MINI WEB: Babysitter

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POV NARRADOR

Se imagine casada, com alguém que praticamente não dá bola pra você. Bom, no inicio parece tudo muito bonito: andar de mãos dadas pela rua, fazer declarações nas redes sociais e sexo a noite inteira. Acontece que as coisas evoluem: as pessoas vão viver juntas, arranjam trabalhos, casam e têm filhos. Para uns, isso é óptimo, é um sonho. Para outros, vira um inferno.

- Engravidar de você foi a pior coisa. Viu em que estado o meu corpo ficou? Você não pega mais em mim! Esta criança só sabe chorar, dar perca e me irritar. Eu preciso de sair. Preciso de tomar novos ares e quem sabe… arranjar um marido melhor!
- Pois vai embora mesmo! – Arthur pegou Sara, sua filha, ao colo – Vai ser um sossego para nós dois.
- É? Tem certeza Aguiar?
- Tenho sim, Manu Aguiar! Vá embora.
- Se eu sair, eu não volto…
- É isso mesmo que eu quero, meu doce. – cochichou
- O que você falou? Aff, não vale a pena. Não corra por mim, não vai ter sorte. – Manu pegou na sua bolsa e ia em direção à porta do quarto. Mas na verdade o que ela queria, era que Arthur viesse atrás dela
- Vá embora Manu. Eu lhe envio os papéis do divorcio por e-mail.
- Divorcio? – ela engoliu seco
- Exactamente! – disse confiante de si
- Você que perde mesmo! – balançou os cabelos, abriu a porta saindo e batendo atrás de si com força

Arthur olhou para Sara, assim como a garotinha para ele e ambos suspiraram. Agora Arthur tinha vários problemas em mãos: como ia cuidar da Sara? O que ia cozinhar para ela? Quem lhe ia mudar a fralda? Quem lhe ia fazer a mamadeira a meio da noite? Bom, não que Manu fosse boa nisso. Ela só fazia porque no final Arthur a compensava com sexo ou com algum presente caro.

- Filha? Sara? Cadê você? – a casa de Arthur era grande. Na verdade, era de seus pais, mas como eles morreram à dois anos num acidente de carro, Arthur tinha tudo só para ele.

Arthur tinha ido tomar um banho relaxante, enquanto Sara ficou sozinha vendo tv na sala. O dia havia sido terrível. Na empresa onde trabalha, teve de despedir dois funcionários por estes terem sido flagrados em cima da secretária “se comendo”. Ou seja, Arthur ficou com trabalho dobrado. Para piorar, chega a casa e vê Manu batendo em Sara, o que lhe irritou e fez com que ela fosse embora de casa.

- Sara, não é alturas de fazer o jogo de esconde, esconde. Eu não sou a sua mãe, que não tinha nada pra fazer e que brincava isso com você… - Arthur andava pela casa procurando Sara.

Foi aos quartos, no andar de cima, e não viu nada. Foi à biblioteca e não viu nada. Entrou na cozinha e se assustou com a confusão: o refrigerador estava aberto; o leite estava derramado no chão, assim como os ovos partidos; os armários estavam abertos e as massas estavam espalhadas no chão; Sara tinha o rosto coberto de farinha, e misturava ovos junto com… massas?

- SARA! – gritei – QUE DROGA! PENSA QUE EU SOU O QUÊ? QUEM VAI LIMPAR TUDO ISSO? SARA, SARA! – a garota havia se assustado com os gritos do pai, se levantou e saiu pela cozinha correndo. Seus pés estavam cobertos de farinha e sujaram a casa toda – SOCORRO! – gritou ele de novo

Em toda a sua vida, Arthur nunca teve de se preocupar com esse tipo de coisas: cozinha suja e bebés. Sempre se interessou mais por reuniões, transferências bancárias e saldos negativos, pois Manu havia gasto todo o crédito do cartão em compras caras.

- Uma Babysitter! É isso! Uma Babysitter é tudo o que eu preciso! – Arthur correu até à sala e pegou a agenda telefónica que tinha usado na noite passada para pedir uma salada de atum para a Manu.

Procurou alguém que lhe pudesse ser útil, pelo menos durante esta noite e a manhã seguinte. Falou com uma garota, que pela voz parecia ser nova, e pediu que viesse o mais depressa possível.
Assim foi. Essa garota era experiente no caso, logo, ia dar conta do recado. Arthur abriu a porta com pressas à garota e a encaminhou para a cozinha, pedindo-a para arrumar toda aquela confusão.

