bom ou mau?
- Não sei. Tenho de ver quanto tempo isto irá durar. – ela suspirou e olhou para a janela – Não é a primeira vez que você muda e digamos que as suas mudanças não têm sido muito agradáveis.
- Eu sei. Mas dessa vez eu vou acertar. – sorri para ela e arranquei no sinal verde – Eu estive falando com o Mark. Ele me deu uns conselhos, meu pai me deu outros e eu tenho a certeza que vai dar certo.
- Eu quero apenas que… entre a gente haja paz. Eu já me acostumei com a ideia de que você não vai mesmo amar esse filho. Eu cuidarei dele, sozinha. Eu nem porque razão você está vindo nessa consulta. Estou até com medo.
- Na minha mudança, está incluído o ponto de amar esse filho. Eu vou amá-lo Lua, eu sei que vou. – sorri para lá, tirando rapidamente a atenção da estrada – Só preciso de tempo, sabe? 
- 9 meses? 12 meses? 2 anos?
- Eu não sei… - suspirei – Mas eu vou amá-lo, te garanto.
- Prefiro não acreditar. – eu olhei para ela triste – Me desculpe. Mas realmente… prefiro não acreditar.

   
   Chegamos na clínica, demos a nossa identificação e esperamos a nossa vez. Vi casais saindo com lágrimas nos olhos e me perguntei se comigo ia acontecer a mesma coisa. 
   A médica nos chamou a entrar. Antes de entrar na sala, na qual Lua está mais que acostumada a entrar, eu respirei fundo e pedi que Deus me enviasse um sinal. 

- Boa tarde. – a médica deu – Lua, lembra daqueles últimos exames? Já saíram os resultados.
- E que tal? – a gente se sentou, em frente à médica e esperou ela falar. 

   A médica, que aparentava ter uns 40 anos, de rosto simpático e cabelos encaracolados, pegou uns envelopes, tirando de lá umas folhas grossas e analisando-as com os óculos na ponta do nariz. 
   Lua olhou para mim. Notei a sua respiração mais pesada, tensa. Ela segurou a minha mão e baixou o olhar.

- Tem algo errado, não tem?
- Não lhe vou mentir. Realmente tem. E eu nem sei como ainda não aconteceu.
- Não me diga que…
- Lua, você poderá sofrer um aborto. – a médica a interrompeu – E tudo se deve à sua hipertensão. Eu disse-lhe, no inicio da gravidez, que ela podia atacar a qualquer momento. Eu não sei se se deveu a stress seu, a complicações na sua vida ou excesso de trabalho, mas a verdade é que algo correu mal. Me diga, como vai a sua alimentação?
- Bom, confesso. Eu tenho abusado dos doces porque me dá muita vontade de comer
- E o exercício?
- Antes de trabalhar eu corria mais vezes de manhã. Agora só vou correr aos finais de semana.
- Vou lhe passar uma baixa e uma receita de injeções que você deverá tomar.
- Injeções? – Lua engoliu seco e até eu engoli
- Mas para quê? – perguntei eu
- Bom, a baixa é porque realmente não pode trabalhar. Nada de esforços, nada de stress. E as injeções vão ajudar ao feto se cuidar, prevenindo ele de qualquer bactéria que o queira atacar, entende? – nós assentimos – Você até poderia trabalhar, mas mais vale prevenir do que remediar, não é mesmo? Aconselho que pare de trabalhar o mais rápido possível e que tome essas injeções de igual modo. Tudo bem?
- Sim… - Lua suspirou e começou a chorar
- Calma. – disse eu – Tudo vai dar certo! Acredita em mim. – abracei ela forte.

   A médica nos deixou a sós, enquanto foi buscar qualquer coisa que, antes de sair, havia dito, mas eu nem escutei ao certo. 
   Abracei Lua com todas as minhas forças e pedi a Deus para ela parar de sofrer. A verdade é que peço muita coisa a Deus e não faço nada para obter tantos pedidos. 
   A médica voltou e pediu a Lua para se deitar na maca. Ela puxou a blusa para cima e colocou as mãos sobre os seios. A doutora passou um creme viscoso e frio sobre a barriga dela e, de seguida, passou uma máquina pequena. 

