Little
Anie | Cont.² 2ª Parte – Final
“Por você eu busquei e
encontrei forças que jamais achei que teria. Eu chorei lágrimas que pareciam
não acabar. Eu me senti amado como nunca achei que alguém me amaria. Eu sorri
só pra te ver sorrindo também. Eu te segurei quando minha vontade era de cair
junto com você, eu lutei e persisti mesmo sabendo que me restava pouca força.
Eu caí mil vezes e levantei por saber que você precisaria de mim. Eu achei que
havia enlouquecido por manter apenas você no pensamento. Por você, eu respirei
e respiro até hoje. Por você eu faria tudo de novo, e faria ainda mais.” – Autor Desconhecido.
Pov
Lua
–
Lua... – Arthur me chamou, depois que
saiu de cima de mim e deitou ao meu lado.
–
Oi. – Respondi baixo, virando o rosto para olha-lo.
–
Tudo bem? – Perguntou. Ele sempre me fazia a mesma pergunta depois de deitar ao
lado quando acabávamos de transar.
–
Você sempre me pergunta isso. – Comentei. Ele sorriu de lado e colocou um dos
braços sobre a minha barriga.
–
É um costume. – Começou. – Só gosto de ter certeza de que está tudo bem mesmo.
Embora esteja vendo no seu rosto. – Completou sorrindo.
–
Eu estou bem. Por que não estaria? – Indaguei. Arthur não respondeu. Apenas
ficou me encarando. – Vai ficar só me olhando? – Provoquei, erguendo uma
sobrancelha.
–
Estou pensando na próxima posição que vou te comer. – Respondeu com a cara mais
lavada que ele podia ter. Arregalei os olhos chocada. Não uma chocada ofendida,
mas sim, surpresa depois de sua resposta e Arthur não segurou a risada e acabou
enterrando o rosto no travesseiro para abafar o som. – Você precisava ver a sua
cara! – Disse ainda rindo.
–
Minutos atrás, você estava mais romântico. – Comentei. Ele me abraçou, beijando
meu pescoço logo em seguida.
–
Meu bem, eu sou um cara romântico. – Se gabou, roçando os lábios na minha
bochecha.
–
Você é um convencido safado, isso sim. – Pontuei, o fazendo rir.
–
Uhm... Como se você não gostasse. – Retrucou divertido. – Aah, baby! Eu sou irresistível, isso sim. – Modéstia realmente não
é o forte dele.
–
Você não tem um pingo de vergonha na cara. – Falei, empurrando-o e ficando
sobre ele. Arthur riu alto, e eu fui obrigada a pôr a mão sobre a boca dele. –
Shhh... Desse jeito vai acabar acordando a nossa filha. – O lembrei.
–
E acabarei com a sua festa. – Ele comentou distraidamente, mordendo meu
dedinho.
–
Ai! – Lhe dei um tapa no peito. – É, e acabará com a nossa festa. – Enfatizei.
–
Vai negar? – Perguntou-me.
–
O quê?
–
Que seu marido é absurdamente irresistível. – Me lembrou. Agora foi a minha vez
de rir. – Lua, você sabe como acabar com o ego das pessoas. Eu hein! – Arthur
reclamou. – Sai. Vou pegar um pouco
de vinho. – Disse, tentando me tirando de cima dele.
–
Arthur! – Exclamei manhosa, talvez um
pouco arrependida. E apertei minhas pernas ao redor da cintura dele. – Você não
tem o direito de sair dessa cama agora. – Falei.
–
Ah é? E por quê? – Indagou, desistindo de se levantar.
–
Porque eu estou falando, ora. E porquê... porque eu não quero aumentar seu ego.
Você já é metido o suficiente. – Expliquei.
–
Eu sei que você se recusa a massagear meu ego sempre. Mas concorda comigo. – Se
gabou outra vez e me colocou de costas na cama. – Agora fica aí... – Avisou,
falando em meu ouvido e se levantou.
–
Você não vai fazer isso! – Exclamei revoltada, me apoiando com os cotovelos no
colchão.
Qual é? Achei que nem sairíamos dessa
cama esta noite.
–
O que? Quer vim comigo no banheiro também? Depois diz que não é possessiva. –
Zombou me jogando um beijo no ar. Virei o rosto para que ele não visse que eu
queria rir.
Depois
que Arthur entrou banheiro, eu observei com mais atenção o quarto – a
decoração.
