Capítulo 21-Escape

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P.OV’s Lua Blanco
Vesti a calça de moletom preta e o top de renda branca. Era noite, e assim que chegamos da exposição de carros, Aguiar trocou de roupa e saiu novamente, não duvido que tenha ido para a farra já que estava cheio de correntes de ouro no pescoço, e roupas mais sofisticadas, comparada ao smoking que vestiu para ir á exposição, e ele vestido em um smoking... Céus!
  Antes de Arthur sair, ele ordenou que eu procurasse Rose para me ajudar á procurar um quarto de hóspedes, pois essa noite ele ocuparia o quarto de jogos. E muito provavelmente, eu escolherei o quarto mais afastado de lá, não quero ter que dormir escutando latidos de qualquer cadela.
-Rose. –chamei a senhora que estava virada parada para a pia lavando as últimas louças do dia.
-Olá, Lua. –Sorriu amigável e retribui.
-Você pode me ajudar á escolher um quarto de hóspede?
-Claro. –Assenti.
  Sentei no sofá de couro vermelho, e cruzei as pernas.
  Julie. Eu imploraria para que Arthur deixasse-me ver ela mesmo que fosse só por alguns minutos. Eu não me importaria, contanto que tenha ficado ao lado dela. Faltava menos de um mês para seu aniversário de quatro anos, e eu precisava comparecer, pois tinha quase certeza de que, Rachel faria uma festa, e do jeito que ela gosta de gastar o dinheiro do idiota do meu pai, tenho certeza que não seria uma “festinha”, e sim um festão em um salão caríssimo.
-Vamos? –Rose tirou-me do meu transe.
-Claro.
  Subimos a escada em silêncio e entramos no quarto iluminado somente pela pouca luz que a noite transmitia. Peguei as roupas mais comportados que havia tirado do guarda-roupa e Rose tirou um molho de chaves do seu avental, e por alguns segundos me perguntei de onde ela havia tirado aquilo, já que Aguiar deveria guarda as chaves dos cômodos em seu escritório. Ele dever ter deixado para ela antes que saísse.
-Quer que eu abra todos os quartos para que escolha?
-Não, só quero o mais afastado do quarto, o qual eu estava. –Ela riu baixinho.
-Claro.
  Caminhamos para o lado oposto daquele quarto, e  ela destrancou o último quarto. Deu espaço para que eu entrasse, e permaneceu do lado de fora, me observando. Olhei ao redor e era bem espaçoso. Tinha uma cama com lençóis brancos, recostada na parede pintada de verde bebê, e ao seu lado, um tapete branco felpudo tomava seu lugar. Um armário de madeira branca estava encostado na outra parede, e á poucos centímetros dele, tinha uma enorme janela branca, sua moldura era de madeira branca, porém ela era de vidro e estava fechada, apenas uma cortina branca transparente á cobria. Um pequeno reque braço tinha seu espaço na frente da cama, e tinha uma porta que dava entrada para outro cômodo, suspeito que seja o banheiro. Uma porta de vidro do lado oposto da cama estava aberta, e tinha as mesmas características da janela. Era um lugar extremamente agradável, isso é certeza.
-Quer conhecer outros quartos ou está satisfeita com esse? –Rose perguntou após os segundos silenciosos.
-Gosto deste. Obrigada. –Ela assentiu.
  Tirou a chave do quarto do molho de chaves, e a colocou em seu devido lugar da porta.
-Boa noite, Lua.
-Boa noite, Rose. –dito isso, ela encostou a porta.
  Deixei as roupas na cama, e abri o armário para guardá-las.
  (...)
  Desci a escada, e andei em passos vagarosos até a mesinha ao lado do sofá. Aguiar deveria ter muita confiança em mim para me deixar em liberdade na sua casa, ainda mais com um telefone por perto. Mas, ele estava enganado se acha que ficarei trancada em pleno sábado na sua casa.
  Estava quase desistindo, quando Melanie atendeu no terceiro toque da quarta ligação.
-Merda... –resmungou do outro lado, e reprimi minha risada. –Alô?
-Oi. –disse simples, esperando que ela reconhecesse minha voz.
-Lua? Ai meu Deus! Isso só pode ser um sonho. É você mesma? –perguntou apressada.
  Gargalhei.
-Sim, gatinha. Sentiu minha falta?
-Isso é um trote? Você está viva! Ai meu Deus. –sua voz estava animada, parecia até que estava emocionada.
-Sim, Melanie. Como você está?
-Essa pergunta deveria ser minha. –Ri. –Onde você está?
-Não posso dizer. Mas, o que você acha de me encontrar agora?
