Capítulo único - Skin

|




Skin

História por Gabi Dalton | Revisão por Paah Souza


Faziam duas semanas desde que minha vida tinha virado um inferno. E quem diria que seria por causa daquele “demônio”? Ultimamente era só isso que eu sabia fazer ao pensar nele: amaldiçoá-lo. Quem era ele? Meu ex-namorado. Por que tanto ódio? Por ele ser tão orgulhoso. Ok, eu assumia que essa era uma característica da qual eu compartilhava fortemente, mas era tudo culpa dele. Culpa dele ser tão gostoso, tão lindo, tão maravilhoso. Culpa dele ter me viciado no seu cheiro, no seu sorriso, na sua pele. Culpa dele ter me feito dependente de sua boca, de seus olhos, de sua voz. Era por tudo isso que agora eu estava aqui, no mesmo lugar onde tudo desmoronou, enchendo a cara mais uma vez pra tentar anestesiar a dor em meu coração. Por que era tão difícil assim ficar longe dele? Assumo que ele me procurou desesperadamente na primeira semana. Me ligava o dia inteiro, me mandava mensagens e eu exercia minha bitch interior perfeitamente: ignorava, ignorava e ignorava. Durante aqueles dias eu só sentia raiva dele, mas depois que ele pareceu se cansar de ser ignorado, a minha ficha caiu. E com isso a raiva cedeu e a dor se fortaleceu. Eu sentia falta de seu corpo em minha cama, de seus toques... Duas semanas sem ele me doíam como dois séculos. E pensar que tudo isso estava acontecendo por causa de ciúmes... 

Flashback On 
*Duas semanas antes, na mesma boate* 

A música já estava alta quando chegamos no Rhodes. Arthur me puxava para o segundo andar e eu sabia que ainda estava irritado por causa da minha demora para me arrumar e por ter lhe “enfrentado” e não ter trocado o vestido quando ele quis me impedir de sair porque “dava pra ver meu útero”. Namorado pior que pai? Eu tenho. 
Encontramos a mesa dos amigos de Arthur. Cumprimentamos todos e nos sentamos. Eu dei sorte de me sentar perto de Guga, o amigo mais divertido de Arthur, já que meu namorado estava com um bico enorme e com a sua mão possessiva tentando tampar a parte da minha coxa que o vestido deixava a mostra. 
- Não, e o pior, você acredita que ela vomitou no meu pé? Eu nem acreditei. 
- Ai, chega, Guga, por favor. Vou morrer. - Eu gargalhava alto enquanto Guga me contava do churrasco de aniversário de sua prima. 
- É, chega mesmo. Vamos pegar alguma coisa pra beber no bar. - Arthur se levantou e me puxou pela mão. Fazendo uma careta para Guga, me levantei e fui. No Rhodes existiam 2 bares: o do primeiro andar só tinha barmans, e no segundo andar somente “bargirls”. Eu achava um tanto quanto desnecessário a beleza e as micro roupas delas. Somente para materializar meu desgosto, a menina que chegou para atender Arthur era ridiculamente bonita. Morena, olhos azuis, peitos enormes expostos num decote gigantesco. E era só sorrisos para o MEUnamorado. Eu não a culpava tanto, pois sabia que ele era irresistível mas... Oi? Ele é meu. E o pior é que ele também estava com aquele sorriso estonteante no rosto pra ela. Como assim?
- Era esse o segredo pra você desemburrar então? Um par de peitos na sua cara? Se eu soubesse já tinha arrancado esse vestido. - Chamei sua atenção quando ela se virou para buscar as bebidas. 
- Quê? 
- Não se faz de desentendido, Thur. Eu não sou cega. Eu vi você secando essa piranha. - Fuzilei as costas da garota. 
- Pelo amor de Deus, Lua. Eu não estava secando ninguém. Ao contrário de qualquer cara nessa festa, já que todos perderam os olhos em você, graças a esse vestido. - Ele me olhou, irritado novamente. 
- Isso não te dá o direito de flertar com a porra da garçonete. 
- E você pode se jogar em cima do Guga na minha frente? 
- Eu não acredito que você disse isso. Ele é seu amigo, seu doente. Nem se eu fosse a pior das vagabundas. 
- Não foi o que pareceu. - Eu arregalei meus olhos. Eu via os olhos Castanhos de Arthur incendiados de raiva e ciúme, mas aquilo era demais pra mim. 
- Deu, Arthur. Acabou depois dessa. - Me virei para sair, porém ele me puxou pelo braço. 
- Onde você vai? 
- Embora. Não quero mais te ver. Você está oficialmente liberado pra comer sua garçonete no balcão. - Tirei minha aliança de namoro e coloquei à sua frente em cima do balcão. Saí correndo da boate e peguei o primeiro táxi que consegui ver através das lágrimas que já inundavam meu rosto. 

Flashback Off 

Ao me relembrar da briga pela centésima vez, pedi à Allan, o barman que era meu amigo, que me trouxesse mais duas doses de tequila. Meus olhos já estavam ficando embaçados novamente. Eu sabia que havia exagerado e me precipitado. Era tão difícil que eu e Thur brigássemos e, quando isso acabava ocorrendo, eu não sabia lidar com a situação calmamente. Somente alguns dias depois, revendo toda a cena, fui perceber isso, quando já era tarde e Arthur já havia recuperado seu orgulho e parado de me procurar pra tentar se desculpar pelas coisas que me disse. Eu, por outro lado, também orgulhosa, ao invés de ir procurá-lo, ficava chorando com minhas amigas e enchendo a cara quando elas me arrastavam para o Rhodes. 
