Certezas - 2ª Temporada - 15º Capítulo

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POV’s Lua Blanco

   De volta a Londres, estava com a grande esperança de que Arthur se iria tornar num marido melhor e num pai melhor ainda. A estadia na casa dos pais dele, fez ele abrir novos horizontes quanto à chegada de um bebé nas nossas vidas.
   No dia seguinte ao que voltamos, fomos trabalhar. Nas minhas pausas, eu tratava dos detalhes da festa que iríamos dar com a chegada do bebé. Nem todo o mundo sabia dessa grande notícia, que é, sem dúvida, um motivo de comemoração.

- Vocês estão todos convidados. – dizia eu aos meus amigos mais chegados da clínica – Será amanhã às 19horas, lá na minha casa. 
- Finalmente algo que vá animar as nossas vidas. – disse Alberto
- Calma Bato. – ri da sua animação – Será uma festa tranquila e com pouco álcool ok?
- Ah é? – ele coçou a cabeça – Sabe? Eu também não sei se posso ir… minha avó faz anos e…
- Claro, entendo – ri da sua desculpa esfarrapada.

    Antes de ir para casa, passei no supermercado para compras as coisas que necessitava para fazer novas receitas para o dia seguinte. A festa parecia ser em cima da hora, mas tudo ia dar certo.
    A minha mãe vinha mais cedo para me ajudar. Era raro ela vir até ao meu apê. Ela arranjou entretimento, além do trabalho, nomeadamente amigas de chás e até um trabalhinho extra, aos finais de semana. 

- Quem diria que um dia eu cheguei a pensar que nada disso ia ser assim.
- Como assim mãe?
- Ah, você sabe. – minha mãe partiu um dos seis ovos e deitou na taça para o bolo – Eu sempre achava que tudo ia ser excessivo para vocês dois. Você e o Arthur vivem desde os 18 anos juntos. 
- É. Mas tudo deu certo, graças a deus. – suspirei e logo sorri.

   A minha mãe não sabia das discussões que eu e Arthur tínhamos tido ultimamente. Inclusive aquela altura em que ele foi para um hotel durante alguns dias. Ela não sabia também do facto de Arthur não estar tão animado com a ideia do bebé como eu. E do que depender de mim, ela também não iria saber.

   Quando Arthur chegou em casa, estranhou tanto barulho e confusão. A minha mãe estava aspirando a sala e o corredor enquanto eu terminava os bolos e restantes preparativos para amanhã.

- Boa tarde. – ele deu. Cumprimentou a minha mãe e depois veio até à cozinha, onde eu estava. – É necessário mesmo tudo isso? 
- Sim. Você não acha?
- Tanto faz. – ele me deu um selinho e depois passou o bebo na cobertura do bolo – Pode levar um pouco só de mais açúcar. 
- Eu acho que está bom. – comentei
- Quantas pessoas vão vir amanhã?
- Umas vinte, no mínimo.
- Vinte? – ele se espantou – Você sabe que isso aqui é um apartamento? Onde vai entrar tanta gente?
- Sempre dá um jeito. – dei de ombros – Quem convidou da sua empresa?
- A Yasmin e a Ellie. São sem dúvida as mais chegadas. Além deles, os meus amigos da faculdade, lembra? Anna, Margarida, Thomas e Richard.
- E o Mark?
- Esse traidor? Nem pensar.
- Arthur…
- Nada de Arthur. – ele me interrompeu – Quando o jantar estiver pronto, você pode me chamar?
- Sim.
- Estarei no quarto. 

    Mark e Arthur estavam chateados desde o dia em que ele contou pra Yasmin, e de seguida para mim, a conversa entre o próprio e Arthur, na empresa. Arthur não tem razões para estar assim. Mark fez o que estava certo. Além do mais, se tem aqui alguém para estar chateada, deveria ser eu com Arthur.

   
    À hora combinada, todo o mundo chegou. 

- Parabéns mamãe. – deu a minha chefe, me entregando de seguida uma caixinha – É um presentinho.
- Meu deus, não precisava. – eu ri – Muito obrigada.
- De nada. – ela e o marido entraram
- Viu quanta confusão? – Arthur chegou por trás de mim perguntando 
- Por favor, aqui não. Não quero discussões, não hoje. – pedi a ele.

   As pessoas interagiam umas com as outras, comiam e bebiam. Eu estava feliz por todo o mundo ter comparecido a este momento importante.

- Você vai fazer discurso? – me perguntou Eike quando eu abria outro presente
- Discurso? Claro que não.
- Ah, algo pequeno. – ele quase me convenceu – Ao menos um brinde.
- Adoraria que Arthur tomasse a iniciativa.
- Mas é claro que ele vai tomar.
- Eu não teria tanta certeza. – suspirei 
- Porquê? – perguntou Eike. Respirei fundo e abanei a cabeça negativamente – Me conta.
- O Arthur não está tão feliz pela gravidez como eu, entende?
- Ele não quer o bebé? Ele não quer assumir? – Eike estava se alterando
- Não, não é isso. Ele apenas… ele não achou a altura certa, entende? – confessei.
- Que canalha! – Eike bateu com o punho no balcão – Ele merecia uma sova, viu?
- Por favor, calma Eike. – segurei o braço dele – Está tudo bem agora.
- Ele não merece te fazer isso. – ele colocou a sua mão no meu rosto - Ele merecia que eu o… 
- Por favor, aqui não. – pedi, colocando a minha mão na sua.
- O que está acontecendo aqui? – Arthur chega com dois copos vazios na mão e se depara com a cena. Ele encara Eike. Eu vi fogo nos olhos de Arthur
- Nada. – eu me afastei de Eike – Estávamos conversando.
- Conversando?
- É. Conversando! – Eike garantiu – É o que os amigos fazem, ou não?! – Eike saiu da cozinha, me deixando a sós com Arthur.
- Esse cara provoca. Você podia ter convidado todos, menos ele.
- E convidei mesmo. O Mark já chegou? – pisquei para Arthur e o deixei sozinho, chutando algo.

