"Certezas" - 39º Capítulo

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No capítulo anterior…

POV NARRADOR

- Ele é lindo…
- Pode dar o nome que quiser – Arthur sorriu
- Eu vou chamar ele de pingo.
- Pingo? – Arthur riu dela
- É. Pingo. Pingo era o actor de uma novela que eu adorava ver todos os dias às 19horas da noite. Ele era gordo, adorava mexericos e me fazia rir muito. – Lua gargalhou se lembrando. Ela olhou novamente a foto do cachorrinho e passou o dedo de leve – Quem me dera poder toca-lo. Ele é assim tão pequeno como parece?
- Um pouco maior que uma pulga – Arthur riu – Quando eu vi, achei que era a sua cara e que você ia gostar.
- Achou que o cão era a minha cara? Como assim? – Lua se mostrou ofendida
- Ah, você sabe – ele riu sem jeito – O importante aqui é que por segundos eu te fiz sorrir. – ele se mostrou carinhoso com ela, porém, Lua corta o clima
- Eu gostei do cão. Mas é só isso… as coisas continuam iguais entre a gente.
- Exatamente! – ele sorriu – Estamos namorando. Temos agora um filhinho – Arthur riu – E eu te amo!
- Pára Arthur, pára! – Lua quase gritou – A gente não está mais juntos. Eu terminei tudo com você e…
- Desculpem interromper. – chegou a enfermeira – Ah, pensei que a visita de Lua fosse a dona Blanco.
- Aconteceu alguma coisa? – Arthur se mostrou preocupado
- Bom. Na verdade temos sim uma notícia boa… e bom, outra um pouco ruim.
- É por minha causa? Vou morrer? – Lua se sentou desesperada na cama. Tudo agora lhe passou pela cabeça. Fui imagens desde a sua infância até estes últimos dias. 
- Pára com isso Lua! – repreendeu Arthur – Do que se trata?
- Não podemos dizer. Mas não Lua, você não vai morrer. – a enfermeira sorriu para ela – Eu vou ligar à sua mãe. – a enfermeira saiu
- Eu tenho a certeza que é alguma coisa ruim sobre mim. Algo deve ter piorado a minha situação. É por isso que eu não quero mais que você esteja aqui comigo.
- Você não entende que por mais que você fale ou faça alguma coisa, eu nunca vou desgrudar de você? – Arthur olhos bem no fundo dos olhos de Lua e a garota desviou novamente – Você pode me bater, me chamar dos nomes mais feios desse mundo… posso até servir de saco de pancada, mas eu nunca vou sair do seu pé. Eu prometi pra mim mesmo que nunca te abandonaria e é isso que eu vou fazer. 
- Você só se ilude! – Lua suspirou sem olhar para ele – Um dia que eu morrer e você sentir a minha falta…
- Eu vou sentir realmente sua falta, caso isso aconteça. – Arthur a interrompeu - Mas também me vou lembrar de todos os momentos lindos que passamos juntos. Eu vou me lembrar de todos os “eu te amo” que saíram da sua boca e que agora você insiste em não me dizer mais.
- Eu estou tentando te esquecer e é isso que você deveria fazer comigo. Por mais que eu tente… eu nunca vou conseguir esquecer. É bem mais fácil pra você me esquecer, do que eu te esquecer.
- Lua, pára com isso. Eu não vou te esquecer, e fico feliz por você não me esquecer também. Afinal, somos feitos um para o outro.

Arthur aproveitava cada momento para se declarar diante de Lua, enquanto ela só dava “patada” nele. Ela pensava que assim ele ia ser mais feliz. Mas não. Longe de Lua, Arthur não era ninguém. Ele ficava triste com algumas reações dela mas entendia-a. 

A doença por vezes nos consome de tal maneira que temos vontade de deixar o mundo todo para trás e esperar o momento em que damos o último suspiro. Pensamos que assim será mais fácil pois o sofrimento acabada. Nós sofremos e as pessoas que nos são mais próximas sofrem em dobro. 

Dona Blanco estava trabalhando quando é chamada de emergência para à clínica. Ela ficou preocupada. Seu coração bateu a mil e a primeira coisa que fez foi ligar para Lua e ver o que se passava, pois a enfermeira não quis dizer do que se tratava.

- Filha? Você está bem, meu amor? – Lua respondeu que sim – A enfermeira me ligou e… bem, pensei o pior. – disse ela baixinho o suficiente para Lua não ouvir – Eu estou indo aí ao hospital. Até já meu amor.

