Mini web: "Contra tudo e contra todos" - parte 1

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POV NARRADOR

Ela, garota decidida, viajava de um lado para o outro no mundo com a sua mãe. Já estava acostumada a isso, mas era difícil pra ela porque onde ela construía as grandes amizades, essas logo tinham de ser destruídas por causa da porra da distância. 
Lua nasceu no Brasil, mas já passou por Londres, Portugal, China e agora parou no México. Lá, entrou numa faculdade onde já fez uns amigos. Entre eles Mel, Mica, Chay, Sophia e Arthur. É com a Mel que ela se dá melhor, mas é com o Arthur que ela tem explicações.

- E depois das aulas, vamos fazer o quê? – perguntou a Mel
- O Arthur vai me dar explicações – disse a loira
- De quê? O que ele fez? – tinha de ser o bobo do Mika
- Lerdo! A mim nada, mas explicações da matéria uê
- Nem é tão difícil assim – respondeu Sophia
- Pra você que em casa estuda em silêncio. Você não tem uma mãe que é cantora e que decide cantarolar a toda a hora
- Verdade! Deve ser muito louco ter uma mãe como a sua – disse entre risos a Mel
- É mesmo. – suspirou - To pra ver a hora que ela vai decidir mudar de editora e ai lá vou eu mudar de país de novo
- Mas você vai embora? – Arthur se mostrou preocupado
- Depende Arthur – Chay riu - Você quer que ela vá?
- Não! – respondeu muito rápido – Quero dizer… quem decide é ela e a mãe dela. 
- Eu espero que ela não decida ir embora de novo. Sou eu que sofro mais com todas estas mudanças. É difícil pra ter amigos em todas as partes do mundo
- Mas deve ser legal – comentou Mika
- Não digo que não. O problema é que não consigo fazer com que essa amizade dure, entendem? – todos assentiram – É tão difícil. – ela baixou o rosto

No caminho para casa, a garota e o Arthur ainda conversavam sobre isso. 

- Mas um dia que a sua mãe tenha de ir embora, você vai?
- Eu não sei. – voltou a suspirar – Eu já tenho idade pra ficar cá, mas a minha mãe é aquela que sempre esteve comigo, né? Ela é tão especial para mim.
- Entendo. Você não tem pai?
- Se eu tenho, eu não conheço. – deu de ombros – Mas não me importo.
- Eu tenho e olha que não é mole não – ele riu 

Entraram na casa da garota ainda conversando. A mãe dela estava lá na sala e se levantou quando viu que a filha trazia visitas.

- Porque diz isso? – eles continuavam conversando
- O meu pai é militar, logo, são regras atrás de regras – ele riu – Tirando isso e o facto de ele querer que eu me torne militar também, o Dr. Aguiar até é legal.
- Quem é que é legal? – a mãe de Lua se meteu na conversa
- O pai do Arthur. Mãe, ele é o Arthur, o cara que é meu amigo que me dá explicações.
- Como ele se chama mesmo? – Dona Blanco colocou a mão sobre o peito. Aquele nome não lhe era desconhecido
- Aguiar. Leo Aguiar. Ele é militar – o garoto disse com um sorriso nos lábios. – A mulher até se sentiu tonta. Saiu da sala sem dizer mais nada, deixando os jovens confusos – Eu disse algo de mal?
- Deixa pra lá. Coisas de famosas – ambos riram

Subiram para o quarto dela, onde normalmente Arthur lhe explica todos os exercícios que a garota tem dificuldade.



- O seu quarto é muito misterioso. Você é misteriosa
- Sou? Eu não acho! – ela fez bico, sorrindo
- É – ele riu – O seu quarto é diferente. – ele olhou em volta – As fotos ali, são o quê?
- São os momentos mais importantes da minha vida. Tenho fotos em todo o lugar por onde eu passei e com pessoas que eu lá conheci.
- Futuramente eu estarei ali?
- Quem sabe! – ela riu – Você quer ter o privilégio de estar no meu mural de fotos?
- Será que você me dá essa honra? – ele passou a língua pelos lábios, fazendo a garota rir e pegar a sua máquina para fotografarem juntos.

Tiraram várias fotos. Entre abraços, um com o rosto pousado sobre o ombro do outro. Entre beijos no rosto e até selinhos.



