MINI WEB: Mas mãe! Eu amo ele! - Ultimo capítulo

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POV LUA

Não adiantava. A minha mãe não sabe o significado de amar. Amar a si mesma primeiro e depois o próximo. Ela acha que ter amor é ser rica. Claro, porque ser rica parece que é tudo na vida.
Sim, o dinheiro trás felicidade. Sim, é com o dinheiro que você vai viajar, fazer compras e curtir os seus momentos de tristeza. Mas o dinheiro acaba. O amor não. Se for verdadeiro, não acaba. Dura para sempre e sempre.

A minha mãe não entendia o facto de eu ter crescido. Não fisicamente como psicologicamente. Eu havia me tornado numa garota trabalhadora e lutadora, embora que as pessoas da região não pensem assim. Mas eu vou fazer o que o Arthur disse: vou seguir em frente, sem olhar para trás. Não me vou importar com o que elas dizem e sim com o que eu realmente quero.

- Discutiu com a sua mãe a saiu de casa?
- Sim. Estou farta. Ela não me compreende
- Mas, e agora?
- Agora eu vou viver numa pensão barata ai.
- O quê? Nem pensar! Eu compro um apartamento para você
- Nem pensar! – falei mais alto – Arthur, eu não quero que…
- Deixa de ser teimosa
- Deixe de ser teimoso você. Eu não quero que você me compre nada.
- Mas…
- Mas nada Arthur. – o interrompi – Você deve pensar como todo o mundo né? Deve pensar que por eu ser loira, que sou burra né? Eu não quero o seu dinheiro para nada. Nada! Eu quero você, o seu amor e nada mais. – me levantei daquele maldito banco de jardim – Se realmente gosta de mim como diz, me respeita primeiro.

Deixei ele falando sozinho. Apesar de ter mudado muita coisa em mim, uma coisa que não mudou foi o meu orgulho e a minha teimosia. Isso nunca ia mudar.
Aprendi a me virar sozinha. Morar sozinha significa liberdade. Você acorda às horas que quiser, deixa a casa virada do avesso se quiser e cozinha o que bem entender. Se bem que existem regras: eu tinha de acordar cedo para ir trabalhar.
É trabalhando que eu vivo e me sustento com tudo aquilo que eu acho que tenho direito. Afinal, trabalhar não é a pior coisa do mundo. Se bem que aquela casa de idosos me dá dores terríveis de cabeça. Deve ser aquele cheiro, ou aquelas cores mortas nas paredes, eu não sei.
Se eu estudasse, com certeza ia trabalhar num local melhor. Mas eu sou preguiçosa e deixei os estudos por concluir.

Num sábado pela manhã, meu dia de folga, tocaram à campainha logo às 9horas da manhã. Eu queria matar o desgraçado. Acontece que o Arthur vinha todo charmoso, com flores e café da manhã nas mãos. Eu não podia lhe bater.

- Bom dia! – ele disse com o sorriso mais largo. Eu mordi o lábio. Que tentação de homem. Eu tinha o cabelo todo bagunçado e digamos que o meu pijama não era o mais apresentável, pelo contrário, era o mais curto. O trouxe para dentro de casa e o beijei. Um beijo bem calmo, nada de correrias
- Bom dia. A que se deve tanto romance?
- Você. – ele continuou sorrindo e me deu as flores – Está com fome? – ele se dirigiu para a cozinha
- Como descobriu a pensão?
- Digamos que esta cidade não é assim tão grande
- É, você tem razão. – eu ri
- As condições não são tão más assim. Pensei que ia ser bem pior. – ele se sentou na capa – É uma espécie de kitnet?
- Sim. Eu gostei.
- Eu também. É agradável. Mas eu podia te dar bem melhor
- E você vai começar com essa conversa, pode sair. – apontei para a rua. Ele permaneceu calado
- Mas eu vim te fazer uma proposta
- Que proposta?
- Eu recebi um bom dinheiro. Pretendo dar um pouco à minha mãe e ir embora. Ela apoia a minha situação. Ela diz que o Brasil não é um lugar para mim. Eu mereço bem melhor, afinal, trabalhei para isso. Eu vou embora no próximo final de semana. – eu fiquei chocada. – Lua, eu vou embora e não volto mais. – ele me dizia sério
- Pensei que você gostasse de mim
- Eu gosto de você. Mas também tenho de pensar em mim, na minha carreira e no meu futuro
- Por que veio cá? Veio me fazer sofrer? Eu vou sofrer imenso com essa distância. Além do mais, eu detesto despedidas. Pode ir embora. – me recusei a olhar para ele. Apontei de novo para a porta
- Você não está entendendo.
- Não, você é que não está enten…
- Lua! – ele agarrou as minhas mãos e ficou com o seu rosto diante do meu, bem pertinho – Eu quero levar você comigo. Eu quero te dar algo melhor. Vamos embora agora Lua. Vamos ser felizes. – ele parecia uma maluquinho rindo
- Arthur, você pirou? Eu tenho a minha vida aqui. – eu ri da cara dele. Ele ficou serio. Toda a sua animação foi embora. Acho que dei um fora nele.
- Que vida é que você tem aqui? Que vida? – ele começou a andar à volta dos moveis – Você começou a sua vida agora. Não tem nada ainda. Pode muito bem largar o Brasil e ir viver comigo. Eu ficaria feliz por você fazer isso. Além de ter a sua companhia, eu ia saber se realmente você gostava de mim ou não
- Nem vem com essas coisas. – cruzei os braços
- Mas é verdade! Será um prova de amor.
- Se eu não for com você, não quer dizer que eu não goste de você. Quer dizer que eu tenho uma mãe. Apesar de tudo, eu amo ela
- E a mim? Você não me ama?
- Você… você é diferente. Mãe é mãe
- Futuro pai dos seus filhos, é futuro pai dos seus filhos
- O que? – eu ri
- Se você vier comigo, me provar que realmente me ama, é isso que eu serei seu. – ele riu – Por favor Lua, pensa com carinho.
- Eu vou pensar. – sorri. Ele veio até mim e me abraçou bem forte. E

