Capítulo 20- Exposure

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P.O.V’s Lua Blanco
Meu corpo se encontrava dolorido, e com hematomas roxos do pescoço aos meus seios. Na cintura e coxa havia marcas vermelhas que seus dedos fizeram ao pressionarem minha pele, e meu cabelo estava absurdamente bagunçado, evidência de uma ótima transa.
Girei o registro e me pus em baixo do chuveiro que jorrou sua água gelada por todo meu corpo. Meus pêlos se arrepiaram de imediato e involuntariamente cruzei meus braços em frente ao corpo, em tentativa de me proteger do frio repentino. Lavei os fios de cabelo suados com um shampoo que havia ali, e fiz tentativas inúteis para sumir com as marcas fortes.
Estiquei meu corpo e alcancei á toalha de algodão branca que antes estava pendurada em um gancho de ferro. Espremi o cabelo com a mão e passei a mão no rosto para tirar os resíduos de água.
Arthur dormia como um anjo. Daquele jeitinho, com aquela expressão, naquela posição, ele nem parecia um traficante.  Se existissem anjos, eu diria que ele é um dos mais belos. Seu cabelo  escuro estava bagunçado, sua boca inchada entre aberta, e seu rosto amassado no travesseiro com fronha de seda.
Caminhei devagar para não fazer barulho no cômodo, e com cuidado abri a porta do armário. Usar aquelas roupas seria mais como estar nua. Sei que não poderei sair do quarto sem a permissão de Aguiar, mas poderei ousar disso enquanto ele estiver apagado. Para me livrar dos olhares intimidadores dos seguranças da mansão, peguei um moletom de tricô creme, e um short de algodão cinza com dois finos fios na frente para ajustar. Certo, eu não estaria tão livre dos olhares assim, mas não duvido que essas peças sejam as mais comportadas do armário. Penteei os fios úmidos e os joguei para o lado, cobrindo meu ombro direito, e consequentemente meu busto.
Ele ainda dormia, calmo e tranqüilo. Andei até a porta, e girei o batente com cuidado, enquanto meus olhos permaneciam grudados em Arthur, atentos á qualquer movimento.
O corredor estava silencioso, e vazio, suspeito que Arthur seja o único morador do local. Desci as escadas e olhei em volta do hall de entrada, não havia ninguém. O cheiro maravilhoso de bacon atingiu minhas narinas, aquilo era minha perdição, mesmo sabendo que minha nutricionista me esganaria.
-Bom dia. –cumprimentei a senhora dos cabelos vermelhos que estava concentrada em girar a espátula em repetidos anéis.
Ela olhou para trás, balançou a cabeça negativamente, e piscou antes de dizer algo.
-Bom dia, Lua. Está aqui em baixo com consentimento do patrão?
-Hm... Não, a verdade é que ele ainda está dormindo. –Assentiu levemente. –O cheiro está ótimo.
-Obrigada. –Sorriu.
Sentei em um dos bancos que estavam em volta da bancada, e me debrucei na pedra gélida de mármore. Na cozinha, havia uma enorme porta de vidro e cortinas brancas, quase transparentes a cobriam.
-O que tem lá fora? –perguntei a Rose que começava a servir o bacon dourado, junto dos ovos gordurosos em um único prato.
-Piscina. –respondeu simples. –Sr. Aguiar sempre dá festas lá. –Assenti.
-Você não gosta de conversar, não é? –Ela me olhou por poucos segundos e deu de ombros.
-Bom dia! –cumprimentou uma mulher elegante, vestida em um vestido creme com pedrinhas nas mangas, e sapatos dourados.
-Bom dia, Sr. Kátia. –disse Rose.
Ela tinha cabelos escuros que emolduravam seu rosto liso, e belos olhos grandes e azuis.
-Quem é a moça? –perguntou olhando para mim.
Pulei do banco, a fazendo se afastar para me observar.
-Oh, eu sou Lua, desculpe. –Ofereci minha mão para cumprimentá-la.
-Eu sou Kátia, a mãe de Arthur. –Um arrepio percorreu por toda minha espinha, assim que ela citou o nome dele, e apenas me tirou do meu transe ao apertar minha mão.
Céus, ela tinha idade para ser mulher dele. E em nenhum momento passou por minha cabeça que ele morava com a mãe, mas com certeza essa mansão não é dela, talvez ele só a deixe morar em sua propriedade.
-Tem lindos olhos. –murmurou Kátia do outro lado do balcão e levou um copo d’água ao lábios pintados de batom rosa fosco.
-Igualmente. –Sorri amigável.  
-CADÊ LUA? –Pulei involuntariamente do banco ao escutar a voz rouca de Arthur que agora parecia estar absurdamente irritado.
-Calma filho, ela está aqui! –Kátia disse alto para que ele escutasse.
Ele vestia uma calça de moletom cinza, seus cabelos estavam bagunçados, o deixando sexy, e os quadradinhos rígidos de seu abdômen estavam completamente expostos, porém sua expressão era completamente diferente. Seu maxilar estava contraído, e seus globos cor de mel, me intimidavam. Céus, ele consegue fazer isso com tanta facilidade.