- Desculpa. – Arthur mordeu de novo o lábio
- Tudo bem, não tem importância. – ela baixou o rosto, sorrindo envergonhada
- E as fotos, como ficaram? – Arthur se aproximou de novo dela. A garota estremeceu. 
- Ficaram otimas. Mas eu só vou colocar uma. As outras eu guardo para mim.
- Tudo bem. Coloca essa – ele apontou para a tal que eles davam um selinho
- Porquê? – ela se espantou
- Ahh, ficou legal. – ele deu de ombros, com um sorrisão no rosto
- A minha mãe vai achar que você é meu namorado. Depois vai ficar louca com a diferença de idades e vai chamar você de tarado
- Uau, porque quatro anos é o fim do mundo
- Pra ela, é bem capaz de ser – disseram entre risos

Lua chegou mesmo a revelar aquela foto, do selinho, e colocou no seu mural de fotos. Todos os dias antes de ir dormir, ela olhava para lá e se lembrava do cheiro que ele tinha. Os lábios dele eram tão finos, mas não apetecíveis que aquele mini beijo trazia saudade.
No dia seguinte, ao dia da explicação, eles estavam meios sem jeito, mas depois de conviver a toda a hora, a vergonha foi desaparecendo.

Todos os dias combinavam coisas para fazer. Ou passear no parque, ou ir tomar sorvete, comer algodão doce, ir no cinema ou até à praia. Tudo era bom para descontrair, relaxar e se divertir.

Certo dia, Mel e Chay faziam 9 meses de namoro. O garoto parecia ter se esquecido, o que fez ela ficar chateada e ignorar ele o dia inteiro.

- Eu estou com tanta raiva dele! – dizia Mel. Ela, Lua e Arthur estavam no jardim, deitados sobre a grama. Lua tinha a cabeça sobre a barriga do Arthur, que brincava com os cabelos da garota. Enquanto a morena, Mel, comia pipocas sem parar – Isto é caso para um fim de namoro! – ameaçou ela
- Você sabe como o Chay é. Esquecido. 
- Ou talvez não. – disse Lua, pois viu ao longe Chay chegar com um ramo de flores enormes e com um belo sorriso nos lábios. Mel se emocionou desde logo e todo o mundo assistiu à declaração que o garoto fez pra ela.
- Era suposto eu me fazer de esquecido nesta data para depois eu te fazer uma bela surpresa mais tarde, mas digamos que eu tive que adiantar as coisas para que você não ficasse brava comigo. Você acha mesmo que eu ia esquecer estes nove belos meses que passamos juntos? Você acha que eu ia esquecer cada cena que você me fez rir? O facto de te ver dormir de boca aberta, de comer como uma porquinha, de você me fazer rir de coisas sem noção e ainda o facto de eu te amar tanto? Acha que eu ia esquecer que você faz parte da minha vida, à nove meses e por isso eu sou o cara mais feliz do mundo? Acha mesmo? Droga Mel! Eu te amo! – os dois se beijaram, escutando as palmas de metade do colégio que estava presente no jardim.

Lua, que não era a namorada dele, se emocionou com tais palavras. 
Arthur tirou ela de lá, para os dois poderem ficar mais a sós. Todo o colégio falava sobre a declaração do Chay. Todo o colégio mesmo!

- Acho que aqui estamos mais à vontade. – disse Arthur, fechando a porta da sala
- Pra quê? – ela se sentia nervosa
- Ahh, pra nada. Apenas conversar.
- Gostou do que o Chay fez?
- Bom, a Mel gostou. É o que conta.
- Você é romântico que nem ele?
- Mais ou menos. Você é que poderia responder a isso.
- Poderia? – ela se espantou
- É. Vamos ver, de 0 a 10 quanto eu mereço. – ele sorriu pra ela, deixando-a sem saber o que pensar

Ele desligou as luzes da sala em que estavam e colocou uma música calma no celular. Depois se aproximou dela, que estava sentada em cima da mesa e ficou entre as pernas da garota. Segurou o queixo dela e deixou a música começar.

Que beijo é esse?
O tempo parou, não quer mais voltar
A ser o meu amigo controlável pra pensar
Que tom é esse?
A tua voz no peito pode adentrar
Provando que o amor pode mudar
E eu vou, eu vou
Beijar-te a noite inteira e ser feliz
E eu vou, eu vou
Pra qualquer distante com você

O garoto colocou os lábios deles nos dela e esperou reação. Ela não pensou duas vezes. Colocou as pernas de volta da cintura dele, as mãos sobre os cabelos dele e o beijou de um beijo diferente de todos os garotos que antes já havia beijado. 

