NOVA: Partners (R.B.M.O.) - 1º Capítulo

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Lua

Depois de um dia cansativo de treinamento pesado, meu corpo implorava por uma banheira cheia de sais com água quentinha. Peguei minha mochila nos vestiários enquanto esvaziava minha garrafa de água em minha boca, andando em direção a saída.
- Então quer dizer que você é a queridinha desse lugar? –Perguntou o loiro que havia esbarrado em mim anteriormente, surgindo ao meu lado.
- Eu não diria isso, mas quase lá. –Falei, revirando os olhos.
- Com quantos caras você teve que dormir para conseguir esse tratamento? –Ele perguntou com um sorriso debochado. Eu até poderia ter achado aquilo ofensivo, mas não, eu ri, já to acostumada com esses tipos de perguntas, pelo fato de todos gostarem muito de mim por aqui.
- Era assim que você que você fazia pra tirar notas boas nas provas? Dormia com as professoras. –Falei entrando na brincadeira e ele gargalhou.
-Talvez. –Falou sério. – Agora me conta a sua teoria.
-Acho que recebo toa essa atenção porque meu pai era um agente conhecido do FBI, ou quem sabe por que eu não preciso dormir com ninguém, apenas me esforçar, para ser boa no que eu faço?
-Você não é nem um pouquinho convencida, não é mesmo?
-Apenas realista.
-Ok. – riu. –Eu não esqueci que te devo um café.
-É verdade, eu vou cobrar.
-Pode cobrar, na verdade, ao invés de um café, eu podia te pagar um jantar mais tarde, o que você acha?
-Acho perfeito. –sorri.
-Eu sou novo na cidade, não conheço nada por aqui. Fica a seu critério escolher o lugar.
-Ta bom, pode deixar comigo. Eu preciso ir a minha casa, tomar um banho e trocar de roupa. –ele mexeu no bolso, procurando algo e logo puxou seu celular.
-Anota seu número aqui, aí eu te chamo mais tarde.
Fiz o que ele pediu e logo parei em frente ao meu carro.
-Esse é o seu carro? –ele sorriu de lado, para depois umedecer os lábios, me fazendo ter arrepios.
-Sim. Já vou indo.
-Amiga! –Melanie gritou no estacionamento. –Preciso de carona, meu pai foi buscar a Becky no trabalho. –andou até meu carro, entrando ao lado do passageiro. –Ah, oi. Você não é o mal educado que derrubou café nela de manhã?
-Prazer, Arthur Aguiar. –respondeu rindo, e em seguida olhou para mim. -O que me faz lembrar que eu ainda não sei o seu nome.
-Puxa, é verdade. Meu nome é Lua.
-Hm. –inspirou fortemente, e abaixou um pouco, deixando um beijo molhado em minha bochecha. –A gente se vê mais tarde. Bom, foi um prazer conhecer vocês.
Sorri sem graça, e acenei com as mãos quando ele se distanciou.
-O prazer foi todo nosso. –sussurrou minha amiga ao meu lado. –Que delicia, hein Lua, não perde tempo mesmo.
Deixei minha melhor amiga em casa, e segui para meu apartamento rapidamente.
                                                                       .......
Após beber mais um gole de vinho, apoiei meu cotovelo na mesa enquanto ria de uma das palhaçadas de Arthur. O jantar estava muito divertido por conta de seu bom humor e brincadeiras.
–Me conte sobre seu pai, ele ainda exerce a profissão?
-Infelizmente não, ele acabou perdendo a vida em uma missão.
- Desculpe, eu não quis ser invasivo.
-Relaxa, já estou acostumada. Ele morreu quando eu tinha nove anos, e minha mãe se foi logo depois.
-E como você  –o interrompi.
-Bom, minha vó me criou até eu fazer dezoito anos e depois foi para o outro lado do país por causa de um filho dela, fora do casamento. Meu pai deixou tudo pra mim, o que facilita muito as coisas. Sem contar que eu tenho a Melanie.
-Desculpe, quem?
-Aquela minha amiga do estacionamento. Ela e a mãe estiveram muito presentes na minha vida desde a infância e eu tenho muito a agradecer. Por isso a mãe da Melanie mora no meu apartamento em Atlanta.
-Você tem um apartamento lá?
-Sim, meu pai comprou antes de falecer. Ele sabia que se eu seguisse o que estava programado teria que me mudar para a base de Atlanta, então não deixou a desejar.
-Que ótimo meio caminho andado. Eu só tenho me ferrado com esse lance do apartamento, muita confusão, odeio lidar com essas coisas.
Arthur havia me explicado que se mudou para cá sozinho, sem lugar pra ficar e só conhecendo uma pessoa na cidade.
-Imagino, se precisar de alguma coisa, pode me pedir, eu conheço tudo por aqui.
-Pode deixar que irei pedir. –sorriu. Senti um pouco de malícia em suas palavras o que me levou a cruzar as pernas e corar.
Passamos o resto da noite com uma conversa agradável e divertida, e, quando Arthur me deixou em casa com um beijo em minha mão e uma cara de desacreditada por ele não ter tentado nada, parei para pensar o quanto aquilo havia sido estranho.

