“Tudo por uma promessa” - 68º Capitulo
POV
NARRADOR
Passar
as horas sem uma pessoa que agente ama, é difícil. Agora imagina passar o dia
sem um filho seu? Aquela coisa pequena que agente amava ouvir chorar ou ver
dormir?
Era
difícil ter aquela sensação de vazio… sim, vazio. A casa dos Blanco de Aguiar
não se encontra em outro estado se não no vazio.
Arthur:
vamos caminhar um pouco pela praia?
Lua:
isso vai trazer de volta o meu filho?
Arthur:
Lua… - ele suspirou – Não podemos nos fechar num quadrado, enquanto a vida
passa lá fora – ele esticou o braço apontando para a porta aberta da sala
Lua:
você não entende que sem o meu filho, eu não sou exatamente nada?
Arthur:
voce acha que é só para voce que está sendo difícil? – encarou ela – Se voce
bem se lembra, ele também é meu filho. Está me custando muito a ausência dele e
para piorar, na minha mente está presente a ideia de que eu sou o culpado
Lua:
não se faça de vitima Arthur – ela a encarou dessa vez – Agente já te falou mil
vezes que voce não tem culpa de nada
Arthur:
eu? Vitima? – ele interrogou incrédulo – Desde quando eu me faço de vitima?
Lua
suspirou… aquele suspiro que as pessoas dão na tentativa de fazer sair os
problemas. Mas não deu certo.
A
loirinha estava tão cansada de não ter os seus por perto que descarregava em
tudo. Como Arthur era quem estava mais perto, era o que ouvia tudo.
Lua
se levantou do sofá, onde passou a manha toda, e subiu para o quarto. Enquanto
se arrumava para sair, chorava, mais um vez, a ausência do Rodrigo, ainda mais
hoje que era para o Rodrigo fazer aquela sessão de fotos para os bebés mais
bonitos do mês. Infelizmente, não será possível.
Quando
ela chegou na sala, viu Arthur que antes estava arrumado também para sair, mas
agora ele já estava sem blusa, deitado no sofá a ver tv. Ele estava com um ar
aborrecido e triste, como é claro.
Lua
chegou perto e passou as mãos de leve pelo cabelo dele, pescoço, passando pelo
braço e pegando a sua mão. Ele sorriu ao ver que a mulher estava de melhor
humor e olhou para ela.
Arthur:
mudou de ideias?
Lua:
hum hum… acho que ambos estamos precisando de passar o dia fora.
Arthur:
vamos então…
Arthur
pegou de novo a sua blusa que tinha tirado e voltou a vestir. Antes de saírem,
ambos se viram ao espelho enorme que tem ao lado da porta de entrada e assim
foram para a rua, onde entraram no carro e seguiram até à praia mais próxima,
de areia branca e agua bem clara.
Enquanto
passavam pelas ruas, Lua, ao ver mulheres com os seus filhos, sentia um aperto
no peito, uma saudade impossível de explicar. Cada vez que via um bebé, tratava
logo de conseguir ver o rosto dele, para ser se era o seu pobre Rodrigo.
Arthur:
amor, relaxa um pouco – disse, enquanto dirigia ao sentir a mulher tensa –
Tenho a certeza que o barulho das ondas vai te fazer muito bem.
Lua:
espero que sim… estou a precisar de uma alegria na minha vida.
Arthur:
eu não chego?
Lua:
voce sabe que sim – ela sorriu, finalmente – Mas voce sabe também qual é a
alegria que eu preciso
Arthur:
eu sei… mas também sei que não deve demorar. Eu vou fazer os possíveis para
trazer o nosso bebé de volta!
Ele
estava certo do que dizia e essa certeza dava uma certa tranquilidade à Lua.
Quando
chegaram à praia, de mãos dadas, e calados, foram os dois molhando os pés à
beira mar enquanto admiravam o mar. Ele estava calmo hoje. Só de vez em quando
é que vinha uma onda maior que o normal, mas nada de invulgar.
Lua:
vamos mergulhar? – interrompeu o silêncio
Arthur:
agora? – ele estranhou
Lua:
sim… - ela mordeu o lábio e olhou para o céu
Arthur:
mas porque?
