"Certezas" - 24º Capítulo"

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No capítulo anterior…

POV LUA

Dei de ombros e fui ajudar o Arthur a montar a barraca. Além de nós, havia vários grupos de jovens também dispostos a acampar aqui e a assistir um dos mais esperados show da Selena, em Londres.

A barraca deu trabalho a montar. O Arthur dizia que não era a primeira vez que vinha acampar, mas eu começava a duvidar da palavra dele. De um jeito cómico, ele tentava colocar a barraca “em pé”, mas sempre que ele fazia um lado certo, o outro lado caia. Quando ele pensava que era dessa, não era! Tinha sempre um “se não” a estragar tudo. Por fim, ele decidiu pegar nas instruções e passo a passo, montar a barraca. Eu até podia ajudar, mas sei que ele se vira bem sem mim.

Enquanto isso, fui dar uma volta sozinha. Não fui muito longe, pois tinha receio de me perder no meio de toda aquela gente. Aquele parque de campismo estava totalmente seguro para nós. Estava todo vedado, tinha um posto de saúde para alguma emergência e vários banheiros. Pelo que diziam, tinham condições mínimas. Bom, não é um banheiro como tempos em casa, como é claro. É um banheiro em que todos os duches estão juntos e tem apenas as mini privadas.
Passei por todos os locais. Pensei o quanto esses dias me iam fazer bem. Ia ser bom arejar as ideias antes de me dedicar aos estudos. É realmente um sonho meu, poder voltar a pegar num livro de escola e tirar uma boa nota na prova.

Assim que voltei ao local do acampamento, já a barraca estava montada. Os amigos do Arthur, montaram uma pequena mesa que haviam trazido e colocaram algumas cadeiras de volta para nós. Depois, decidiram fazer um lanche. Eu ajudei a fazer as sandes e coloquei em cima da mesa o suco que eu havia trazido.

- Eu trouxe lanternas para a noite. Vocês trouxeram? – perguntou Anna
- Sim! – respondemos todos
- Podíamos contar histórias de terror à noite, o que acham?
- Para depois você ir correndo para casa com medo? Melhor não! – zuou Arthur
- Ra-ra-ra! Olha a graça Aguiar – disse ele
- Ele eu não sei, mas eu tenho medo sim! – comentei eu
- Mas ai eu te protejo! – Arthur chegou por trás de mim, me abraçou e deu um beijo no meu rosto
- Ai que herói, me salva também Arthur! – zuou Richard
- Deixem de ser idiotas! – Margarida ria – Depois vemos o que fazemos.
- Vamos antes namorar. – disse Thomas – Eu e a Margarida vamos dar umas voltas por ai.
- Nós também. – disse Arthur – Nos encontramos a que horas?
- Para a hora do lanche. – disse Anna

Cada casal saiu de mãos dadas. Eu e o Arthur, entre sorrisos e sussurros de palavras carinhosas, saímos do parque e caminhamos pela estrada. Havia muita agitação no trânsito. Amanhã seria um dia extremamente importante para os fãs da Selena. Era bom que todos viessem mais cedo para poder arranjar um local agradável para ver o show.
O frio não parava nunca. Nem mesmo dando uma corridinha até ao Botanic Gardens, se deu para aquecer. O Arthur disse que quem chegasse lá por último, era lerdo. E bom, ele foi o lerdo.

- Deixa eu te compensar! – disse ele.

De braços abertos, ele me deu um abraço, primeiro, me chegando para mais perto de si. Pude logo sentir o calor do corpo dele, um pouco mais perto. Meti os braços por debaixo do seu casaco e me aconcheguei no seu ombro.
Eu tinha os meus cabelos apenas para um lado, o que fez ele, muito matreiro, chegar perto e beijar toda a extensão do meu pescoço. Deu selinhos leves até chegar à boca e, de um jeito manhoso, finalmente me beijar.
Eu adorava sorrir entre o beijo. Adorava sentir as mãos dele no meu corpo e descerem por toda a extensão do meu rosto até chegarem às minhas coxas. Quando ele chegava à parte que, penso eu, ele mais gostava, ele apertava e voltava com as mãos para a minha cintura.
Fomos de mãos dadas, entrando naquele jardim botânico. Haviam trilhas, estufas e até exposições para vermos. As trilhas eram pequenas. O que eu queria mesmo era ver as lagoas com animais dentro: peixes e até cisnes.

- São patos!
- São cisnes! – teimava eu – Você já viu as penas deles? Meu deus, que perfeitos.
- Você é tão iludida! – ele ria de mim

Fomos ver uma exposição de pedras brilhantes encontradas em minas. Eu estava super interessada nelas! Eram tão brilhantes e de diferentes formas e cores. Quando senti a falta do Arthur, olhei em volta e vi ele sentado numa cadeira que lá tinha, com os olhos quase fechados. Ele estava boiando lá, pois odiava exposições.

Quando saímos, fomos fazer uma pequena trilha. Foram trinta minutos andando dentro de um túnel verde de folhas e flores. Um passarinho aqui cantarolando, outro acolá e borboletas voando sobre a nossa cabeça.
Quando eu fechava os olhos, eu me sentia segura lá. Era tão bom ouvir aquele som da natureza.