Por isso "ce" sabe menina que me fascina
Divina, sina que me hipnotista
Me instiga , me faz perder a linha
Te quero na minha, só minha
Vem ser minha princesinha
Novinha, mas sabe bem o que é caminhar sozinha

A garota sorriu entre o beijo e separou um pouco para poder respirar. Passou o dedo sobre o lábio dele e deu outro selinho mais demorado, puxando de seguida o lábio dele. Ele sorriu. Colocou o cabelo dela para trás e roubou-lhe também outro selinho. 

- Sou romântico ou não? – ele riu. Ela estava envergonhada com tal coisa. Colocou a testa sobre o ombro dele e o abraçou forte. 
Digamos que em poucos dias eles se tornaram num tudo. O que um fazia, o outro fazia. Se um ria, o outro ria junto. Se um estava triste, o outro também estava. 
Lua estava com medo de se entregar naquela relação. Se é que podemos chamar isso. Eles ficavam quando apetecia. Dia sim, dia não. Dia sim, sim, sim e outros três dias não. 

- Você já teve uma amiga como eu? – perguntou a garota
- Tipo melhor amiga?
- Eu sou sua melhor amiga?
- Você, das garotas, é a que eu me dou melhor. Somos, três em dois. 
- Como assim?
- Somos duas pessoas. Somos amigos, amigos coloridos e você é aquela com quem eu mais desabafo, digamos que melhor amiga.
- É tal e qual ao que eu sinto, em relação a você. – ela riu – Mas ainda vai dar confusão tudo isso.
- Vai? Porquê?
- Ahh. Não sei. Eu é que acho que vai dar. – ela deitou de novo sobre o peito dele. Eles estavam na praia, apenas vendo as ondas grandes do mar rolarem sobre a areia. Não estava sol, daí não entraram na água. 
- Não entendo porquê você disse isso agora.
- Ahh, não sei. Isto de agente ficar está fazendo eu sentir algo por você. Se eu te beijo, eu não me sinto indiferente. O meu coração bate rápido, eu me arrepio quando você me toca… eu fico diferente.
- Está se apaixonando, é?
- Quem sabe – ela riu – E você?
- Eu o quê? – perguntou, sorrindo, sem olhar pra ela
- O que sente por mim?
- Algo forte.
- Forte?
- O que você acha? Se eu não gostasse de você, acha que estaria aqui agora? Acha mesmo que eu ia com você no shopping? Shopping é coisa de garota. Só fui com você ontem, porque você me implorou. Fiz esse sacrifício por você
- Quer dizer que gosta de mim?
- O que você acha? – ele a encarou
- Eu não quero saber do que eu acho. Eu quero ouvir da sua boca. Gosta ou não?
- Eu não sou bom de falar disso. Eu preciso açao, se é que me entende. – o garoto levou os beijos para o pescoço dela, mas ela desviou
- Não Arthur, eu preciso de saber.
- Eu gosto de você! Gosto mesmo muito. Você em tão pouco tempo se tornou especial para mim. Muito especial.
- Melhor amiga colorida?
- Poderia ser bem mais que isso.
- Está me pedindo em namoro? – ela riu
- Não… ainda é cedo. Mas quem sabe um dia, né? – ele riu

Para além dos momentos bons, eles também discutiam. 
Num dia, que Lua chegou na sala e tentou beijar Arthur perante todo o mundo, ele desviou o beijo. Respondeu apenas “agora não”, deixando a garota um pouco mal. Tudo bem, ele estava com os amigos mais velhos dele, mas não precisava de ignorar ela.
Depois disso, uma garota da idade dele chegou ao seu pé cheia de conversinhas, risinhos e ainda lhe convidou para sair depois das aulas. Mas havia ficado combinado, depois das aulas, Arthur dar explicações à Lua, sobre matemática, porém, ele se esqueceu e foi sair com a garota, deixando Lua louca da vida.

