“Tudo por uma promessa” - 42º Capitulo

|

(esta foto me inspirou para o capitulo de hoje)


POV NARRADOR

E tudo continuava desfigurado do mesmo jeito desses dois dias que passaram. A ansiedade, a esperança, a tristeza e quem sabe uma pontada de arrependimento eram os sentimentos mais vividos pelos nossos personagens dessa trágica historia.
Lua continuava com aquela esperança que todas as pessoas têm quando alguém chegados a elas está à beira da morte. Mas temos de ter fé e não podemos deixar que os nossos medos atrapalhem os nossos sonhos. Lua sabe que Arthur vai acordar, ela acredita nisso, e nada nem ninguém a vai fazer acreditar do contrario.
Ontem, Lua, Katia, Mel e Sophia estiveram a tarde toda no hospital com Arthur. mas ele não se moveu um milímetro que fosse. Mas uma coisa melhorou: felizmente o seu coraçao deu uns pequenos batimentos que fizeram o seu quadro clinico melhorar. Mas isso ainda não era o suficiente.

Hoje, logo pela manha, Lua acordou com a campainha a tocar. Quem seria a uma hora daquelas?

Mel: deixa Lua, eu vou ver quem é – disse a amiga, levantando da cama
Lua: não Mel, voce deve estar cansada. Sei que me aturar não é fácil – sorriu
Mel ri: não é mesmo…
Lua: então deixa, que eu própria vou ver quem é

Lua pegou o seu robe e desceu devagar pelas escadas se encaminhando até à porta de casa. Quando abriu, viu naqueles olhos castanhos e pele mais ou menos morena, um rosto conhecido que não via a anos. Seria possível algum assim?

Xx: Lua Blanco? – Disse ele, do outro lado do porta – é voce né? – Pronunciou, sorrindo
Lua: voce? – ficou incrédula assim que o viu

A loirinha ficou sem saber o que fazer. Ela não odiava ele, mas também eles os dois não eram as pessoas mais chegadas do mundo. Alias, até vocês podem conferir isso, pois nunca o viram nessa historia.
Como sabem, Lua foi abandonada pelo pai quando ainda era bem pequena. Esse homem se tornou num homem rico, mas sujo, que magoava pessoas por todo o lado que passava. Alem da família que criou com a dona Claudia, ele teve outras mulheres e desses relacionamentos resultaram filhos.
Esse moço que veio bater à porta de Lua, logo pela manha, é um exemplo.
Ele e Lua se viram umas duas ou três vezes, não mais que isso, quando dona Cláudia e o pai de Lua se encontravam para discutir os assuntos necessários sobre a guarda da Lua.

Lua foi até ao portão de casa, e abriu.
O moço não teve como não ficar emocionado por ver a meia irmã, gravida daquele jeito.

Xx: eu soube do que aconteceu. E apesar de voce não gostar muito de mim, quem eu bem sei que isso é verdade, eu queria te dizer que estou aqui para te dar uma força. Pode contar comigo – sorriu
Lua: voce sabe que não é bem isso…
Xx: é… eu sei. Mas eu não tenho culpa do nosso pai, ter traído a tua mae, com a minha mae. Eu não estava aqui nessa altura para fazer isso não acontecer.
Lua: eu sei que não… mas é difícil.
Xx: eu já queria vir à tanto tempo aqui, mas tinha medo de como voce me ia receber.
Lua: vamos falar com mais calma. Entra

Os dois foram para dentro de casa e se sentaram na sala. Até lá, foram bem calados, nervosos com o novo reencontro.