- Lua, não se esqueça que tudo o que você sente, o bebé sente em dobro. Portanto, se anime e pensamento positivo. O seu marido está aqui lhe ajudando também. Marido, né?
- Sim – assenti
- Já pensou no sexo do bebé? – enquanto ela me perguntava isso, olhava para o ecrã e girava a máquina pequena na barriga de Lua
- Ainda não… - respondi, meio atrapalhado
- Nossa, deve ser o primeiro pai que vejo assim. O casal que esteve aqui antes de vocês, fez até aposta. A mulher dizia que era menina e o namorado dela dizia que era menino. 
- E quem ganhou? – perguntei
- Os dois. São gémeos. Um menino e uma menina. Já imaginou Lua?
- Nossa, acho que daria em louca. – Lua riu – Mas iria acolher com muito amor.
- Vamos lá ver então esse bebé – ela continuou mexendo com a máquina.

   Peguei a mão de Lua e ela me olhou sorrindo. 

- Está machucando? – olhei para a sua barriga
- Não – ela sorriu de novo

   A médica nos mostrou os batimentos do coração e de seguida o sexo.

- Estão felizes?
- Muito! – tanto eu como Lua, respondemos 
- Fico feliz. Lua, vou agora lhe mostrar como deve fazer a injeção. Tudo bem? Levante a blusa pois será na barriga de novo.

   A médica tirou de uma caixa uma injeção, das quais Lua terá de ser picada todas as semanas enquanto estiver grávida, e deu sobre a barriga de Lua. Na hora que vi aquela agulha tão pontiaguda em direção da barriga da minha mulher, virei o rosto. Sou alérgico a essas coisas. Um medroso mesmo!



   De volta a casa. Lua foi correndo para o quarto, pegando todas as coisas que tinha comprado de bebé e espalhou pela nossa cama. Ela se sentou de um lado e eu fiquei de outro. Não acredito que vou ter um garotão correndo aqui de um lado para o outro. 
   Peguei um ténis all star mini que tinha, entre meio de tanta coisa, e coloquei os meus dedos dentro, imitando uns passinhos de bebé minúsculos. 

- Você ficou feliz?
- Eu acho que sim – sorri para Lua. A verdade é que estava radiante – Já imaginou? Eu e ele vamos tirar o seu juízo. Vamos ver futebol juntos, vamos comentar sobre mulheres bonitas e quando ele for grande vamos beber umas cervejas, brindando qualquer coisa – eu falava já imaginando tudo
- Mas antes disso, você terá de trocar fraldas, dar mamadeira, banho, colocar a chupeta e…
- Pow Lua, me deixa sonhar um pouco. – eu gargalhei. 

   Lua estava com umas calças pequenas azuis nas mãos, em pé ao lado da cama, enquanto me olhava com lágrimas nos olhos. Apesar de estar lacrimejando, estava sorrindo. Ela deixou as calças na cama, deu a volta a ela e veio sentar em meu colo. Na verdade, ela colocou uma perna em cada lado de mim e me abraçou forte. Eu segurei de igual modo a sua cintura, colocando o rosto entre o ombro e o pescoço dela. Lua me olhou, com aqueles seus olhos castanhos, enquanto sorria e sussurrou “estou orgulhosa de você”. Lua me beijou rapidamente, enquanto subia ainda mais no meu colo. Coloquei as minhas mãos, com vontade e força, sobre o bumbum dela e apertei. Que saudades daquilo.
   Deitei na cama com ela por cima e conquistamos nos beijando até ela própria ter a iniciativa de tirar a minha blusa, jogando longe e beijando de seguida o meu pescoço. Eu tirei a sua blusa também e parei para olhar a sua barriga.

- Ele vai ouvir?
- Acho que vai
- Ele vai sentir?
- Acho que não – Lua ria
- Hey, eu vou roubar a sua mãe por uns instantes, tá? – falei para a barriga de Lua, fazendo ela rir e voltar a beijar-me 

E aí? Como está ficando? Achei esse capítulo ainda mais fofo do que o outro, não acharam?
Obrigada pelos 190 seguidores. META: 200 SEGUIDORES. SERÁ?

13 comentários:

  1. Ooonw, criis, cada dia mais fofaa! Tomara que o Arthur, continue esse homem respinsavel! Continuaa, amandooo
    By:Rafa

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  2. Gente, ta boa demais.. ta sendo a melhor web que ja li até agora, olho aqui de minuto em minuto pra ver se tem um capitulo novo.. essa web ta me dando esperança de vida rsrs

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  3. tá maravilhoso maisssssssss

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  4. Nossa que capitulo !!! ta muito lindo, ta muito melhor que a primeira temporada hahahaha parabéns pela web maravilhosa

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  5. AHHHH...TA LINDA DE MAISSS!!! ARTHUR ACEITOUUU O BB QUE LINDOOO..AMANDO!!!! :)

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  6. AHHHH...TA LINDA DE MAISSS!!! ARTHUR ACEITOUUU O BB QUE LINDOOO..AMANDO!!!! :)

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