Virei uma das doses e achei que o efeito estava subindo rápido demais quando passei meus olhos pela entrada da boate. Minha jaqueta de couro preferida. Não era possível. Ele estava aqui? E por que tão lindo assim? Com uma blusa branca por baixo, calça jeans escura, tênis branco... Minhas mãos coçavam de tanta vontade de tocar aqueles cabelos. Eu não sabia se era somente uma lembrança ou se eu realmente já conseguia sentir seu perfume amadeirado no ar. Ele passou os olhos pelo salão e parou ao encontrar com os meus. Rapidamente pude ver minha tristeza refletida em seus olhos. Passando a mão pelos cabelos do jeito que ele sempre fazia quando estava nervoso ou ansioso, ele desviou os olhos pra baixo e começou a andar. Minhas esperanças de que ele fosse vir até mim foram derrotadas assim que vi Guga e o resto dos rapazes abraçando-o no lado oposto da boate. Eles se sentaram nos sofás que ficavam por lá e eu sentia minhas mãos tremendo enquanto observava-o. Ele continuava me torturando ao não dirigir mais nenhum olhar a mim, sendo que sabia que eu estava com meus olhos cravados nele. Tentei recuperar meu orgulho e comecei a observar minhas amigas dançando. Elas e Allan tentavam me distrair com conversas que não faziam o menor sentido. Quando não consegui conter meus olhos e espiei Arthur novamente, me arrependi. Enquanto Guga e o resto dos garotos dançavam, ele continuava sentado no sofá, porém acompanhado de uma loira que praticamente se jogava em cima dele. Sua cabeça estava direcionada ao lado oposto da garota, seus braços abertos e apoiados no alto do sofá. Ele parecia totalmente desinteressado nela, até que pareceu sentir estar sendo observado novamente e virou seu rosto para frente, seus olhos caindo fixamente nos meus. A menina se aproveitou e se aproximou mais dele, colocando a mão em seu peito e levando seu rosto para o pescoço dele. Ele não demonstrou nenhuma reação ao toque dela, mas arqueou sua sobrancelha para mim, como se estivesse me desafiando. Eu cerrei meus olhos para ele, começando a explodir de raiva. Então, para terminar de acender meu pavio, ele abriu um sorriso malicioso para mim ao perceber que tinha me atingido. Ele queria me provocar, era isso? Peguei a outra dose de tequila e virei com raiva, quase quebrando o copo ao depositá-lo de volta na mesa. Aquele filho da puta... Ele queria brincar com fogo e eu deixaria. Mas faria questão de que ele se queimasse. 

Me levantei e dei um último olhar obstinado à Thur. Primeiro ele arregalou os olhos para mim e caminhou com eles por todo o meu corpo. Só agora comigo em pé, ele pôde ver como eu estava vestida. Confesso que aproveitei a falta de sua implicância para usar meus “piores vestidos” nos últimos dias e, no momento, eu agradecia mentalmente ao destino pela minha escolha do dia. Seu olhar acompanhava as fendas de meu vestido enquanto ele mordia fortemente o lábio, vidrado em mim e alheio à garota empoleirada em cima dele. Aproveitei que ele me seguia com os olhos e comecei a me mover, rebolando um pouco exageradamente. Ele não sabia o que era provocar. 
Avistei Guga dançando com uma garota perto de Arthur. Me encaminhei e parei na frente de Guga, lançando um olhar de desprezo para que a garota nos desse licença. Guga sorriu pra mim, ao mesmo tempo em que me encarava com um olhar confuso. 
- Oi, Lu. Você está linda! 
- Oi, Guga, obrigada. Quer dançar comigo? 
- Eu adoraria, Lu, mas não sei se é uma boa ideia... - Ele passou a mão pelos cabelos enquanto virava o corpo para observar Arthur. Puxei seu rosto de volta para mim. 
- Foda-se ele. - Levei minhas mãos ao pescoço de Guga e colei meu corpo ao seu, começando a rebolar com o ritmo da música. Encostei meu queixo em seu ombro e encontrei coragem para buscar os olhos de Thur novamente. Encontrei aqueles dois poços Castanhos me encarando furiosos e lhe encarei desafiadoramente de volta. Desci minhas mãos pelos ombros deGuga, levando-as até seus braços expostos pela regata preta. Percebi então que suas mãos continuavam paradas ao lado de seu corpo. Porra, Guga, me ajuda aí, né. Olhando fundo nos olhos Castanhos que me encantavam, aumentei minha ousadia e levei meus lábios ao seu pescoço. Arthur se desvencilhou da garota em cima dele enquanto fechava os punhos em cima do sofá. Eu podia ver sua respiração ofegante de tanta raiva. Não contive abrir um sorriso com sua reação e Guga percebeu o que eu estava fazendo: 
- Você está fazendo tudo isso só pra provocar o Aguiar, né? Você é cruel, Lua. - Ele gargalhou para mim. 
- E você não está me ajudando muito a fazer ciúmes nele, né, Guga. Poxa, nem pra segurar minha cintura! 
- Lu, ele é meu melhor amigo. Eu entendo que você esteja puta com ele, mas nunca encostaria a mão em você. Ele me mataria. Já deve estar querendo me socar só por você estar encostando em mim. Da minha parte, não farei nada. - E para deixar seu ponto mais claro, ele colocou as mãos nos bolsos de sua calças jeans, como se quisesse demonstrar a todos que eu estava usando-o como um boneco. 
Porra de amizade forte desses dois. Mas, na verdade, eu admirava Guga mais ainda por isso. E no fundo eu sabia que ele nunca me tocaria. Era por isso que eu tinha confiança nele para praticar meus joguinhos de irritar o Arthur. Me afastei de Guga, dando alguns passos para trás, e comecei a dançar sozinha. Eu queria agora atingir o ciúme louco de meu ex-namorado por conta dos outros homens no recinto. Levei uma das minhas mãos ao meu cabelo, enquanto descia a outra pela lateral de meu seio, até meu quadril. Continuava rebolando no ritmo lento da música. Fui descendo um pouco meu corpo e levei uma de minhas mãos à coxa exposta pela fenda do vestido. Comecei a me levantar novamente enquanto arranhava minha pele com minhas unhas e, quando estava novamente de pé, fechei meus olhos e voltei a rebolar até que senti uma respiração descompassada e quente perto de meu pescoço. Imaginei que fosse um cara qualquer prestes a me cantar, até que senti meu cabelo ser preso por uma mão e puxado, levando meu corpo de encontro à um peitoral forte. Abri meus olhos assustada e constatei tudo ao mesmo tempo: Arthur não estava mais no sofá e, antes que eu pudesse virar para trás aterrorizada, ouvi aquela voz rouca que eu sentia tanta falta soprar em meu ouvido “Você só pode estar louca”. O susto e a alegria de constatar que era Thur atrás de mim fizeram com que um gemido escapasse de meus lábios. Ele então levou sua outra mão ao meu pescoço, descendo pela lateral de meu corpo até chegar à minha mão, e me puxou até o sofá onde ele estava antes. Ao invés de sentarmos, ele colocou suas mãos em minha cintura e me empurrou contra a parede ao lado. Me assustando e, assumo, me excitando, mais ainda. 