Eu
achei tudo lindo, e jamais desconfiaria de que Arthur estivesse aprontando
isso. Tá que ele é mais romântico, criativo e surpreendente. Mas isso? Eu simplesmente amei cada detalhe.
Me joguei de costas na cama e olhei para o lado direito da mesma, balões de
corações voavam lentamente; a janela estava aberta e ventava.
Arthur não poderia me surpreender mais hoje. Ou
poderia? Meu pensamento se perdeu quando a porta do banheiro foi aberta e ele
saiu de lá, nu. Aquilo tudo só pra
mim. Sorri.
–
Você vai querer mais bebida? – Me perguntou.
–
Claro. – Afirmei. – E morangos. – Acrescentei.
–
Uhum... – Arthur colocou champanhe na minha taça e vinho na dele. – Tá aqui. –
Disse me entregando.
–
Obrigada. – Agradeci, e em seguida, tomei um gole. Depois comi um morango.
Arthur me fitava enquanto bebia o vinho. – O que foi? – Indaguei, pegando mais
um morango. Ele não respondeu, mas apontou para o meu sutiã. – Aah... – Levei
umas das mãos para trás das costas e tentei abrir o feixe do mesmo, quando
Arthur me impediu.
–
Eu não pedi que tirasse. – Disse, bebendo mais um gole do vinho.
–
Uhm! Você tá muito mandão. – Comentei. Ele sorriu de lado, de um jeito sexy.
–
Eu deixei aí, porque pretendo tirar mais tarde. – Explicou calmo.
–
Que eu bem me lembre, você disse que... – Comecei, mas Arthur se aproximou,
pegando minha taça e colocando sobre a mesa novamente.
–
Eu sei o que eu disse, meu amor... – Ele foi me deitando de costas na cama e
ficando sobre mim, com uma das pernas no meio das minhas. – E se eu bem me
lembro, – enfatizou – tudo o que eu fiz, foi a senhorita quem me mandou fazer.
Não foi? – Perguntou apertando levemente minhas bochechas.
–
Mas eu queria fazer também. – Falei, virando o rosto para desviar daquele olhar
que estava me matando. Me queimando.
–
Tem coisas, que só eu posso fazer. – Ele disse, beijando meu pescoço e
aproveitando para abafar o riso.
–
Aah... – Gemi baixinho, acariciando
sua nuca.
–
O que quer fazer agora? – Arthur me perguntou carinhoso.
–
Uma coisa que você irá adorar. – Provoquei, virando-o. Deixando ele agora, de
costas na cama.
–
Oow! – Arthur exclamou animado, me puxando pela nuca e me beijando. – Fiquei
ansioso. – Comentou, beijando-me outra vez.
–
Promete que vai ficar quietinho? – Perguntei, mordendo intencionalmente o lábio
inferior.
–
Eu não vou prometer nada. – Sorriu, só para me provocar.
–
Então você só vai ficar mais ansioso. – Avisei.
–
Eei, Lua!
–
Você só precisa me obedecer... – Falei.
–
Aah, Lua.
–
Arthur, você quem decide. – Terminei de beber o champanhe que ele tinha
colocado em minha taça.
–
Vem aqui primeiro. – Me chamou com o indicador.
Não
me fiz de difícil. Afinal, eu não queria sair de perto dele nenhum segundo se
quer. Engatinhei até ficar novamente cara a cara com Arthur. Coloquei um braço
de cada lado de seu corpo; espalmando as mãos no colchão. E inclinei meu corpo
um pouco mais para a frente. Ele passou um dos braços por trás das minhas
costas, e senti seus dedos tocarem minha pele. Arthur deixou a outra mão sobre
a minha. E segundos depois, abriu o feixe do meu sutiã, deixando meus seios à mostra.
Sorri, levantando um braço de cada vez, para que ele me livrasse da peça íntima.
–
O que você vai fazer? – Perguntei beijando seu peitoral e subindo os beijos
para o seu pescoço.
–
Por agora, nada. Foi você quem disse que faria alguma coisa. – Arthur me
respondeu.
–
Uuhm... Ok. – Concordei. – Você não quer falar mais alguma coisa? – Indaguei,
descendo os beijos novamente pelo seu peitoral, abdômen, umbigo; onde distribui
mais beijos e mordidinhas, fazendo Arthur segurar meus cabelos, puxando-os.
Demonstrando o quanto aquilo o estava enlouquecendo. Ergui a cabeça para
olha-lo, ao mesmo tempo em que uma de minhas mãos tocou seu membro,
massageando-o sem pressa. Subindo e
descendo lentamente.
