MINI WEB: Mas mãe! Eu amo ele! - 1º Capítulo

|



POV LUA

Minha mãe sempre me disse que se eu quisesse ter alguma coisa na vida tinha de trabalhar para tal, assim como ela sempre fez. Tudo o que eu tenho, eu devo a ela. Se bem que eu não tenha muita coisa. 
Estudei até o ultimo ano de escola mas não pude fazer faculdade, porque ela não tinha como pagar. Entrar com uma bolsa também não era solução porque eu não gosto de estudar.

- Se você quer alguma coisa, tem de lutar para ter.
- Eu sei mãe – dizia eu pela décima vez
- Sabe o que tem de fazer?
- Casar com um cara rico. – eu já sabia tudo de cor
- Ficar com um cara rico – me corrigiu
- Mas onde é que um cara rico vai olhar pra mim mãe? – me levantei do sofá e girei pra ela ver a qualidade das roupas que eu usava – Ninguém vai olhar para uma garota cuja mãe trabalha numa mercearia que está caindo aos bocados
- Olha como fala da minha mercearia! – avisou a mãe
- Mas é verdade mãe. – insisti – Ninguém vai olhar para mim com essas roupas, nessa casa e nessas condições. Ninguém olha para uma garota sem futuro.
- Então mostra o que você tem de melhor, uê.
- Que é o quê? – minha mãe colocou a mão na testa, baixando a cabeça e abanando de forma negativa. Eu sabia perfeitamente que mentalmente ela estaria me xingando, me chamando de burra e mais alguma coisa. Eu sei que por vezes consigo ser burra, mas não que eu faça de propósito.

Por um lado eu tinha razão. Desde que a minha mãe deixou as danças de salão, onde ganhava muito bem, se meteu numa mercearia. Onde é que alguém com o seu perfeito juízo se mete numa mercearia? Aquilo não tem futuro nenhum. As pessoas só entram quando tem promoções e mesmo assim não levam quase nada. A minha mãe quase paga para trabalhar, quando devia ser precisamente o contrário.
Quem lhe mandou gastar o dinheiro que ganhou enquanto dançarina?

- Você quando quer, consegue ser muito burra! – como é que eu já sabia que ela ia dizer aquilo? Serei adivinha? 

Ela se levantou do sofá, pegou pela minha mãe e me fez rastejar até ao espelho do corredor, em frente à porta principal da casa. Lá, se colocou por trás de mim e colocou o meu cabelo para o lado e me fez endireitar as costas. 

- Empina esse bumbum e faz esses seios levantarem Lua Maria. – fiz o que a minha mãe mandou. Eu adorava tudo o que era curto, tudo o que era decotes, mas por vezes a minha mãe abusava. – Você tem um cabelo lindo, tem um bumbum natural e uns seios melhor ainda. Já para não falar nos seus olhos cheios de mistérios. Porque não aproveita esses seus tesouros? – minha mãe tinha razão.
- Pretende que eu encante um rico só com isso? Bom, então terá de ser o Arthur lá do outro bar.
- Da família Aguiar? Nem morta! Você merece melhor. Ele não passa de um garoto que não tem onde cair morto. Ele só tem comida na mesa porque o pai dele é traficante e a mãe tem o bar. 
- Mas ao menos o bar da mãe dele não está caindo de podre! – me voltei para ela e a encarei – Mesmo que eu encante um cara rico com os meus olhos misteriosos, ou o meu bumbum natural, ele sai correndo quando descobrir que eu venha de uma família mal composta. Uma mãe que gastou todo o seu dinheiro, ficando sem um mero tostão para criar uma filha e um pai que fugiu quando soube que a mulher estava grávida.
- Mas quem disse que você precisa de falar para o tal garoto rico que você vem da família que vem? Basta apenas mentir!
- Eu não quero levar a minha vida mentindo
- Você quer ser rica ou não?
- Quero. Mas não quero mentir
- Então não vai ser rica! – concluiu a minha mãe
- Ok, então eu vou mentir.
- Isso ai. – minha mãe bateu com a mão dela na minha. – Temos de tratar da sua primeira vítima. Ou seja, o pai do seu filho.
- Um filho? Mãe, eu tenho 23 anos! – ela chamou a mãe à atenção!
- Você quer ou não ser rica minha filha? 
- Eu quero mãe, eu quero. – baixei o rosto
- Mas não te vejo animada. – ela se sentou no sofá
- Mas é que é tudo estranho ainda para mim.
- Tá certo. Era a partir dos seus 18 anos que eu já te devia estar ensinando estas coisas
- Também não é assim né mãe? – me exaltei – Quer uma filha rica ou quer uma vagabunda também?
- Eu quero uma filha rica que seja inteligente e saiba jogar com os trunfos que tem. Coisa que você por vezes não faz. – me jogou isso na cara sem dó nem piedade