Ele tinha o rosto entre os meus cabelos, junto ao meu pescoço e aproveitou essa situação para começar a beijá-lo. Confesso que me derreti com todos aqueles beijos. Era otimo ter aquela sensação. Os beijos deles faziam eu me arrepiar por completa.
Então quando ele levou as mãos para debaixo da minha blusa, subindo, depois descendo as mãos pelas minhas laterais, apertando e alisando… gente! Eu tenho que confessar. Fiquei molhada só com aquilo.
O pior é que ele percebeu e brincou com esse facto. Tornou os beijos mais intensos, me levando a ver estrelas, mesmo numa manhã de sol como esta. Fiz o mesmo com ele. Não jogando, mas sim tentando provocar as mesmas sensações que ele me provocou.
Joguei ele na cama, subi para cima dele, o provocando de imediato, depois subindo a blusa dele e arranhando o seu tanquinho. O que iria ali acontecer? Teria ele ficado logo excitado? Eu tenho a certeza que si, pois quando ficamos só de roupas interiores, eu notei aquele belo volume.

- Será que os seus vizinhos vão se importar com os barulhos? – ele jogou longe a minha calcinha, assim como a cueca dele e começou com leves investidas
- Eles que se lixem… - disse entre gemidos baixos.

Ele ficou por cima, com aquelas investidas. Intensificava cada vez mais, me fazendo gozar múltiplas vezes. Eu começava a me acostumar com aquele vai e vem todo. Ele também se acostumou àqueles arranhões que eu deixei bem visíveis nas suas costas.

(…)

- Eu vou te falar uma coisa, mas eu vou falar e ir embora logo. Pode ser? – dizia, enquanto colocava o cinto nas calças e arrumava o cabelo que eu tanto insisti em desarrumar
- Pode. – sorri, entre os lençóis.
- Eu amo você. E amo de montão! – dito isso, ele saiu correndo. Eu comecei e rir de mais. Me derreti com tal declaração. Fiquei toda bobinha.

Aquela manhã repleta de surpresas e prazer me fez pensar. Eu seria idiota se não aproveitasse tal oportunidade. Além de ser pelo Arthur, seria por mim. Por um futuro melhor. Mas existe sempre os prós e os contras.

- Você é burra mesmo! – me insultava mais uma vez a minha mãe – Ele vai pra os EUA sem conhecer ninguém. Aquilo lá ainda é pior que o Brasil. Você vai pra lá fazer o quê? Vender hot-dogs? Nossa, que futuro brilhante! O Neymar te daria muito melhor futuro
- Serio? Como? Me engravidando? Eu praticamente iria me prostituir. É isso que você queria?
- Se você ficasse rica, que fosse!
- Você realmente não merece o meu respeito. Eu nem sei por que eu estou aqui! Adeus mãe, obrigada por tudo e por nada. Eu vou ser feliz.
- Vai ser feliz com um emplastro como o Arthur? – ela me jogou aquilo na cara, me fazendo voltar atrás quando ia já sair
- Eu vou ser feliz com ele sim. Sabe porque? Porque eu amo ele. Eu amo ele mãe! – deixei bem claro e sai de casa

O táxi estava me esperando. O táxi me ia levar ao aeroporto, onde o Arthur estava me esperando. Ia ser o voo das nossas vidas.
Eu podia ir para os EUA e não ter fama nenhuma, como podia ir para lá e ser a garota mais feliz, com ou sem dinheiro.

Isto tudo para vós dizer que o dinheiro não importa. Tudo bem, você não vai conhecer o Justin Bieber ou os 1D sem ter dinheiro. Mas será que o que conta é só isso?
Quando você recebe um abraço, um elogio, um beijo… é preciso dinheiro para isso? Quando você recebe todo esse afeto, você precisa de dinheiro? Não!
Ame-se a si mesmo e ao próximo. Verá que será bem feliz. #ficaadica

Bom, é isso! Mais tarde, posto o ultimo capítulo da outra mini web

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