Dona Blanco teve de tomar água rapidamente, caso contrário, ainda sofreria uma quebra de tensão. Ficou tão nervosa com a chamada repentina da enfermeira que conseguiu passar, por instantes, um pouco mal.
Dirigiu um pouco apressada até à clínica. Estacionou o carro no lugar de sempre e tomou o elevador. Bateu à porta antes de entrar no gabinete mencionado pela enfermeira. Quando entrou, viu uma mesa redonda no centro da sala com um monte de pessoas de farda branca em sua volta. 

- Boa tarde. – deu a enfermeira que falou ao celular com dona Blanco – Pode se sentar. A notícia que temos para você é óptima e convém mesmo que se sente.
- Do que se trata? – dona Blanco se sentou
- Está preparada?
- Estou mais nervosa do que preparada.
- Nós recebemos um doador para a sua filha.
- O QUÊ? – as lágrimas foram aos olhos de dona Blanco. Mas teria ela escutado bem?
- É mesmo. – a enfermeira riu ao ver a expressão de dona Blanco 
- E quem é? Eu posso saber?
- Claro… - a enfermeira respirou fundo pois o assunto não era fácil – Lua costumava falar com um menino, Miguel, que tem câncer. Ele faleceu esta semana. A mãe dele entrou em grave depressão e morreu também. Bom, na verdade, ela se suicidou, pois diz que não aguentava a falta que o filho lhe fazia. Mas antes disso, ela deixou uma carta para Lua. – a enfermeira pegou o papel dobrado e deu à dona Blanco – Ela diz que Lua foi das ultimas pessoas que fez o Miguel sorrir. Ela sabia do problema que Lua tinha e resolveu ajudá-la. Ela doou o rim à Lua… 
- Eu não acredito nisso… - Dona Blanco colocou uma não na boca enquanto chorava. Abriu a carta e leu palavra por palavra. Não acreditava que algo como isto podesse estar acontecendo.

Por um lado, ela estava muito feliz. Finalmente a sua filha podia dizer adeus a um dos seus problemas. Mas por outro, não sabia como ia dizer tal coisa à Lua.

- Como acha que a Lua vai reagir?
- Eu realmente não sei. – as lágrimas ainda insistiam em cair – Eu estou sem palavras. Eu quero o contacto da família dessa mulher. Eu quero muito falar com eles e… os agradecerem. – o choro se tornou mais intensivo – Graças a ela, a minha Lua vai encontrar um novo rumo para a vida. Eu acho que com o novo rim, ela encontrará forças para continuar a lutar. Eu sinto ela, estes dias, tão triste e tão distante. Ela já nem quer o namorado do lado dela…
- Pois, eu tenho conhecimento disso. Mas sabe uma coisa? – perguntou a enfermeira – Ela está fazendo isso porque ama ele. Ela está fazendo isso porque não quer que ele sofra. Mas não é caso para se fazer isso, ela ainda tem uma longa caminhada nessa vida…
- Eu espero que sim. Tudo o que eu mais quero é que ela melhore.
- Bom, passemos ao assunto da operação. Eu e os médicos aqui presentes discutimos esta semana os perigos que a Lua pode ter como consequência. Nós vamos a informar de tudo e depois, como a Lua é menor, você assinará ou não a autorização da operação.
- Mas é de risco?
- Sim. Visto que ela tem problemas cardíacos. Mas a probabilidade de acontecer alguma coisa errada é de 30%. Enfim… vamos lhe explicar tudo agora.

Amanhã tem mais! GENTEEE, NÃO QUERO QUE A WEB TERMINE KKKKK

8 comentários:

  1. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ URGENTE

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  2. Ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Posta Mais hojeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee pfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

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  3. Eu tmb Cris não quero q essa web termine 😞 Amando posta maissss pf!
    Ah, eu achei muito fofo o nome do cãozinho 😍❤️😍

    Ghabbyh

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  4. Nem eu quero que a web termine! Vai até que capitulo? Vai ter 2 temporada?....Ansioosa e amando a weeb!

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  5. Também não quero que a web acabe, quero mais :)

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  6. Eu também não quero que acabe, porque não faz segunda temporada Cris? Seria ótimo <3
    Chorei com esse capítulo, muito lindo.

    Mandy S.

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