- Que porra você pensa que está fazendo? 
- Dançando. E além do mais, eu não te devo satisfação nenhuma. 
- Deve sim. Primeiro, você pode estar estupidamente gostosa nesse vestido, mas a única pessoa que tem direito de vê-la nele sou eu, e você vem logo pra cá vestida nisso. Segundo, dançar daquele jeito é só pra mim. 
- Eu nunca ouvi tanta possessividade numa fala só. Você não tem direito de porra nenhuma. Eu não sou nada sua. Aliás, tira a mão de mim. - Me desafiando e provocando como ele tanto amava fazer, Arthur me prensou mais ainda contra a parede, apertando com mais força suas mãos em minha cintura e deixando seus lábios a centímetros dos meus. Seu hálito convidativo caía dentro de minha boca, fazendo com que eu me esquecesse de respirar. 
- Agora eu entendi. Você só podia estar bêbada pra fazer todas essas loucuras. 
- Eu não estou bêbada. Me larga. - Tentei me desvencilhar de seu aperto e ele começou a roçar seus lábios nos meus, me paralisando. 
- Eu consigo sentir o cheiro do álcool, amor. Se eu te soltar, você nem vai conseguir se manter em pé. Não sabe o que está falando e é por isso que eu vou te levar pra casa. Chega deshowzinho por hoje. - Eu me arrepiei quando ele me chamou de “amor” naquela voz de veludo. E eu sabia que ele tinha razão: só tive coragem de fazer tudo o que fiz graças à tequila. E o seu corpo pressionado contra o meu me fazia esquecer de como me movimentar. Mas eu não daria o braço a torcer. Nunca. 
- Eu não vou com você pra lugar nenhum. 
- Vai sim. Por bem ou por mal. Como você preferir. - Não era a primeira vez que ele me dizia isso e eu sabia que ele me carregaria se eu continuasse a bater o pé. Odiava ser carregada que nem uma criança rebelde. 
- Tudo bem. Mas você vai me deixar na porta da minha casa. Entendeu? 
- Vamos logo. - Ele tomou minha mão e eu suspirei com o choque que sempre corria pelo meu corpo quando nos tocávamos. Saímos do Rhodes rapidamente e, quando eu percebi, já estávamos entrando na BMW de Arthur. O cheiro arrepiante dele infectava todo o carro. Aquilo só fazia com que eu me desesperasse. Olhei para o banco de trás e uma avalanche de memórias inundou minha mente, fazendo até com que eu sentisse meu corpo começando a queimar. Olhei para Thur e ele estava me encarando com aqueles Castanhos incendiários. Parecia relembrar as mesmas memórias que eu, pois deu aquele sorrisinho de lado que me fazia formigar por dentro. Desviei meu rosto para a janela, tentando respirar fundo, e ele deu partida no carro. Eu comecei a rezar para chegar rápido, porque, quanto mais o tempo passava, mais eu deixava de ver maneiras de resistir ao irresistível. 

O percurso foi mais rápido do que eu esperava. Eu me perdi em pensamentos observando o caminho pela janela e, quando notei o carro parando, recuperei minha concentração. Olhei as casas em volta e não reconheci meu bairro. Eu sabia que ter chegado tão rápido estava estranho. Quando observei a casa em frente a qual Arthur estacionava, eu surtei. Babaca, mentiroso... 
Ele desligou o carro e tirou seu cinto de segurança. Me olhou com uma falsa inocência no rosto, o que fez com que eu cerrasse meus olhos com raiva para ele. 
- Que eu saiba essa não é a minha casa, e sim a sua. 
- Minha casa é muito mais perto que a sua e eu estava cansado. Qual é, Lu, você está mais acostumada a dormir aqui do que na sua própria casa. Relaxa e vem. 
- Eu não vou a lugar nenhum. Quer dizer, vou sim. Pra minha casa! E você vai me levar, como prometeu. 
- Desculpa te informar, mas...Não vou não. - Piscando o olho e sorrindo o mais sexy possível pra mim, aquele idiota abriu a porta do carro, seguindo para a porta de sua casa. Eu me mantive imóvel, furiosa. - Você pretende dormir no carro? 
- Você pretende continuar sendo um babaca? 
- Se isso significar que você está perguntando se não vou voltar pra esse carro, a resposta é sim. 
- Eu te odeio. - Gritei para ele ao bater a porta de seu carro com força. 
- Também te amo, amor. - Ele sussurrou em meu ouvido assim que eu passei pelo batente da porta aberta da casa, onde ele me esperava passar, encostado. Entrei furiosa com ele e com o arrepio que insistia em correr pelo meu corpo pela sua atitude. Parei no meio da sala, jogando minha bolsa em cima de seu sofá. 
- Para de me chamar assim. 
- Eu te chamo do jeito que eu quiser. Você é minha. - Ri friamente sem acreditar sem suas palavras. 
- Eu já falei que não sou nada sua. 
- Você é minha namorada. 
- Ex-namorada. E, de qualquer forma, você não pareceu se lembrar de nada disso hoje enquanto aquela puta estava no seu colo chupando seu pescoço! 
- Não se faz de idiota, Lua. Você sabe muito bem que eu só queria te irritar. Eu adoro ver esse biquinho que você faz quando está nervosa. Me dá vontade de te morder. - Eu estremeci. – E, além do mais, deu pra perceber hoje que eu estou atrasado no ramo da provocação. Realmente, se esfregar no meu melhor amigo é muito mais eficaz pra causar ciúme. 
- Saiba que seu melhor amigo é um baita de um frouxo! 
- Vou me lembrar de agradecer a Deus por isso. - Ele sorriu daquele jeito lindo e encantador que me atingia como uma bomba por dentro. Eu não consegui resistir e deixar de responder a ele. Era como um ímã. Aquele clima gostoso que eu tanto amava no nosso relacionamento parecia voltar a rondar sobre nós. O que me deixava confusa. 
- Por que não pode ser sempre assim... - Eu deixei que minha voz triste declarasse meu pensamento. 
