Foi apenas obra do destino - 27º Capítulo

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POV LUA

Passados dois dias do natal, contávamos os dias para a passagem do ano. Aqui é feito de um modo diferente. Deixemos essas diferenças para o momento certo.
Assim que acordei, dei por mim ao lado dele. Eu escutava aquela sua respiração calma e sentia aqueles braços à minha volta, me protegendo e me acarinhando. Adoro quando ele se preocupava comigo. Adoro quando ele me beija e passa as mãos nos meus cabelos até eu adormecer. Adoro quando ele tira a minha roupa, de modo desesperado, para me amar a noite inteira.
Abrir os olhos e ver as suas mãos, sobre as minhas, com aquela aliança de compromisso, não tem preço. Não tem palavra que caracterize tal momento. 

Estava um frio desgraçado quando abri a porta de casa. Os meus pais tinham ido trabalhar e os meus irmãos, a uma hora dessas, deveriam estar dormindo. O meu pai havia deixado a chaves do carro dele em casa, caso eu e o Arthur precisássemos. Provavelmente hoje vamos aos lugares que falta o Arthur conhecer. 

- Luinha… - meu irmão me chamou, chegando na cozinha – Eu vi tá?
- O quê? – olhei pra ele, indo até ao balcão
- O Arthur saindo do quarto dele e indo para o seu, ontem à noite. Ele por acaso já saiu de lá?
- Eu acho que não. – sorri
- Vocês são safados!
- Ahh Diogo, olha quem fala! – encarei ele – Fala o meu irmão mais mulherengo.
- E o mais bonito também! – ele riu
- E o mais convencido também! – conclui – Cadê a Isabel?
- Saiu cedo.
- Ainda bem.
- Porquê?
- Por nada… - peguei uma maça e dei uma grande dentada

Não demorou muito para o Arthur descer. Passamos a manhã no maior love. O meu pai não estava mais em casa para controlar os nossos beijos e abraços.

- Sabe que ainda não me acostumei a te ver de aliança?! – disse ele
- Não?! Eu adoro! – sorri – Assim que acordei, foi a primeira coisa que olhei.
- Sabe quando essa aliança vai sair daí?
- Quando?
- Quando eu trocar essa, por uma de casamento!
- Ohw, seu fofo! – nos beijamos
- Ei, parem! – interagiu Miguel – O pai não está em casa, mas eu estou!
- Por falar nele – Diogo atendeu uma chamada, no celular. Deveria ser mesmo o meu pai, pela maneira como ele falava. – Tudo bem pai, até já! – disse ele, desligando o celular – O pai quer que o Arthur vá até à clínica, pra ver lá tudo como é. Ele disse pra eu levar ele na minha moto
- Mas eu assim vou onde? – perguntei
- Não vai, uê! Vamos Arthur?
- NADA DISSO! – me levantei do sofá – Ele não vai a lado nenhum sem mim.
- Lua…
- Nada de Lua. você não vai a lugar nenhum sem mim. Muito menos à clínica. Esqueceu que a Raquel trabalha lá?
- Tudo isso por ciúmes? – Arthur começou a rir
- Acha pouco?
- Amor…
- Amor nada! Eu vou com você e pronto
- Que chata! – ele riu de mim e demos as mãos, indo até à porta
- Tá né, sendo assim, fico em casa. – nem dei mais importância ao meu irmão

Dirigir por aquelas ruas era meio estranho, pois são todas mais pequenas. Mas ao mesmo tempo, fica mais fácil, por existir pouca confusão.
A clínica do meu pai, fica no centro da cidade do Funchal. O parque onde deixamos o carro, estava lotado, mas felizmente, havia um lugar para colocar o carro. 
Eu ficava cada vez mais tensa, ao me aproximar da clínica. Arthur estava muito apegado ao seu celular, digitando a toda a hora, mas eu não queria lhe perguntar o que estava fazendo. Ele podia fizer que eu estava ficando chata com ciúmes. Mas é essa mesmo a verdade!

- Lua, você também veio?
- Algum problema com isso, pai? – perguntei, ao lhe cumprimentar
- Claro que não! Arthur, bem-vindo à clínica Blanco. – meu pai riu
- Obrigado! – Arthur riu também – É bem parecida à do Brasil, mas um pouco mais pequena.
- Deixe eu lhe mostrar as instalações…
- Doutor Blanco, a paciente… Arthur? – Raquel chegava de bata branca, com um monte de papeis na mão, vinda da recepção, até que parou em frente ao Arthur
- Oi… - disse sem jeito. Ele olhou direto para mim.
- Não sabia que você vinha cá. Que bom te ver! – ela abraçou ele do nada. Ele retribuiu o abraço, o que me deixou irritada – A gente podia ir tomar café por ai, o que você acha? – interrompi o convite com uma tosse falsa
- Dá licença? Ele veio comigo! – segurei o braço dele
- Lua! – meu pai me repreendeu – Deixe eles. São só amigos!
- Por enquanto, até porque ela queria mais… - disse baixo
- Vem comigo. Deixa eles a sós.
- Não! – respondi ao meu pai
- Lua, não se preocupa amor. – Arthur me deu um selinho e deixou automaticamente o meu pai me levar, deixando Raquel com um sorrisinho tosco no rosto

