MINI WEB: Compromisso? Não vai dar! (ultima parte)

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Para quem não se lembra, leia a primeira parte Aqui!




POV LUA

Irónico era o facto de eu ter ficado com o cara lá na balada, depois pensar em querer me livrar dele e ainda descobrir que ele é o tal que vai trabalhar como médico no mesmo hospital que eu, na mesma área que eu e quem sabe, na mesma sala que eu.

- É o destino, amiga! – Cris riu de mim e foi ao trabalho, enquanto ele vinha sorrindo até mim
- É o destino! – disse ele com aquele sorriso 
- Oi? – fiquei completamente babada com o que ele disse, pois foi exactamente o que a Cris havia dito à segundos. Será que ele ouviu?
- Digo que é o destino. Ontem nos pegamos na balada e…
- Xiu, fale baixo! As paredes têm ouvidos e as noticias no hospital se espalham mais rápido do que em salões de beleza. Vamos para a minha sala
- Nem nos conhecemos direito e já me quer levar para uma sala? – ele me provocou e eu o encarei – Desculpe, vamos lá. – Eu fui na frente, o guiando até à minha sala que nos primeiros dias será também dele – Eu me chamo Arthur Aguiar e você loirinha? – ele olhava para mim, falando e rindo ao mesmo tempo. Eu não entendia o motivo para tanta risada. Entramos e ele fechou a porta.
- Antes de mais, fora desse hospital eu sou uma coisa, mas dentro eu sou outra completamente diferente, entendeu?
- Quer dizer que não te posso chamar de loirinha?
- Não, não pode mesmo!
- Mas era assim que eu te chamava… - ele se aproximou de mim e me encostou na secretaria. Eu juro que estava prestes a cometer uma loucura, mas este é o meu local de trabalho
- Se mantenha longe. Acabou de entrar aqui, não quer sair já né? – ameacei e ele logo se afastou. Sentei na minha cadeira e ele sentou em frente. – Eu sou a Lua Blanco. E sim, é Lua mesmo. – disse antes que ele me pudesse interromper
- É engraçado o nome, mas eu prefiro loirinha. É assim que eu me lembrava de você
- Oi? – não entendi o que ele disse
- Vai dizer que me esqueceu do dia para a noite?
- Eu nem me lembrava mais de você! – menti
- Ahh claro. Esqueceu o meu beijo assim tão rápido? E a minha pegada? Mas eu não acredito! – ele deu uma gargalhada e se levantou quando eu assenti, embora que estivesse mentindo. Quando se levantou, foi até à porta e trancou. O que raio o louco queria fazer comigo? Aviso já que não me consigo controlar e muito menos quando uma pessoa como ele, com o corpo dele se aproxima de mim e passa o dedo pelo meu braço
- Você tem a certeza do que eu disse? – ele passava o dedo no meu braço pra cima e para baixo. Aquilo me deixou arrepiada. Muito rápido, ele agarrou das minhas pernas e me colocou em cima da secretaria. O espaço que tinha lá era pouco, por isso ele jogou tudo para o chão. Não sabia que ele era assim tão violento e tão gostoso ao mesmo tempo, mas aquilo me agradava. Adorava quando o Pedro, meu ex-marido, fazia aquilo comigo. Mas não vamos falar de coisas tristes e idiotas neste mundo. – Tem pacientes para agora? – ele parou de repente. Eu não queria que ele parasse!
- Não… - disse meia atordoada com o beijo.
- Otimo! – ele deu aquela risada de lado e levou os beijos para o meu pescoço. Ele abriu a bata branca que eu tinha vestida com pressa e passou as suas mãos tempo meu corpo inteiro, apertando de seguida o que não devia. Eu me senti logo excitada com aquilo. Não tinha como não se sentir assim.

Ele me deitou na mesa, continuou os beijos e subiu para cima de mim. Começou a desabotoar a minha calça e foi ai que o tentei empurrar.

- Perai… - disse ofegante – Agente vai fazer amor?
- E se for? – me encarou
- Não vamos não… - o empurrei e andei um pouco atordoada no gabinete – No mínimo fazemos sexo
- O que vai dar ao mesmo. – ele deu de ombros
- Para mim é diferente
- Tudo bem! Desde que façamos… - ele deu uma mordida no meu pescoço e me jogou pra cima da maca. Como eu adorava aquela violência.

(…)

Havíamos saído só consultório meia hora depois. Cris já tinha estranhado a minha ausência e quando viu Arthur sair atrás de mim, concluiu tudo muito rápido. Ela era muito inteligente, às vezes. 