                                                                  ......

A semana se passou e eu e Arthur nos aproximamos muito. Todo dia a gente tomava o café da manhã juntos e conhecíamos mais sobre a vida um do outro.

Falta meia hora para ele vir me buscar e eu estou me arrumando. Pelo que parece, vamos a um bar antes de ir para a boate. Coloquei um vestido preto com as costas nuas e um salto bem alto preto também. Demorei uns dez minutos para me maquiar e logo soltei o cabelo, que eu havia prendido após o banho para dar o efeito ondulado. Ouvi batidas na porta e me levantei, pegando minha bolsa.
- Oi, desculpa o atraso – Ele ia falando assim que abri a porta. –Uau, você tá linda.
- Obrigado, você também não está nada mal. - rimos.
-Vamos? –perguntou estendendo o braço.
-Claro. –tranquei a porta atrás de mim e pousei meu braço entre seu braço estendido.
Entramos no elevador e ele me observava das cabeças aos pés, estava ficando constrangida com aquilo, corei de imediato e ele riu fraco. O elevador parou na garagem do prédio, e eu dei graças a Deus por aquilo, Arthur segurou minha mão e me guiou até um belo carro branco, que era extremamente lindo. Ele abriu a porta para mim e em seguida deu a volta para sentar no banco de motorista.
Arthur
Chegamos na frente do bar que encontraríamos Melanie e Chay (que graças a mim estavam saindo) e adentramos aquele local. Lua atraia muitos olhares e eu gostava daquilo, estar com aquilo que os outros anseiam. Ela sentou-se em um banco alto próximo ao balcão do bar.
-Quer beber alguma coisa? –Perguntei olhando para suas pernas disfarçadamente enquanto ela estava com o olhar focado em alguma parte daquele bar.
-Não, obrigada. –Ela voltou à atenção pra mim e sorriu de canto.
-Tudo bem, então. –olhei para a entrada do bar e avistei Chay e Melanie entrando um tanto perdidos. –Ali estão eles! –falei e ela olhou curiosa para onde eu olhava.
-Ei! –ela gritou, levantou o braço direito e começou a balançá-lo, ganhando a atenção do “casal” que caminhava até nós.
-E ai cara? –Chay falou comigo e fizemos nosso toque com as mãos.
-Chay essa é a Lua. Lu esse é meu amigo Chay. –Falei para os dois e eles deram o famoso beijo no rosto depois que duas pessoas são apresentadas. –E você, eu já conheço. –Falei e ela riu fraco.
-Melanie. –Ela falou estendo a mão para que eu pudesse apertá-la.
-Arthur. –Falei enquanto apertava sua mão direita.
-Então gente, vamos? –Lua perguntou vermelha, despertando minha atenção e de sua amiga.
-Vamos. –Falei e segurei a mão de Lua. Caminhamos para fora do bar enquanto Chay e Melanie nos seguiam.
-A gente se encontra lá. –falei pra Chay. Ele assentiu, entrando em seu carro.
Eu e Lua fizemos o mesmo, e ela olhava para suas unhas pintadas de preto enquanto eu me acomodava ao banco de motorista.
-Por que estava vermelha quando eu estava falando com Melanie? –perguntei ganhando sua atenção.
-Nada, eu costumo fica assim quando estou em lugares muito quentes como aquele bar. –Ela falou voltando a atenção para suas unhas, aquilo irritava.
-Hm. –Falei deixando pra lá o suposto “ciúmes” de Lua. Permanecemos o caminho inteiro, calados.
-Chegamos. –Falei para Lua que mexia em seu celular agora.