POV ARTHUR

O Sr. Blanco tinha dado à Raquel 1hora de pausa. Segundo o que ela me contou, não havia almoçado hoje por falta de tempo. Por conta das loucuras de excessos no natal, a clínica estava cheia de pessoas para serem observadas.
Passeamos pela baixa do Funchal. Lojas, bares e outras coisas estavam abertas ao público, neste 26 de Dezembro. As famílias andavam nas ruas sem pressas. Apenas passeando, como nós.

- Eu tinha saudade já de estar sozinha com você. Me faz lembrar os velhos tempos. Pena é a sua namorada…
- O que tem ela?
- Ela é… diferente. Você dizia amar todos meus defeitos, detalhes e qualidades, mas ela não se encaixa nada comigo. O que viu nela?
- A boa vontade. A genuidade e tantas outras coisas
- Aposto que o sorriso não é melhor que o meu – disse Raquel
- Se engana. O sorriso dela é mágico. A gargalhada, melhor ainda. 
- Mas ela é ciumenta, não fazia o seu tipo, se bem me lembro. Você ficava logo chateado comigo, quando eu ficava com ciúmes bobos
- Mas ela tem ciúmes de nós dois, e com razão. Você dá muito em cima de mim…
- Isso porque eu quero voltar atrás no tempo. – ela parou na minha frente e pegou as minhas mãos – Arthur, você não acha que ‘foi apenas obra do destino’, ele te colocar na minha vida? Não acha que foi coincidência? Foi algo bom, algo otimo! É um começo para nós dois tentarmos tudo de novo. A gente se amava tanto… vivíamos fazendo planos para o futuro. Casar, ter filhos, viajarmos pelo mundo… era uma historia de amor fantástica. Vai me dizer que não tem saudades?
- Se foi obra do destino ou não, a verdade é que agora eu estou igualmente feliz. A Lua me fez abrir os olhos. Me fez lutar por aquilo que eu queria. Sim, eu te amava. Mas a Lua fez uma coisa que você não fez. Ela deixou aquilo que mais amava por mim. Ela deixou a irmã dela cair numa mentira, só para ficar comigo. Ao contrário do que você fez. Você foi atrás do seu capricho. Fugiu do país sem me dizer nada e depois diz que me ama…
- Eu estava a pensar em nós. o seu trabalho te pagava uma miséria… como queria casar, ter filhos e viajar se ganhava pouco? – ela em encarou – Neste trabalho, na clínica dos Blanco, eu ganho uma fortuna todos os meses. Dava muito bem para termos a nossa vida e sermos bem felizes. – ela pegou a minha mão – Arthur, nós ainda vamos a tempo! – ela se aproximou

Irá haver beijo? Ou a Lua chega e interrompe tudo?

13 comentários:

  1. Lua chega e interrompe, pela força de Deus e com toda certeza. kkkk

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  2. A Lua chega e interropem tudo.

    Assi:Thais

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  3. Nao pode ter beijo, mas eu preferia q a Lua nao chegasse. Eu queria q o Arthur se afastasse sozinho e dps contasse tudo pra Lua.

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  4. A Lua Chega é mete a mao na cara dessa vadia atirada!!!

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  5. Não rola beijo,mas o Arthur tem que se afastar só

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  6. Não rola o beijo, mas também a Lua não precisa aparecer, é só o Arthur se separar e dar uma cortada nela pra Raquel ficar sem graça e depois ele vai embora encontrar a Lua !

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  7. Nao rola beijo, mais tambem a Lua nao aparece o Arthur tem que da o fora nela e ir embora encontrar a Lua e contar pra ela como foi a conversa

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  8. Lua interrompe e ainda dá na cara dessa vadia, mas acho que Arthur deve dá o ultimato pra essa Raquel mandar ela sai fora cuidar da vida dela e parar de correr atras dele

    Ass: Chris

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  9. Eu acho q ñ deveia rolar beijo, acho que a lua e arthur tinham que terminar, sei la, tipo eles ficam separados apenas uns dias, mais a lua que tinha que terminar, ele tinha de escolher entre a Raquel e a lua, e a lua conhencece um cara, ou ate um amigo de infancia, queria que o Arthur sentise ciúmes da lua tbm, mais td isso tem q rola em Portugal.

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  10. Não pode rolar beijo, mais a Lua não pode interromper, o Arthur é que não pode deixar rolar o beijo.

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  11. a lua chega e ve o beijo. ai depois o Arthur tenta reconquistar a lua.

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