Foi apenas obra do destino - 8º Capítulo

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POV LUA

Nem mesmo com o abraço do Arthur se eu me consegui acalmar. Nem sei a razão de eu estar tão alterada. Se era pelo facto de a minha irmã ter bebido, ou então por ter beijado ele. Ela está ficando um pouco obcecada com o Arthur. Está se tornando no que não era. Tudo bem, ela já era meia maluquinha, mas está ultrapassando certos limites.

POV ARTHUR

- Bem que eu tentei acalmar ela, mas a garota me beijou e se eu estivesse no mesmo estado que ela, tinha acontecido bem mais que um beijo – Lua se espantou ainda mais para mim. Se levantou da cama, pegando uma camisola qualquer e vestiu. Passou a mão pelos cabelos e ficou diante do espelho
- O que é que eu fiz de mal na educação dela? eu errei assim tanto? Eu sei que deixava ela fazer muita coisa que ela ainda não devia, mas eu pensei que assim fosse melhor, pra que no futuro ela me respeitasse… olha no que acabou por acontecer.
- Você foi otima enquanto educava ela, você foi a melhor. – me levantei da cama dela e peguei a sua mão também – Mas, por um lado, a culpa também foi minha. Se eu não aparecesse na vossa vida, ela não se apaixonaria por mim.
- Será que aquilo é mesmo paixão?
- Bom… ela só tem 17 anos, mas… eu não sei mesmo. – suspirei
- Mas se você não tivesse aparecido na nossa vida, nós não nos tínhamos conhecido. – ela sorriu, fazendo logo um bico que eu mordi e a beijei depois.

Acho que nunca tinha visto ela sorrir daquele jeito, toda denga. Não que eu tivesse aproveitado a situação, mas digamos que utilizei aquele momento para lhe roubar mais uns beijos. Uns longos beijos.
Passei as mãos pelas suas laterais, por vezes subindo um pouco a sua camisola, enquanto a beijava, deixando-a ofegante. Ela começou a empurrar-me para a cama. Me sentei, na beira, puxei ela para o meu colo e a abracei de volta da cintura, sem parar o beijo. As nossas línguas se entrelaçavam de um lado para o outro, sem parar. Eu adorava sentir o gosto dela daquela forma.

- Linda! – parei o beijo – Linda, linda, minha linda! – apertei um pouco o seu bumbum
- Bobo! – ela passou a mão no meu rosto e beijando o meu pescoço – É melhor agente ir. Vamos, antes que a Isabel acorde com o seu mau humor e nos veja assim.
- Foi bom trocar esses beijos com você. Acho que foi a primeira vez que nos beijamos tão intensamente. – ela ficou envergonhada, porque colocou o cabelo à frente do rosto, enquanto saia do meu colo – Eu vou para o meu quarto – ri
- Vou sentir a sua falta
- Não fala isso duas vezes. Se não, eu não vou embora – sorri
- Pode ir. – ela mandou um beijo pelo ar e abriu a porta do quarto. Antes de sair, verificou se o caminho estava sem perigo para eu poder passar para o meu quarto

Enquanto eu tomava banho, escutei as vozes da Lua e da Isabel gritando. Segundo o que eu entendi, Isabel disse que tinha idade suficiente para cuidar de si própria e ameaçou sair do país, para ir com os seus pais.
Eu cheguei no meio da confusão.

- Eu não namoro com o Arthur, que droga! – Lua gritava. Ela me viu chegando e gelou
- Então por que raio ele não me quer?
- Eu não te quero, porque só te vejo como uma amiga
- E ela? – Isabel se referia a Lua
- Mais uma amiga. – disse eu, como se tudo fosse simples. Sentei na mesa e passei a manteiga nas torradas, que provavelmente tinham sido a Lua a fazer – Mas se isso te faz tanta confusão Isabel, eu vou embora.
- Não! – disse muito rápido – Não quero que você vá embora
- Então me esqueça. – pedi – Eu gosto de mulheres mais velhas e você com certeza que prefere garotos da sua idade.
- Você está me chamando de criança?
- Não, claro que não. Porque crianças não bebem da maneira que você bebeu ontem. – encarei ela. Ela baixou o rosto – Peço desculpa, sim.
- Se isso se repete, eu conto prós pais. – Lua ameaçou

(…)

Certo dia, depois do trabalho lá na clínica, eu me encontrei com a minha irmã, Natacha. Ela é que nem eu: responsável e bem orgulhosa. Somos orgulhosos dos pais que temos, pois deram tudo o que tinham por nós e não tínhamos coragem de continuar a viver às custas deles. 
Natacha tem menos dois anos que eu, e vive com o namorado.

