A Promessa - Capitulo 24

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Capitulo 24
  Se eu fosse a rainha do mundo, não existiria dinheiro.
                                                                                   Diário de Lua Maria Blanco

A manhã seguinte estava nublada, com rajadas de neve esporádicas. Estava nos fundos, passando a ferro, quando Amanda se aproximou. Vestia uma malha de ginástica que acentuava suas curvas.
- Oi, Lua, você tem levantado peso?
Olhei-a intrigada.
- Não. Por que? 
- Não sei, você parece diferente. Está mais bonita. – seu comentário soou mais como uma reclamação do que como um elogio. – Meu namorado reparou – disse, e se afastou.
Não pude deixar de achar engraçado. A verdade era que eu me sentia mais bonita. Uma hora depois,contei para Mel sobre a conversa.
- É verdade, boneca. Nunca vi você tão estonteante. Nunca. E você sempre foi bonita.
- Ele me faz me sentir bonita. Ele me faz muito feliz.
Ela sorriu.
- A felicidade é bonita também.

Arthur passou na lavanderia para me buscar pouco depois do meio-dia. Como de costume, entrou pela porta da frente enquanto saiu dos fundos para recebê-lo, Amanda contornou o balcão.
- Oi, bonitão.
Detive-me quando a vi se aproximar dele. Mel estava nos fundos, passando camisetas, e também observava.
- o que ela  está fazendo? – subitamente seu rosto ficou vermelho. – ela está dando em cima do seu homem. Vou matar aquela diabinha – comentou, colocando de lado o ferro de passar. – vou enfiar sua cabeça em uma prensa.
- Espere – falei. – eu quero ver isso.
Amanda se mexia sedutoramente em sua direção.
- Posso ajudar?
Arthur parecia se divertir.
- Você deve ser a Amanda.
Ela sorriu de satisfação.
- Como você sabia? 
- Sua reputação a precede. Você se importaria de dizer a Lua que estou aqui?
Seu sorriso se desfez.
- Claro.
Foi até os fundos, surpresa ao encontrar Mel e eu paradas ali. Mel encarou-a, mas segurou-se.
- Seu homem está aqui – desdenhou.
- Obrigada, Amanda – respondi.
- De nada. Vou até o banheiro. – saiu enfurecida.
- A vingança é doce – falou Mel -, como néctar.
- Até logo, querida – falei.
- Bom almoço.
Arthur sorriu ao me ver. Recebeu-me com um abraço.
- Pronta?
- Pronta.
Quando estávamos no carro, falei:
- Então você conheceu a Amanda.
- Sim. Ela estava dando em cima de mim?  
- Sim.
- Ela não sabe que sou seu?
A maneira como falou me deixou feliz em vários sentidos.
- Ela sabe.
- Que piranha – comentou.
Cai na gargalhada.
- Eu simplesmente te amo.
                                                                                     Continua....

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