O tempo cura tudo - 40º Capitulo

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POV NARRADOR


Haviam se passado mais quatro meses e Lua continuava com a mesma mania.

- Não Arthur, não me fala o sexo. Por favor. Eu não quero saber
- Lua, o bebé vai nascer e você não vai nem saber que sexo é? Por favor, deixa eu falar…
- Se você falar, você dorme no sofá.
- Isso é que não. Já bastou ontem eu ter de acordar às 5h da manhã à procura de morangos. A minha sorte é que havia nutella em casa
- Morangos com nutella são a melhor coisa do mundo, tá? – dizia ela tomando sorvete de maracujá – Além disso, cadê o Guilherme? Ele ainda não terminou o banho?
- Ai meu deus! – Arthur levou as mãos à cabeça quando se lembrou que tinha deixado o filho sozinho na banheira cheia de água. Arthur correu em direção ao banheiro e já no corredor havia água no chão. O garoto deixou a torneira aberta fazendo a água derramar e se espalhar por toda a parte
- Água papai! – dizia o pequeno todo brincalhão jogando água de um lado pró outro
- Adivinha quem vai limpar isso… - Lua chegava por trás de Arthur sorrindo, acompanhada do seu sorvete
- Ahh não Gui, não! – Arthur lamentou enquanto ouvia as gargalhadas de Lua por trás, indo em direção à cozinha

A gravidez estava sendo como a primeira: cheia de desejos. Mas dessa vez não haviam preocupações ou coisas que implicavam a boa gestação da criança.
Lua tinha criado diversas manias: não tomava mais o seu café com leite, não escutava muitas agitadas de mais e não havia mais sexo! Essa ultima mania deixou o Arthur puto da vida. Bem que ele tenta por vezes criar um clima entre eles, mas Lua logo corta.
Outra mania, foi o facto de Lua não querer saber o sexo do bebé. Quando eles foram ver o sexo, só Arthur ficou sabendo. Assim, compram coisas que dá pra ambos os sexos como o amarelinho, branco e cores assim.

- Lembra do seu chá de bebé? – Arthur perguntou
- Sim. Diversas amigas minhas vieram com roupinhas de todas as cores. Pensavam que você ia dizer o sexo pra elas – ela ria
- É sempre tradição as mulheres pintarem a barriga e você não fez isso
- Não é tradição
- Mas muitas fazem isso… agente podia fazer
- Não quero Arthur. Você vai me falar o sexo dele ou dela, eu não quero.
- Eu posso pintar enquanto você fica de olhos vendados?
- Não
- Lu, por favor. – ele fez beicinho e pistou várias vezes os olhos
- Você não vai desistir, não é mesmo?
- Você sabe que não! – ele riu
- Tá, vai logo então! – ela cruzou os braços e fez bico também.

Arthur pegou todas as pinturas que haviam em casa e começou a fazer algo na barriga de Lua, de 8 meses mais ou menos. Ela permaneceu de olhos vendados pra não perceber que sexo era.
Guilherme está mais entusiasmado com o facto de ter um maninho ou uma maninha. Mas por vezes sente ciúmes de quando as pessoas vão lá à casa pra trazer presentes para o bebé e não para ele. Mas ciúmes entre crianças é normal.

- Arthur, está quase terminando? Está fazendo muitas coceguinhas.
- Estou quase Lu. Tenho que terminar uns retoques aqui e nada mais. Está ficando perfeita – ele sorriu – Mas você é perfeita!
- Ohww, não fala isso. Você sabe que eu não aguento. – dizia ela de olhos fechados
- Vou tirar uma foto e postar nas minhas redes sociais
- Mas assim eu vou acabar vendo amor
- Ahh, é verdade. – ele se desmotivou - Mas vou tirar e guardar pra mim então



- Ficou tão legal! – Arthur estava rendido à sua obra de arte. Lua continuava sentada no sofá de olhos fechados, enquanto Arthur estava sentado no chão olhando para o que tinha acabado de fazer. Daqui a umas semanas, aquele bebé será uma nova razão pra sorrir
- Já posso lavar?
- Não amor. Faltam as mil fotos disso. – Arthur riu e ajudou Lua a levantar. Foram para a frente de um grande espelho que têm no quarto e assim tirar mil e uma fotos. Lua continuava de olhos fechados. A teimosa não queria saber o sexo daquele ser. – Sabe que eu dava um bom fotografo? – perguntou, quase afirmando, depois de tirar mais uma foto – Gui, vem cá com o papai.
- Poquê? – perguntava o pequeno, aborrecido
- Ele está farto de estar em casa – disse Lua
- O papai vai te levar a sair hoje, então. Que tal um parque?
- Parque Arthur? Mas hoje é domingo. Vai estar uma confusão lá. Porque não vão a um lugar mais sossegado?
- Por que é que você tem de implicar com tudo o que eu digo?
- Por que é que você está brigando comigo se sabe que eu estou grávida? – Lua se mostrava ofendida com a mínima coisa
- Desculpa amor da minha vida, desculpa. – Arthur a abraçou rindo litros, enquanto Lua empurrava ele. Ela estava bravinha!

