Capitulo 24 Parte 2
Exceto fazer compras, eu odeio qualquer coisa que envolva dinheiro, e a
visita ao banco foi ainda mais torturantes do que imaginara. Não compreendi
toda aquela conversa sobre pontos, linhas de créditos imobiliário e taxa de
juro variável. Ao final, tudo que entendi foi que consegui um empréstimo de
sessenta e três mil dólares.
Enquanto concluíamos a papelada, Arthur perguntou:
-
Você se importa que eu seja seu cossignatário no empréstimo? Assim não
terá de vir aqui toda vez que eu precisar comprar suprimentos.
-
Por mim, tudo bem – falei. – eu odeio essas coisas. Olhei para o
funcionário do banco. – sem querer ofender.
-
Imagine – falou. – você só precisa assinar aqui.
Assinei meu nome na linha indicada por ele.
Arthur perguntou;
-
De quanto precisa para cobrir sua hipoteca?
-
Vamos ver. São novecentos e trinta e sete dólares por mês, e estou
atrasada dois meses.
-
Quase mil e novecentos. Vamos pegar dois mil e oitocentos agora. Isso
irá cobri-la até abril, quando concluirmos a reforma da casa.
-
Parece bom – falei.
-
Registre o saque para Lua Maria Blanco – falou Arthur.
-
Retorno em um minuto – disse o atendente, levantando-se.
Disse a Arthur.
-
Obrigada por me ajudar.
Ele sorriu.
-
O prazer é meu – comentou.
Pela primeira vez em semanas,a torturantes dor da dívida passou.
Saímos do banco com uma pasta repleta de documentos.
-
Isso pertence a você – Arthur falou, entregando-me o pacote. – agora,
onde quer ir almoçar?
-
Em um dia como este, uma sopa até que ia bem.
-
Há uma pequena e ótima casa de sopas ao lado de meu apartamento. Eles
tem a melhor sopa de ervilhas secas.
-
Eu odeio ervilhas secas.
-
Não é a única sopa que servem – disse. – Mas é a que eu mais gosto.
A casa de sopas não era o que eu esperava. Era uma pequena espelunca
barulhenta, embora incrivelmente popular. Guardei uma mesa para nós enquanto
Arthur pegava nossas sopas – ervilhas para ele, e tomate com manjericão para
mim – com Coca Diet e um sanduíche de pernil para dividirmos.
Enquanto comíamos, falei;
-
Você disse que morava por aqui.
Arthur confirmou.
-
Logo ali, na próxima rua.
-
Posso ver onde você mora?
Ele demonstrou certo desconforto.
-
Não há muito para ver. É um apartamento no subsolo. Vim para cá sem um
lugar para ficar, e paguei o primeiro lugar que encontrei.
-
Não podemos ao menos passar na frente?
-
Se quiser – disse.
Quando acabamos de comer, entramos em seu carro e fomos até seu
apartamento. Entendi por que ele hesitava em me mostrar onde morava. O
apartamento alugado por Arthur ficava em uma casa velha e decrépita, com uma
caminhonete quebrada no quintal vizinhos, ao lado de uma pilha de escapamentos
enferrujados. A entrada para o apartamento ficava na lateral da casa, depois de
um lance de escada de concreto por um telhado de plástico amassado. Sua BMW
parecia notavelmente fora de lugar naquela vizinhança. Fiquei surpresa que
vivesse em um lugar tão precário.
-
Eu avisei – disse.
-
Não é tão ruim – respondi.
-
Está louca? – disse sorrindo. – É um chiqueiro. Este lugar faz o aterro
sanitário parecer o Central Park.
-
Você tem razão, é terrível. Não tem medo de estacionar o seu carro aqui?
-
Um pouco. Agora você sabe por que nos encontramos em sua casa. Mas não se
preocupe. Vou me mudar amanhã. Estou preste a fechar um grande negocio.
-
Voltou a trabalhar?
-
Nunca parei por completo. Sempre estive ligada em alguns negócios. Este é
um grande, pelo qual esperando.
-
Parece excelente.
-
Acredite, é dos grandes. E o melhor, é uma aposta certa.
Não fazia ideia de que sua aposta certa de algum medo me envolvia.
Continua....
"Não fazia ideia de que sua
ResponderExcluiraposta certa de algum
medo me envolvia." Ele vai roubar o dinheiro dela? :O