-VOCÊ ESTÁ FALANDO SÉRIO? –ela berrou e tive que afastar o telefone.  –Eu ia sair com o Alex, mas tudo bem. Não me importo mesmo, porque acho que aquele puto está saindo com uma nova piranha loira do ballet. –Ri.
-Você? –fiz graça.
-Se fode, amiga. –resmungou.
-Vou me arrumar, e preciso arranjar algum disfarce pra sair daqui.
-Eu quero saber de tudo.
-Vou dizer, mas você vai precisar ficar calada.
-Tudo bem. –ela murmurou após bufar. –Quer algum lugar agitado ou mais calmo?
-Mais calmo para conversarmos, e você vai ter que me bancar, porque estou sem grana nenhuma.
-Pobre. –Ri. –Que tal, no pub Brocled?
-Era pra ser calmo. –Bufei.
-Mas, é calmo! Em baixo é bar, e em cima restaurante.
-Tudo bem. Estou lá em menos 30 minutos.
-Está bem. Tchau, Lua.
-Tchau, Melanie.
  O quarto já estava ficando extremamente bagunçado com tantas roupas que eu jogava no chão atrás de algo para vestir. Odiei-me quando percebi que peguei as roupas mais comportadas daquele “armário de puta”. Segurei o short jeans claro e cintura alta que estava estirado no chão e o cropped de renda vermelha com mangas curtas. Estava calor, podia-se perceber isso através da sacada do quarto que não exalava vento algum, só o ar abafado.
  Troquei-me naquele mar de roupas mesmo, e calcei a rasteira vermelha escura da cor do cropped. Deixei o cabelo solto em cascatas, e dei leves batidas no rosto para ganhar cor já que eu havia esquecido qualquer coisa relacionado á beleza naquele maldito quarto.
  Entrei na cozinha para colocar minha idéia em prática, e tinha que dar certo, se não estaria ferrada. Abri as gavetas de baixo da pia, e as vasculhei, não havia nada. Merda.
  Pular o muro dos fundos não seria uma má idéia, mas eu chegaria ao chão, toda ralada. E sair da mansão como alguém normal seria uma péssima idéia.
  Abri a dispensa da cozinha, e meus olhos grudaram nos uniformes perfeitamente dobrados na última prateleira. Ponto para mim. Vesti o vestido preto com babados brancos por cima da minha roupa. Fiz um coque no cabelo e passei a toca por cima. Rose não se importaria de emprestar suas roupas, seria por pouco tempo, e além do mais havia mais dois uniformes dobrados. Eu não colocaria aqueles tênis nem que me pagassem, só espero que os seguranças não suspeitem por causa das rasteiras.
  Sai pela porta dos fundos, e caminhei pelo jardim e segui a estrada de pedrinhas que levava até frente da mansão. Estava escuro, mas podia-se enxergar três seguranças circulando por uma salinha de vidro que ficava encostado aos muros com cercas elétricas e ao lado do enorme portão no estilo imperial.
-Boa noite. –murmurei para eles.
-Olhem só, que empregadinha gostosa que o Aguiar arranjou. –um loiro alto exclamou para que os outros escutassem.
  Eles riram. Desgraçados.
-Estou indo ao mercado para comprar algumas verduras e não demoro.
-Mercado no sábado á noite? –o moreno perguntou.
-Sim. Preciso comprar algumas coisas para o almoço de amanhã, e como ainda não passou das 10 p.m  tenho tempo para encontrar o mercado aberto. –falei com firmeza na voz para que eles não suspeitassem.
-Tudo bem. Abre o portão pra ela, Joshua. –exclamou ainda me encarando.
-Obrigada.
-Gostosa! Ainda vou realizar meu fetiche de foder a empregada gostosa do patrão, que aposto que ele já comeu. –gritou enquanto eu me retirava.
  Nojento.  
  Andar até o pub com aquela roupa ridícula, e suportando olhares de velhos escrotos estava sendo uma humilhação.
  Avistei a loira de costa. Ela estava vestida em um vestido preto de alças finas, e calçava rasteirinhas brancas.
-Isso é um assalto, passa a bolsa. –murmurei com a voz grossa, e com o dedo indicador na sua cintura, simulando uma pistola.
-LUA! –ela gritou fazendo todos que estavam na frente do pub nos olharem.
-Meu Deus! Não grita. –Ri, enquanto ela me sufocava com seu abraço.
-Eu senti tanto a sua falta. –Ela beijou minha bochecha e me abraçou novamente, e dessa vez retribui.
-Eu também senti a sua, loira.
  Ela se afastou para me observar, e caiu na gargalhada, sem se importar com os olhares direcionados á nós.
-Você está ridícula. –murmurou entre sua risada que não cessava.
-Obrigada, Mariah. Está ajudando muito. –Bufei.