Mais tarde, enquanto Arthur e Guilherme passeavam de bicicleta, os dois conversavam. Bom, metade do que o Guilherme dizia, Arthur não entendia, mas bem que ele fazia um esforço.

- Bebé do papai, eu não entendi nada do que você disse – Arthur beijou a testa do pequeno. Ela bicicleta tinha a vantagem de ter um cesto à frente para crianças, onde elas iam em segurança – Mas eu sei que temos de fazer algo pra agradar a mamãe. Se não, eu durmo de novo no sofá. O que você acha? Um doce ou flores?
- Bola. – disse o pequeno apontando para uma, de um garotinho que brincava na estrada
- Bolas não, você tem tantas bolas espalhadas lá em casa e não brinca com nenhuma. A sua mãe adora flores, mas como está grávida e ainda cheia de desejos, um doce seria bom. Se bem que ela acabou com a nutella sozinha e hoje com o sorvete. É melhor levar flores. – depois de pedalar mais um pouco… - Mas se eu levar uma flor, ela vai perguntar porque é que eu não levei um doce e ai ainda vai pensar que eu lhe acho gorda. Capaz disso é a sua mamãe. É melhor levar os dois. – concluiu

Na florista, foi Guilherme que escolheu a cor das flores pra levar à Lua e na pastelaria dos melhores bolos da cidade, foi também ele que escolheu o bolo pra Lua e ainda escolheu um pra ele.

- Um bolo Arthur? – Lua perguntou abrindo a caixa – Você por acaso quer me deixar gorda é isso? Depois é uma grande desculpa pra você me trair. E flores de novo? Cadê a sua criatividade hein? Você dorme no sofá hoje!
- Mas Lu… - tarde de mais. Ela já se tinha trancado no quarto.

(…)

Passados 2 anos…

- Você virou o meu mundo de ponta cabeça. – cantarola Arthur, com Lua no seu colo, esperando o voo ser anunciado
- Você está muito romântico ou é impressão minha?
- Tem como não ser romântico com uma mulher e dois filhos como vocês do meu lado? – Arthur riu, olhando prós seus filhos, Guilherme e Leonor, que estavam sentadinhos no chão, fartos de esperar pelo avião
- Amo você! – Lua segurou o queixo de Arthur, se olharam com olhos nos olhos e depois se beijaram.
- Também te amo muito! – deu outro beijo nela – Você será minha para sempre.
- E eu? Ninguém me ama? – Guilherme perguntava, todo irritadinho
- E tem como não te amar meu gostosão? – Lua puxou ele pró seu colo
- E eu mamãe? – perguntava a pequena ciumenta
- Vem pra cá, linda da minha vida. – Arthur encheu ela de beijos

Desde cedo que planeavam esta viagem de família. Ia fazer bem a todos. Seria uma data importante para Leonor e Guilherme pois iam viajar pela primeira vez, ainda por cima juntos.

- Voo 465 com destino a…
- Olha, é o nosso! – disse Lua se levantando
- Com destino à felicidade. – completou Arthur
- Mais precisamente, Paris. A cidade do amor. – Lua deu um selinho nele
- Do nosso amor.
- Dos nossos amores. – Lua se derretia vendo os seus filhos à frente, animados com a viajem.


- Vamos lá meu amor. Vamos ser felizes. – diz Arthur, radiante da vida.

Mil desculpas! eu não sei o que aconteceu
Eu postei o capítulo ontem mas hoje chego cá e aparece como rascunho!

E ai, o que acharam do ultimo capitulo?

11 comentários:

  1. Eu não entendi a foto , porque estava escrito boy que significa menino e nasceu uma menina ?
    Mas eu ameeeiiii a web :)))

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  2. "It's a boy" mas é uma menina? I did not...

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  3. Ameii , vai deixar saudades , e muitas viu ?!! Faz 2ª temporada , Por favor ! Qual será a próxima Web ?!

    Amanda K.

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  4. Maravilhoso final.Vou sentir saudades *-*

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  5. ameiiiii so achei feio o nome da filha deles, da outro nome pra ela

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