- Boa tarde pra você também! – disse a mãe dela. A garota entrou em casa batendo com a porta e subindo logo para o quarto. Não respondeu à mãe e por isso a Dona Blanco subiu até o quarto da filha. – Eu disse boa tarde. Cadê o seu atual bom humor?
- Morreu! – Lua estava deitada na cama, de cabeça para baixo
- Desilusão de amor, é?
- Não enche mãe!
- Quem é o cara? – a mãe perguntava animada – Fala Lua, quem é? – a garota levantou o rosto e suspirou
- É o Arthur mãe. O cara das explicações. – Dona Blanco se levantou e começou a andar à volta da cama dela. “Não pode ser. O Arthur não, por favor, o Arthur não” pensava dona Blanco.
- O que ele te fez? Vocês o que têm?
- Temos uma espécie de relação colorida. Em que só nos beijamos e somos amigos. Mas hoje ele fez umas coisas que me magoou muito.
- Filha, esquece ele. Ele não é pra você.
- O quê? Porquê?
- Não se vê logo? – Blanco tentou se lógica – Ele é mais velho, está usando você. Ele quer é garotas mais velhas, mais experientes. Não uma garota como você.
- Eu nunca tinha pensado nisso. – ela encolheu as pernas e abraço-as – Será mesmo isso mãe? Poxa, ele tem sido tão legal comigo.
- Estamos vendo. Por isso é que te deixou nesse estado, né? Filha, esquece ele. Por favor.
- Mas por que você diz isso mãe? – Lua estava estranhando o pedido da mãe
- Siga os meus conselhos. Se afaste dele.
- Tudo bem mãe. 

No outro dia, na faculdade, todos se sentaram na mesma mesa. Eles já tinham os lugares “marcados”, mas Lua em vez de ficar ao lado do Arthur, pediu para trocar com Chay e ficar entre as meninas. Arthur estranhou e antes que tocasse, chamou Lua à parte para conversar.

- O que foi aquilo na cantina? Trocou de lugar porquê?
- Não posso?
- Pode… mas sempre costumamos ficar juntos.
- Decidi mudar, não posso?
- Pode… - ela não olhava nos olhos dele e ele percebeu isso – Por que está tão fria comigo? O que eu fiz?
- Ainda pergunta? Jura? – ela riu, cínica – É muita cara de pau. Você faz a merda e depois pergunta o que fez, como um inocente.
- Pois não, não fez. – ela o encarou – Não me foi das as explicações que prometeu. E pra quê? Pra ir sair com uma garota qualquer. Mas tudo bem. Você é que sabe da sua vida mesmo.
- Ciúmes? Jura?
- Ciúmes o quê? Eu não tenho nada a ver com a sua vida. Não tenho nada a ver com o que você faz ou deixa de fazer. Nós não temos nada, por isso não é razão para ficar com ciúmes. Agora dá licença, vou pras aulas!

Naquela aula, eles ficaram de novo afastados. E quem é que se foi sentar ao lado dele? A nova amiguinha, claro! Nesse resto desse dia, ficaram sem se falar. 
Para complicar ainda mais, Arthur teve uma seria discussão com o pai. O garoto decidiu sair de casa e comprar o seu próprio apê com o dinheiro que a mãe dele havia lhe deixado. Havia sido um dia esgotante e Arthur não tinha o apoio de ninguém.

Na primeira noite na sala, Arthur dormiu num colchão que havia trazido da casa do pai. As coisas que ele tinha no seu novo apê eram poucas, mas no dia seguinte, ele ia tratar disso. Começou cedo a procurar uma agencia de mobília para equipar a sua casa e enquanto estava na faculdade, os agentes fizeram tudo o que ele mandou.

- Mas por que discutiram? – perguntou Chay
- Ele acha que pode mandar em mim. Mas não pode. Eu tenho 22 anos. Sou um homem feito, com os meus objetivos e os meus sonhos. O meu sonho não é ser militar. Isso é o sonho dele, não o meu.
- Você está certo. Tem de lutar por aquilo que quer. – disse Mika

Lua ficou sem dizer nada. Arthur ficou triste por não ter recebido nenhuma palavra da sua amiga. Amiga colorida. Melhor amiga colorida.
Durante as aulas, ele insistiu mais uma vez em falar com ela.



Sem ela querer, sorria ao ver as expressões dele. Assim que a aula acabou, Lua correu pra ir abraçar Arthur e insistiu para que não falassem do que tinha acontecido.

- Eu fui uma boba, pronto. Mas me compreende, por favor.
- Eu te compreendo. Mas não precisa…
- De ter ciúmes, eu sei. – ela o interrompeu – Mas foi lindo o que você disse. Eu fiquei encantada com tudo. E espero que você tenha dito aquilo de coração.
- Acredite que eu disse. – os dois se beijaram no meio do corredor da faculdade. Agora todo o mundo podia ver o que estava na cara dos dois. Estão os dois apaixonados, isso é obvio.