- Lu, todo casal briga. O problema é que você não pode ser tão radical assim. Se toda vez que nós brigarmos você resolver terminar tudo, sem ao menos nos dar uma chance de conversar, nós nunca vamos conseguir manter uma relação. 
- É, eu sei que fui um pouco orgulhosa... - Eu abaixei minha cabeça, envergonhada. Ele se aproximou de mim, segurando em meu queixo para fazer com que eu o olhasse nos olhos novamente. 
- Mas como você pode ver, foi somente você que terminou comigo. Eu não terminei com você e não pretendo terminar nunca. Eu fiquei triste depois de ter sido ignorado por uma semana, mas não desisti de você. Eu apenas não sabia mais como fazer você voltar pra mim. - Ele levantou sua mão até a altura de meu rosto, fazendo com que eu notasse que ele ainda usava nossa aliança. 
- Você não tirou... - Eu sussurrei com os olhos brilhando. 
- Eu sou de uma, e somente uma, orgulhosinha gostosa e marrenta nesse mundo. 
- Ai, eu te amo! - Pulei nos braços de Arthur, abraçando-o fortemente pelo pescoço e deixando que as lágrimas de felicidade em meus olhos caíssem. Ele se soltou de meu abraço e colocou suas mãos em meu rosto, me puxando para um daqueles beijos que me deixavam suspirando. Nossas línguas se acariciavam, os dias separados não mudavam em nada o fato de uma conhecer perfeitamente onde acariciar a outra. Nosso beijo era necessitado, porém, calmo. Arthur continuava a segurar meu rosto com uma das mãos e resolveu apoiar a outra em minhas costas. Ele soltou um gemido, pois pareceu se lembrar do decote que deixava-a toda exposta. Sua mão quente em contato com minha pele fria também fez com que eu me arrepiasse e me aconchegasse mais contra ele. Ele se separou de mim ofegante, para minha tristeza, e, antes que eu pudesse reclamar, sua mão limpou o resto de minhas lágrimas abaixo de meus olhos e ele levou sua boca em direção ao meu ouvido, para sussurrar com a voz rouca: 
- Se você não me deixar arrancar essa desculpa de vestido, quem vai chorar sou eu. - Eu ri e me apoiei em seus ombros, levando minha boca também ao pé de seu ouvido. 
- Eu sou sua. - Ele cravou suas pequenas unhas em minhas costas. 
- Como eu sempre soube. (n/a: dê play na Música 1!) 
Thur me empurrou contra a parede ao lado da escada. Voltou a atacar meus lábios enquanto suas mãos passeavam livremente pelas minhas costas. Eu aproveitava e também dava um passeio com minhas mãos por seus braços e todo seu peitoral, descendo até sua barriga e fazendo o caminho reverso. Ele me beijava lentamente, sua língua torturava a minha, ele parecia me sugar intensamente. Quando comecei a soltar alguns grunhidos em sua boca, ele desceu uma de suas mãos para a minha perna exposta pelo vestido. Posicionou-a em meu joelho e começou a subir suas carícias pela minha coxa, arranhando-a. Quando chegou na altura de meu quadril, começou a descer pela parte interna, fazendo pressão sobre a minha virilha com seu braço. Eu me afastei de seus lábios para que pudesse encostar minha cabeça na parede, com a excitação que me atingiu. Arthur desceu suas mãos para a parte de trás das minhas coxas, puxando-me para cima, e eu envolvi rapidamente sua cintura com minhas pernas. Me olhando de forma desesperada, voltou a abocanhar meus lábios e levou suas mãos para meu quadril, apertando-me mais contra ele enquanto começou a se mover comigo em seu colo. Apertei meus braços eu seu pescoço e percebi que ele começava a subir as escadas para o segundo andar. Levei meus lábios para perto de sua orelha e comecei a morder o lóbulo, abri um sorriso quando percebi que isso quase o fez cair comigo da escada. Com a respiração totalmente acelerada, Thur finalmente conseguiu chegar ao segundo andar e praticamente correu até a porta do quarto, colocando-me sentada sobre a mesa encostada na parede. Eu não o liberei do aperto de minhas pernas em sua cintura, apenas o puxei mais contra o meio de minhas pernas. Levei minhas mãos até sua nuca, acariciando seus cabelos macios que eu tanto sentia falta de tocar. Chupei seu lóbulo mais uma vez antes de ir acariciando a pele de seu maxilar com a língua até chegar ao canto da boca. Contornei seu lábio com minha língua, observando-o me olhar com os olhos semicerrados de prazer. Sorri maliciosamente para ele, que bufou impaciente e rapidamente levou uma de suas mãos ao meu pescoço e a outra às minhas costas, me apertando e chocando meu rosto com força contra o seu. Seus lábios agora me consumiam com ferocidade e selvageria, totalmente diferente do beijo que demos na sala. Ele estava descontrolado e eu sabia disso. E eu adorava isso. Suas unham fincavam minha pele enquanto ele tentava se colar mais ainda em mim, algo que parecia impossível. Sua língua lutava contra a minha até que ele apoiou suas mãos na mesa ao lado de minhas coxas e começou a afastar seu peitoral do meu, mordendo meu lábio inferior e afastando sua cabeça lentamente para trás, me torturando. Quando abri os olhos, encontrei sua expressão das piores intenções e seu sorriso demoníaco, eu respirei fundo e alto, fazendo com que ele risse baixinho e levasse suas mãos até minhas panturrilhas que estavam presas atrás de suas pernas. Não entendi o porquê de ele estar se afastando até que ele se abaixou e ficou de joelhos à minha frente, ainda me olhando com aquele sorriso no rosto. Eu o olhava confusa, mas apoiei minhas duas mãos na mesa, enquanto esperava pelo que ele pretendia fazer. Finalmente Arthur levou suas mãos até o pé de minha perna exposta, levantou um de seus joelhos e apoiou meu salto ali. Seus dedos abriam o fecho de minha sandália enquanto ele roçava seus lábios em minha perna. Eu já começava a observar a cena com dificuldade, meus olhos semicerrados. Ele