Não foi um erro - 46º Capitulo

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No capítulo anterior…

POV LUA


- Arthur… - Lua chorava de tanto rir – Ela não estava fazendo isso. E alias, agente sempre teve cuidado em não sermos flagrados. Eu estou falando de outra coisa que ela estava fazendo…
- Porra Lua! quer me matar do coração? – respirei fundo e sentei na cadeira, colocando a mão sobre o peito
- Você é tao tolinho…
- O que ela estava fazendo então? – perguntei, mais calmo

O Arthur estava tão agitado que eu pensei que ele ia ter um infarto no momento. Tudo bem… eu posso não ter dito o que vi nas melhores palavras, mas ele também viajou.

- Ela estava se maquiando…
- ELA ESTAVA O QUE? – ele me encarou – Desde quando ela tem idade para isso? Isso faz mal a pele sabia? Ela é tao nova e…
- … Hey, alô! Arthur? Você está ai? – passei as mãos na frente do rosto dele – Você não entende que ela aprendeu aquilo sozinha? Não entende que aquilo é um dom que nasceu com ela? Talvez seja aquilo que possa fazer ela mudar de comportamento
- Mas… o que você pretende fazer?
- To com fome mãe… - Yasmin chegou na cozinha. À pouco, ela estava coberta de batom e agora o seu rosto estava limpinho
- O lanche está pronto filha… - sorri e afastei a cadeira para ela sentar – Foi o seu pai que fez.
- Otimo! – ela sentou na cadeira, pegou o suco e começou a bebe-lo
- O que você fez este tempo todo no quarto?
- Umas coisas…
- Que coisas? O pai pode saber?
- Coisas de mulher… você não entende.
- Mulher é? – Arthur riu – Desde quando a minha pequena é uma mulher?
- Um dia vou ser… vou ser que nem a mamãe – ela me deu um sorriso
- Minha linda! – abracei Yasmin

Não sei realmente o que fez mudar repentinamente os comportamentos dela. Mas eu estava assustada. Ninguém muda assim do dia para a noite.
Yasmin começou a se acalmar. Começou a se irritar menos e a ser como era de antes. Sempre que eu entrava no quarto dela, via ela pegar num lápis de olhos e colocar delicadamente no olho dela. Ela colocava o batom muito bem e tinha um jeitinho perfeito de fazer um biquinho lindo.

- Yasmin, que tal irmos fazer umas compras? – propus assim que saímos da escolinha dela – Você se comportou bem na escola hoje, sua professora que diz melhorou o comportamento e até arranjou uma amiguinha nova. Acho que era bem recompensado irmos ao shopping. O que você acha?
- O papai vai?
- Não… ele está trabalhando.
- Tudo bem, então vamos nós.

Fomos de ónibus mesmo. Um dia ainda vou ganhar coragem de tirar a carteira para finalmente poder dirigir. Sinto muito a falta de um carro. Isto de andar de ónibus não é para todos.

- Você gostava de ver a mamãe dirigindo um carro?
- Como o papai?
- Sim… você gostava?
- Sim. E você vai ter um carro grande?
- Veremos – eu sorri – Yasmin, eu queria falar muito com você. Eu estou preocupada com você…
- Eu não fiz nada! – ela levantou as mãos para se defender
- Eu não estou dizendo que você fez… não agora. Mas é que você andou estranha uns dias não foi? – ela não quis olhar para mim. Olhou para a estrada, pelo vidro do ónibus – Eu não sei realmente porque você ficou daquele jeito. Mas agora você está melhor e eu prefiro essa Yasmin. A filha que me dava abraços quando eu chegava a casa depois do trabalho. Aquela que dizia todo o dia ‘eu amo você mamãe’. Você sabe bem que quando você não diz isso, eu fico triste… me diz Yasmin, porque você ficou distante?
- Por causa do papai… - ela confessou

Saímos do ónibus e eu não tinha dito mais nada. Fomos para o shopping. Demos umas voltas por lá vendo as montras e depois, de propósito, entrei numa loja de maquiagens e coisas assim para a beleza da mulher.

- Viu filha, quantas cores de esmaltes… você quer escolher um pra você?
- E desde quando você deixa?
- Ahh, é só hoje
- O papai vai brigar?
- Não – sorri – Ele não precisa de saber. Vai ser o nosso segredo
- Então eu quero levar esse – ela pegou – Aquele ali e pode ser este também… - ela andou pela loja escolhendo vários esmaltes
- Eu vou levar um batom novo para mim. E quem sabe um pouco de base e cor para os olhos. Assim como lápis e alguns esmaltes também… - eu fazia de propósito. Pegava tudo na frente dela. – O que você acha desses dois batons? Qual é o mais bonito?
- O rosa…
- Você quer um?
- Não… eu não gosto dessas coisas – ela desviou o olhar
- Tem certeza Yasmin? Olha que hoje e…
- … quero sim mamãe, quero um rosa também.

A tarde no shopping tinha sido perfeita. Gastei um belo dinheiro só em maquiagem, mas o que importa é que vi a Yasmin se divertir.
Viemos para casa e entramos logo diretas no meu quarto. Revirei o saco de maquiagem em cima da cama.