Lua:
porque assim… - ela suspirou – Assim eu vou conseguir esconder melhor as minhas
lágrimas. – dessa vez, não aguentou e começou a chorar
Arthur:
Lua… - ele abraçou ela, mas antes limpou as suas lágrimas – Poxa loira, dói te
ver assim. Eu to aqui tentando não chorar, não pensar… mas voce não deixa,
sabe? Chega a ficar difícil para mim ter de esconder o que eu sinto, porque quero
me fazer de forte perante voce, para que voce não chore, mas com voce chorando
desse jeito, eu não consigo – ele lacrimejou também
(…)
O
passeio à beira mar fez bem a eles. Fez eles esquecerem por segundos a falta do
essencial que sentem em casa, fizeram eles ver novas coisas e ver rostos de
pessoas diferentes. Passando por lojas de frutas e doces, Lua se lembrou das
vezes que mandava o Arthur ir até à pastelaria mais próxima ou à gelaria para
comprar o seu desejo do momento. Tinha vezes que era um bolo, outras que eram
um gelado ou então aqueles negócios estranhos que só as mulheres gravidas
sentem a necessidade de comer ou de ter.
Quando
chegaram a casa, parece que aquele frio que sentiam antes de sair, tinha
voltado. A casa se encontrava sem cor, sem vida, sem alegria. E fazia-se sentir
de novo aquela tristeza toda em cada detalhe do rosto de Arthur e Lua.
Foi
precisamente depois do lanche que o celular tocou.
Lua:
é o seu
Arthur:
pode atender – respondeu enquanto bebia o resto do suco de maça
Lua:
mas é número privado
Arthur:
privado? – ele estranhou – Deixa que eu atendo então.
LIGAÇAO
ON
Arthur:
alô? – ele começou uma conversa longa, ou não
Xx:
alô mané…
Arthur:
Chay? Você tá doente? – perguntou por
escutar uma voz diferente
Xx:
que chay o quê mané? Se liga compadre! O papo aqui é com outra pessoa
Arthur:
quem exatamente?
Xx:
isso já é outro negocio… digamos que é uma pessoa que voce quer muito
descobrir.
Arthur:
eu não tenho tempo para jogos, tá? – falou sem paciência – Fala logo quem voce
é!
Xx:
sou a pessoa que está com um bebé aqui mesmo… será que tá interessado?
Arthur:
voce o que? Que bebé?
Xx:
caraio, como voce é burro droga! – disse irritado – Eu sequestrei o seu filho,
dá para entender ou voce precisa que eu mande um desenho?
Arthur:
filho da mãe! – gritou desesperado pelo celular – Me devolve o que não te
pertence!
Xx:
isso digo eu seu filho da mãe. Voce e a sua loira azeda roubaram o meu
dinheiro. Eu quero o meu dinheiro!
Arthur:
que dinheiro? Voce tá louco?
Xx:
eu quero o meu dinheiro pra ontem entendeu? Ou isso, ou voce nunca mais verá o
seu mais que tudo!
Arthur:
eu te dou! Mas me diz quanto e onde…
Xx
interrompeu: isso é fácil… anota ai!
(…)
Quem
for de mente aberta, conseguirá logo perceber de quem é que o sequestrador se
trata, certo?
Lua:
o que ele disse? Voce ouviu o Rodrigo? – Lua perguntava desesperada e chorosa
Arthur:
eu não ouvi… ele apenas disse a quantia de dinheiro e me falou que era para eu
ir a um barracão abandonado entregar o dinheiro. E tinha de ir sozinho.
Lua:
voce reconheceu a voz?
Arthur:
logico… - ele baixou o rosto
Lua:
mas espera… - ela começou a andar de um lado para o outro, com a mao na cintura
– Essa quantia de dinheiro é exatamente três partes do dinheiro que agente
recebeu da herança da minha avó. Como é que ele acertou nesse numero exato?
Arthur:
porque ele é o Thiago Lua…
Lua
ficou branca, rosa, roxa e verde ao mesmo tempo. Ela não conseguiu nem falar à
primeira. Foi preciso ela se mentalizar do nome que o Arthur tinha falado para
ela começar a falar besteiras…
Lua:
esse $%#$%$## - eram essas as besteiras que eu falava – Como é que ele está
aqui de novo?
Arthur:
tem uma coisa que eu não te contei… que eu soube à uns dias.
Lua:
o que?
Tão poucos comentários :( fiquei triste
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ResponderExcluirAmeeii *-*
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ResponderExcluirAah to ansiosa.. como sempre !
ResponderExcluirAmei.
ResponderExcluirFaz com que o Rodrigo volte logo para eles, e que o Tiago vá para a prisão outra vez e que fique sem nenhum tostão.
Posta maisssss
Aaah eles tenque levar a polícia , fazer um plano para resgatar o Rodrigo e o Thiago tenque ser preso denovo. Posta maais ?
ResponderExcluirQue angústia, credo! Mais?
ResponderExcluirMais!!
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