- Quer dizer que fizeram amor em cima da maca?
- E contra a secretaria também… - confessei depois que saiamos da minha casa. O dia tinha sido muito stressante e eu precisava urgentemente de uma bebida forte. – E não fizemos amor, aquilo foi apenas sexo. Eu disse pra ele que não podíamos nos encontrar mais
- E ele riu na sua cara?
- Como sabe? – a encarei
- Porque isso é absolutamente idiota! Vocês são colegas de trabalho, têm as mesmas funções e…
- Ahh, eu sei! Mas quando eu disse “nunca mais nos vamos ver” era no sentido de trocarmos beijos, abraços e essas coisas.
- Abraços ou gemidos?
- Ahh Cris, porque não se cala de uma vez? – ela quando queria era chata mesmo!
- Será que é porque eu tenho razão? – ela ria da minha cara

Fui andando à sua frente, sem nem lhe prestar atenção.
Eu tinha ficado louca com a boate do dia anterior e era para lá que íamos de novo. Eu adorava o facto os empregados de lá andarem com sunga e um pequeno laço no pescoço, deixando de fora o que era bom de se ver, aquele corpo todo escultural. O DJ colocava músicas que, mesmo sem as pessoas beberem muito, as deixava loucas. 
Peguei um copo de drink e fui me sentar na mesa que a Cris tinha escolhido. Mal ela se sentou, sentaram ao lado dois caras. Ela é assim. Chama logo à atenção num simples piscar de olhos. 

Olhei pra um lado e para o outro e não vi ninguém interessante na porra daquela festa. Estava começando a ficar farta de estar lá. Queria ação. Queria um homem gostoso naquela festa para eu me entreter, mas nesta noite não parecia rolar.

- Oi loira… ou devo dizer, doutora. – ouvi aquela risadinha conhecida. Cris, à minha frente, começa a rir ao perceber também quem era. Me virei para trás e me dei com um cara totalmente gostoso. Minha nossa senhora, porque raio ele tinha de vir com aquela camisa meia aberta?
- Boa noite Arthur Aguiar e mais respeito comigo viu?
- Vamos beber um copo? Eu pago!
- Eu não bebo copos. Um drink talvez eu beba ou quem sabe até tequila…
- Que engraçada! – disse irónico – Vem ou não?
- Vou! – apesar de ter um copo na mão, larguei ele e fui até ao balcão pedir outro com Arthur, que pagou. Sentamos naquelas cadeiras que tem à volta e rodamos juntos pra apreciar a confusão que fazia naquele lugar. Depois percebi ele olhar pra mim e olhei pra ele também. Sorrimos ao beber um gole daquela bebida estranha e foi assim o resto da noite.
- Meu desejo agora era te levar pra o banheiro mais próximo e…
- Olhe as sacanagens está bom? – tentei que ele focasse apenas na nossa dança. Ele tinha as mãos sobre a minha bunda, apertava e beijava o meu pescoço. Eu queria me controlar, mas realmente não dava. 

Desta vez fui eu a primeira a beijar-lhe. Mas tudo, nesta noite, não passou de um beijo.

O pior foi quando uma noite destas eu sonhei com ele. Sonhei que morávamos juntos, que partilhávamos tudo e mais alguma coisa. Ou seja, fazíamos o que os casais fazem e…