Xx: eu te acordei?
Lua: acordou… mas não tem problema. Eu também não aguentava mais ficar na cama
Xx: voce fica linda de barriguinha – sorriu – é o seu sonho, né?
Lua: é – sorriu – como voce me conhece, né?
Xx: eu me lembro de algumas coisas de voce… não de tudo claro. Mas bem, vi nos jornais o que aconteceu com o teu sogro e depois do acidente do teu marido. Calculo que não foram tempos fáceis
Lua: e não foram mesmo nada fáceis Daniel
Daniel: eu sei que não… para mim também não tem sido nada fáceis. O nosso pai não aprender nada de nada. Sempre b…
Lua interrompe: me desculpa Daniel, mas eu não chamo ele mais de pai. Para mim, o meu pai foi também a minha mae que me educou sozinha, sem a ajuda dele.
Daniel: tudo bem. Eu entendo… mas bom, é menino ou menina?
Lua: ainda não sei – sorriu – ainda vou fazer 4 meses de gestação. É apenas no quinto mês
Daniel: é estranho voce apenas com… quantos anos voce tem mesmo?
Lua ri: 20
Daniel ri: apenas com 20 anos ficar gravida.
Lua: é… mas tem uma razão, que ainda não pode ser desvendada. Mas em breve, voce vai saber
Daniel: fico feliz por voce me ter recebido bem
Lua: apesar de tudo, somos irmãos – sorriu – e eu sei muito bem que voce não tem nada a ver com o pai
Daniel: podemos combinar alguma coisa amanha? Quero muito ficar mais perto de voce. Alem do mais, voce é a minha única irmã
Lua ri: nem sou irmã… sou meia irmã
Daniel ri: mas tá valendo como uma irmã mesmo
Lua: mas não sei se vai dar… como voce sabe, o Arthur está no hospital e eu quero ficar lá com ele.
Daniel: tá… vamos deixar então as coisas acalmarem.
Lua: mas e voce, onde está ficando? Voce não é do Rio
Daniel: pois não… mas vim te dar uma força e também acabar o meu curso aqui. Por enquanto estou ficando num hotel. O pai me pagou
Lua: voce tá ficando lá sozinho?
Daniel: hum hum
Lua: voce não quer ficar aqui?
Daniel: não Lua… não quero te incomodar. Quem sabe mais para a frente
Lua: voce é que sabe

Os dois deram mais dois dedos de conversa e depois Daniel se despediu, indo embora logo de seguida.
Lua não sabe se é da gravidez que lhe deixa mais sensível ou se é mesmo do seu coração que quer dar uma oportunidade a Daniel, de o aceitar como seu irmão e ver que ele não tem nada a ver com o seu pai.

(…)

Mel: tá pronta?
Lua: ainda não… - disse se ajeitando em frente ao espelho – acho que essa blusa não me fica muito bem
Mel: voce está ótima assim
Lua: a barriga já se nota, né? – pôs as mãos lá, se olhando ao espelho
Mel: hum hum – sorriu – muito linda

As duas desceram, saíram de casa e foram para o carro da Mel. Elas iao agora ao hospital, ver o Arthur. será que existem melhoras ou novidades a favor do bem dele?

Lua: Mel, e o chay, como tá?
Mel: eu falei ontem com ele… falou que tava morrendo de saudade
Lua ri: eu te disse que ele não ia gostar de voce ficar na minha casa
Mel: mas eu fico porque eu tenho de te ajudar
Lua: mas eu consigo fazer tudo sozinha
Mel: mas não é bom uma gravida como voce ficar sozinha, sabendo o estado do marido daquele jeito
Lua: voce está me fazendo muito bem – sorriu – voce as vezes fala coisas que me ajudam a não pensar tanto no Arthur e isso é ótimo. Quero dizer, eu amo pensar nele, mas não no estado que ele está
Mel: e o seu irmão, como voce reagiu com a chegada dele?
Lua: ele estava bem simpático. Quero dizer, ele sempre foi simpático e bem tímido como eu. O problema é que agente nunca teve contacto próximo. Mas agora, acho que vamos estar mais juntos
Mel: ainda bem. Quero ver ele, eu nem vi
Lua ri: voce voltou a dormir
Mel ri: pior que foi mesmo – riu

Era nessas gargalhadas que Lua esquecia os problemas à volta dela.
No hospital, estavam também Katia e Leo, que estavam com um ar bem serio, assim que viram as meninas chegar.
Apos todos se cumprimentarem, ficaram falando no corredor, perto da porta do quarto do Arthur.

Leo: bom, algumas testemunhas que viram o acidente, falaram que os carros que atacaram o Arthur eram pretos e havia imagens captadas pelas camaras das estradas que dava para ver a placa desses carros. Apos varias buscas, eles foram encontrados a vários quilómetros daqui, abandonados
Lua: e não dá para descobrir quem estava por de tras disso?
Leo: suspeitam de uma gang, mas sem certezas
Katia: eu so quero que encontrei quem fez isso ao meu filho – desesperou – ele não merece nada disso.
Mel: tem notícias dele?
Katia: o médico vai vir falar com agente daqui a pouco
Lua: bom, eu vou entrar para ver ele
Katia: tá bom Lua, mas antes, como vai o bebé?
Lua: bem – sorriu – agora não tenho tantos enjoos.
Katia: ainda bem – sorriu – eu so não quero que voce se preocupe com o que está a acontecer. Vai dar tudo certo
Lua: obrigada dona Katia – sorriu também pegando a mao da sogra

