"Certezas" - 18º Capítulo

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Casal perfeito, montagem perfeita!


No capítulo anterior…

POV ARTHUR


- Quer beber água? – perguntei pra ela
- Não
- Então? Porque me olha tanto?
- Você está chateado? Aconteceu alguma coisa? – ri de toda a sua inocência
- De nada! – olhei para a frente no onibus
- Tem certeza?
- Sim! – respondi
- Ok então. – ela olhou para a janela e não tocou mais no assunto

Eu queria que ela tocasse. Queria que ela soubesse os ciúmes que eu estava sentindo neste momento. Queria que ela soubesse que eu quero que ela seja só minha. Quero que ela saiba que eu lhe amo e que não quero lhe dividir com ninguém.
Lua não entendeu o meu silêncio. Talvez pense que é nervosismo da minha parte.

Andamos de onibus por mais uns minutos e voltamos a sair na paragem que eu mesmo queria. Era um local coberto de trânsito, pessoas de um lado para o outro e um enorme jardim privado. Na verdade, trata-se de uma mansão que por dentro tem regalias luxuosas. Estamos falando de uma mansão que custa 148milhões de libras.

- Bom, agora é a parte em que nós vestimos a roupa chique.
- Mas para quê? – Lua me olhou séria e um pouco assustada
- Surpresa! – ri, pra deixar ela um pouco curiosa. Andamos mais um pouco até mesmo à porta da residencial
- Esta não é a…
- A mansão que o David Beckham pensou em comprar? 
- Sim, é!
- Mas o que estamos a fazer aqui? – ela começou a rir enquanto segurou o meu braço
- Vamos comprar, uê! – ri, tentando ser discreto pelas pessoas que olharam para nós paramos em frente àquela moradia
- Arthur, você ficou louco? – Lua começou a rir de mais – Eu sei que coloquei isso na minha lista. Alias, é o numero 1, não é?
- Sim, é.
- Mas eu não queria entrar na casa. Eu queria ver a cachoeira que tem lá atrás
- Então, mas para isso temos de entrar na casa

Parecia uma ideia de loucos, mas era realmente o que íamos fazer.

- Falta uma coisa.
- O quê?
- Temos de lanchar agora, antes que você tenha uma quebra de tenção. Faz já três horas que não come nada. Vamos, vamos nos sentar ali perto. – peguei a sua mão e fomos para o jardim público

De passo calmo, entramos nos grandes portões que davam acesso ao jardim e procuramos um banco que estivesse livre e que fosse discreto. Um local calmo para comermos e descansarmos depois de tanta correria. 
A minha mãe havia me ajudando com o que dar à Lua pra ela comer. Nada de doces nem salgados. Nada com gás. Nada que tivesse gorduras desnecessárias, nem cremes com substâncias coloridas. Enfim, algo saudável que ela e eu pudéssemos comer à vontade.

- Porque se preocupa tanto comigo?
- Não é isso que os apaixonados fazem?
- Apaixonados? – ela sorriu para mim
- É. – disse eu orgulhoso – Sou apaixonado por você, Lua.
- E eu por você. Mas… - suspirou – Os apaixonados andam de mãos dadas.
- Não foi o que fizemos ainda agora? Entramos nesse parque de mãos dadas.
- Mas os apaixonados trocam palavras carinhosas e…
- Eu disse à segundos atrás que estava apaixonado por você – eu ri
- Mas… os apaixonados se beijam.
- Os apaixonados querem ver a pessoa que amam, bem. – limpei o canto da boca dela – Para isso, elas têm de nos obedecer
- Elas é? – Lua me encarou
- Ela! Você! – ri e beijei o seu rosto – Come. Não quero que desmaie por falta de comida, até porque comida aqui é o que não falta – olhamos os dois para a mochila de comida que a minha mãe havia preparado – No final do dia, se você se portar bem, eu deixo você comer uma fatia de bolo de laranja.
- O que me apetecia mesmo era aqueles bolos de chocolate cobertos de chantilly e M&Ms por cima, sabe? – Lua imaginava
- Mas sabe mesmo o que eu queria?
- O quê? – ela riu
- Eu queria que você se arrumasse rápido e acabasse de comer. Depois vamos àqueles banheiros ali – apontei para os banheiros públicos ao fundo do jardim – Para nos trocarmos. 
- Nós vamos fingir que vamos comprar a mansão? É isso?
- Não podemos?
- Arthur, nós podemos ser presos!
- Vamos correr riscos. Não era isso que você queria?
- Era mas…
- Relaxa! – coloquei a minha mão no seu braço – Não me deixa mais nervoso do que eu realmente já estou.

