A Promessa - Capitulo 19 Parte 3

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Capitulo 19 Parte 3

- Uma traidor compulsivo. Sinto muito.
- É, eu também – falei,surpresa por me abrir tanto. – o fato é que eu mal desconfiava. Vivia em uma terra de fantasia,onde a vida era doa e a família era o que me bastava. Acho que estava errada.
Arthur balançou a cabeça. 
- Você estava errada. A família é o que basta. – E olhou-me nos olhos. E como você está?  
Respirei fundo, expirando devagar.
- O fato é que juras quebradas são como espelhos despedaçados, deixam sangrando os que se atinham a eles, e os deixam contemplando imagens fraturadas de si mesmos.
- Isso é muito poético.
- Um coração partido cria essas coisas.
Naquele instante, a garçonete chegou. Carregando um grade prato.
- Aqui está o couvert. Almôndegas sueca, molho de ervas europeias, patê de mexilhões e uma batida de banana para limpar o paladar. Voltarei num instante com suas saladas..
Quando se afastou, dei um gole no vinho, e usei um garfo pequeno para pegar uma almôndega do prato de estranho.
- Eu adoro isso – Arthur falou, observando-me.
- Quem não gosta? – respondi. – adoro vir aqui. – terminei de mastigar e falei: - E., então, não sei ao certo a sua idade. Em que ano você se formou?
Abaixou a cabeça por um instante. 
- Bem, na turma de...oitenta?
Sorri.
- Isso me pareceu um palpite. Tem certeza? 
- Absoluta.
- Então sou mais velha que você.
- Quanto? – perguntou.
- Dois anos.
Coçou o queixo.
- Você é velha. 
- Ainda dá tempo de voltar atrás – falei.
- Acho que não. Nós já fizemos os pedidos.
Sorri.
- E. Então, sabe do que mais sinto falta dos velhos tempos?
- Ainda somos jovens demais para falar em velhos tempos – respondeu.
- Está bem. Dos anos setenta, então.sinto falta da musica daquele tempo. Era divertida. Nada de rap, dessa coisa contra a polícia.
- Eu gosto de rap – ele comentou. – ele comentou. - Ao menos de alguns Mas você está certa, a musica era mais inocente naquele tempo.
- Qual era a sua banda favorita?
Ele mergulhou um pedaço de pão no molho de mexelhões.
- Não sei se tinha uma favorita. Sou bastante eclético. 
- De onde você veio?
- De Capri.
- Capri?
Confirmou.
É uma ilha na costa sul da Itália.
Tomei um cole de vinho.
- Você é italiano, então.
- Tenho dupla. cidadania. Meu pai é do sul da Itália. Minha mãe era uma bela sulista de Atlanta. Assim, sou sulista de ambos os lados. Na verdade, nasci em Capri, mas vivi em Sorrento até os treze anos, quando viemos para os Estados Unidos, por causado emprego do meu pai.
Percebi que nem ao menos sabia seu sobrenome.
- Qual é o seu sobrenome?
- Aguiar.
- Você ainda fala italiano?
- Ma certo, bella..
- Não faço ideia do que acabou de dizer,mas foi muito bonito.
- La balla língua – disse. – foi a Única língua do mundo   inventada por um poeta.
- Verdade?
Aquiesceu.
- Dante.
- Italiano – repeti. – isso explica seus belos olhos.
Sorriu timidamente.
- Fale-me mais sobre você – pedi.
- Bem, algo estranho aconteceu comigo outro dia. Na realidade, foi há cerca de um mês. Escutei alguém arranhando a porta de minha casa e, quando fui abrir,não havia ninguém. Mas reparei em uma lesma no degrau da porta, e então apaguei e a atirei para outro lado da rua. E então,há uma semana ouvi o mesmo som na porta novamente. Levantei-me e abri a porta,mais uma vez, ninguém. Mas lá estava a lesma de novo. Ela olhou para mim e perguntou;
- Por que fez aquilo?’’.
Cai no riso.
- Foi a coisa mais boba que já ouvi.
- Eu sei. É ótimo, não?
- Sim – reconheci.   
                      
                                                                                  Continua....

Um comentário:

  1. Posta +++++++++++++
    To amando a web!
    Dedica o próximo pra mim!
    Ass:Daniela

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