Quando voltamos ao inicio, perto das lagoas com os peixes coloridos, o Arthur pediu para nos sentarmos. Não que ele estivesse cansado, mas com certeza notou o meu rosto um pouco mais pálido e o meu ar mais ofegante.

- Toma. – disse ele. Ele tinha ido comprar uma garrafa de água e pediu que eu a bebesse. A minha visão começava a ficar turva e eu começava a ficar com dores de cabeça. É sempre assim depois de “grandes” esforços
- Eu já estou bem. – a verdade é que aos poucos eu ia mesmo melhorando – Fica tranquilo! – ri para que ele se acalmasse
- Impossível! – ele suspirou e passou a mão pela minha testa – Não gosto de te ver assim. Queria tanto que você melhorasse para sempre. Quem me dera poder trocar de lugar com você. Seria menos doloroso.
- Não diga isso. Você não sabe o que diz.
- Sei sim. É difícil para mim te ver assim. É difícil para mim te ver sentir mal por tudo e por nada. – ele pegou as minhas mãos – Daria a minha vida por você!
- Está me deixando com vontade de chorar – tentei rir
- Não precisa de chorar. Ou melhor, eu não quero que você chore. Quero que ria sempre, mas sempre do meu lado. Vamos viver para sempre juntos aconteça o que acontecer?
- Vamos! – mordi o lábio e apertei os olhos para não chorar
- Mesmo apesar de tudo?
- Tudo o quê?
- Tudo o que possa vir ou não a acontecer? Por favor, me diz que sim! – ele se colocou de joelhos diante de mim. Ele estava de joelhos no chão, enquanto os seus braços estavam no meu colo. Nós tínhamos as mãos dadas e ele olhava nos meus olhos
- Arthur, vamos estar juntos independentemente de tudo, ok? – assegurei para ele
- Sempre! – ele beijou as minhas mãos. Eu estava quase chorando com todas as suas palavras e todos estes seus gestos e por isso quis olhar para outra coisa. Até que ele me chama novamente – Lua…
- Que foi? – olhei para ele sorrindo
- É possível passar uma estrela cadente quando está de dia?
- Não sei…
- É que eu queria fazer um pedido.
- Talvez à noite nós possamos ver alguma…
- Mas eu queria fazer o pedido agora.
- Faça.
- Não… eu tive uma ideia! – ele riu. – Vem, vamos!

Ele pegou a minha mão novamente me fazendo levantar rápido e começar a correr, sem ao menos saber para onde. A verdade é que era hora de lanchar. Bom, na verdade, já passava um pouco mais que isso.
Enquanto eu e os amigos do Arthur lanchávamos, ele estava na barraca e pediu para não ser incomodado. Eu não sabia o que ele estava fazendo e também não perguntei, afinal, ele quis tanto manter segredo.

- Você e ele se conheceram quando?
- Ainda éramos bem pequenos. Já foi à muitos anos – respondi eu
- Eu me lembro dele dizer isso – comentou Thomas – Quando ele falava de você, nunca mais se calava.
- Eu queria te fazer uma pergunta, mas também não queria…
- Pode fazer. Força. – disse eu à Margarida
- Você… como reagiu à Hipertensão? Como foi quando descobriu?
- Eu ficava passando mal por tudo e por nada. Sentia algo diferente comigo. Sempre que comia algo doce eu passava mal. Mas eu adorava doces, ou melhor, eu amo doces mas não posso exagerar. Cheguei a passar mal na escola, a desmaiar inclusive, até que a minha mãe decidiu me levar ao hospital. – suspirei – Quando me disseram que eu estava doente e que era algo bem sério, eu quis morrer. Não queria mais viver assim. Não sentia prazer nenhum pela vida. Quando me disseram que eu só tinha cinco meses de vida, aí foi pior. – me lembrei perfeitamente desse dia – Mas aí o Arthur resolveu me ajudar e… bom, digamos que estou um pouco melhor.
- E os tais cinco meses de vida?
- Se alongaram. Coisa que é bem difícil! – sorri pra eles – Os médicos disseram que eu não parecia a mesma.
- Eu te admiro muito sabia? – Anna disse – Você é lutadora. Nem todos os jovens conseguiriam ser assim como você. Deve ser muito difícil!
- E é… mas eu sei que vou vencer isso! – sorri novamente para eles

Thomas começou a tocar violão enquanto a namorada Margarida cantava. Ela tinha uma bonita voz. Anna também ajudava. Richard preferia dormir no colo da namorada. Eu fiquei entre eles rindo e tentando cantar, porém, não é bem o meu forte.
Arthur estava demorando. Queria ele ao meu lado nessa noite fria.

Enquanto ele não chegava, nós, meninas, começamos a fazer o jantar. Já eram horas para isso.

O próximo capítulo será especial!!
O que será que vai a acontecer?

PS: a mini web "babysitter" já terminou gente!! 

7 comentários:

  1. posta mais estou ansiosa pra saber o que vai acontecer no próximo capitulo, estou amar a web, cada dia mais perfeita

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  2. Ameeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Posta Mais hojeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee pfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

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  3. Lua e arthur em um show da selena e ainda por cima o justin tb vai omg *---* piiiirei hehe sou jelenator (fas de jelena) e luar omg to surtando aqui. Poooosta mais

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