- MAS EU NÃO QUERO! – gritei com Cris.
- Mas Lua, isso é um sinal sim! – ela me zoava – Vocês têm se pegado todos os dias.
- Nem é todos os dias!
- Foi sim! Olhe, se pegaram no domingo, na balada. Segunda, ele veio trabalhar para cá e fizeram amor na sala. No dia seguinte, foram sair de novo e se pegaram a noite inteira. Quarta, se beijaram na sala. Quinta, foram jantar. E hoje, você sonha com ele.
- Não esquecendo que ontem quase fizemos amor dentro do carro
- Você não me contou essa parte! – se dizia ofendida por eu ter guardado aquele “segredo”
- Ahh, foi depois do jantar, quando ela me foi levar em casa. Só paramos quando o vizinho do lado veio bater no vidro do carro. Filho da mãe! – reclamei – Mas voltando ao que é importante, eu não posso continuar a me encontrar daquele jeito com o Arthur. Ele é bacana, é bonito e tals, mas não pode passar disso. Tenho de cortar relaç…
- Cortar relações com quem? – chegou ele interrompendo a nossa conversa. Ele tinha esse dom. entrava pela minha sala e começava a falar sem nem dar os bons dias. Depois beijava o meu pescoço, tentando levar algo mais do que aquilo
- Bom dia tá? – encarei ele
- Saindo… - disse Cris se levantando
- Nem pense! – segurei o braço dela e me levantei. – Ele é que vai embora! – empurrei Arthur que ria com a situação
- Oi? – ele olhou pra mim
- Vai embora Arthur, que droga! – meti ele pra fora da sala e bati com a porta – É disso que eu falo viu? – gritei, para Cris que não tinha culpa nenhuma – Eu não quero que dar beijos pela manhã seja um habito e eu não quero que ele saiba onde é a minha casa
- Mas ele já sabe
- Aff, que droga! – bati com o pé – Eu não quero compromisso. Quando eu me separei do idiota do Pedro, jurei que todas as semanas eu tinha um cara novo pra pegar
- Então, está na hora de arranjar um. Apesar de eu achar o Arthur um fofo, super gato e…
- Já te disse como ele é otimo na cama? – pergutei-lhe
- Casa com ele tá? – Cris começou a rir da careta que eu fiz e saiu da minha sala

Nas seguintes horas, Arthur andou afastado de mim. Vi ele na cantina falando com umas outras médias e enfermeiras, cheios de intimidades, o que me irritou. Durante o resto do dia de trabalho ele não veio ter comigo, como nestes dias fazia, mas eu também não fui ter com ele.
No final do dia, fui para o estacionamento buscar o meu carro pra ir pra casa. Estava cansada deste maldito dia e estava desejosa que chegasse a noite pra eu ir para uma nova balada!

- Nem me vai dar um beijo de despedida? – ouvi aquele risinho idiota, que eu adoro!
- Não merece! – abri o meu carro e joguei a bolsa lá pra dentro.
- Ciúmes? – ele fechou a porta do carro e me encostou lá – Eu vi você me olhando na hora do lanche. – ele riu, como se tivesse feito de propósito naquela hora – Eu era assim com elas, cheio de risinhoas e conversinhas idiotas mas você sabe que com você é de outro jeito né? – ele encostou o corpo dele ao meu, apertando os meus seios e beijando o meu pescoço. Eu fechei os olhos e joguei a cabeça para trás, queria me controlar, mas estava difícil. – No meu carro ou no seu? – dizia desesperado enquanto me roubou um beijo
- Na minha casa! – quase gemi na hora

Eu fui no meu carro e ele foi no seu. Me seguiu até à minha casa. 
Parece mentira, mas a horas atrás eu disse que não queria que ele soubesse a minha casa onde era. Ele sabia o prédio, só não sabia o apê em si. Porém, quando lá chegamos, dei permissão ao porteiro pra deixar ele entrar e assim que ele me viu sorriu daquele jeito super safado.
Fui na frente até ao elevador e entrei sozinha, porém, Arthur colocou a mão pra que a porta não fechasse e ainda conseguiu entrar. Ele me deu um beijo tão grande quando me viu, que eu me arrepiei toda. Queria pular pra cima dele agora e foi o que fiz quando não conseguir conter aquela grande necessidade. O meu medo enorme, era ser flagrada no elevador do meu prédio fazendo amor com um cara desconhecido. Bom, desconhecido para os meus vizinhos e bem conhecido pra mim. 

Depois daquelas mordidas e chupões em toda a extensão do meu pescoço, ele levantou a minha saia e colocou a sua mão na minha calcinha. Eu começava a ficar excitada ao mínimo toque. 

- O eleva-dor… - disse entre gemidos. Ele parou na hora e parou por segundos. Depois carregou em todos os botões e do nada o elevador para e as luzes apagam. Senti um medo constante e me agarrei ainda mais a ele – Você sabe o que está fazendo?
- Não… mas sei o que vou fazer agora! – ele baixou um pouco das suas calças e começou com leves investidas. Eu tinha uma perna à volta da sua cintura e estava encostada à, digamos, parede do elevador. 

(…)

No dia seguinte, acordamos lado a lado. Estávamos na minha cama, nus, cobertos só com o lençol. O sol do dia batia na minha cara e foi isso que me fez acordar. Olhei pró lado e levei um susto enorme. Ele tinha a mão dada à minha e a sua perna estava por cima da minha. 