-Venha comigo. –Olhei para Rose, e ela dividiu seu olhar entre mim e Arthur. –Lua. –disse novamente com a voz arrastada e impaciente.
Levantei do banco e caminhei em passos lentos em sua direção, o fazendo bufar, e passei na sua frente. Subi á escada em passos lentos e silenciosos, tentando adiar o que aconteceria em minutos.
-Vá mais rápido. –murmurou sua voz atrás de mim.
Aumentei os passos ao me dar conta que eu não poderia adiar, pois aconteceria, e o que estava fazendo era apenas perca de tempo.
Sua mão segurou meu braço fortemente, que fez meu sangue esquentar, e com nossos corpos grudados, ele invadiu seu quarto, e me empurrou contra a porta, fazendo minha costa se chocar na madeira e um baixo gemido de dor escapar dos meus lábios.
-O que você estava fazendo lá embaixo? –grunhiu.
-Des-culpe, eu só queria sair do quarto. –minha voz vacilou, e em um movimento rápido sua mão estava em volta do meu pescoço.
-Eu lhe dei permissão? –Balancei a cabeça negativamente. –Se eu não dei, você não deveria estaria lá, e muito menos conversando com Kátia. –Seus dedos fortes apertaram meu pescoço com mais força e involuntariamente minhas mãos foram parar em seus pulsos na tentativa de tirar sua mão de meu pescoço, mas ele era muito forte.
Meu ar ia se esvaindo dos meus pulmões ao poucos, tão dolorosamente e lentamente. Com o joelho, lancei um golpe certeiro em seu membro e Justin se afastou de mim, com a mão lá, a testa franzida, e os lábios rosados comprimidos, simulando sua dor.
Enquanto, ele tentava aliviar sua dor, eu tentava respirar normalmente e recuperar meu ar. Fazia tempo que não tomava meus remédios, mas nem quando levei uma surra de Arthur tive um ataque de asma, não poderia ser agora que eu teria, e céus.... Eu estava quase rezando para minha respiração controlar-se. 
-Lua, desça. Eu não quero lhe machucar. –disse curvado na cama, e com a mão massageando seu pênis por cima da calça. –DESÇA AGORA! –gritou, fazendo-me pular e sair do quarto antes que ele levantasse.
(...)
Kátia é uma boa pessoa. Conversamos, mas não mencionei o fato de que era uma garota de programa por causa de Arthur, ou que estou aqui porque sou obrigada, apenas fugi dos assuntos quando ela estava preste a perguntá-los.
-Não precisa fazer isso, menina. –murmurou Rose, ela insistia para que eu não a ajudasse á levar os pratos para a pia.
-Está tudo bem, Rose. Eu não tenho nada melhor para fazer. –Balançou a cabeça negativamente.
-Sr. Aguiar lhe machucou? –perguntou, fazendo-me parar de recolher os copos da mesa. Ela realmente queria conversar.
-Não, apenas ficou chateado porque não avisei que desceria.
-Não é isso que sua pele me diz. –murmurou, olhando para o meu pescoço.
Dei de ombros, sorrindo sem graça, e subi um pouco do moletom.
-Arthur está lhe chamando. –exclamou uma voz diferente na cozinha.
Ele era loiro e tinha pouco cabelo, seus olhos eram azuis e estava com as mãos nos bolsos frontais.
Deixei os copos no balcão e olhei para Rose que fez sinal com a cabeça para que eu o acompanhasse.
Abriu a porta de madeira escura e deu espaço para eu passar. Arthur estava acomodado em uma poltrona, atrás de uma mesa espaçosa, e enquanto observava algo em seu computador, seus dedos brincavam com uma pistola. Olhei para o loiro, porém ele já havia fechado a porta, me deixando á só com Arthur.
-Venha até aqui, Blanco. Não sinta medo. –debochou.
-Eu não estou com medo. –murmurei, fechando os punhos.
Ele riu. Cachorro.
-Venha até aqui. –ele disse severo.
Andei até a frente de sua mesa, e com a mão, ele bateu em seu colo. Tive receio antes de sentar lá, mas eu não tinha escolha, ele me obrigaria.
Sentei em cima de suas cochas, mas para me atiçar e por seu prazer, ele posicionou suas mãos nas laterais do meu corpo e me puxou para senti-lo, duro e grosso. Me remexi desconfortável e gemi junto com ele. Isso é delicioso demais.
Iria repetir o ato, porém ele segurou minha cintura, me repreendendo. Arthur pegou a pistola em cima da mesa, e levantou o moletom de tricô á altura dos meus seios. Senti a ponta gelada da arma em contato com minha pele, e respirei fundo.
-Você não tem medo? –murmurou no lóbulo da minha orelha.
-N-não.
-Não escutei firmeza em sua voz.
-Eu não tenho medo. –falei firme.
-Vamos ver.
Um de seus braços apertou meu corpo, fazendo pressão, e escutei o gatilho da arma sendo destravado, fechei os olhos.
-Você é uma tremenda sortuda, Lua, porque eu não teria pena e nem dó em fazer um buraco em você... no sentido ruim. –riu safado. –Hoje você irá em uma exposição de carro comigo. Tem um vestido, um par de sapatos e jóias em seu quarto. E, amanhã quero você fora daquele quarto, pois só o uso para fazer os meus jogos.