jogou o salto debaixo da mesa enquanto segurava meu pé em frente seu rosto. Sorriu para mim mais uma vez e deu um beijo em meu tornozelo. Suas mãos massageavam a sola de meu pé enquanto delicadamente seus dentes arranhavam a parte de cima. Ele voltou a apoiá-lo em cima de seu joelho enquanto levava a ponta de seus dedos até o começo de minha coxa. Descia somente roçando seu toque pela pele de toda a extensão de minha perna, me instigando, me excitando, como ele gostava. Minha respiração começava a ficar exageradamente audível. Com o sorriso mais malicioso, ele se movimentou, indo em direção à minha perna coberta. Fez o mesmo ritual, apoiando meu salto em seu joelho enquanto tirava-o. Sua mão segurou no tecido de meu vestido e ele o levantou até a parte de cima de minhas coxas, enrolando-o na altura de meu quadril. Agora minhas duas pernas estavam totalmente expostas para ele. A ponta de seus dedos começou a deslizar e subir pela perna que ainda estava apoiada em seu joelho. Ele acariciava minha coxa pela parte externa, direcionando-se para a parte interna enquanto apertava fortemente ali. Com um suspiro, ele separou minhas coxas e posicionou-se o mais perto possível de minhas pernas, fazendo-me engolir em seco. Minha calcinha de renda preta parecia ser a única coisa no momento que interessava aos seus olhos famintos. Ele colocou meus joelhos em cima de seus ombros, aumentando mais ainda nosso contato. Minha respiração acelerava enquanto eu observava seus movimentos lentos. Arthur depositou um beijo na parte interior de minha coxa enquanto apertava minha cintura com suas mãos. Sugou a pele de minha coxa e então mordeu-a com força fazendo com que eu levasse uma de minhas mãos para sua nuca, arranhando-o em resposta. Como se quisesse me torturar de todas as formas possíveis, ele começou a passar sua língua pela alça de minha calcinha. Vendo meu corpo responder ao seu toque quando me mexi, ele levantou seus olhos até os meus e mordeu seu lábio inferior com força, para me enlouquecer. Eu gemi, como ele esperava. Ele sorriu e começou a acariciar meu ventre, onde a calcinha começava, com sua língua. Minhas mãos apertavam a mesa, meus dentes capturando meu lábio inferior para evitar mais gemidos. Arthur não se contentava que eu perdesse o controle. Ele gostava de ultrapassar meus limites. Eu não tinha limites, pois ele sempre conseguia ultrapassá-los quando eu pensava ter encontrado algum. Materializando meu pensamento, ele beijou a pele do lado da alça de minha calcinha e a ponta de sua língua voltou a acompanhar a extremidade do tecido, porém, desta vez ele ia descendo pela borda em direção à minha virilha. Eu não consegui evitar e fechei fortemente meus olhos, tombando a cabeça com tamanho formigamento que me atingia. Ele descia e subia, lambendo minha virilha, até que imperceptivelmente, eu senti sua língua roçar na renda de minha calcinha, atingindo meu sexo. Ele roçou a ponta de sua língua sobre a renda desde minha entrada até meu clitóris. Quando alcançou-o, deu ali um beijo molhado, sugando-me por sobre a renda que roçava molhada em mim. Eu não sabia se aguentaria, mas precisava voltar à observá-lo. Thur começou a arranhar meu clitóris com seus dentes e então mordeu ali levemente, levando sua cabeça para trás e a renda junto em seus dentes. Soltou-a, mas levou sua mão até meu sexo puxando a calcinha toda para o lado e segurando com seu indicador, finalmente me expondo para o contato direto em minha intimidade. 
Ele gostava de me ver tremendo com seus toques, de me fazer pedir por mais. Por isso todos os movimentos eram lentos, se eu não estivesse o observando, poderia até ficar em dúvida se sua língua realmente me tocava, ou eu apenas imaginava aquilo. Ele tocava meu clitóris com a ponta de sua língua, fazendo círculos. Eu começava a deixar escapar suspiros e grunhidos. Desceu até minha entrada e ele subitamente se tornou selvagem, me beijando e me sugando, enterrando a língua o máximo que podia em minha entrada. Minhas mãos foram parar em seu cabelo, puxando com força sua cabeça mais contra mim. Ele voltou ao meu clitóris, desta vez do jeito que eu precisava: sugando e beijando com força. Deixou que seus dentes roçassem em mim, enquanto me dava leves mordidas e logo voltava a me sugar, fazendo círculos com a língua. Eu gemia alto, submissa e enlouquecida. Meus dentes já machucavam meu lábio inferior, tamanha a força quando eu o mordia. Arthur subiu sua mão que ainda estava em minha cintura até meu lábio inferior, acariciando-o. Quando eu separei meus lábios em êxtase, ele colocou seu dedo dentro de minha boca e minha excitação era tanta que eu não hesitei em chupá-lo. Ele tirou-o de minha boca e sua cabeça se afastou de meu sexo. Antes que eu pudesse reclamar, olhou fundo em meus olhos, queimando-me com seu olhar, enquanto colocava o dedo molhado em minha entrada. Gritei assim que ele me penetrou e, antes que eu pudesse me recuperar, ele já estava de pé à minha frente, mordendo seu lábio inferior enquanto movia seu dedo em meu interior. Sem conseguir apenas observar minhas expressões de prazer, Thur voltou a me beijar com ferocidade. Desceu seus beijos para meu pescoço. Lambia, mordia. Ele não tinha dó de mim. O ritmo de sua penetração continuava, e com o trabalho magnífico que ele exercia com sua língua eu meu pescoço, eu sabia que não aguentaria mais por muito tempo. Foi por isso que eu quase morri quando ele sussurrou roucamente contra meu pescoço: 
- Ainda não. 
Para meu horror e desespero, ele retirou seu dedo de meu interior, e eu me assustei quando ouvi o som apelativo em minha voz. 
- Você vai me matar. Por favor... 
- Desculpa, amor, mas eu estou morrendo de saudade deles. 