- Mas não era suposto eu cuidar da sua filha?
- É… então,… como é o seu nome mesmo?
- Lua, Lua Blanco.
- Então Lua, é que eu não entendo nada de nada. Quero dizer, nada dessas coisas. Limpezas, fraldas, mamadeiras e crianças. Eu fui pai com 17 anos e os meus pais é que cuidavam da Sara. Só quando eles morreram é que a minha mulher ficou cuidando dela. Mas ela estava mais interessada em dinheiro e outras coisas do que propriamente a filha. Enfim, casamentos combinados, entende? – Arthur dizia tudo de um modo desesperado. Ele parecia ser um homem muito stressado, preocupado e desajeitado.

Lua tratou de arrumar toda aquela bagunça da cozinha e correu pela casa à procura da Sara. A peste já dormia. Sendo isso bom ou não. Pelo que Lua entendeu, ela não tinha jantado. A sua cama estava coberta de farinha, assim como ela própria. Lua queria acorda-la, mas não sabia se Sara ia estranhar a sua presença ou não. Decidiu arriscar.

- Anjo… Sara, oii, acorda. – a chamou, bem devagar. Lua não sabia se sentia pena dela ou não. Parecia que a pequena tinha uns pais meios desnaturados. A mãe era louca por dinheiro e o pai nem cuidar da própria filha se sabia. – Oi, eu sou a Lua. – disse, quando a pequena abriu os olhos – Está com fome?

A garota esfregou os olhos com as suas mãozinhas pequenas e balançou a cabeça de modo positivo. Lua sorriu, passando de leve a mão no rosto dela e pego-a ao colo. Levo-a ao banheiro privado do seu quarto e deu banho nela, vestindo depois um pijama cor-de-rosa, que a garota parecia adorar.
Desceu até à sala, onde encontrou Arthur no sofá no meio de tantos papéis. Assim que ele viu Lua com Sara ao colo, se levantou e deitou no chão todas as folhas que tinha no colo. Olhou para as folhas no chão, todo nervoso, mas pouco se importou e passou por cima delas, indo até Lua.

- Eu não sei realmente como lhe agradecer.
- Me pague amanhã o que prometeu, e não precisa mais de me agradecer. – Lua riu – Eu vou fazer algo para ela comer. Aceita jantar também?
- Sim… já agora. E você, já jantou? – perguntou ele, meio nervoso
- Por acaso, não…
- Então jante connosco. – Lua aceitou e foi para a cozinha fazer o jantar.

Ela não sabia bem os cantos à casa, ainda. Mas como Arthur disse que ela podia ficar à vontade, foi isso que fez. Pegou algumas massas do armário, descongelou muito rápido uma carne de galinha e fez um molho gostoso para acompanhar. Cheirava muito bem.

- Nunca antes a Manu fez assim um comer para mim. – Lua se assustou, quando Arthur entrou na cozinha – Manu é a minha mulher. Nos conhecíamos desde pequenos. Começamos a namorar na faculdade e os nossos pais eram amigos. Estávamos decididos mesmo a casar. Casamos, entretanto os meus pais morreram e eu herdei uma fortuna. – Arthur falava sem se dar conta do que dizia. O que ele precisava mesmo era de desabafar – Eu amava a Manu. Amava mesmo. Mas desde o momento que ela soube que eu fiquei rico, mudou completamente. Começou a trocar a nossa filha por compras. Hoje peguei ela batendo na Sara. Bom, não que ela às vezes não mereça, mas ela é muito pequena para… - Lua estava estática, olhando para Arthur. Chocada com toda a sua conversa – Bom, eu não tenho de estar aqui massacrando você e…
- Não, eu não me incomodo. Continue.
- Bom, eu me desinteressei de imediato por Manu. Ela não era mais aquela mulher que me amava. Ela não me amava. Amava era o meu dinheiro. Começou a se tornar chata e obsessiva. Eu não tocava mais nela, se é que me entende, então ela dizia que eu tinha outra. Mas não, eu não faria isso. Se bem que estou precisando de uma boa noite de sexo, mesmo. – Lua se engasgou, mesmo não tendo nada na boca – Me desculpe, me desculpe.
- Não tem problema… bom, o jantar está pronto.

Lua apagou o fogão e foi muito rápida a colocar tudo na mesa. Partiu a meio as massas da Sara, junto com a carne e deu na boca da menina todo o comer. Sara se sentia bem com aquela “desconhecida”.