- ARTHUR! – gritei. Ele, coitado, deu um salto na cama. Passou as mãos pelos cabelos e respirou fundo, colocando a mão no peito
- Por quê tão cedo Lu?
- Lu? – quase gaguejei, mas não tinha como – Meu nome é Lua!
- Ahh, deixe-se disso! – ele me beijou mas eu não tive reação nos lábios – To com fome! Tem café e torradas?
- T-tem… - ele se levantou. Vi a bunda inteira dele, mas to nem ai. Já peguei ela ontem o suficiente. Ele pegou a sua cueca boxer e vestiu indo depois até à cozinha. Eu ia em direção ao banho, com o lençol à volta de mim ainda
- Não quer café?
- Não… to sem fome! – entrei no banheiro tipo múmia

O pior é que ele dormir na minha casa, já virou rotina. Tanto, que até levou coisas intimidas dele pra lá como algumas camisas, escova de dentes, ténis e até cuecas. Passou até a comprar pizzas lá pra casa.

- Eu to medo. Daqui a uns dias, ele chega à minha casa com uma aliança de casamento e… - ele coloquei a mão na cabeça. Não queria nem pensar.
- Amiga, você gosta dele? – Cris foi sincera comigo
- Eu não desgosto…
- Acha ele chato?
- Só às vezes – eu ri
- Ele é bom na cama?
- É otimo!
- Ele é romântico?
- Só me levou a jantar uma vez…
- É rico?
- É medico…
- ENTÃO FICA COM ELE PRA SEMPRE! – ela gritou comigo – Os caras quem chegam ao pé de mim ou são feios, ou são pobres, ou são péssimos na cama e nem um pouco românticos! Por isso, o Arthur é um cara que você não deve desperdiçar.
- Mas eu não quero me envolver
- Será que não quer mesmo? Ou isso é apenas uma coisa que você colocou na cabeça? – ela me encarou – Lua, eu sei que você tem trauma a casamentos, sei que detesta traições assim como todo o mundo. Mas você sabe que damos um passo atrás para dar dois em frente, não sabe?
- Eu acho que sou mais o contrário
- Eu acho que você é tolinha! Aproveita ele amiga. Ele parece até gostar de você… 
- Ele nunca me falou isso
- E você já falou?
- Eu não sei nada dele… não sei onde ele mora, não sei ao certo a sua idade… eu não sei nada!
- Claro! – disse como se fosse obvio – Vocês só se falam pra combinar o local da próxima transa!
- Aii, idiota! – bati no ombro dela – Que insensível. – ri, pelo facto dela ter razão – Mas você tem razão. Mas é sempre na minha casa… ou no elevador ou então aqui na sala.
- Que nojo! – ela se levantou rápido da cadeira – Mas só de pensar que a bunda dele já estava aqui, dá vontade de sentar de novo. – ela sentou e eu ri da sua idiotice
- O que acha que eu devo fazer?
- Ter uma conversa seria com ele. Falar a serio, sem rodeios e sem sexo!
- Vou tentar… - ela riu

Voltei ao trabalho, agendando novas consultas e fazendo outras. Andei distante do Arthur, já que ele agora tem o seu próprio consultório.
Quando sai pra falar com ele, ia em direçao ao seu consultório quando me deparei com uma cena triste. Triste pra mim, que me iludi mais uma vez.
Arthur estava saindo do seu consultório com Sandra, a enfermeira. Ambos se arranjavam e… eu sai correndo!

(…)

