MINI WEB: Babysitter - Parte 3!

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POV NARRADOR

Lua estava sentindo algo diferente e não era de agora. Um atraso repentino, uma fome súbita, um enjoo estranho e um sono do além. Ela era capaz de dormir por um ano inteiro. Já para não falar que os seus sentimentos estavam alterados. Ela continuava a amar Arthur, fiquem descansados. Mas o que havia mudado um pouco era a saudade que agora sentia de modo intenso, dele e também uns ciúmes bobos por atrasos que ele cometia.

- Está atrasado! – Lua já havia jantado com Sara. Ambas mal haviam trocado uma palavra. Sara foi para o quarto, dizendo que ia dormir e depois de Lua arrumar a cozinha, fez o mesmo. Arthur só chegou a casa trinta minutos depois.
- Desculpa Lu. Fiquei conversando e acabei perdendo a hora
- Conversando com quem? – Arthur tirou a gravata que lhe sufocava e quando ia responder, Lua o interrompe – Ahh, escusa de dizer. Os teus olhares respondem. Com a advogada não é mesmo? Ou será a garota do bar? Eu sabia!
- Lua! – Arthur riu – Hey, você tá com ciúmes?
- Não, eu só…
- Você está grávida, só isso! – Arthur riu e subiu para cima da cama, começando a beijar a mão de Lua, subindo pelo braço, em direção ao pescoço
- Eu ainda não sei controlar bem essas coisas… - Lua riu, cruzando os braços de volta do pescoço dele 
- E a Sara, conseguiu controlar?
- Você acha? – ela o encarou – Acho que agora ela me odeia mesmo. O odeio cresceu ontem quando lhe contamos a novidade.

FLASH BACK

Lua falou com Arthur sobre suas desconfianças e o jovem se apressou a ir à farmácia mais próxima, pra comprar dois testes de gravidez. Lua fez ambos os testes no banheiro e chamou Arthur para ver o resultado consigo, lá dentro. Os dois resultados foram positivos. 

- Eu não acredito! – Arthur riu, olhando para o resultado. Estava emocionado, assim como Lua, que sou o soube beijar
- Eu… estou sem palavras.
- Era tudo o que eu mais queria! – disse Arthur

O casal ficou tão contente e bem animado com essa boa noticia, que acabou fazendo amor no banheiro. 
Sara já tinha chegado a casa, uma mãe de uma coleguinha sua, que vivia perto da sua casa, havia trazido ela. Sara foi para o seu quarto fazer os deveres da escola, quando foi interrompida por Lua e Arthur. Arthur entrou primeiro, com um sorrisão no rosto. Lua soltou o cabelo para que não deixasse visível a marca que tinha no pescoço, feita pelo Arthur, à bem poucos minutos.

- Oi amor, como foi a escola?
- Legal. – disse ela, sem olhar para o pai
- Comeu depois de chegar em casa?
- Sim.
- Então… hoje no jantar, você pode escolher o que quiser.
- Tanto faz.
- É que a gente tem uma notícia óptima para te dar. Eu acho que você vai adorar.
- O quê? – Sara finalmente olhou para Arthur
- Você vai ter uma maninha, ou um maninho, não sabemos – Arthur ri e olha para Lua – Gostou da ideia?
- A Lua está grávida?
- Sim, estou – Lua respondeu e sorriu – Gostou da ideia?
- Não. – ela foi muito rápida na resposta – Porque mais um filho? Eu não sirvo não? Bom saber!
- Quié isso? – Arthur riu e abraçou a menina, trazendo-a para o seu colo – Tá com ciúmes é? Eu amo você! – beijou a sua testa

FLASH BACK OFF

Arthur quis passar toda a gravidez da Lua ao lado dela, por isso passava mais tempo em casa, do que propriamente nas empresas. Ele queria dar toda a atenção e todo o carinho que Lua precisava nesse momento. 
Lua estava se adaptando bem com todas as diferenças que sentia sobre o seu corpo. Ela não tinha medo dos difíceis meses que aí vêm, porque já tinha visto as suas irmãs grávidas, inclusive a sua mãe também, por isso estava tranquila.

- A primeira coisa que eu vou comprar vai ser… - Lua olhou em volta daquela loja de bebé. Depois de deixar Sara na escola, Lua e Arthur vieram ao shopping, comprar as primeiras coisas para um novo membro da família Aguiar – Me ajuda Arthur! – resmungou
- Amor, por mim você trás agora a loja inteira
- Não exagera. – rimos juntos – Nós nem sabemos o sexo ainda.
- E o que você acha que vai ser? – perguntou Arthur, enquanto pegou uns sapatinhos azuis
- Não sei… o que você queria que fosse?
- Um garoto, como é claro – ele sorriu, todo bobo, para os sapatos que tinha na mão – Quando a Manu tava grávida, eu desejei muito que também fosse um garoto. Mas ai saiu uma rebeldezinha como a Sara – Arthur riu. 
- Tá bom… mas não fale na Manu na minha frente.
- Com certeza, linda! – Arthur deu um beijo na bochecha da Lua

Enquanto ela não se decidia, Arthur saiu daquela loja, pois já estava à mais de 30 minutos lá, e foi ver outras. O shopping não tinha muito gente àquela hora do dia. Arthur passou por todas as lojas, mas só uma lhe chamou à atenção. E não, não era uma loja de bebés. 

