Como se fosse a primeira vez.. - Parte 4

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Passando as mãos nos seus cabelos senti o que eu não esperava. A cicatriz, a marca que havia ficado do acidente. Ela se encolheu, acho que a pele deve ser sensível ainda. A puxei pra mais perto de mim, a abraçando mais forte. 

- Eu te amo.. - sussurrei. 
[..]
- AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH! - cai da cama com o grito. 
- O que eu fiz? O que foi? 
- QUEM É VOCÊ? POR QUE EU ESTOU PELADA? AHHH
- Calma Lu, eu posso explicar!. - levantei do chão.
- VOCÊ TÁ PELADO! TARADO! - me deu um tapa e logo tampou os olhos. 
- Ai meu Deus, como eu posso explicar? Você também quis na hora! 
- Espera, eu perdi minha virgindade?
- Perdeu.- coloquei a cueca. - Me deixa explicar?
- Como eu vim parar aqui? - olhou para o quarto. - Se você é um estuprador, por que parece tudo romântico?
- Eu não sou um estuprador. E eu arrumei o quarto assim, queria que fosse especial pra você. 
- Mas eu nem lembro de você. 
- Bom, eu vou descer e preparar nosso café. Assiste esse vídeo..
- Posso ligar para o meu pai? 
- Assiste o vídeo primeiro amor.. - peguei sua mão e ela soltou rapidamente.

Fui para a cozinha, imaginando a reação dela quando assistisse o vídeo. Como eu não sou burro, me preparei para caso algo assim acontecesse. Pedi a Mel que filmasse os nossos encontros e nesse vídeo tem depoimentos da família, fotos do acidente e de quando ela estava internada e as filmagens dos nossos encontros. 
Depois de um tempo senti sua presença na cozinha. 

- Me desculpa? - falou com os olhos marejados. 
- Tudo bem, você não tem culpa! - peguei sua mão. - Vem comer.. 
- É estranho pra mim. 
- Eu sei. Eu sinto muito por você não se lembrar de ontem a noite.
- Foi.. Bom? - perguntou envergonhada. 
- Pra mim foi maravilhoso.- ela corou. - Não podia ter sido melhor. 
- Thur, - parou. - Posso te chamar de Thur? 
- Claro que pode.. 
- Então, nós somos namorados? 
- Eu ainda não havia feito o pedido. Mas agora se tem uma coisa que não falta, é certeza do que eu sinto por você e do que eu quero.
- E o que você quer? - me levantei e fui até a estante da sala, pegando a caixinha vermelha que eu tinha deixado propositalmente ali. 
- Lua Maria Blanco, eu sei que pra você é estranho; sei que somos muito jovens; sei que tem algo que nos impede que você retribua esse amor que eu sinto por você; sei que seu pai me odeia - ela riu. -; sei que para eu dar esse grande passo nós devíamos pelo menos namorar. Mas eu também sei que te amo muito, como nunca amei ou vou amar alguém. - me ajoelhei. - Lua, você aceita ser a senhora Aguiar? 
- Se você prometer que não vai mais me chamar de senhora.. 
- Eu prometo. 
- Então eu aceito! 
- Eu prometo que isso nunca vai atrapalhar a gente. Eu vou fazer de tudo para que um dia você possa acordar e se lembrar de mim. Vai demorar, mas uma hora eu consigo. 
- Eu..
- Você não precisa dizer. 
- Eu quero.. Eu te amo!

Amanha posto o final se não eu fico de castigo, beeeeijos! 

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