- Me diz Yasmin… o que o seu pai tem a ver com o seu comportamento?
- Ele roubou você de mim… - ela fez bico. Não me olhou e apenas pegou um esmalte
- Ele o que? – eu ri – Eu estou aqui…
- Mas você e ele ficam juntos sempre… vão sair e eu fico em casa.
- Mas isso é porque você não pode entrar em lugares de senhores crescidos. Além do mais, quando eu disse pra você vir com agente jantar, você não quis
- Porque isso ia ser chato
- Minha ciumenta! – abracei ela forte – Eu estarei sempre aqui para você.
- Eu sei mamãe… e desculpa.
- Não precisa pedir desculpa… vou te pintar as unhas. Escolhe um esmalte…

(…)

- E foi assim que passei o dia com ela… - contava ao Arthur, deitada ao lado dele na sua cama
- Quer dizer que ela se comportava mal por minha causa?
- Foi o que ela disse… mas é coisas de criança, você não se deve importar.
- Ela nunca vai me amar, tal como te ama
- Claro que vai… mas você precisa de entende-la. Ela não é como as meninas normais da idade dela…
- Tá querendo dizer que ela é anormal? – ele riu
- Claro que não! – ri junto com ele – Estou dizendo que… você entende!
- O que eu não entendo é…
- É…?
- É uma coisa sobre nós… - ele deitou a cabeça sobre o meu peito e pegou a minha mão – Não entendo porque é que ainda não vivemos como um casal normal.
- Está se referindo a quê mesmo?
- Que eu estou cansado de dar fugidinhas durante a noite para o seu quarto ou de você fazer o mesmo ao meu. Eu queria que pudéssemos dormir os dois no mesmo quarto.
- Você acha que devemos dar esse passo?
- Lua, agente já tem uma filha… jura que dormir junto é assim um problema tão grande?
- Não, mas é que… sei lá!
- Podíamos ficar aqui no meu quarto. É maior e a cama é muito boa.
- Eu não sei… - disse indecisa
- Enquanto você pensa, eu vou fazendo aqui… umas coisas… - ele riu manhoso, beijando o meu pescoço e eu não resisti e ri junto

Era sempre assim. Todos os dias que não tínhamos tempo para ficarmos juntos um pouco durante o dia, à noite, depois de colocar a Yasmin a dormir agente dava uma escapadela ao quarto do outro. Hoje, eu dei uma escapadela ao quarto do Arthur. Ele chegou tarde do trabalho, chegou cansado mas isso não o impossibilitou de me mimar.

Tinha dias que mal eu entrava naquele quarto, ele pegava em mim, me beijava contra a parede ou contra a porta mesmo e depois me arrastava para a cama. Haviam outros dias em que era tudo um pouco mais romântico.
Hoje, conversamos. Mas depois da conversa, ele partiu para a ação.
Eu estava cansada, queria dormir, mas com ele beijando o meu pescoço daquela maneira e apertando as minhas coxas como ele fazia, eu perdia o sono por completo.
Ele se virou, ficando por cima de mim e permanecendo com uma perna sua de cada lado do meu corpo. Eu desabotoei a camisa de trabalho dele e com a sua ajuda, joguei longe.
Eu preferia quando tudo era feito com calmas, super romântico. Mas hoje seria meio impossível, porque já é um pouco tarde…

- Vem… - ele se levantou e me levou junto
- Onde vamos?
- A lado nenhum… - ele me encostou na parede.

Com a sua mão direita, levantou a minha perna e coloco-a de volta da sua cintura. Conforme me beijava, tratava de tirar a minha blusa, seguida do meu soutien e depois distribuía leves chupões por toda aquela área. Eu fazia o mesmo no pescoço dele, enquanto tirava a sua bermuda.

- Jura que vai ser pé? – afastei os meus lábios dos dele
- Que mal tem? – me beijou de novo, ofegante
- Pouco romântico… - me queixei
- Você vai adorar que eu sei – ele riu

Depois de ficarmos nus na frente um do outro, ele pegou em mim, me colocando sobre a sua cintura e eu entrelacei as minhas pernas sobre a cintura dele. Eu podia controlar as suas investidas, subindo e descendo conforme os movimentos.
Ele tinha razão. Eu ia adorar aquela espécie de nova posição.
Eu puxava os cabelos dele, arranhava as costas dele e ainda sussurrava no ouvindo, gemendo o seu nome ou pedindo por mais.

- Não falei? – ele investia em mim, gemia e me deixava louca
- Te amo! – falei no seu ouvido…


Repararam? Foi a primeira vez que eles disseram "te amo" *-*

9 comentários:

  1. Posta ++++++++++++++++++++++
    Ameeii *-*

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  2. ++++++++++++++++++++++++++++++++

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  3. oi Cristina, eu acompanho seu blog e leio todas as webs está td maravilhoso mas gostaria de saber se a web "O ultimo minuto" se a Vanessa vai continuar postando ela?

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    1. bom, eu acho que sim. ela trabalha, se nao me engano, e só posta quando tem tempo mesmo. mas vou falar com ela e depois te digo algo ;)

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