De seguida, Lua entrou de novo naquele quarto fechado.
Os únicos barulhos de lá eram as máquinas ligadas ao coração do Arthur que o permitiam respirar. Mais perto, era possível ouvir o barulho da sua respiração bem pesada.
Lua sentou à beira da cama, pegou a mão de Arthur e o olhou, esperando uma pequena reação, depois colocou a mão dele na sua barriga, olhando para lá.

Lua: queria tanto que voce me desse um sinal de que está tudo bem, de que eu não preciso de me preocupar com a sua saúde amor. Quem me dera poder voltar atras no tempo e nunca te deixar sair de casa para trabalhar. Lembra? Naquela manha eu pedi para voce ficar mais um pouco… será que eu pressentia alguma coisa? Bom… mas agora é tarde de mais – suspirou – só quero que voce recupere rápido para agente poder voltar para casa e quem sabe mais tarde apanhar quem te fez isso. juro que se eu encontrasse os culpados desse acidente eu mataria que com as minhas próprias mãos…
Mel chega: Lua, o medico veio falar com agente. Vem?
Lua: sim – antes de ir embora, Lua deu um beijo na testa de Arthur, fazendo um carinho no rosto dele
Lua: eu amo voce meu anjo, volta rápido para mim – dito isso, saiu do quarto

No corredor…

Medico: bom, as noticias não são nada animadoras. Apesar de o coração dele ter batido algumas vezes durante essa noite, sem as máquinas ele não consegue respirar direito. Aquele acidente afetou muito certas partes do peito dele, que mexeram com o seu sistema respiratório, assim como as pernas, que eu já tinha falado. Em todos os casos desses, agente dá uma data para desligar as máquinas. A verdade é que vai fazer amanha 3 dias que as máquinas estão ligadas e nada aconteceu. Se até amanha, nada acontecer a favor do quadro clinico dele, agente terá de desligar as máquinas…
Katia: vocês não podem fazer isso – começou a chorar desesperadamente – ele é o meu filho! Ele é novo, ele tem tanto para viver, vocês não podem fazer isso! – gritou, desesperada

Lua viu o seu mundo andar para trás. Como seria a partir de agora? Como seria a sua vida sem o Arthur? Como seria?
A loirinha permanecia ao lado da Mel, e na hora da notícia, Lua começou a ver tudo branco e teve de segurar a mão da Mel para não cair no chão de novo e assim desmaiar.
Ela se sentou nos bancos de lá e começou a respirar varias vezes fundo.

Mel: droga, de novo não! – apertou a mão da amiga – Lua, eu estou aqui, não fecha os olhos
Lua: aii Mel, o meu coração! – ela pôs a mão no peito – Eu quero o Arthur, Mel. Eu quero – começou a chorar a abraçou a amiga – ele não pode me deixar, não agora! Mel, ele não pode morrer

Aquele corredor ficou uma confusão.
As pessoas que estavam lá ficaram pouco à vontade com o desespero da família do Arthur.

Katia e Lua foram levadas para uma sala, onde tomaram um comprimido para os nervos e assim conseguiram se acalmar um pouco.

E apesar de ter, de novo, se sentido mal, Lua insistiu para passar a noite no quarto de Arthur, sozinha, sem mais ninguém alem de eles dois. Ela pensava que se ficasse umas horas a sós com ele, falando coisas que ele sempre disse que gostava de ouvir, o fizesse melhorar e assim acontecer um pequeno milagre.
Para fazer com isso aconteça, Katia foi para casa junto com Leo. Eles estavam cientes de que orando, Deus os ia ajudar.

Hoje eu postei cedo porque amanha tenho um teste super dificil e preciso de estudar :(
Hoje nao vou poder postar mais.

5 comentários:

  1. eu não quero q o arthur morra! ele é vida!

    ResponderExcluir
  2. Não deixa o Arthur morrer, faz ele voltar, faz ele dar um sinal de vida, por favor, não deixa desligarem as máquinas, sem o Arthur a web fica sem sentido, não deixa ele morrer!!!!!!!!!!!!!

    ResponderExcluir