-E onde irei dormir?
-Escolha um dos quartos de hospede. Irei pedir para Rose lhe ajudar.
-Isso quer dizer que não irei mais para a boate? –perguntei com um sorrisinho preste á tomar conta de meus lábios.
-Isso dependerá de suas atitudes, por exemplo: Eu não gostei nem um pouco da sua atitude em meu quarto.
-Eu não nasci para ser saco de pancada de homem nenhum. –murmurei com medo de seus atos, mas ele nem mesmo se moveu.
-Você não tem medo de mim, não é mesmo?
-Eu deveria?
-Não, você não deveria. Pode ir. –Deu dois tapinhas na lateral de minhas nádegas, e levantei de seu colo. –Espere. –Segurou minha cintura.
Arthur encostou-me na mesa de madeira e subiu meu moletom de tricô, deixando meus seios expostos. Ele passou a língua entre os lábios, os umedecendo e os levou até meu seio direito. Tombei a cabeça para trás e gemi, sentindo aquele contato maravilhoso. Ele mordeu o bico do outro seio, e me virou brutalmente de frente para a mesa, com as mãos agarrou minhas nádegas, e posicionou seu membro coberto entre elas.
-Agora sim, pode ir. –sussurrou no lóbulo de minha orelha.
Com as pernas bambas, caminhei para fora do escritório. Deus do céu, aquela foi a cena mais erótica que já me aconteceu em toda minha vida.
(...)
Eu estava como uma verdadeira prostituta de luxo. O vestido curto e cor de sangue marcava todo meu corpo, deixando-me desconfortável antes mesmo de sair de casa, e em meus pés havia um par de salto alto preto. O reflexo no espelho não me agradava nem um pouco. Em meus cílios havia rímel, e em meus lábios um batom nude, pelo menos na maquiagem eu podia pegar leve. Meu cabelo estava preso em um coque e apenas um cacho escapava do mesmo, e em minhas orelhas havia um par de brincos de pérolas.
Desci as escadas com os saltos fazendo barulho, e Arthur levou a atenção para mim, enquanto uma moça loira vestida em um vestido azul dava mordidas em seu pescoço e brincava com sua orelha. Fechei os punhos, e ele sorriu debochado, notando o meu ato.
Arthur levantou do sofá e ela levantou junto dele. Percebendo que eu estava ali, ela ajeitou seu vestido no corpo, toda sem graça.
-Vamos. –ele exclamou sem se importar em me admirar.
Odiei-me mentalmente por ter pensado nele cada vez que me olhei no espelho. Era tudo para impressioná-lo.  A vadia riu, e caminhou atrás dele. Aguiar com certeza havia dito para ela o quanto estava gostosa, mesmo que gostosa não seja o exato adjetivo que uma mulher queira ouvir. Talvez, putas como ela não se importam.
Entrei em silêncio na limousine e encostei minha cabeça na janela de vidro, enquanto o carro entrava em movimento. Ele saiu do banco á minha frente, o qual se amassava com a loira e se aproximou de mim, beijou meu ombro e aspirou o perfume do meu pescoço.
-Está calada demais essa noite. –Assenti. –Tudo bem, o que você tem?
-Eu não gosto da maneira que ela te toca. –Ele riu cafajeste.
-Você é minha, mas eu sou de todas. Coloque isso em sua cabeça. –dito isso, ele voltou para o outro banco.
E ao beijar a outra garota, me mostrou exatamente o que havia acabado de falar.
“Você é minha” Essas palavras ecoaram em meus ouvidos até o carro estacionar. Oh Aguiar, se você pensa assim está enganando á si mesmo.
Ele passou seu braço direito ao redor do meu corpo, e o outro ao redor do corpo da loira. Chegamos até seus amigos, e pude reconhecer o filho da mãe do Mika que machucou Sophia, se aquilo não fosse de grande importância, eu voaria no pescoço dele sem pensar duas vezes, mas não perderia minha pose de dama e além do mais, não gostaria que Arthur me castigasse mais tarde, ele faria mais que um aperto no pescoço e ai sim, eu desmaiaria por falta de ar. 
-Christina, vá buscar vinho branco para mim. –Arthur ordenou.
-Mas eles estão...
-Vá buscar! Eu estou com sede, e eles estão demorando á servir. –Ela abaixou a cabeça e saiu de seu lado.
Seus amigos estavam distraídos conversando sobre os carros, e com garotas pendurados em seus pescoços, os mimando.
-Está linda essa noite. –Ele colocou o cacho que escapava do coque atrás da minha orelha e alisou meu rosto. –Era isso que queria ouvir? –Assenti, sentindo minhas bochechas formigarem.
-Mas, eu ainda diria vulgar. Dessa vez teve uma péssima escolha, Aguiar. –murmurei.
-Eu imaginaria que ficaria gostosa nesse vestido, e está. –Beijou meu pescoço.
-Aguiar, olha aquela belezinha. –o loiro que estava na mansão mais cedo exclamou, e apontou para um carro mais distante.
“BMW i8 Spyder” era o que estava escrito na placa á frente do carro cinza com detalhes azuis.
-Você não está pensando em fazer isso, cara. –Arthur murmurou risonho.
-Amanhã, você irá vê-la na minha garagem.