- Me fale de você. Trabalha à muito tempo com crianças?
- Mais ou menos. Eu cuidava dos meus sobrinhos. O dinheiro desse trabalho agora vai para os meus pais. Eles merecem.
- Bom saber. Eu acho mesmo que a vou contratar.
- Sério? Muito obrigado, muito obrigado senhor Aguiar!
- De nada e me trate por Arthur.
- Obrigada, Arthur. – sorriram

Lua passou a noite na casa de Arthur. Cuidou de Sara como costumava cuidar dos seus sobrinhos. Apesar da garotinha só ter três anos de idade, já tinha uma cama de uma pessoa, só para si, o que fez com que Lua dormisse junto com ela lá. Arthur, antes de ir dormir, passou no quarto de Sara para ver como as coisas estavam. Mas como viu que tanto Sara como Lua dormiam, decidiu não incomodar e foi dormir também.

No dia seguinte, Sara acordou chorando. Talvez não se lembrava de quem era Lua. Arthur veio correndo do seu quarto, apenas de cueca-boxer vestida, o que fez Lua respirar fundo várias vezes. Arthur nem tinha jeito de pegar em Sara. Ele não sabia mesmo. Ele nunca foi muito chegado à filha. Não que ele não gostasse dela, não lhe amasse, mas é mesmo por falta de tempo e afecto.

Lua teve de dar umas dicas a Arthur, deixando-o mais acostumado ao que estava fazendo. Ele deu a mamadeira à Sara e vestiu outra roupa nela.

- Eu e a Sara raramente estamos juntos. Eu trabalho de mais. Mas agora vai mudar… já que a Manu foi embora, a Sara não pode ficar sozinha. Bom, agora tem você, mas não é a mesma coisa.
- As crianças precisam de ter os pais por perto. A Sara ainda é pequena e é tão sensível… você não pode deixar ela sozinha.
- Talvez você possa me ajudar nisso. – sorriam um para o outro
- Bom, eu tenho de ir a casa e…
- Não, não por favor. – Arthur pediu – Eu entro em desespero se a Sara fizer algo errado, ou se ela se magoar… eu não sei mesmo o que fazer.
- Calma, só tente respirar fundo e… não se stressar tanto.
- Tá… - Arthur respirou fundo

Arthur pediu que nos dias seguintes Lua ficasse sempre em casa com ele e Sara. Lua dormia mesmo lá, no quarto de hóspedes. Sara havia se habituado bem rápido à presença de Lua em casa. Tratava ela como talvez uma irmã mais velha, uma tia ou uma amiga. Elas brincavam juntas, saiam juntas e o que mais Sara gostava era de ir nadar na piscina.

Arthur entrou em desespero, quando de noite, ouviu Sara chorar muito. Quando ele foi ao quarto da pequena, reparou que ela estava muito quente. Foi logo chamar Lua e pediu que ficasse lá, no quarto de Sara, com ele, cuidando da pequena. Ela estava com uma febre altíssima e, como Sara dizia, “o meu cérebro está dói-dói papai”, talvez o que ela queria dizer mesmo, é que a cabeça dela estava doendo e não o cérebro.
Lua pediu que Arthur lhe mostrasse os medicamentos que tinha em casa e com muita paciência e esforço, lá Sara melhorou um pouco do dia para a noite.

- Eu não sei o que seria de mim sem você, Lua.
- Quié isso Arthur… era só um pouco de febre. – Lua tinha Sara no colo, dormindo. Eram exatamente 7horas da manhã. Os dois passaram a noite em branco. Arthur passava as mãos pelos cabelos da filha e sorria para Lua.

Em outra vez, a pequena decidiu armar novamente quando trouxe para a biblioteca todos os seus brinquedos, mais uns ovos e farinha da cozinha. Pegou também em várias canetas e desenhou nos arquivos de Arthur. Quando este chegou à biblioteca e viu o que se passava, teve vontade de brigar, mas Lua o acalmou, então sentaram-se todos no chão e desenharam juntos.

- Será que quando ela crescer, vai ser escritora? – perguntou Lua
- Não. Eu acho que ela vai ter uma pastelaria ou algo do género… para todo o lado que ela vá, leva ovos e farinha. – ambos riram
- Linda! – Lua beijou a testa de Sara.
- Olha papai. – Sara mostrou o desenho que havia feito na ficha de trabalho de Arthur. Ele contou três vezes até dez, para não se irritar – Eu, você e a Lu. – ela tinha feito um desenho de uma família, com um coração no meio deles. Lua estava no lado direito, Sara no meio e Arthur na esquerda, todos de mãos dadas. Aquele desenho retratava uma família fez.
- Que lindo! – ele realmente havia gostado do que via. Lua ficou um pouco envergonhada e ao sorrir, seu rosto corou.