Dito isso, suas mãos se dirigiram aos meus ombros e eu só o entendi quando ele segurou as alças de meu vestido e arrastou-as pelos meus braços. Meus seios foram expostos e Thur gemeu alto ao secá-los totalmente empinados para seus olhos Castanhos que pareciam ter ficado mais escuros, tamanho tesão. Ele levou uma mão para minhas costas, me segurando enquanto abocanhava meu seio direito, e sua outra mão acariciava e apertava o esquerdo. Ele sugava o bico de meu seio com força, lambendo-o e arranhando-o com seus dentes. Dirigiu sua língua para o vale entre meus seios, enquanto sua mão abandonava meu seio esquerdo e descia deslizando a ponta de seus dedos até minha coxa esquerda. Com a ponta de sua língua rodeou meu mamilo esquerdo e voltou a me penetrar subitamente com dois dedos. Outro gemido escapou de meus lábios enquanto eu quase arrancava seus cabelos macios, puxando-os e acariciando-os. Ele arranhava meu seio com os dentes enquanto sua língua fazia círculos em meu mamilo ou sugava-o com força. Eu já não aguentava mais tanta excitação e começava a tremer com os movimentos que seus dedos faziam em mim, encostando em minhas paredes internas. Percebendo que meu ápice se aproximava, Arthur se levantou enquanto acelerava o ritmo da penetração, sua mão deixou de apertar o bico de meu seio entre o indicador e o polegar para que ele a subisse até meu cabelo, fechando-o em um coque em sua mão e puxando minha cabeça para que ela estivesse arqueada como ele queria. Sua boca beijou meu lóbulo antes de ele sussurrar com a voz pingando sexo: 
- Você sabe do que mais eu sinto falta? 
- Hum... 
- Você encharcando meus dedos. 
Era automático. Como sempre, sua cartada final era me mandar gozar, explicitamente ou não. E eu sempre obedecia com maestria. Gemi alto em seu ouvido enquanto me apertava contra seus dedos e cravava minhas unhas fundo na pele de sua nuca. Quando meu ápice foi chegando ao seu fim, eu o abracei forte e ele também se grudou a mim. Eu não entendia como sobrevivi quatorze dias sem ele. Acariciei seus cabelos e procurei seus olhos novamente. Quando minha respiração estava mais controlada, iniciei um beijo calmo, pois minha barriga ainda se contraía um pouco. Desci minhas mãos por seu pescoço, arranhando-o delicadamente com minhas unhas, e, quando cheguei aos seus ombros, toquei sua jaqueta de couro, me lembrando que eu estava praticamente nua e ele completamente vestido. Não havia injustiça maior no mundo do que a privação de ver e tocar o corpo insanamente delicioso de Arthur. Atendendo à necessidade de meus olhos, eu empurrei-o pelos ombros para trás e ele me olhava com a sobrancelha arqueada em confusão até que desci da mesa em um pulo, fazendo com que meu vestido caísse totalmente aos meus pés. 
- Muita roupa. (n/a: dê play na Música 2!) 
Eu arqueei minha sobrancelha enquanto olhava rapidamente para todo o seu corpo. Me aproximei dele, levando minhas mãos aos seus ombros para retirar a jaqueta. Assim que ela alcançou o chão, encaminhei minhas mãos para sua barriga por baixo da blusa branca. Eu arranhava de leve sua pele com minhas unhas, sentindo-o tremer contra mim, enquanto me olhava com olhos nublados de excitação. Fui subindo meu toque até seu peitoral forte e depois direcionei minhas mãos para suas costas, levando sua camisa enquanto subia, arranhando-o. Abaixei meu rosto na altura de seu umbigo e deixei que meus lábios roçassem em seu corpo, subindo por seu peitoral enquanto aproximava e encostava meu corpo mais ao seu, de forma que meus seios também começavam a roçar em sua pele, endurecendo meus mamilos com o contato. Ele suspirou alto e abaixou seus olhos para observar o roçar de meus seios em seu peitoral. Sorri maliciosamente para ele e comecei a puxar o resto de sua blusa pra cima, enquanto ele levantava seus braços para me ajudar a tirá-la. Joguei no chão perto de onde estava sua jaqueta e dirigi meus lábios para seu pescoço. Eu beijava toda sua extensão, intoxicada e faminta pela mistura que sua pele exalava: seu perfume amadeirado misturado com seu cheiro natural que me excitava mais ainda. Seu corpo em minha boca era o mesmo que tomar do manjar dos deuses. Minha língua passeava com liberdade em seu pescoço delicioso enquanto eu deixava que minhas unhas descessem de seus ombros para suas costas, arranhando-o devagar. Parei no cós de sua calça e comecei a movimentar meus lábios por seu tronco. Deixei que meus dentes arranhassem a pele abaixo de seu umbigo e passei a ponta de minha língua de um lado a outro de sua barriga. Sorri quando a senti contrair pelo meu toque. Levantei meu rosto e o encontrei ainda me encarando fixamente. Dirigi meus dedos para o botão e o zíper de seus jeans, abrindo-os. Abaixei meu rosto para conferir a cor de sua boxer: preta. Até nisso nós combinávamos. Voltei a encostar meus lábios nos seus ao mesmo tempo em que minha mão tocava sua boxer e conteúdo ereto nela. Eu agradecia tanto a Deus por meu namorado ser lindo, gostoso e muito bem dotado. Movi lentamente minha mão sobre o tecido e, como esperado, ao mínimo toque meu, Arthur soltou sua respiração forte dentro de minha boca. Ele se desesperava mais fácil que eu. Apertei levemente seu membro, dando a ele um pouco do contato que precisava. Mordi seu lábio inferior e puxei-o devagar de forma simultânea com o fato de minha mão adentrar sua boxer. Thur urrou assim que minha mão tocou seu membro quente. Deslizei meus dedos por toda sua extensão, apertando-o novamente. Rocei a ponta de meu indicador na cabeça de seu membro, fazendo círculos, e eu já podia sentir seu membro latejando em minha mão. Voltei a acariciar sua base, arranhando quase imperceptivelmente com minhas unhas. Subitamente, ele levou suas mãos para meus seios, apertando-os fortemente enquanto começava a se mover, me fazendo dar passos para trás junto com ele. Quando senti minhas pernas baterem contra a cama, retirei minha mão de dentro de sua boxer e a puxei com força para baixo, tirando ela e a calça ao mesmo tempo. Vi que Thur já estava descalço, mas nem percebi como ele se desfez de seu tênis. Encarei a imponência de seu membro ereto à minha frente, fazendo com que eu ruborizasse levemente ao sentir labaredas de desejo queimando-me entre as pernas. 
- Eu já esperei demais. 
