O tempo cura tudo - 39º Capitulo

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POV NARRADOR

Momentos mágicos, inesquecíveis, com muitas gargalhadas, com muito prazer.
Estes dias em Acapulco, no México, vinham mesmo a calhar. Foi óptimo para os dois, Lua e Arthur, poderem ter momentos mais íntimos sem ninguém a aparecer e a interromper. Podiam gritar que ninguém vinha reclamar do barulho que estavam fazendo.
Pareciam novamente jovens de 17 anos, namorando escondidos dos pais ou dos colegas de turma. Estavam felizes, era o mais importante. 

- À anos atrás eu pensava que casamento era uma coisa obrigatória. Mas é bem o contrário. É tipo uma prova…
- Uma prova? – Lua perguntou, deitada sobre o peito dele
- É… uma prova de dizer que te amo
- Não era preciso agente casar pra você me provar isso. – ela deu uma gargalhada – Sem casarmos, eu já sabia que você me amava, muito
- E você?
- Eu o que?
- Você me ama?
- Você duvida? – ela o encarou
- Acha? – ele a encarou também
- Parecemos bobinhos às vezes
- Sua culpa. – ele deu um beijo no topo da cabeça dela – Não quero ir embora. Mas quero ir embora.
- Me perdi! – confessou Lua
- É que eu estou morrendo de saudade do Gui.
- Ahh, não me fala. – ela fechou os olhos pra não chorar e assim expressar também a sua saudade. 
- Mas por outro lado, eu amava ficar aqui. É tão lindo isso, né?
- Por acaso a sua escolha foi otima. Mas o próximo local de viajem sou eu que escolho
- E onde você queria ir?
- Dubai. É tão lindo lá, né?
- É… quem sabe em uma próxima lua-de-mel. Mas dessa vez levamos o Guilherme.
- Ele e nem só… - Lua mordeu o lábio
- Quem mais? Seus pais?
- Não… - ela sentou na cama e se cobriu com o lençol – É que tem uma parada ai. – ela baixou o rosto, sorrindo
- O que? – ele ficou tenso, sentou na cama também se cobrindo com parte do lençol – Eu fiz alguma coisa? – ela negou – Você fez alguma coisa? – ela riu – O que você fez Lua? Poxa, não me diga que mandou o seu número de celular ao cara de recepção?! Eu bem vi que ele estava olhando pra você. Eu não gosto dessas coisas Lua, você sabe que eu sou ciumento e… - ele ia falando e se levantando da cama enquanto colocava a sua cueca. Lua o interrompeu
- O que eu fiz, você fez também. Ambos fizemos e foi otimo, devo já dizer. – ela ria da cara de assustado dele
- Eu não to entendendo. O que é que agente fez? Amor no elevador? Pow, ninguém viu e aquilo foi tão rápido que mal deu pra…
- Não foi isso. – ela interrompeu – Mas isso também foi bom. Ainda bem que eu estava bêbada.
- Não vamos mais falar disso. Se não, eu faço questão de irmos tomar o café da manhã no elevador
- Nem pensar. – Lua riu 
- Mas afinal o que você tem pra dizer?
- Vem aqui. – ele deitou de novo ao lado dela, de barriga pra baixo – Me dá a sua mão. – ele deu e ela colocou na barriga dela e sorriu. Arthur ficou meio confuso, mas quando olhou pró rosto de Lua, com um sorrisão, entendeu o que ela havia dito.  
- Você está grávida? – ele perguntou todo bobo – É isso?
- É Arthur! – os dois riram juntos, numa gargalhada só e se abraçaram. Arthur não conseguia acreditar. Era tudo o que ele mais queria, depois do casamento. – Lu, mas desde quando? E como descobriu?
- Bom, eu ainda não confirmei. Mas agente sabe né? Não é a primeira vez que estou grávida e quem sabe também não seja a ultima.
- Estou tão feliz! – ele a abraçou de novo – Obrigado por esse presente. Eu acho que ainda não caí em mim. – ele riu de novo – Lembra quando eu falei, à uns tempos atrás, que o que eu mais queria era mais um filho, depois do casamento? Meu deus! Parece que o cara lá em cima me ouviu… estou muito feliz. – os dois se beijaram. Lua começava a se emocionar com tão poucas palavras

A verdade é que ela já desconfiava desde o casamento que podia haver uma chance de estar grávida. Mulher que é mulher percebe isso: quando nota um atraso; quando se irrita por uma mínima coisa ou então quando se emociona por tão pouco e come como se não comesse à anos. São sintomas básicos.

- Quando vãos fazer a confirmação? E o sexo? Demora muito? Que tal comprarmos umas coisas aqui? Sua mãe vai delirar quando souber que…
- Arthur, calma! – Lua pedia, rindo – É a primeira vez que você é pai por acaso?
- Você acha mesmo? – ele riu, mas depois baixou o rosto e ficou meio serio – Quando você ficou grávida, do Gui, eu estava naquela fase idiota da minha vida. 
- Deixe isso para trás. – Lua passou as mãos pelos cabelos de Arthur, fazendo ele levantar o rosto – Foram coisas que o tempo curou
- Mas não me fez esquecer
- Tente ao menos não se lembrar. A gravidez do Guilherme não foi a melhor, mas a deste novo bebé será. – Lua colocou as mãos na barriga e Arthur sorriu, se baixando um pouco
- Será menina ou menino? Como já temos um menino, seria legal uma menina dessa vez né? 
- Quem sabe. – ela sorriu

Continuaram andando, naquela ultima tarde em Acapulco.
Os momentos foram bons, mas chegaram ao fim. Era hora de voltar ao Brasil e contar a grande noticia.
Abalou os futuros vovós, tios e de mais pessoas. Mas sem dúvida trouxe uma certa harmonia e felicidade à casa.

Os pais de Arthur estavam cada vez mais bem adaptados a receber Lua, Arthur e o pequeno Guilherme lá em casa. Tanto que já faziam convites todas as semanas para lá jantarem.

- Eu confesso que senti saudades nestes anos todos. E quando pela primeira vez recusei o convite para o vosso casamento, era apenas o orgulho falando mais alto. Por que na verdade eu queria ir. Era tudo o que eu mais desejava. Afinal, o Arthur é o meu único filho – dizia a mãe de Arthur
- Ele é o nosso único filho. Sempre foi o orgulho da família. Era impossível ficarmos para sempre chateados com as decisões que vocês os dois tomaram
- Eu estou muito feliz por estarmos de novo bem – Arthur segurou a mão da mãe
- Eu também. – disse Lua, sorrindo – Agora que nos damos todos bem, irão ser óptimos todos os convívios daqui para a frente com toda a família
- Que daqui a uns meses irá crescer. Iremos ter mais um netinho ou netinha – o futuro vovô sorriu
- E dessa vez eu irei acompanhar a gravidez de perto. Eu adoro mulheres grávidas. Me arrependo muito de não ter tido o segundo filho. – disse a mãe de Arthur – O Guilherme já sabe?
- Já. mas ele não entende – Arthur riu – Ele diz ‘’cadê ele, cadê?’’ e não entende que ainda não nasceu
- Talvez quando a barriga crescer, ele entenda. – sorriu Lua, colocando a mão na sua barriga de quatro meses enquanto olhava para o Guilherme brincando no chão

‘’O tempo cura tudo’’. Cura amargura, traições, erros cometidos no passado, confusões, dor e tantas outras coisas. 

Amanhã é o ultimo capitulo. Vamos chegar aos 170 seguidores? #GOGOGO


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