Em outra vez, desta vez na piscina, novamente, Sara havia apreendido a nadar sozinha. Lua estava na beira da piscina, sentada, encantada com o que via: Arthur segurava Sara pela cintura, depois jogava-a pró alto e fazia a garota mergulhar. Os dois estavam se divertindo muito.
Sara decidiu ir nadar um pouco mais, enquanto Lua e Arthur vieram para a tolhar, aproveitar um pouco do sol.

- Eu tenho que te agradecer por tudo, tudo mesmo. Você foi um anjo na minha vida.
- Não. Eu fui a babysitter mesmo
- Babysitter que salvou a minha vida – os dois riram – Será que um jantar só para nós dois seria bom para eu demonstrar o meu agradecimento para com você?
- Não precisa, Arthur.
- Eu insisto. A menos que você tenha um namorado ciumento e…
- Não, eu não tenho namorado – os dois riram novamente
- Como não? – Arthur se espantou – Você é linda. – Arthur tocou no rosto de Lua, molhado ainda e a garota se afastou um pouco.
- Eu preciso de me ir trocar… - saí confusa, em direção à cozinha.

Ela vai até ao balcão da cozinha, onde coloca as mãos e respira fundo. O chefe estava mexendo com ela e não era pouco. O sorriso dele era a coisa mais cativante. Como poderia Manu largar um homem daqueles, o trocando por compras e dinheiro?
Na hora de se virar, Lua dá de caras com Arthur. Ele estava só de sunga ainda, e como o corpo estava pingando de água, calculava-se que tivesse mergulhado na piscina de novo.

- Você não ia trocar de roupa? – perguntou ele, sorrindo para ela. Ele colocou uma mão de cada lado do corpo da Lua, no balcão.
- Você não devia entrar em casa molhado… isso pode resultar de uma queda e quem sabe uma fractura na perna ou no braço. – Lua tentava não se mostrar descontrolada, por sentir o corpo dele quase preso ao dela, ainda por cima molhado. A barriga dele tocava na sua e ele não parava de aproximar o seu rosto do dela, isso a deixava arrepiada.
- Se isso acontecer, eu sei que você cuida de mim direitinho. – Arthur deu um beijo demorado no pescoço de Lua. a garota fechou os olhos, podendo sentir o intenso beijo e colocou as mãos de volta do pescoço de Arthur. Ela não conseguia evitar todo aquele assédio.

Lua agarrou o pescoço de Arthur com tanta força, que o safado aproveitou para lhe roubar um beijo. Um beijo intenso, como ele havia feito no pescoço dela. o safadão aproveitou o momento para levar as mãos ao bumbum de Lua e apertar com força. O que ele queria mesmo, era tirar o biquíni dela e leva-la para a cama dele. Mas…

- Papai, e o meu suco?
- Eu levo já… - Lua saiu do beijo meia desnorteada e empurrou Arthur. Por sorte, Sara é pequena e o balcão no meio da cozinha tapou o beijo entre Arthur e Lua. Arthur riu da maneira desastrada e apressada que Lua serviu o suco para Sara.
- Vou pra piscina de novo. – ela pegou o suco e saiu
- Com cuidado! – Lua ainda gritou, depois olhou para Arthur, que continuava rindo – Ahh, desculpa Arthur, mas eu tenho que fazer uma coisa.

Lua se lançou novamente aos beijos em Arthur. Ele foi mais longe ainda, e pegou nela ao colo, colocando-a em cima do balcão. Ela entrelaçou as pernas na cintura dele e continuou o beijo.

Quando Lua ia em casa, fazer algum recado à mãe ou apenas matar saudade, pois agora vivia mesmo na casa de Arthur, este morria de saudades e ligava pra ela a todo o instante. Sara também não vivia mais sem Lua por perto. Teve um noite, inclusive, que enquanto Sara dormia e sonhava, gritou “Lua” e logo de seguida “mamãe”. Lua estava no quarto dela, arrumando umas roupas, ouviu aquilo e sorriu.

- Eu não vivo mais sem você! – Arthur segurou Lua pela cintura, enquanto ela passava roupa a ferro – Minha babysitter.
- Babysitter da sua filha, não sua – Lua riu
- Mas bem que podia, né? – Arthur olhou para Lua – Dorme no meu quarto, hoje, comigo.
- Não.
- Porque não? Tem medo? Eu não te vou sequestrar ou algo do género
- Não, não tenho medo de você. – Lua sorriu e deu um selinho em Arthur

O celular dele tocou. Era o advogado, avisando que o divorcio entre ele e Manu tinha saído. Ela agora estava bem longe do país, sabe-se lá com quem ou fazendo o quê. Arthur não queria saber. E estava feliz com a notícia.