Rimos novamente. Lua não me disse, mas eu sabia perfeitamente que ela estava com aquelas borboletas na barriga. Aquela sensação de que você está fazendo algo novo e meio perigoso. Sabia isso porque ela respirou várias vezes fundo, olhou para o céu inúmeras vezes e olhava para mim e sorria, sem dizer nada.
Eu estava com medo. A verdade é que eu estava mesmo com medo. Entrar numa mansão daquelas, mentindo, seria perigoso, mas de que serve viver se não arriscarmos? Ainda vamos rir muito com isso.

Trocamos de roupa nos tais banheiros que eu havia indicado. Lua estava com um vestido pelos joelhos, cor de vinho, com um salto alto que combinava perfeitamente. Tinha por cima de seus ombros um casaco da mesma cor que os sapatos e ainda levava uma bolsinha de lado. Para completar, passou ainda um batom.
Eu vesti algo bem cerimonioso e ainda passei os meus cabelos para o lado, dando um ar de menino rico.
De braço dado e ar completamente feliz, eu e a Lua pedimos para falar com a dona daquela mansão que a queria vender. Era uma senhora com uns 50 ou 60 anos, de cabelos brancos já. Estava vestida de modo muito fino, sofisticado. Demorou um pouco para chegar. Quando chegou, olhou para mim e para a Lua de cima a baixo e fez um ar de dúvida.

- Lua Bettencourt e Arthur Drummond?
- Nós mesmos! – confirmei. Estiquei a mão, pedindo a mão da senhora e beijei delicadamente – Falamos ainda à pouco ao celular.
- Sim… - ela nos olhou novamente de cima a baixo – Bom, não estava à espera de ver pessoas tão novas.
- Novas, mas com bom gosto e uma boa conta bancária. – disse Lua – Soube que o David Beckham quis comprar esta mansão, não foi mesmo?
- Sim. Ele e a sua mulher estiveram cá na semana passada. Eles ficaram em duvida. Mas como agora vocês apareceram, fica com a mansão quer der mais.
- Excelente escolha! – concordei – Bom, vamos entrar?
- Claro. – ela ainda não estava confiante, então sussurrei à Lua para avançarmos com o plano B

Haviam seis escadas para subir até à grande porta daquela mansão. Toda a sua estrutura é feita de arte clássica e bem antiga. Porém, tudo se encontra em otimo estado. A porta tem aquele olhou mágico para olharmos quem está no lado de fora, tem uma entrada para o correio e ainda uma grande maçaneta banhada em ouro. Tudo muito fino.
Permiti à Lua que passa-se à frente de mim. Quando todos entramos, fechei a porta e fiquei admiradíssimo quanto à beleza de cada parte da casa. Toda em madeira, com armários completamente novos e bem trabalhados, luzes finas, relíquias antigas por toda a casa e tapetes de pele. O sofá preto dava um certo à vontade na sala. A grande tv plasma fazíamos parecer que estávamos numa sala de cinema.

- Querida, o meu pai me informou agora que ainda hoje partimos para a Escócia. 
- Escócia? Para quê docinho? – Lua representava muito bem – Não íamos para Portugal? A minha irmã faz aniversário amanhã, temos de estar presentes! – Lua começou a se “enervar” 
- Mas podíamos mandar um postal – sorri
- Um postal? Você sabe que ela adora a nossa presença todos os anos lá! E aquele carrão que eu comprei pra lhe oferecer? Como lhe vou entregar?
- Mandamos entregar meu amor, isso não é problema.
- E o que vamos fazer para a Escócia?
- Festa num hotel de cinco estrelas. Tudo muito fino e depois, ele fica por nossa conta meu amor – pisquei para ela
- Bom, isso me agrada.
- Desculpem interromper, mas vocês têm parentes na Escócia?
- Meu pai está lá de passagem. – disse eu, guardando o celular – Minha mãe está agora em Tóquio. Mas ainda esta semana parte para Itália. Tenho irmãos na Rússia e no Reino Unido. 
- Nas nascemos no Brasil.
- País maravilhoso. Que saudades. Quem sabe na semana que vem não vamos lá, né? – olhei para Lua
- Sim, eu adoraria. As minhas amigas vão delirar quando souberem.
- As suas amigas deliram com qualquer coisa – arregalei os olhos pra a senhora e depois fiz cara de aborrecimento – Gente fina, deve saber como é. – cochichei para a senhora
- Bom… - ela estava espantada com tudo – Vamos… vamos ver o resto dos cómodos.

A senhora foi à frente e esplicava a hisotira de cada parte da casa. Eu e a Lua comemorávamos atrás dela pelo plano estar a correr às mil maravilhas.

