Plano B II - Capítulo 16

Arthur Pov. 

- O que houve amor? – Lua acariciou minhas costas em um carinho. Já passava das duas da manhã e o sono não vinha.

- Não é nada. – virei para ela e vi seu rosto preocupado. – Estou sem sono. – a coloquei sobre meu peito e fiz carinho em seus cabelos.

- Arthur.. – falou depois de um tempo.

- Hm.

- Acha que vai conseguir esconder de mim por quanto tempo?

- E você sabe o que eu escondo?

- Então ta me escondendo mesmo.. Joguei verde e colhi maduro. Como pode isso? Mal voltou pra casa. Tinha que ser, homem é tudo igual. Mal voltou pra casa e já arrumou outra. – se virou para o outro lado.

- Arrumou outra? Como assim? Não Lu. – beijei teu pescoço, vi que ela se arrepiou e ri. – Amor, olha pra mim.

- Não quero, to brava com você.

- Ta nada! Você não consegue ficar brava comigo de noite, principalmente quando estamos deitados agarradinhos.

- Me conta Arthur, por favor.. – fez bico

- Não posso!

- Ok! – se levantou.

- Aonde você vai? – perguntei assustado.

- Já volto.. – uns dez minutos depois ela voltou. Com uma calça de moletom cinza e uma regata.

- Por que você está vestida assim?

- Quero dormir. – deitou ao meu lado e se cobriu.

- Mas você não dorme com essa roupa. E nem está frio, eu sei que você só dorme com essa roupa quando não quer.. – me dei conta. – Não Lu, por favor amor, vem cá!

- Vai lá ficar com a pessoa que te manda mensagens.. – falou emburrada.

- Deus me livre! Quer saber? To cansado de você não confiar em mim!

- VOCÊ ME DÁ MOTIVOS! – gritou. Me virei por cima dela, colocando seus braços por cima de sua cabeça..

- Para de gritar.. – ela suspirou. – Você está muito nervosa. O que é isso? Tpm?

- Ta vendo? – ia começar a chorar a chorar. – Coitada! Tudo é culpa dela. Da pobre Tpm..

- Ai meu Deus. – sai de cima dela. – O que está acontecendo Lu?

- Não sei.. Eu acho que é porque eu sei que meu marido está mentindo pra mim! – fez bico.

- Ok, meu Deus! Eu te conto!

- Fala! – se sentou. – Eu estou preparada pra tudo.. – fechou um olho só.

- Lua! – a chamei e ela abriu os olhos.

- A três semanas eu recebo todo dia, uma mensagem, um e mail e uma carta.

- Dizendo.. – a repreendi. – Parei! Continua.

- Nessas cartas, estão ameaças. Dizendo que iam pegar meus bens preciosos.

- Porque não me contou antes?

- Eu pensei que um adolescente brincando com a minha cara. Hoje, naquela hora, eu recebi um email dizendo que era para eu encontrar com a pessoa amanhã.

- E você não vai né?

- Não sei!

- Como assim não sabe?

- No email estava dizendo que meu anjo e meu dengo estavam em perigo e perguntava “ Será que a mulher maravilha poderá salva-las?”. Eu estou com medo de que algo aconteça com vocês. – puxei ela para um abraço.

- O que você acha de amanha passarmos o dia em casa com as meninas?

- Eu fico mais tranqüilo.. – lhe beijei. - Ainda estou de abstinência?- ele falou e ela riu.

- E se eu disser que sim? – disse divertida.

- Eu vou pegar uma corda, te amarrar na cama e abusar de você durante a noite. – sorri.

- AI MEU DEUS! Que marido mais selvagem que eu fui arrumar.