Arthur me acordou do transe em que eu estava enquanto apreciava suas incríveis qualidades físicas. Postou suas mãos em minha cintura e me empurrou contra a cama macia, caindo sobre mim, posicionando-se ajoelhado entre minhas pernas. Surpreendeu-me quando rasgou as alças de minha calcinha, jogando-a longe. Abriu minhas coxas e acariciou novamente minha intimidade com sua língua, sugando meu clitóris. 
- Eu passei duas semanas seco pelo seu gosto. 
Ele voltou a me olhar incendiosamente e empurrou meu corpo para cima, me posicionando corretamente na cama. Esticou-se sobre meu corpo em direção à escrivaninha ao lado da cama, movimento que fez com que seu membro duro roçasse em meu sexo quente, fazendo-me urrar. Voltou com a camisinha e entregou-a para mim. Eu me senti poderosa quando notei suas mãos trêmulas. 
- Eu estou descontrolado... - Arthur justificou-se. 
- Como sempre. - Eu sorri enquanto rasgava o pacote com meus dentes. 
- Se você não fosse tão deliciosa, seria mais fácil. - Ele voltou a me observar com olhos nublados de tesão enquanto eu descia a camisinha por seu membro. 
- Finalmente. 
Mal terminou de urrar a palavra, Thur investiu forte e fundo. Arqueei minhas costas enquanto gemíamos em uníssono com o contato. Tirou seu membro quase todo de dentro de mim e colocou-o até o fim novamente. Ele repetia o processo de forma compassada, fazendo com que eu fincasse minhas unhas em seu ombro e gemesse lascivamente em seu ouvido. Seus lábios macios e inchados buscaram os meus, e automaticamente dei passagem para sua língua ir de encontro à minha. Periodicamente eu interrompia o beijo para sussurrar pedindo por mais velocidade, e Arthur me atendia. O ritmo estava rápido e forte, e eu já começava a querer apertá-lo internamente. Cravei minhas unhas em sua bunda quando ele pareceu desacelerar seus movimentos. Eu gemia torturada contra seus lábios. Ele sorriu meio ao beijo e, para piorar a situação, começou a rebolar lentamente. Entrava, rebolava e saía de forma duplamente devagar. Eu empurrava meu quadril contra o seu, tentando voltar para o ritmo acelerado, mas isso só fazia com que ele roçasse mais lentamente em mim ao rebolar com seu membro em meu interior. Minhas mãos começaram a tremer e eu interrompi nosso beijo para implorá-lo. 
- Aguiar... - Pausei meu pedido para gemer alto quando ele me penetrou de novo. - Acaba logo com isso... 
Eu cuspi as palavras de forma tão fraca e necessitada, que não tinha certeza se era possível que ele tivesse me escutado. Tentando demonstrar melhor minha súplica, levantei uma de minhas coxas e a levei contra seu quadril, empurrando-o de encontro ao meu, ao mesmo tempo em que eu arqueava minhas costas, roçando meus seios e minha barriga já empapadas de suor contra seu peitoral. Finalmente consegui descontrolá-lo novamente, pois ele levou sua mão até meu joelho em seu quadril, empurrou-o para cima, colocando-me em uma posição que aumentava o contato entre nossas intimidades. Ele agora investia contra mim sem parar, fundo e forte. Lambeu a ponta de seu indicador e levou-o ao meu seio esquerdo, acariciando e apertando meu mamilo. Meu gemidos já podiam ser considerados gritos e eu via meu clímax próximo. Após mais três investidas, joguei minha cabeça contra o colchão e apertei meus olhos, urrando o nome dele enquanto sentia meu corpo apertando-o internamente inúmeras vezes. Isso pareceu ser o bastante para ele, que deixou suas unhas fincarem minha coxa suspensa enquanto liberava-se dentro de mim. 
Thur enterrou sua cabeça em meu pescoço até conseguirmos recuperar nossas respirações ofegantes. Eu acariciava os cabelos suados de sua nuca. Quando estávamos mais controlados, ele deu alguns beijos em meu pescoço antes de levar sua mão à minha testa, tirando os cabelos colados ali. Fechei meus olhos, aproveitando seu carinho, até que senti ele se retirar de dentro de mim. Abri meus olhos e contemplei-o ir até o banheiro para livrar-se do preservativo, provavelmente. 
Quando voltou, ele se deitou ao meu lado da cama e, ao me observar de olhos abertos, me perguntou com a voz rouca: 
- Você está cansada? 
- Não muito... 
- Que bom. Porque ainda não matei minhas saudades. O mínimo é: para duas semanas, duas transas. 
- A gente devia ter ficado brigado mais tempo então. 
Ele gargalhou daquele jeito maravilhoso, o que fez a chama dentro de mim voltar a se acender. O surpreendi quando rapidamente me levantei e sentei sobre seu colo. 
- Você não presta. - Ele me disse com a voz falhada enquanto seus dedos roçavam o começo de meus seios. 
- Olha quem fala. - Mordi seu lábio inferior e comecei a descer beijos por seu pescoço, seu tronco, sua barriga, quando cheguei abaixo de seu umbigo, já podia ouvir a respiração deArthur mais alta. - Vê se não me interrompe agora. - Fiz cara de brava, mas olhei-o com os olhos divertidos. 
- Sou todo seu. 
Ele cruzou os braços sobre a cabeça, me deixando ver seus músculos se expondo e abrindo aquele sorriso largo para mim. Respirei de forma falha e voltei a beijar sua pele. Levei minhas mãos para seus joelhos e comecei a passá-las por sua coxa, subindo em direção à sua virilha. Arranhei-as durante o percurso, ouvindo um grunhido baixo de Arthur. Quando alcancei novamente seu quadril, acolhi a base de seu membro com uma de minhas mãos. Eu já podia senti-lo começar a se endurecer contra meu toque. Comecei a movimentar minha mão em sua base, subindo e descendo lentamente. Ele começava a deixar gemidos baixos escaparem de sua boca. Subi meus olhos de encontro ao seu olhar torturado e semicerrado, sorri demoniacamente como ele gostava de fazer e então depositei um selinho na cabeça de seu membro. Ele gemeu lascivamente. Deixei que minha língua escapasse de meus lábios e lhe tocasse, fazendo círculos lentos na ponta de seu pênis sem abandonar meus olhos desafiadores dos seus. Abri minha boca e acolhi até a metade de seu membro (o máximo que eu conseguia). Chupei-o com força e deixei que meus dentes arranhassem levemente sua glande. Ele apertou os olhos. Seus gemidos já eram ininterruptos e seu membro já estava consideravelmente ereto. Acelerei o ritmo de minha masturbação em sua base enquanto passeava com minha língua pelo resto de sua extensão. Quando voltei a chupá-lo, eu já percebia seu membro quente latejando em minha boca, e confirmando minha teoria de que ele não duraria muito, Arthur levantou seu tronco e me puxou pela cintura, fazendo com que sentasse em suas pernas. 
