"Certezas" - 3º Capítulo

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POV LUA

No capitulo anterior…

- Não quero viver sem você. – Arthur me abraçou forte e percebi que a sua voz ficou um pouco rouca
- Nós vamos estar sempre juntos. Acredite. – mesmo chorando, eu beijei o rosto dele.

Quando voltei novamente a acordar, já era outro dia, de novo. Arthur já não estava na cama. Olhei em volta do quarto e vi ele na minha cadeira da secretária, rodando de um lado para o outro. Ele tinha só as calças vestidas e o seu cabelo estava totalmente bagunçado.
Lembro-me , ontem, apenas dele me ter dado um beijo na testa e de passar as mãos nos meus finos cabelos, me fazendo dormir. Não faço a mínima de que horas eram. 

Hoje era dia de escola. Ele provavelmente devia estar atrasado. Fazia tempo que eu não ia à escola. Como eu ia morrer, de que adiantava ter estudos? Além do mais, quando eu ia para a escola me sentia sempre mal, porque os meus colegas olhavam para mim com pena e muitos deles gozavam comigo. Arthur detestava ver os outros riram de mim e por diversas vezes partiu para a violência com muitos deles. Ele é o meu herói.

- Lua? – ele com certeza viu eu mexer as pernas na cama – Que bom que acordou. Eu preciso de ir embora. – ele se levantou e veio até mim – Depois de eu sair, vê o que eu escrevi no seu diário.
- O QUÊ? – sentei na cama extremamente irritada – Você tocou no meu diário? – me levantei da cama e corri para a secretária – Arthur, você não tinha esse direito. Nós somos melhores amigos mas eu quero ter os meus próprios segred…
- Calma. – ele segurou as minhas mãos – Eu não li nada. Mas eu queria te escrever algo e não vi mais nenhum papel se não aquele. Eu escrevi nas últimas folhas. – Arthur beijou a minha testa
- É sobre o quê?
- Lê… você perceberá. – ele sorriu para mim e saiu

Ele com certeza que deu de caras com a minha mãe, que provavelmente lhe ofereceu o café da manhã, mas como ele está atrasado, deve ter negado. 
Pensei na probabilidade dele ter lido o meu diário e me arrepiei várias vezes seguidas. Comprei aquele diário quando soube do problema que eu tinha. No inicio, eu não conseguia falar com ninguém, nem mesmo com o Arthur ou a minha mãe, que me são as pessoas mais chegadas, então eu escrevia lá o que eu sentia no momento. Apontava lá, à vezes, o nível do meu sangue ou também marcava as datas das consultas para eu não me esquecer. 
Abri o diário e reparei que Arthur não tinha mesmo lido nada, porque eu sempre dobro uma das folhas, para me certificar que ninguém leu, e essa mesma folha estava dobrada. Abri na primeira página e li a primeira coisa que escrevi.

“Meu nome é Lua Blanco e tenho 16 anos. É a primeira vez que escrevo num diário… muitas garotas, da minha idade, têm um para escreverem sobre romances, mas eu sou diferente. Eu escrevo porque é o único lugar ou o único alguém que eu possa conversar mesmo. 
Não estou preparada para levar essa doença em diante. Eu sou uma garota do bem, nunca fiz mal para ninguém, nem para uma simples formiguinha, porque razão isto tinha de me acontecer? Deus foi cruel comigo.
Ao meu lado, tenho a minha mãe e a minha irmã, que são realmente as únicas pessoas da minha família que sabem do meu problema e que eu sei que posso contar com elas. Fora da família, tenho o Arthur. Um garoto que conheço faz seis anos, este ano, e não me arrependendo nem um pouco. Nossa relação sempre foi muito próxima. Adoro quando ele se preocupa comigo. Fiquei de coração partido, hoje, quando o contei do meu problema.”

Me lembro perfeitamente do dia em que contei ao Arthur o que se passava comigo. Eu tinha faltado à aula de português para ir à consulta saber o resultado dos exames que eu tinha feito à uma semana atrás. Arthur pediu que nos encontrássemos, depois das aulas na sua casa, para saber como tinha corrido tudo.

FLASH BACK

- Você é super saudável, tenho a certeza que não tem nada
- Eu não tinha tanta certeza disso… - me levantei da sua cama e andei até à janela do seu quarto – Eu estou doente Arthur. Muito doente.
- Não brinca, vai. Deus castiga. – ele riu, se levantando e vindo até mim, me abraçar por trás
- Eu não estou brincando. – minha voz ficou meia tremula nas ultimas palavras. Eu realmente não sabia como o ia encarar agora. – Eu tenho um problema grave que está contaminando todo o meu corpo. E não tem cura… eu vou morrer.
- Não fala isso! Cala a sua boca! Você não sabe do que fala e… - Arthur começou a gritar comigo e eu só consegui chorar.

Comecei a chorar tanto que a minha mãe teve de me vir buscar, caso contrário, eu ia desmaiar lá, no quarto do Arthur.

FLASH BACK OFF

Depois que ele meteu na cabeça que eu estava mesmo doente, Arthur começou a me tratar de forma diferente. Não queria que eu apanhasse sol ou vento a mais; não queria que eu bebesse Coca-Cola, que era o meu refrigerante preferido; Não queria que eu me esforçasse nas aulas de educação física e fazia questão de me acompanhar sempre em casa. Eu lhe pedi que não fizesse isso. Já bastava a minha mãe me tratar como uma verdadeira doente. Eu pedia a todos que me tratassem de modo normal, afinal, eu sou uma pessoa normal. Não sofro de nenhum deficiência, apenas tenho uma doença que me está a levar para um caminho sem volta. 

Arthur levou dias a se acostumar a tudo e a “ignorar”. Me tratou normalmente e todos os dias eu lhe agradeço por isso, pois só me faz esquecer um pouco do problema que eu tenho. 

Vocês estão detestando esta web, não é mesmo? Tão poucos comentários...

11 comentários:

  1. Eu estou adorando . Beeijos. Posta maaais.

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  2. Como vc pode falar isso essa Web e muito boa

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  3. Está ótima Cris não se preucupe

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  4. estou amando a web,tá linda,estou curiosa para os próximos capítulos!!!

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  5. Meu Deeus!Ta perfeeitaa!! <3

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  6. Ameei a web se poder postar um capitulo maior eu agradeço

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  7. +++++++++++++++++++++++++++

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  8. Alguém lendo em 2019 ? Tô gostando dessas webs,como já se se passou muito tempo(anoooos), acredito que a autora dessas webs, não posta mais!..

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