Arthur levou Lua a conhecer a casa dele. Agora, em vez de irem para a casa dela estudar, iam para a casa dele, o apê, que ficava bem mais perto. “namoravam”, estudavam, passavam tardes a ver filmes. Faziam tudo lá.

- Você não se sente sozinho aqui?
- Um pouco. Mas tenho de me acostumar.
- A sua casa ficou linda. Você devia fazer aquela parede, como a minha, só de fotos nossas. Temos tantas juntos
- Vou pensar no seu caso. 
- Eu posso tratar disso, se você quiser
- Eu quero. – disse ele, concordando

Lua tratou de arranjar as melhores fotos para o quarto dele. Colocou fotos de quando ele era pequeno, da família dele, dele crescido, praticando esportes e ainda fotos deles dois juntos. Haviam muitas fofas. Era difícil de escolher.

O tempo se passava assim. Enquanto Lua estudava para a importante prova da faculdade, Arthur pensava na surpresa que ia fazer pra ela. Tratou de tudo com todos os cuidados necessários. Pensou em todos os pormenores. Tudo tinha de ficar perfeito.

Ficou combinado de ela ir ter à casa dele às 20horas da noite de sábado. Aquela noite prometia.

- Bobo, eu tenho de estudar.
- Eu juro que não vou tirar muito do seu tempo. Mas isto não podia esperar. – ele deu um selinho demorado nela. Depois apagou as luzes e o caminho ficou apenas iluminado por velas.

Arthur guiou Lua até à sala. Lembro que todo o caminho estava iluminado por velas pequenas, postas no chão. Dos corredores aos quartos haviam velas, acompanhadas de mensagens em simples folhas de papel. Lua tinha de pegar todas as folhas, seguir o percurso todo até chegar ao destino.

Da sala para o corredor, e guiada por velas, havia um papel. Ela pegou ele e leu “você entrou na minha vida de repente e se tornou especial.” 

- Arthur, o que é isso? – Lua chorava de emoção. Mas a surpresa ainda nem tinha começado. Ele não disse nada, apenas sorria. 

Do corredor para o banheiro, havia outro papel. “Posso te dizer que você virou o meu mundo de ponta cabeça”. Ela pegou esse papel e seguiu o caminho.
De novo no corredor, mas dessa vez para a cozinha, tinha outro papel. “Eu me lembro de tantos momentos bons. Os mais engraçados envolviam comida. Sorvetes nos narizes um do outro ou então as pipocas espalhadas no cinema e ainda o suco na minha blusa”. 
Do corredor, de novo, para um quarto, havia outro bilhete que ela pegou e leu “Mas eu sei que fomos feitos um pró outro. Você acha o mesmo?” . Ela estava rendida com tudo.

- Agora você tem de responder. Sim ou não? – Arthur perguntou – Se é não, você pára aqui. Não segue mais. Caso sim, você continua e recebe um presente. – ele sorriu.
- É claro que é sim. Nós fomos mais que feitos um para o outro. – Arthur deu um pequeno presente a ela. Nada comparado com o presente final. Era um bonequinho fofo, de pelúcia.

Como ela disse sim, só sobrava um caminho. Esse caminho, guiado para o quarto dele, tinha ainda mais uma mensagem, a ultima mensagem: “quer continuar a ser feliz comigo?”
Lua ficou completamente transformada em lágrimas. Que declaração era aquela? Que amor era aquele? Que homem romântico era aquele? 

- Responde Lua, não me mata de curiosidade. – disse impaciente, entre risos
- É claro que eu quero! – ela abraçou ele, porém, ele desviou um pouco.

Nesse quarto que estavam, que era o destino dos dois, haviam velas seguidas em forma de coração. No meio, havia uma caixinha. Arthur pegou ela e se ajoelhou perante Lua. 




- Quer ser minha namorada? 
- AHHHH, CLARO QUE SIM! EU QUERO! – Lua gritou, chorou, riu e abraçou o garoto o mais possível. 

Esta é a parte um, vai ter mais uma parte. Só posso postar sexta ou sabado porque estou em época de testes outra vez -.- sinto o blog parado a nivel de comentarios, por isso bora lá divulgar, sim? ajudam?

Outra coisa, gostam desta mini web? A segunda parte será ainda melhor!

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