Passaram-se dias até que foi feita a primeira eco grafia. O bebé se mexia bem e Lua se mostrou muito emocionada nesse dia, assim como Arthur, que, desde o inicio da gravidez, pressente que irá ser um garoto, esse bebé. 
Sara continuava com as suas implicâncias com Lua e Arthur. Mas Arthur não dava mais importância a isso, caso contrário, iria se chatear a sério.

Enquanto o casal via e revia vezes e mais vezes as eco grafias, Sara estava vendo tv, sentada no chão da sala. 

- Sara, vem com a gente filha. Vem ver.
- Não quero.
- Vem Sara. É legal…
- Eu sou melhor.
- Nossa, como a minha filha é metida. – Arthur tentou brincar com ela – Filha, vem com o pai, vem. – pediu
- Não quero, já disse! Que saco! – ela se levantou irritada – Vocês não prestam atenção em mim, não brincam comigo e não me levam a passear. Eu não sou nada. Vocês só querem esse bebé! Eu não gosto dele! – Sara correu de novo para o quarto
- Não gosto de ver ela assim. Arthur, ela é sua filha. Fala com ela, por favor.
- Deixa eu só te roubar mais um beijo e depois eu vou lá… - disse ele, todo manhoso.
- Não Arthur! – Lua o empurrou – Ela é sua filha. Cuida dela, por favor.

Convencido por Lua, Arthur foi até ao quarto da filha. Primeiro, a porta se encontrava trancada. Arthur estranhou, pois Sara nunca faz isso. Quando pediu que a pequena abrisse a porta, escutou uma voz tremula e triste.

- Eu não vou abrir
- Vai sim! – Arthur gritou – Abre de uma vez. Eu só quero conversar, filha. – pediu ele, de novo

Sara abriu a porta e se encaminhou para a cama. Ela estava lá deitada, agarrada ao seu Mickey. Arthur deitou ao lado dela, naquela cama pequena de uma só pessoa e passou a mão sobre os cabelos da pequena. Sara sentia falta do carinho por parte do Arthur. Ele mimou a filha até à hora do jantar.

- Vem, a Lua já fez o jantar. – Arthur a puxou pela mão
- Pai… eu tenho saudade da mãe. – disse, antes de saírem do quarto dela
- Sara… - Arthur suspirou. Sentia que aquele tinha de ser o momento certo para ter uma conversa séria com a filha. Arthur colocou ela sem cima da cama, sentada e se abaixou um pouco, ficando com o rosto abaixo do rosto de Sara – A tua mãe tá longe, muito longe. Ela provavelmente nunca vai vir te ver… é que aconteceu coisas na vida dela, melhores do que as coisas que ela achava que tinha cá, entende? 
- Não!
- Quando você tem uma boneca que já tem… por exemplo, um ano, ai eu te ofereço outra, com qual você vai brincar? Com a mais nova ou a mais velha?
- A mais nova…
- Ai você esquece a mais velha, né?
- Sim
- Então… a sua mãe fez isso. Entende? – a pequena assentiu – Pode ser que um dia ela volte, mas isso tá muito difícil. Eu queria que você esquece-se um pouco ela… nós devemos considerar mãe e pai, àqueles que nos dão educação, alimentação e carinho. Tipo eu e a Lua, sabe?
- Sei pai…
- E então? Porque tem tratado a Lua tão mal? Ainda para mais agora… que ela está grávida.
- Ela me irrita. Só quer ficar com você e não brinca mais comigo
- Mas você se irritava sempre com ela, apesar dela querer brincar com você
- Mas eu sentia saudade da mamãe e ela dizia que ia passar, mas não passava. Ela mentiu pra mim.
- Mas agora você sabe que não precisa de ter essa saudade, não sabe?
- Eu sou tentar… - a pequena baixou o rosto
- E vai tentar ser mais amiga da Lua?
- Sim.
- Promete de dedinho?
- Prometo de dedinho! – os dois apertaram os dedos 
- Olha que se você mentir, o seu dedo cai – disse Arthur, fazendo Sara rir

Parecendo que não, com todos se dando bem, o tempo até passou mais rápido. Abraços, beijos, saídas a três (ou quatro), compras, cinema, comida, festas e muito mais! Agora a família Aguiar se sentiam mais preenchida, faltava apenas a chegada do bebé que iria completar a vida de todos. 

- Vai ser um menino! – cismava Arthur
- Mas eu quero menina! – Sara cruzou os braços
- Eu quero que venha com saúde! – disse Lua, enquanto estava deitada na maca para mais uma eco grafia
- Vamos lá ver então. – disse a médica. – Você já está com cinco meses de gravidez, por isso é bem capaz que consigamos ver o bebé hoje.