Saí de casa para espairecer as ideias. A minha mãe ia acabar dando comigo em doida. Tudo bem que ela faz isso para o meu bem, mas é algo radical de mais.
Andei pelas ruas da cidade olhando para os bares, mercearias e alguns sem abrigo que por lá andavam. Eu não quero ser assim. Não quero ter que pedir esmola, não quero trabalhar num bar e muito menos numa mercearia.
Eu quero ser dona de casa. Quero ter um marido gostoso e três filhos. Quero um cão e quem sabe um gato e uma casa enorme. Quero acordar todos os dias sendo mimada pela minha família. E claro, quero ter dinheiro. Muito dinheiro.
Então a minha mãe está certa. Eu tenho que encontrar um cara rico. Os caras ricos são todos bonitos e basta agente piscar os olhos para eles estarem nas nossas mãos. 

- Mãe! – entrei em casa gritando pior que uma louca. Eu estava de saltos altos, como sempre e quase caia com eles. Culpa da mobília velha que tem na entrada. – Mãe, mãe. – eu estava desesperada por encontrar ela. Quando finalmente a procurei por toda a casa e a encontrei na cozinha lendo uma revista, pulei pró seu colo. – Eu quero ser rica. Eu quero mentir, quero piscar os meus olhos lindos e até engravidar. Mas rica eu tenho que ser. Eu não quero ser como você que não tem um par de sapatos diferentes todos os meses. Não quero trabalhar numa mercearia e muito menos andar sem make up todos os dias. E eu quero viver numa casa maior que essa. – eu olhei pra cima com os olhos brilhando e imaginando o meu futuro – Já imaginou mãe? Eu, uma casa grande, um marido, muitos filhos e um cão! E um gato. A minha cozinha vai ser do tamanho dessa casa inteira, fora o resto dos quartos. Quero um clouset enorme. Eu vou comprar vestidos todos os dias. Usar um dia e jogar fora. 
- Não precisa me ofender tá? – ela me encarou com lágrimas nos olhos – E quando você for rica, não esqueça da sua mãe que sempre quis o seu bem.
- Eu sei mãe. Eu vou comprar também uma casa para você. E quem sabe um marido.
- E eu já sei como vai ser tudo isso.
- Quer fazer uma lista do cara que você quer? Assim eu vou pensando também em homens ricos e…
- Deixe de ser burra minha filha! Eu estive pensando quem você vai encantar.
- E quem é?
- Thiago Amaral!
- Quem é esse mesmo? – o nome não me era estranho, mas…
- É o filho do presidente, coisa lenta. Sabe quem é? Aquele jovem de 25 anos que suspeitavam que ele era gay? Pois bem, você vai fazer ele ter certeza de que não é gay!
- É isso mesmo que eu vou fazer mãe! – joguei o meu cabeço para trás e empinei o meu peito. A sociedade, dentro de pouco tempo, irá ver o gay daquele homem 
- E eu já sei como irá ser tudo. Vai ser amanhã, na festa do congresso. Eu tenho a certeza que você vai estar lá.
- Mas como é que eu vou mãe? Eu não posso aparecer com qualquer coisa vestida.
- Eu tenho os meus bens guardados. – disse ela muito cúmplice


Amanhã vou tentar postar mais. Semana que vem começam a segunda fase das provas -.-
Acho que esta web irá ter mais ou menos 10 capitulos. Não se esqueçam que é uma mini web




6 comentários:

  1. Assisti Amor À Vida ?? Kkkkkkkkkk Posta mais *--*

    ResponderExcluir
  2. kkkk me lembrei da Valdirene de amor a vida kkkkkkk posta maiss

    ResponderExcluir
  3. Ameeeeeeiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!
    Posta Mais hojeeeeeeee pfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

    ResponderExcluir
  4. eu preferia a primeira, essa e uma mini web e vai acabar logo! mais eu gostei mesmo assim

    ResponderExcluir