- É verdade que tem 7 banheiros e 8 quartos?
- Sim. Tem também biblioteca, spa de luxo, sala secreta, tanque de peixes, cachoeira e sala de jogos. Assim como uma sala de brinquedos para crianças.
- Crianças? – sorri safadamente para Lua – Meu amor, por mim, começaríamos agora!
- Deixe de ser impertinente Arthur! – Lua se fazia de zangada
- Bom… vou vos deixar à vontade pela casa. – ela andou até um armário que fica no corredor – Aqui tem a chave secreta que os leva para a cachoeira. Fiquem à vontade! – ela fez uma vénia e foi embora

Assim que a porta se fechou, eu e a Lua começamos a pular e a rir os dois juntos. Nos abraçamos num misto de alegria, dever cumprido e muito entusiasmo. O melhor ia vir agora. Com aquela chave, tínhamos porta aberta para o desejo da Lua, que era mergulhar numa cachoeira. 
Que casa poderosa era essa que tinha direito a águas límpidas como as águas de uma cascata? Só mesmo uma mansão de luxo! 
De chave na mão, abri o portão e já senti um ar dispendioso bater no meu rosto. Os olhos da Lua brilhavam. Ela ficou de frente para a cachoeira, abriu os olhos, colocou a cabeça para trás e fechou os olhos. Eu cheguei por trás, a abracei e beijei o seu rosto.

- Quero que saiba, que eu faço de tudo para te ver feliz.
- Isto parece um sonho. – Lua se virou para mim e colocou os braços de volta do meu pescoço – Obrigada por fazer parte dele.
- Do que depender de mim, vou fazer sempre.

Sorrimos. Lua passou o nariz dela no meu, como os esquimós. Sentia novamente o ar dela, quente, e uma vontade enorme de a beijar. Porém, ainda não era a hora.

- Está gelada! – Lua passou a mão na água e se arrepiou
- Jura tolinha? Queria o quê? Que fosse quente?
- Não mas… - ela riu – Eu não sei.
- É melhor você não mergulhar, ok?
- Porque não? Meu sonho é mergulhar aqui.
- Mas não sei… estou com medo de que algo de ruim te aconteça. A sua mãe me disse que se algo de mal te acontecesse, eu nunca mais entrava na sua casa. 
- Bom… sendo assim.
- Fica triste?
- Nem um pouco! – ela se mostrava animada – Vamos andar pela casa?
- Vamos antes ao grande parque que a casa tem.
- Vamos então. – demos as mãos

O parque era importante para a Lua. Mas não queria falar disso com ela, pois a historia é triste. Seu falecido avô a trazia sempre aqui, quando ela era pequena. Mas depois dele morrer, Lua deixou de frequentar parques pois a sua mãe não deixava. A mãe da Lua chorava toda a vez que vinha ao parque com a Lua, pois se lembrava do seu pai. Lua não. Lua quando entrava num parque, se lembrava dele e sorria. Pois todos os momentos que passou com ele, foram bons.

- Olha… o céu está escurecendo. – estávamos deitamos no chão daquele enorme parte. Haviam arvores carregadas de frutos e outros simples castanheiros. Ao fundo, um grande parque de diversões para crianças pequenas. 
- Vai chover? – ela perguntou
- Sim. Talvez seja melhor ir para dentro
- Não… eu quero ficar mais um pouco. Este lugar me trás paz. – ela fechou os olhos.

Eu sentei ao lado dela, que permanecia deitada e sorri enquanto admirava a sua beleza. O seu rosto esbranquiçado continuava lindo. Não é com essa doença maldita que ela irá ficar mais feia, mais isto ou mais aquilo.
Peguei a mão dela e beijei. Senti um pingo de chuva cair sobre o meu rosto. Olhei para o céu

- Vai começar a chover – disse eu novamente
- Deixa… - ela riu, de olhos fechados – Eu gosto. 
- Lua… 
- Diz? – ela abriu os olhos
- Eu te amo. – disse o mais sincero possível
- Está me deixando sem graça… e envergonhada. – ela sentou e pegou a minha mão – Também te amo.

Senti que esta era a altura de me entregar para ela. Queria deixar tudo claro. Queria deixar claro o que eu sinto por ela e o que eu quero ter realmente com ela.
Esta amizade com a Lua cresceu de ano para ano. Hoje somos melhores amigos mas amanhã podemos ser muito mais. Sinto que devo fazer ela feliz. Sinto que não devo esconder os meus sentimentos e sinto que devo fazer o que já à muito tempo dia ter feito: beija-la.

Entrar numa propriedade privada? Feito!
Correr riscos? Mais que feito!
Deixar de ser BV? A caminho… 

Eu fiz centenas de pesquisas para que eu escrevesse tudo certo. essa mansão realmente existe!
O capitulo ficou fofo, não ficou? eu acho que sim. espero mesmo que tenham gostado.
Comentem muito porque amanhã o capitulo será ainda melhor!

6 comentários:

  1. Ameeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Posta Mais hojeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee pfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

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  2. Cristina vc Não vai mais posta a Mini Web a Babysistter

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  3. Ameiiiii
    Posta mais!
    Ass;Daniela

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