(…)

- Estou muito feliz! – disse Arthur. – Minha filha tá feliz, você tá feliz e esta criança aqui também. – Arthur beijou a barriga de Lua – Amo você, muito! Muito mesmo. 
- Também te amo muito! – o casal se beijou – A Sara está onde?
- Foi para o banheiro, tomar banho
- Será que demora?
- Porque?
- Não sei… eu só… - Lua não disse nada, apenas riu enquanto beijou o pescoço de Arthur. O garoto entendeu logo o que a namorada queria.

Estavam no quarto, deitados sobre a cama. A janela do quarto deles estava entreaberta e fazia passar uma pequena corrente de ar, não muito fria, visto que estamos na primavera. O sol já não batia tão forte como de manhã.
Lua pousou a mão sobre o rosto de Arthur, enquanto o beijava, e ele passava a sua mão por toda a extensão do corpo da grávida. Parou na barriga, parou o beijo, olhou e sorriu.

- Será que vai escutar?
- Acho que vai – Lua riu e continuou o beijo

O vestido dela ganhou lugar no chão, assim como a roupa dele. Arthur queria ser delicado com ela, visto que a barriga já não é a mesma que antes. É uma barriga de cinco meses. Uma barriga perfeita de cinco meses.
Entre um “amo você” e outro, o casal se amou de modo sincronizado. Ela ficou por baixo, pegando forte os cabelos dele, enquanto ele, entre suas pernas, investia conforme o prazer. Não queria ser violento de mais, mas também não ia dormir enquanto a penetrava. 
Por sorte, Sara estava no banho… um banho longo.

(…)

- Papai, a Lua quer morangos e chantilly. – Sara foi encarada por Lua – Papai, mentira, eu é que quero tá?
- Linda! – riu Lua

(…)

- Amor… - Lua cutucou ele – Amor, acorda.
- O que foi? – passava pouco das quatro horas da manhã.
- Eu estou sem sono.
- Conta carneirinhos
- Já contei
- Conta até mil
- Já contei
- Pensa em mim
- Eu penso sempre amor – Lua se aninhou a ele
- Então… fecha os olhos, que o sono passa.

Não demorou muito para Arthur ir ao quarto da Sara, buscar aquele filme romântico de desenhos animados para Lua ver. Entretida, a garota passou uma hora vendo aquele filme e ainda se emocionou na parte em que o príncipe diz que não gosta da princesa e sim da irmã dela.

(…)

- Body?
- Certo! – disse Arthur
- Chupetas e mamadeiras?
- Arrumado! – disse Sara
- Toalhas de banhos e cremes hidratantes?
- Também!
- Meias, calcinhas e blusas?
- Também amor. – voltou a responder Arthur
- Eu espero que não falte nada. – Lua sorriu
- Mas falta… - disse Arthur, olhando para as bolsas que Lua pretende levar para o hospital, na hora da criança nascer 
- O que falta?
- Sara… - Arthur deu sinal. A menina foi a correr até ao outro lado da casa e voltou correndo, da mesma forma. 
- Toma papai. Faz bonito. – disse a pequena, entregando ao pai a caixinha essencial
- Lua Maria Blanco, você sabe que casar, pela igreja, não dá, visto que eu já me casei uma vez. Segundo o que sei, a Manu ainda não morreu, por isso… bom, não interessa. Eu quero que você se torne uma Aguiar e…
- Como eu, Lu. – Sara interrompeu – Desculpa papai.
- E, como eu estava dizendo…

Enquanto Arthur se declarava, de cabeça baixa olhando o anel, Lua começou a sentiu os chupes da criança cada vez mais fortes, até que sente uma água sobre suas pernas

- AHHHHHHH – ela segurou a barriga
- Calma Lu, a melhor parte vem agora, eu…
- ARTHUR! – Lua voltou a gritar de dor, com a mão na barriga
- Papai, a Lua fez xixi – apontou para as pernas da Lua
- AHHH, ELE VAI NASCER! – Lua voltou a gritar e apoiou a mão na cama, sentando lá
- CALMA FILHO, CALMA! – Arthur gritou e segurou forte a mão da Lua – Deixa só eu casar aqui rapidão com a sua mãe! Então Lua… err, eu… - Arthur estava nervoso – Eu quero casar com você, aqui e agora, você aceita ser minha esposa e me aturar para todo o sempre?
- Aceito! – Lua já não sabia se chorava de dor ou de emoção. 

Arthur trocou muito rápido as alianças entre os dois e depois dele dar um beijo nela, pego-a ao colo e pediu que a Sara que pegasse as bolsas que haviam acabado de ser feitas. Parecia que tudo estava destinado. Eles se meteram no carro e foram a toda a velocidade para o hospital, afinal, Lucas queria nascer.

FIM!

E ai, foi legal? Eu tenho muitas ideias novas para novas webs. Falta é tempo para escrever :/

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