"Certezas" - 48º Capítulo

|


No capítulo anterior…

POV NARRADOR

“…Fico até com vergonha de escrever certos detalhes que ele me fez sentir. 
Aí a minha mãe nos flagra e pega em Arthur e joga ele para o outro lado da cama. Eu só tive tempo de pegar o lençol e esconder o meu corpo dela. Estava morrendo de vergonha. Arthur então nem se falava.

Ahh, mas eu queria tanto que aquilo acontecesse.”

Arthur não teve outra alternativa. Na primeira noite, dormiu mesmo dentro do carro. Na manhã seguinte, ligou aos pais e estes chegaram mesmo a dizer que ele tinha de voltar para Manchester.

- Pai, eu não posso ir para Manchester. A Lua está aqui.
- Mas os seus pais estão aqui! – o pai tentou ser mais teimoso
- Mas pai, a Lua…
- Se a mãe da Lua não te quer mais na casa dela, por alguma razão é. – Sr Aguiar jogou verdes para apanhar maduras
- Digamos que eu e a Lua fomos apanhados a namorar no quarto. – confessou Arthur - Eu não podia entrar no quarto dela, essas eram as regras, mas aconteceu
- Que falta de respeito! – repreendeu o pai de Arthur
- Eu só queria que você me ajudasse. Agora você e a mãe estão trabalhando e… será que podem me ajudar a comprar um apê?
- Um apê? Você quer comprar uma apê quando tem aqui uma casa?
- Essa é a vossa casa. Eu quero a minha. Por favor. – pediu Arthur
- Eu tenho de falar com a sua mãe.
- Tem como ser agora? 

Arthur estava realmente desesperado. Ele pediu uma folga ao seu chefe, que depois compensaria num sábado qualquer seguinte. Este dia ia ser dedicado às transferências de dinheiro no banco e à procura de um apartamento perfeito.
O pai de Arthur falou com a sua mulher e os dois decidiram ajudar Arthur. Afinal, o filho deles estava crescendo e, num dia ou noutro, ele tinha mesmo de ter as suas próprias responsabilidades e se libertar como um passarinho.

- Tem uma condição…
- Que condição?
- A sua mãe quer ir o próximo final de semana para o seu apê. 
- Mas é claro! – Arthur ficou contente – Eu sou cheio de saudades de vocês. Porque você não vem também? E eu queria mesmo que a mãe viesse cá pra me ajudar nesses negócios de mudança que eu não entendo nada. Ela podia aproveitar e me trazer umas roupas que eu deixei aí…

Então foi assim: Arthur procurou um apartamento que tivesse condições suficientes e que não fosse muito caro. Ele procurou na internet os anúncios com mais “likes” e viu as classes de todos os apartamentos. Escolheu um apê com dois quartos, cozinha, banheiro, sala de estar e outra de jantar, varanda nos quartos e ainda garagem do condomínio. Tinha piscina também. 
Ficava longe da casa da Lua. Provavelmente umas duas horas de carro.  

Ele falou ao pai o que queria. Arthur entrou em contacto com a agência e os dois entraram em um acordo. Ele ia mesmo comprar aquela casa e o primeiro dinheiro a ser entregue foi dado pelo pai de Arthur. As próximas prestações, Arthur é que ia pagar.

Aquela semana passou tão corrida. Lua ia fazer todos os dias de manhã o seu trabalho voluntário no hospital. Quando ela estava com crianças, o tempo passava rápido e realmente cuidar delas era uma coisa que ela gostava de fazer.
À tarde, ela ia fazer a sua caminhada saudável com o Pingo, seu bebé cachorrinho. A sua relação com a mãe não estava nos melhores dias. Lua culpava a mãe pela distância que agora Lua e Arthur sofriam, visto que ele agora tem um apartamento bem longe da casa de dona Blanco.

Arthur foi trabalhar no sábado combinado, mas na sexta anterior, à noite, fui buscar os pais à estação. Eles vinham mortos de saudades do filho. O primeiro abraço entre eles, depois de tanto tempo, deve ter demorado uns 10 minutos à vontade, sem nenhum se largar do outro.
Arthur foi então trabalhar. A senhora Aguiar, ficou arrumando todo o apê. Já o Sr Aguiar tratava de comprar mobílias e algumas coisas no supermercado que sempre faziam falta em casa. 