- Chega. 
Eu já me preparava feliz para recebê-lo de novo, mas é claro que antes ele iria me torturar um pouco mais. Segurou seu membro com uma mão e posicionou a cabeça dele em minha entrada, porém, ao invés de penetrá-la, roçou-a e esfregou-a contra minha intimidade, fazendo círculos com sua glande contra meu clitóris. Eu urrei seu nome, desesperada e já trêmula, puxando fortemente seus cabelos. Voltou para minha entrada e, sem perder tempo, eu me sentei nele, descontrolada demais para aguentar suas torturas. Ele gemeu forte e eu acabei mordendo seu ombro graças à intensidade que meu movimento brusco fez com que seu membro me atingisse. Precisando repetir a dose, me apoiei em seus ombros e levantei meu quadril até quase retirar seu membro todo de mim, somente para me sentar novamente nele. Thur começou a tentar intensificar nosso contato mais ainda, levando seu quadril para cima quando eu descia contra seu membro. O movimento me fez gritar. Continuando nesse ritmo enlouquecedor, ele arqueou minhas costas para trás, segurando-as com suas mãos, e voltou a abocanhar meus seios. Eu voltava a beirar a loucura. Meu corpo inteiro formigava e eu cavalgava em cima de meu namorado. Ele se perdia chupando e beliscando meus mamilos, quando eu pensei que fosse gozar. Mas suas mãos travaram o movimento de meu quadril e ele começou a investir somente sua glande em minha entrada. 
- Thur... Vo-você d-disse q-que che-chega... - Meu corpo todo tremia com o orgasmo atrasado. 
- Aham. 
Aquele som saindo de sua boca nunca me pareceu tão excitante, pois logo após isso, o próprio Arthur puxou com uma força gigantesca meu quadril para baixo enquanto empurrava o seu para cima. Dito e feito. O orgasmo que me atingiu fez com que eu apertasse todo o meu corpo contra o seu, gemendo um ”Arthur” lento em seu ouvido. Eu me contraía internamente sem parar, apertando seu membro latejante. Isso pareceu desequilibrá-lo, pois, não muito tempo depois, seu líquido quente começou a invadir e lubrificar mais ainda nosso contato. Agradeci mentalmente o fato de eu não ter deixado de tomar meus anticoncepcionais à risca nas últimas semanas. Aguiar volta e meia fazia com que nos esquecêssemos da camisinha, tamanha sua intensidade e vocação em me enlouquecer. 
Agora era eu quem beijava seu pescoço cheiroso enquanto ele acariciava minhas costas suadas. Nós ainda nos contraíamos, resquícios do orgasmo forte. 
- Eu te amo. - Arthur sussurrou em meu ouvido, assim que recuperou o controle sobre sua respiração. 
- Eu também te amo. - Declarei olhando em seus olhos Castanhos cheios de amor. Sempre um espelho do que continha nos meus. 
Nos beijamos lentamente, o cansaço começando a dominar nossos corpos. Ele interrompeu nosso beijo, enquanto acariciava meu rosto. 
- Eu queria te fazer um convite. 
- Você não está cansado ainda? - O olhei assustada. 
- Não, não é isso amor. - Ele sorriu de canto para mim. - O que você acha de vir morar comigo? 
- Hein? - Foi o que eu consegui responder. 
- Pensa só, o que eu disse é verdade, você já praticamente faz isso. E passar mais tempo ainda juntos vai ser bom pra gente. Eu sempre consigo descobrir coisas novas sobre você, a gente vai conseguir conhecer os limites do outro melhor ainda. 
- Isso quer dizer que a gente vai parar de brigar? - Fiz um biquinho para ele. Ele mordeu-o, me assustando e sorrindo. 
- Não, pequena, mas vamos aprender a administrar melhor isso. Eu prometo. 
- É, eu realmente já quase moro aqui. Concordo em oficializar isso! 
- Vai ser um prazer te ter todos os dias na minha cama. - Ele disse com um tom pingando malícia. 
- Tenho certeza. 
- Vamos reoficializar nosso namoro também, então. 
Olhei-o sem entender, Arthur me tirou de seu colo e voltou até a escrivaninha, buscando algo que eu não consegui ver. Voltou a se sentar do meu lado e pegou minha mão, fazendo com que eu pudesse ver minha aliança na ponta de seus dedos. Ele colocou a aliança em mim e beijou todos os meus dedos, fazendo com que eu deixasse escapar uma lágrima. Sorriu daquela forma encantadora para mim, segurando meu rosto em suas mãos e voltando a me beijar durante um tempo, até que eu fui puxando seu corpo para baixo, precisando esticar meu corpo confortavelmente na cama. Ele me acompanhou, deitando-se ao meu lado e puxando-me pela cintura, colando minhas costas ao seu peito. Coloquei meu braço sobre o seu que envolvia minha cintura e deixei que suas pernas se enroscassem com as minhas. Senti sua respiração calma e quente bater em meu pescoço, arrepiando-me também pelo roçar de seus lábios macios em minha nuca. Antes de me render aos meus olhos que começavam a pesar demais, eu sorri. Não havia nada melhor em pensar na satisfação que eu teria nas próximas noites e dias da minha vida: dormir e acordar nos braços dele, em contato com sua pele. Era o que me bastava.

Lembrando que não é minhaa =* Vou sair daqui a pouco e quando voltar posto a outra! 

2 comentários:

  1. Acho q isso ja ta ficando cansativo eu amo as web s só q quando eu vou ler ja nem sei do q se trata,pq postam muitoooo pouco acho q quem posta tem um tempinho sim nem q seja um mini texto mas acho q como responsabilidade e pra agradar a todos deveria se esforçar só acho deixando claro q amooo as web s

    ResponderExcluir