   Na sala, o clima continuava maravilhoso. Eu adorava quando as pessoas se chegavam junto a mim, me dando as felicidades e colocando as mãos na minha barriga. A minha barriga de três meses. 

- Atenção, atenção. – Eike subiu para cima de uma cadeira – Um minuto só. – todo o mundo se virou para Eike e prestou a atenção pedida – Queria dedicar apenas umas palavras à Lua e ao bebé que vem ai. Conheço Lua desde os nossos 17 anos. Me apaixonei por essa garota inteligente, lutadora e bem bonita, né? – alguns riram. – Devo confessar que é das pessoas que eu vejo mais batalhadoras, apesar da vida difícil que leva. Apensar de alguns não saberem, Lua sofre de Hipertensão que agora está controladíssima pois ela quer levar a vida como uma pessoa normal. Uma pessoa que namora, que casa e quem te filhos. Alguém que ama, sofre, mas é amada. Do que depender de mim, sempre será assim. – Eike sorriu pra mim – Queria agora fazer um brinde a ela e ao bebé. – todos levantaram os copos – Que venha com saúde, linda e inteligente como a mãe. 

   Todos batemos levemente com os copos uns nos outros. Recebi mais parabéns e declarações. Confesso que me senti nas nuvens, por uns belos momentos. 

- Obrigada. – abracei Eike

   A certa altura, não vi o Arthur na sala e tive medo do que ele poderia estar fazendo.
   Num canto, conversando com Yasmin, encontrei Mark. Fui até eles e agradeci a vinda até cá.

- Viram o Arthur? – perguntei depois
- Não. Não vi. – disse Yasmin
- Eu vi ele saindo. – ele apontou para a porta – Não o vi mais.
- Vocês se falaram?
- Não. Mas ele me viu chegar.
- Eu espero que vocês voltem a ser amigos como de antes
- Eu também. – respondeu Mark – Quero que ele entenda que eu sou amigo dele, por isso fiz aquilo. Mas acho que ele é burro de mais para entender isso.
- Deixa, um dia passa. – comentou Yasmin – Falemos de você, mamãe linda. Recebeu muitos presentes? Viu o que eu dei?
- Tenho recebido imensos. Eu não sei nem onde vai caber tanto. – gargalhei – E sim, adorei o que você trouxe. O meu bebé está sendo muito mimado já.
- Ele merece. – Yasmin colocou a mão na minha barriga

   Parecia um chá de bebé, apesar de faltar tanto tempo ainda para ele, ou ela, chegar. 
   As pessoas foram se despedindo e agradecendo por este convívio entre todos. 

(…)

- Eu estava irritado! – Arthur se justificava – Queria que eu armasse barraco? 
- Era só o que me faltava, mesmo! – dizia eu irritada – Você não sabe se controlar? São tudo ciúmes?
- Ciúmes? Pelo amor de deus Lua. Somos casados. Não existe isso, de ciúmes. – ele cruzou os braços
- Ah não? – eu ri irónica – Pois os seus comportamentos foram dignos disso.
- A culpa foi sua! Toda sua! – Arthur gritou – Você convidou as duas pessoas que hoje em dia eu tenho mais raiva.
- Você disse “todo o mundo, menos o Eike”. Aí eu convidei o Mark e nem um “oi”, se  você deu pra ele! – cruzei os braços
- Ele é um traidor!
- E você é burro! Burro! – repeti, pra que ele entendesse de uma vez
- Chega disso! – ele pegou uma coberta – Vou dormir no sofá.
- Vá! Fuja com o rabo entre as pernas (ditado português). – gritei, antes que ele saísse do quarto – Eu sei a razão de você estar assim. Ficou com ciúmes do Eike me ter dito aquelas palavras lindas e você não. Mas tudo começou porque você nem queria essa festa! – gritei pra ele. Ele continuava na porta, com a coberta na mão, de costas viradas para mim – Será que um dia você vai amar tanto esse bebé como eu? – questionei, já com lágrimas nos olhos.   

Aêê, assim gosto dos comentários.
Estou demorando mais porque estou em época de provas. Se amanhã eu não postar, vocês já sabem!



8 comentários:

  1. queria mais hoje :( como vc tá em epoca de provas, podia postar dois capitulos da proxima vez.. chega da pena só ler um...

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  2. é a situação pode ficar preta por Arthur se ele não tomar cuidado

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  3. Oonnnw, Fiquei tantos dias sem internet! Aiin que saudadee, da sua weeb criis! Te adoroo continua! O Arthur vai mudar, eu sinto que siim! Bjss a anny viajou para Nova York, Graças a deus o pai dela tem condições, por isso ela ta sumida! Bjkss
    By:Rafa,

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  4. vc tem esse video da foto ai de cima ?

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  5. Sabe, eu ñ sei prq, mais eu ñ gosto do Eike, apesar de ele ser um cara do bem... Eu acho ê prq ele "gosta" da Luh de outro jeito e ñ como amigo, e eu odeio isso, no meu pensamento só o Thur Pode gostar ( amar) a Luh (eu sou Louca por LuAr 😍)...
    Web Perfeita 😍❤️😍 maissss please ❤️... Thur meu Lindo😍, por favor, o q vc esta esperando pra dar valor pra esse Bebe ?!? Cara a Luh é sua Mulher!! Vc devia é estar Feliz! ( ñ liguem eu sou Loukita, as vezes kkkk )

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  6. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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