A Promessa - Capitulo 21

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    Capitulo 21
Algo que perdeu logo ira aparecer.
                                             
                                Biscoito da sorte.
     No domingo á tarde, Arthur tocou a campainha por volta das cinco e meia. Abri a porta e o encontrei segurando três sacolas.
- Como você tocou a campainha? – perguntei.
- Com o cotovelo.
- Entre – falei. – Deixe que eu pego uma.
- Não sabia o quais ingredientes você tinha, por isso comprei tudo.
Levamos as sacolas para cozinha. Ele tirou o casaco, e começou a colocar os ingredientes no balcão. Havia arroz, molho de soja, cenouras, cebolas, ovos, peitos de frango, bife de porco, alho e cebolinha. Além disso, havia biscoitos da sorte, três pares de pauzinhos, três chapéus asiáticos e um pacote plástico cheios de grama.
- O que é isso? – perguntei, segurando o pacote.
- Grama. Eu não sabia onde encontrar feno.
- Você cozinha com feno?
- Não. O ano-novo Chinês é na próxima sexta-feira. E será o ano do cavalo,dai o feno ou, em nosso caso,a grama.
Aproximou-se e colocou um chapéu em minha cabeça.
- Você precisa usar isto. Regras do ministério da Saúde. – Amarrou a fita sob o meu queixo. – perfeito.
- Então você terá que usar o seu – falei.  Peguei outro chapéu, coloquei em sua cabeça e amarrei a fita. – você ainda parece um italiano. 
- Obrigada. – respondeu.
Havia outro chapéu com mais ou menos a metade do tamanho daqueles que usávamos.
- Você até trouxe um menor para Luana.
- Nós não gostaríamos que ela perdesse toda a diversão. Então, onde está Luana?
- Está coma amiga, na casa vizinha. Mas chamei-a pouco antes de você chegar, por isso estará aqui em alguns minutos.
- Ótimo. Vamos começar.
- O que você quer que eu faça? – perguntei, certa de que parecia boba debaixo daquele chapéu.
- Você providencio as bebidas?
- Não é muito chinês, mas eu fiz limonada. Tem também cerveja e soda na geladeira. O que mais posso fazer para ajudar?
- Você pode cozinhar o arroz?
- Deixe comigo.
- Onde você guarda suas facas?
- As facas estão na gaveta. A tábua de picar está debaixo da pia.
Enquanto colocava o arroz na panela, Arthur começou a picar as cenouras, o alho e as cebolas. Quando terminou. Colocou os vegetais em diferentes frigideiras para saltear. Em poucos minutos, a cozinha tinha um cheiro maravilhoso. Atrapalhando-me com os pauzinhos, peguei uma das cenouras da frigideira, assoprei e deixei que caisse na minha boca.
- Ooh, está bom – falei.
- Eu salteei os vegetais em manteiga e alho. O segredo é o alho.
- Eu amo alho – falei. – embora não exatamente no estágio inicial de um namoro.
- Eu discordo. O alho revela muita coisa. Um relacionamento que consegue resistir ao alho mostra que vale a pena.
- Guardarei isso em mente.
- Meu segredo para um ótimo arroz frito é se certificar de que cada ingrediente fique delicioso por si só, e não exceder no molho de soja. As pessoas sempre exageram no molho de soja.
- Vou me lembrar disso.
- Não é necessário – falou. – só precisa me pedir para prepará-lo para você.
- Gosto disso – falei.
Ele cozinhava o frango quando Luana voltou para casa.
- Mamãe!
- Estou aqui, meu bem.
Ela entrou na cozinha, deteve-se e olhou para nós.
- Oi, mamãe, onde você arranjou esse chapéu?
- O senhor Arthur os trouxe. Ele trouxe um para você, também. Quer colocar?
Seu rosto se iluminou de empolgação.
- Ahã.
- Venha aqui, então. – ela correu até mim. E eu coloquei o chapéu em sua cabeça e o amarrei. Ela estava adorável.
- Diga obrigada o senhor Arthur.
- Obrigada, senhor Arthur.
- De nada, senhora Luana. Estamos comemorando o Ano-novo Chinês. Você sabe o que é isso?
- Fizemos enchiladas na noite de Ano-novo – comentou Luana.
Arthur sorriu.
- Você é uma garota esperta. Os americanos comemoram o Ano-novo em 1 de janeiro, mas, na China, eles tem um calendário diferente, e o primeiro dia do ano é diferente do nosso.
Pude ver que ela pensava naquilo.
- O Ano-novo é um grande acontecimento na China. É o maior feriado que tem, é como o Natal aqui. Todo mundo se reúne com suas famílias, e fazem grandes refeições e trocam presentes. Á noite, eles soltam fogos e, pela manhã, os pais dão aos filhos envelopes vermelhos de dinheiro.
- Eu gostaria de ganhar isso – falou Luana.
- Sabe o que mais eles fazem? Antes do Ano-novo começar, todas as famílias limpam a casa muito bem, para que abrir espaço para a boa sorte do novo ano.
Luana balançou a cabeça.
- Meu quanto está limpo.
- Suponho, então, que estamos prontos. – Arthur sorriu para mim. –Acho que estamos prontos para um ano bom.
O arroz estava delicioso, assim como a conversa. Arthur tinha um interesse genuíno em Luana, e parecia fascinado com tudo que ela tinha a dizer. Depois da refeição, Arthur distribuiu biscoitos da sorte e os quebramos para ler as mensagens.
- ‘’Algo que perdeu logo irá aparecer’’ – li.
- Intrigante - falou Arthur. – você perdeu algo?
Olhei-o e confirmei.
- Temo que sim.
Nesse momento, Luana estendeu-me a sorte dela.
- Leia o meu.
- ‘’ você terá uma vida longa e feliz.’’ Esta é muito boa. O que diz a sua, Arthur?
- ‘’Uma boa reputação é algo a se prezar.’’ – olhou-me e franziu a testa. – isto não é exatamente um sorte. Biscoitos da sorte deveriam dizer algo que acontecerá no futuro, como: ‘’ Você irá acertar na loteria’’ ou ‘’Sua casa vai pegar fogo’’. Entendeu, qual é o propósito disso?
- Você não acha melhor não saber o futuro? – perguntei.
- Por que diz isso?
- Se soubéssemos como todas as coisas se desenrolariam, talvez nem ao menos tentássemos fazê-las.
Sua fisionomia pareceu abatida.
- Talvez – disse. Depois de um tempo ele se levantou, e disse; - Está bem, vamos lavar os pratos.
- Não, eu lavarei mais tarde.
- É muito mais rápido se... 
Inclinei-me e coloquei meu dedo em seus lábios.    
                                                                                  Continua....

5 comentários:

  1. Amei *-* fofos. Posta mais hoje?

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  2. Se tiver mais de 5 comentários. Sim

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  3. Q lindooooos to amando a web parabens

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  4. Comecei ler essa adaptaçao tem pouco tempo, to adorando. Vou comprar o livro. So n prometo comentar sempre pq n posso. Bjs
    Anna

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