-Nossa, chegamos muito rápido.
-Você que estava distraída demais. –ri e ela me acompanhou. Reparei que Chay e Melanie estavam na frente da boate esperando por nós.
-Demorou, hein? –Chay se dirigiu a mim enquanto Melanie cochichava algo com Lua.
-Eu sei, já conseguiu as pulseiras?
-Já, toma ai. –ele me entregou duas pulseiras verdes neon que eram para as pessoas que iriam para a parte vip da boate. –Vamos garotas.
-Põe no pulso Lu. –entreguei a pulseira para ela.
-Gosto de Lu. –ela falou sorrindo enquanto ajeitava a pulseira em seu pulso.
-Tudo bem, então vou te chamar assim a partir de agora.
Segurei a cintura de Lua e senti seus braços se arrepiarem. Sorri ao perceber que acabei de descobrir um efeito meu sobre ela.
-Para onde estamos indo? –Ela perguntou ao notar que estávamos subindo uma escada para a parte vip.
-Para a parte vip. –Falei a olhando.
-É que eu gosto de ficar misturada na pista de dança. –Ela falou no meu ouvido e aquilo me causou um arrepio da porra, ainda bem que ela não percebeu.
-Então eu vou ficar aqui em cima, quando você quiser subir, é só mostrar sua pulseira para os seguranças que estão lá no inicio da escada. –ela assentiu com a cabeça e puxou Melanie, sem nem falar algo com a garota.
-Para onde elas vão? –Chay perguntou enquanto sentávamos em um sofá de couro vermelho.
-Para a pista de dança.
-Então eu vou poder beijar outras bocas aqui em cima, já que Mel não está. –Ele falou e sorriu malicioso para uma loira que passava por nós.
-Você não presta Chay. –falei, fazendo-o ri.
-Até parece que você é um santo Thur. Vou ali naquela loira, já volto. –disse e foi em direção á garota loira que nos encarava.
Caminhei até aquele pequeno muro de vidro, que dava visão para a pista de dança e percebi que Melanie dançava com outro cara. Ah, ela é esperta, não perde tempo. Procurei Lua em meio aquela multidão e percebi que ela dançava sozinha, sorrindo e se descabelando, sorri com aquilo. Tocou Gettin over you - Black Eyed Peas e Lua olhou para cima percebendo que eu a olhava, ela mordeu os lábios safada e começou a rebolar aquilo tava me deixando louco, ela fez um gesto com seu dedo indicador me chamando.
Corri até a pista de dança querendo sentir o corpo de Lua se movendo junto ao meu. Abracei sua cintura por trás e escutei Lua arfar, ela rebolava roçando sua bunda em meu membro e que aquilo tava me levando ao inferno, virei-a de frente pra mim e encarei seus olhos, olhei para sua boca e ela fez o mesmo, fui me aproximando aos poucos para ter certeza que ela iria ceder, ela cedeu. Senti seus lábios ao meu e passou um choque elétrico por todo meu corpo, era um beijo selvagem e gostoso. A falta de ar deu as caras e fomos obrigados a nos separar. Virei Lua de costas para mim e coloquei seus cabelos para o lado, dando beijos e chupões em seu pescoço fazendo com que ela arfasse. Eu sabia que ficariam marcas ali.
Eu vejo você olhando em minha direção
E eu sei que você deve ter algo para me dizer
Observando cada centímetro do meu corpo
Como se quisesse brincar.


Notas finais:

BOM CARNAVAL!!

E amanhã eu posto mais um capítulo :)

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