Sara via o pai, Arthur, com Lua, sempre aos abraços e beijos para cá e para lá, mas não entendia bem o que se passava entre eles. Ela também era criança. Ela continuava fazendo os seus desenhos nos papéis mais importantes de Arthur, continuava levando ovos e farinha para todos os lugares imaginários e entre outras traquinices. Mas o que mais surpreendeu Lua e Arthur, foi numa manhã, em que os dois dormiram juntos no mesmo quarto, Sara havia pegado nos seus marcadores coloridos e desenhou na parede do quarto de Arthur dois bonecos dando um beijo.

- EU NÃO ACREDITO SARA! – Arthur abriu os olhos e ao ver aquele desenho na parede do seu quarto, só conseguiu gritar bem alto. Acordou logo Lua, que segurou o braço dele, para que não se descontrolasse.
- Calma Arthur
- Calma, como calma? Ela sujou…
- Ela é uma criança! – Lua gritou com ele. Sara estava com medo da reação do pai e ficou encolhidinha em frente ao seu desenho. Ela estava quase chorando – Sara, vem cá comigo, vem. – pediu Lua

Sara veio até Lua, subiu à cama e ficou no seu colo. Lua tinha a blusa de Arthur vestida. Depois da noite anterior, não havia ganho forças para pegar a sua roupa interior. Lua mimou Sara, que tinha um bico enorme, enquanto olhava para Arthur.

- Seu pai não quis gritar, tá? – Lua passou novamente as mãos no cabelo da pequena – Ele é chato às vezes, né?
- Sim, muito. – disse a pequena, um pouco medrosa quanto à reação do pai
- Ahh eu sou chato é? – Arthur a encarou, cruzando os braços num modo brincalhão
- Sim e mau.
- Eu não sou mau meu anjo. – Arthur beijou o rosto dela – Desculpa o papai.
- Mas porquê você fez isso, Sara? – perguntou Lua
- Porque eu queria fazer uma surpresa pra vocês…
- E fez, realmente! – Arthur riu meio irónico – Agora vou ter de mandar pintar a parede de novo
- Vocês são maridos, por isso eu fiz um quadro disso…
- Nós somos o quê? – Lua começou a rir de mais
- Maridos… né? Dão beijinhos na boca, por isso são maridos
- Você quer dizer casados? – Lua riu – Ahh meu anjo, eu adoro você! – Lua a abraçou
- Sara, eu e a Lua ainda não somos casados. Nem namorados, ainda…
- Porquê?
- Porque o seu pai ainda não me pediu – Lua fez bico, querendo provocar Arthur.

Realmente os dois nunca tinham conversado sobre eles. Só se pegavam a toda a hora pela casa e dormiam juntos quando dava. Ambos estavam desimpedidos, livres para amar. Mas “relação séria”, nunca foi o alvo de uma conversa.

- Ahh, eu é que tenho culpa? – Arthur riu, a encarando também
- Tem! – Lua riu. Sara olhava para dois sem entender nada
- Lua Blanco, aceita namorar comigo?
- Assim, do nada? Por que razão devo eu aceitar? – Lua se fez de difícil
- Porque eu sou lindo, charmoso, um bom pai de uma menina linda… porque adoro você, porque eu e você fazemos um casal lindo e porque…
- Você tem as piores razão de sempre! – Lua riu muito – Mas eu aceito sim!

Com palmas da Sara, o casal selou o acordo com um beijo!

Tá grande, mas acho que ficou legal. Né? Gostaram? Quantos comentários isso merece?

11 comentários:

  1. ameeeeeeeeeeeeei
    ass Sofia

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  2. Algumas partes foi bem difícil de entender,vc escreveu tudo na doida! Kkk mas ate q é interesssante

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  3. muito pestinha a Sara kkkkkkk

    Ana

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  4. Ameeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Continua pfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

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  5. Posta denovo esse cap,pq n deu pra entender quase nada é bem confuso. Lua dorme com arthur,ok mas eles fizeram alguma coisa? E as partes com a manu? Isso foi beeem complicado. Mas a história é linda,vc so precisa de coesão e coerência. Nao to lhe criticando nao,so to dizendo q n entendi.

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  6. Kkk Sara é fogo eim kkkk
    Adoreeeiii *-* faz continuação *U*

    Ass: Chris

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  7. Adorei cris! E ficou um pouquinho confuso mesmo, mais ta lindo! Tem continuaçao ne? Pq n teve um final....

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