-Falando sério, você está com roupa por baixo, não é? –perguntou com a mão na frente da boca para evitar mais uma risada.
-Estou.
-Ótimo, porque meus planos para hoje á noite, não é só conversar, e sim pegar uns gatinhos com a minha melhor amiga, e acho que não vou conseguir atingir meu objetivo, com ela vestida de empregada. –Ela deu uma risadinha baixa, observando meu estado critico. –Tudo bem, eu parei. Mas, pelo amor de Deus, tire essa toca antes de entrarmos no pub, e você irá direito para o banheiro para tirar isso. –Ela puxou a toca do meu cabelo e me empurrou em direção á entrada do local.
  Abaixei a cabeça quando o segurança me olhou abismado por minhas vestimentas.
(...)
-Pizza de pepperoni, pode ser? –Melanie perguntou.
-Pode. –murmurei.
  Ela chamou a moça que circulava de patins entre as mesas, e apontou para a pizza no cardápio. A morena anotou em seu bloquinho, e saiu patinando, partindo em direção á outra mesa.
-Pode começar. –ela disse animada.
-O que você quer saber? –Cruzei os braços em cima da mesa.
-Onde você mora, se você está se alimentando bem, se Aguiar te trata bem, se você está fazendo faculdade...
-Tudo bem, eu já entendi. Mas, eu estou bem longe de fazer faculdade. –Fiz uma careta para ela.
-Começa. –ordenou com os olhos cerrados.
- E os últimos tempos tem sido, bastante difícil para mim. Ele já me colocou em uma de suas boates, e me fez virar uma prostituta barata...
-Você já distribuiu? –Ela me observou incrédula.
-Melanie, é sério. –murmurei irritada por ela ter feito sua piadinha de mal-gosto.
-Desculpe.
-Tudo bem. Deixe-me continuar. –Ela assentiu. –Eu já levei algumas surras dele por ter ultrapassados alguns limites, e se ele não tivesse piedade, eu não estaria nem aqui para contar história. E, agora estou em sua casa como sua puta fixa, e ficarei lá dependendo do meu comportamento. A mãe dele é legal, e a empregada também. São ótimas pessoas, mas ele passa longe disso. Ele é meio cafajeste, sabe? E eu gosto disso.
-Você está gostando dele?
-Eu não disso isso, mas gosto da forma que ele me deixa excitada em segundos.
-Está liberando a tarada que eu tinha quase certeza que já existia em você. –Ela balançou a cabeça negativamente.
(...)
-Quer descer para beber uns drinks?
-Só se você pagar. –murmurei risonha.
-Cachorra. –Ela riu e levantou da sua cadeira.
  Descemos para o bar que ficava no primeiro andar e fomos direto para os banquinhos de madeira, recostados no enorme balcão repleto de pessoas. Do outro lado do balcão, tinha um enorme painel vermelho com detalhes dourados, dando um ar de elegância no ambiente agradável.
-Lua! Que surpresa boa. Eu estou indo encontrar o Aguiar, e não seria uma má ideia lhe dizer quem encontrei em um local como esses. –Arrepiei-me e girei no banco, dando de cara com Chay, acompanhado de uma bela moça com pernas torneadas e cabelos castanhos escorrendo até suas cinturas finas.
  Ele revisou seu olhar entre em mim e Melanie.

E pronto, aqui está o prometido!

17 comentários:

  1. ++++ pede pra Lice escrever mais pf,ela faz muita falta abri a pagina e n ta um cap novo cm 21 :)

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  2. Ai meu Deus o Chay n pode contar :#

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  3. Quero,nao necessito de mais pf :)

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  4. A autora e a Alice num e ? Pf posta ++

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  5. Socorro, Lua ferrada.com :X
    webb toppp de mais *O*

    Senhor ilumina mente da Alice pra mandar mais capitulos \O/

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  6. Chaaaaay cala esse bico :x
    Lice tem que mandar mais capítulos! ♥

    Mandy S.

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  7. Postaa maisssssss.. Essa webb eh perfeitaaaaaaaaaaaaaa

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  8. Posta mais um,adoro essa web!

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  9. Ah nao isso é covardia posta mas por favor! !!

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  10. Amandoooooo...posta++++++++++++pf

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