Gente, a Alice me enviou outro capítulo. Se comentarem muito, amanhã eu posto mais um!

21 comentários:

  1. Ai posta mais pf,muita saudade dessa web ,nao seja mal :)

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  2. Cadê mais cap de Certezas? ! Posta + + + +

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  3. Mais um por favor,adoro essa web

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  4. Posta vai, por favor

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  5. Posta mais hj, essa web demora de mais

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  6. Maiiss, web perfeiita

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  7. mais por favorr adoro essa web maissssssssssssss

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  8. Posta Mais Cris amo essa web!

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  9. Coitada da Luinha,ele sente algo por ela ?? Posta ++++++ <3

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  10. posta maisss pfpfpf essa web é perfeita de maiss

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  11. Posta longo amo esssa web ela é demais e arthur é cafageste e
    gostoso e coitada da lua
    "PERFEITA"

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  12. Posta logo, essa web é a melhor, amo ela, manda o link do site da web original :p

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  13. Que dó de Lua mas espero que Arthur caia aos pes dela :D
    Adoreeeeiii *O* posta mais vaii *-*

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  14. Posta mais um Cris amo essa web,sinto falta dela!
    Arthur è um cafageste,tomara que a Lua se vingue

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  15. Que saudade dessa fic,posta outro *_ _*

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  16. Perfect posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++

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