- Oii! – ele chegava a minha casa. Eu estava na cama lendo um livro. Já me havia habituado ao facto de ele ter a chave extra da minha casa, logo, entrava e saia como queria e como queria. Chegou com um sorriso nos lábios e uma pizza na mão.
- Pizza de novo?
- Pensei que você gostasse. – ele fechou a porta e colocou a pizza na mesa, abrindo a caixa e olhando pra ela
- Eu gosto. Não amo e não preciso de comer a toda a hora
- Que foi? Por que está assim? TPM?
- Os problemas das mulheres não são apenas TPM sabia? – encarei ele e fechei o livro que estava lendo com raiva
- Então…? – ele até parecia estar com medo de mim, então foi se aproximando demim, devagar
- Então que os problemas das mulheres também são os homens e as suas traições. E sabe uma coisa? Eu não gosto de traições, eu detesto traições e odeio quando me traem, entendeu? – gritei com ele mesmo, para ele aprender
- Isso por acaso é uma indireta?
- Se você entendeu que era pra você, não é indireta
- Mas desde quando eu te trai? E mesmo que o fizesse, o que temos de serio para ser considerado traição?
- Quer dizer que “traiu”? – fiz aspas com os dedos
- Não. Não eu te “trai” – ele fez o mesmo – Não costumo andar com duas mulheres ao mesmo tempo. Já você, adorou o beijo roubado do Edison, não adorou? – depois de ver a cena triste do Arthur e da Sandra, eu me senti irritada e fui desabafar com o primeiro enfermeiro que eu vi. Era o Édison, um antigo colega meu. Ele é moreno, bem moreno e o achei interessante e roubei um beijo no meio de uma cantada. 
- Você viu?
- Vi! Mas não falei nada, pois não?
- Não… até agora
- Porque você começou com essa coisa de traições
- Explica então o facto de ter saído do seu consultório com a Sandra!
- Ela pediu para eu examina-la. Você sabe o problema que ela tem nas costas.
- Pois, eu sei. – realmente sei – Agente precisa de conversar. – puxei a mão dele e sentamos no sofá da sala. – Isto não dá mais.
- Isto o quê? Nós dois?
- É… não dá mais, não dá. Temos de parar com isso
- Eu sei da sua historia do casamento tá? Eu não te vou fazer o mesmo, entendeu? Porque eu nem quero casar!
- Não? – sorri, ao finalmente encontrar uma pessoa que me entenda
- Não… casamento é só um bocado de papel. O que nós temos, é muito mais. – ele sorriu e pegou a minha mão – Eu sei que sou reservado. Sei que sou um louco por até já ter trazido coisas da minha casa para cá, mas é que eu já me sentia daqui, entende? Você não é das pessoas mais fofas do mundo – rimos os dois – Não é mesmo! Mas eu gosto do seu jeito de ser. Eu me sinto acarinhado por você, mesmo sem ser, entende?
- Entendo. – eu ri e dei um selinho nele – Quer dizer que…?
- Quer dizer que se você quiser que eu te peça em namoro, eu peço. Mas casamento, eu não peço! – ele riu e eu ri de volta
- Arthur, compromisso não é comigo, lindo! – sentei no colo dele e o beijei – Me fale de você.
- Eu sou o Arthur, tenho 25 anos e desde os 18 que sonho ser médico. Vivo com os meus pais e tenho carro próprio, que você já conhece
- E conheço muito bem – ri 
- Não tenho irmãos e o meu ultimo namoro durou 4 semanas e 2 dias.
- Meu deus, terminou por que…?
- Ela não me amava, tanto como eu lhe amava.
- Quer dizer que lhe amava?
- Talvez não. Eu amo é você…
- Não diz isso. – eu coloquei um dedo na sua boca – É cedo.
- Eu sinto que não. Eu gosto de estar com você. Adoro os seus ciúmes e amo o seu jeito, o seu toque e fazer amor com você… - rimos como dois bestas – Parecemos um jovem casal sabe? Daqueles que não querem compromisso, que só querem saber de ficar e ficar!
- Então é isso que vamos ser. Um jovem casal que se pena
- Vamos festejar? – ele perguntou
- Como?
- Fazendo o que sabemos melhor… - ele começou por beijar o meu pescoço e colocar uma mão por baixo do meu vestido

Nos levantamos, sem parar aquele beijo e fomos andando até chegar à cama. Adorava aquele seu ar de selvagem, que mal chegava, me jogava na cama, deitando por cima de mim e encostando as nossas intimidades. Ele adorava fazer com que eu sentisse aquele seu volume. Levei as minhas mãos para a bunda dele e apertei, como eu adorava fazer aquilo. Subi devagar e tirei devagar a blusa dele. Tentei virar ele, pra eu ficar por cima e assim me sentar sobre a sua barriga, com os joelhos na cama. Tirei o meu vestido e junto com ele foi o meu soutien para o chão. Arthur olhava, sorria e mordia os lábios. Me deitei em cima dele e senti as suas mãos descerem até as suas calças e baixar tudo, deixando-o nu. Aproveitei o balanço para mais uma vez roçarmos as nossas intimidades e ele logo se deu ao trabalho de me trespassar. Levantei um pouco, sentindo os seus movimentos e gememos juntos. O mais estranho era a cama fazendo barulho, mas já estávamos acostumados. 

- Se-rá assim pra sem-pre? – perguntei entre gemidos
- Sempre! – respondeu ofegante – Agora não pára!

Gente, eu sei!! Mereço que me matem e tudo mais, mas postei isto hoje e amanhã posto um MEGA capitulo de "O Tempo cura tudo" #Promento

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