Arthur chegou do trabalho, no sábado, e viu a sua mãe arrumando e limpando bolo. Mais! Ela estava inclusive fazendo um bolo. “Que mulher é essa?” – pensou Arthur. “Como pode ela fazer tanta coisa ao mesmo tempo sem se mostrar cansada?” – pensou ele novamente. 

- Oh mãe, eu te amo! – disse a abraçando por trás – Obrigado por tudo o que vocês estão fazendo por mim.
- E o que é que uma mãe não faz por um filho? – se abraçaram novamente
- Obrigado mais uma vez!

O pai de Arthur chegou em casa e pouco depois, os três lancharam juntos.

Arthur agora tinha uma vida de um perfeito adulto. Ele trabalhava, ele tinha carro e casa. O que faltava? A sua princesa por perto.
Lua fez 18 anos, entretanto. Como presente de aniversário, teve uma pequena recaída e passou a noite no hospital. Tudo por conta de uma troca de palavras menos agradáveis com a mãe. Pois é, a briga ainda não tinha passado não.

- EU ESTOU FARTA! FARTA! ESTOU FARTA DE SÓ VER O MEU NAMORADO AOS FINAIS DE SEMANA. FARTA DE VOCÊ NÃO ME DEIXAR FAZER NADA! ESTOU FARTA DE VOCÊ E DAS SUAS ODENS! – Lua gritou
- Eu quero apenas te proteger. Será que não entende?
- Mas me proteger de quê? De quê? Mãe, eu estou feliz é ao lado do Arthur. 
- Isso é uma paixão de adolescente e…
- Não é não. Isto é um amor que vai durar para sempre, ou será que você não entende isso? 
- Você é que não entende. Eu só quero…
- Olha mãe, eu também quero muita coisa, sabe? – Lua foi irónica – Eu quero ir viver com o Arthur.
- Você o quê?
- Isso mesmo. Eu quero ir viver com o Arthur. Eu quero sair de casa.
- Você está tão bem aqui…
- Não, não estou. Você disse que a partir dos 18 anos eu podia fazer o que eu quisesse, então… Eu quero sair de casa!

Dona Blanco quase enfartou nessa noite. Ir viver com Arthur era algo que ela e ele já tinham conversado. Porém, Arthur não a queria forçar a nada. Mas ele tinha que confessar que o seu maior desejo era mesmo ir viver com Lua.
Lua por sua vez se via “obrigada” a fazer isso, pois a sua mãe andava insuportável. 

- Filha, pense bem. – pediu dona Blanco – Se eu faço o que faço, é porque me importo com você. Eu quero o seu bem.
- Mas você gostava do Arthur, porque razão agora não gosta?
- Não é que eu não goste dele… é só porque o Arthur está crescendo rápido de mais. Ele vai acabar se perdendo numa estrada desconhecida e você vai acabar indo no mesmo caminho. Ir viver junto implica muita coisa. Vocês são se ver quase 24horas por dia e vão se fartar num instante. É melhor cada um ficar no seu canto. No máximo… eu te deixo você ir passar os finais de semana na casa dele.

O que vocês acham? Lua deve ir viver com Arthur ou apenas ir passar na casa dele os finais de semana?
Não será cedo de mais eles irem viver juntos? 


7 comentários:

  1. Apesar de eles se amarem muuuuuitoooo eu acho que é muito cedo pra eles morarem juntos, eles precisam amadurecer um pouco mais pra fazer isso... enfim é minha opinião.
    Amando cada vez mais a web, posta mais.

    Piedade

    ResponderExcluir
  2. se o amor deles e grande desse jeito sim eu acho q ela devia morar com ele...bom isso é na minha opnião....

    ResponderExcluir
  3. Acho que ela devia ir morar com ele,pois como ele trabalha e ela é voluntaria no hospital,eles so si veriam a noite,entao nao enjoaria. #SoAcho

    ResponderExcluir
  4. Lua ja é maior de idade, entao acho q ela deveria sim ir morar cm o Arthur. Entendo a preocupação da mae dela, mas a senhora blanco ta pegando pesado

    ResponderExcluir
  5. Eu acho q eles sao novos mas a mãe da lua ta precisando de um choque de realidade pra acordar q a filha dela cresceu !

    ResponderExcluir
  6. Acho que deve ser aos poucos, primeiro ela vai pra lá nos finais de semana, depois de um tempo ir morar

    ResponderExcluir
  7. Eu acho que ela deve sim ir morar com ele

    ResponderExcluir