- Mas quem são essas garotas? São de confiança? Ou são duas vagabundas? – ela perguntou. Quando queria, conseguia ser muito directa.
- Idiota! – ri – Elas são de confiança. Uma mais que a outra. – sorri de lado
- Que sorriso foi esse?
- Sorriso de uma pessoa que está a fim de outra…
- Mentira? – ela riu – Quer dizer que a Raquel foi um lance?
- A Raquel foi importante para mim! – disse bem sério – Idiota, tocou na ferida! – desanimei por completo. Ela passou a mãos pelos meus cabelos, num tom de ironia
- Coitadinho do meu maninho! – ela me abraçou – Esqueceu ou não, a Raquel?
- Eu amei a Raquel, não amo mais. A Lua me fez esquecer ela
- A Lua é a tal, por quem você tá afim? – ela sorriu
- É. – sorri, todo bobo – Ela é a tal. Tão dedicada, organizada, preocupada… tão linda! 
- Aii meu deus, está apaixonado! – ela colocou as mãos à cabeça – Estão namorando?
- Ainda não… estamos ficando, escondidos da irmã dela.
- O quê? São crianças ainda, é? – ela zuou de mim 

Mais tarde, quando cheguei, mais ou menos à hora do jantar, Isabel e Lua conversavam sobre mim. Acho que naquela casa, o único assunto era eu. Arthur, Arthur e Arthur.

- Ele se encontrou com outra garota. Ficaram entre risos, horas e horas. Abraços para cá e para lá. Será a namorada dele? – Isabel perguntava, à Lua
- Não sei! – Lua parecia meia agitada, pois cortava a cenoura muito rápido
- Lua, você já cortou cinco cenouras! – chamei ela à atenção
- Oii Arthur! – Isabel corou – Chegou cedo! Quero dizer, tarde…
- É… estive com a minha irmã
- Então a garota era sua irmã? – Isabel perguntou
- Que garota? Me viu, foi?
- Sim, ia a passar e vi você… eu vou tomar banho. – ela saiu da cozinha
- E ai…? – fui para beijar Lua, mas ela desviou – O que foi?
- Ela está ai… pode ver. – continuou a cortar cenouras
- Ahh Lua, por favor. Ela foi para cima – peguei ela pela cintura – Está chateada?
- Era mesmo sua irmã?
- Era, boba! – ri – Você sabe bem que eu tenho uma irmã
- Eu sei. Mas você nunca me apresentou ela…
- Nunca tivemos oportunidade. Você também tem amigos, mas nunca me falou deles.
- São o Cauã, um garanhão qualquer, o Ricardo que é louco por malhar, a Nicole que é atraída por caras musculados e a Lisa, que é meia nerd.
- A minha irmã é a Natacha, é mais nova que eu. E agora, passou os ciúmes?
- Não era ciúmes… - ela voltou o rosto
- Ahh, claro que não! – ri, pegando ela pela cintura, rodando ela de um lado para o outro e a sentando na bancada
- Pára Arthur, ela pode chegar – Lua ria
- Não, ela vai demorar – beijei o pescoço dela
- Gosto tanto de você! – olhei fixo para ela
- Também gosto muito de você! – beijei-a com intensidade

Os dias se passavam assim. Eu e Lua, escondidos, namorávamos na clínica, no meu quarto ou no dela, bem cedo ou bem tarde, dependendo de quando apanhávamos a Isabel distraída. Ela continuava a dar sinais de que ainda gostava de mim, mas eu tentava ao máximo afastar ela de mim, para que me conseguisse esquecer.

- Hoje se arrume. Vamos jantar fora
- Quem disse?
- Eu digo – disse bem sério, enquanto lhe entregava uns papeis importantes na clínica – Eu comentei de manhã com a Isabel que ia sair com a minha irmã. E você, o que lhe vai dizer?
- Vou sair com uns amigos
- Boa! – sorri – Aparece gata?
- Ainda mais? – ela jogou o cabelo para o lado
- Pára, ou eu te agarro aqui! – ri, entre meio de tantos papeis
- Eu paro! – riu de novo

Pretendia que o jantar fosse especial. Queria lhe pedir em namoro, já que acho que é o momento certo. Está na cara de nós dois que gostamos muito um do outro. Acho que ela é a tal. E com o tempo, tenho a certeza que o sentimento entre nós vai crescer.

POV LUA

Vim para casa toda animada com a ideia do Arthur. Eu tinha tudo planeado. Sabia até que roupa ia levar. Ia ser a saia cinza, com a camisa branca, o casaco vermelho escuro, com o salto preto e a bolsa também. E claro, um colar exuberante.

- Mana… - Isabel me chamou, assim que entrei em casa
- Isabel! Droga! Já falei pra você não faltar às aulas
- Mas eu juro que hoje eu não faltei porque quis. Eu estou mal.
- Claro, está sempre mal. – ela estava deitada no sofá, com montes de cobertas em cima. Sentei ao seu lado
- O que você sente?
- Pergunta antes o que eu não sinto
- O que você não sente?
- Eu não sinto nada. As minhas pernas, os meus braços, tudo está paralizado e bem congelado. A minha testa está ardendo e a minha garganta dói de mais. Já para não falar nessa tosse terrível… o que eu tenho?
- Droga! – bati com o pé no chão

O que ela tinha era simples, uma gripe. Essa gripe complicou o meu jantar com o Arthur. Vou lhe desiludir pela primeira vez. 

Será que tem briga? Será? 
Hoje acho que não vou conseguir postar mais. Não prometo nada.

5 comentários:

  1. Nao pfv nao faça eles brigarem!!!
    Amandoo, posta maiis!!!!!

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  2. Ameeeeeeeeiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Posta Mais hojeeeeeeeeeeee pfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

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  3. Não quero q eles briguem :( ... Posta maissss pf , web perfect :)

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