–
Aah, Lua! – Seu tom saiu quase como
uma súplica.
–
Assim? – Provoquei, ainda massageando-o. Vendo seus olhos se fecharem. Ele
assentiu.
Arthur
soltou meus cabelos e com uma das mãos, segurou a minha mão livre; entrelaçando
os dedos nos meus. Sorri discretamente, ao ver seu esforço para se controlar
diante das minhas carícias. Passei a língua nos lábios; umedecendo-os, antes de
passar a mesma pela extensão de seu membro, envolvendo-o com a boca em seguida.
Arthur voltou a segurar meus cabelos; agora com mais força. Ditando o ritmo dos
movimentos que eu fazia. Isso não estava nos meus planos de: “Sou eu que mando agora”. Mas eu adorava
quando ele fazia isso. Eu adoro quando ele está no comando. E Arthur sabe
disso. Porque o dono daqueles olhos brilhantes que me encaram cheios de amor, sabe
de tudo que eu gosto.
Soltei
meus dedos que estavam entrelaçados nos seus e comecei a acariciar sua coxa com
a minha mão; apertando-a, arranhando-a. Arthur soltou um gemido baixo e
inclinou um pouco os quadris para cima, fazendo com que eu me apoiasse com as
duas mãos no colchão; sem deixar de envolve-lo com a boca, ainda no ritmo que
ele ditava: Subindo e descendo. Ora
rápido, ora devagar respectivamente.
–
Lua... eu... – Arthur começou, mas sem cessar os movimentos.
Talvez
eu devesse tortura-lo mais um pouco, não dando o que ele estava prestes a
alcançar. Mas isso o faria me castigar mais tarde, o que seria divertido, caso
eu não estivesse com tanta pressa para tê-lo dentro de mim.
–
Lua... – Me chamou outra vez. Levantei a cabeça para olha-lo. E usei as mãos
para masturba-lo. Agora com movimentos mais rápidos.
Seus
olhos se fecharam a medida que seu corpo começou a contrair. Avisando que seu
orgasmos estava bem próximo. Arthur puxou a colcha da cama com força, e com a
outra mão, segurou forte meu braço – ficaria uma marca ali.
–
Ooh... – Gemeu quando chegou ao clímax. Prendeu a respiração, e mordeu os lábios
com força, se controlando para não deixar escapar um som mais alto. Suas mãos
voaram para os meus cabelos quando abaixei minha cabeça, depois de passar a
ponta de um dos meus dedos, espalhando mais os vestígios de seu gozo. – O que
você... quer fazer comigo? – Perguntou, encostando a testa na minha. Minhas
mãos apertavam seus braços com força. Sua respiração irregular se misturando
com a minha, me fazia querer beija-lo e não parar mais.
–
O certo seria: O que eu acabei de fazer com você?! – Corrigi, o fazendo rir
baixinho, passando o nariz no meu.
–
Aah, linda. – Arthur acariciou minha bochecha com o polegar. – Assim você acaba
comigo. – Completou. Seu peito subia e descia, como se ele tivesse acabado de
correr. Rocei os lábios no pescoço dele.
–
Eu te amo. – Falei. Ele me segurou pela nuca, trazendo meu rosto para perto do
seu.
–
Essa boca sabe acabar comigo. – Arthur sussurrou, passando a ponta dos dedos
pelos meus lábios. E depois o tomou para ele, num beijo apressado. Me fazendo
arfar. – Eu te amo tanto. – Declarou me encarando. Me deitei sobre ele,
colocando minhas pernas no meio das dele, e levei uma das mãos para a sua nuca
e comecei a acaricia-la, enquanto Arthur passava uma das mãos carinhosamente
pelo meu ombro e braço, a outra mão estava em minha cintura. – O que foi? –
Perguntou calmo, depositando um beijo demorado em minha testa.
–
Nada. – Sorri sem mostrar os dentes, quase fechando os olhos. – Você só ama a
minha boca? – Perguntei em tom de brincadeira. O fazendo rir.
–
Eu amo a dona dela. – Arthur respondeu. E me deu um selinho. – Cansou, foi? –
Provocou, quando passei a mão nos olhos.
–
Com certeza não. – Respondi convicta. – E você? – Indaguei.
–
Uuhm... Vamos ver se isso responde a sua pergunta. – Contou, e senti Arthur
apertar minhas nádegas, levantando um pouco meus quadris e me penetrou outra
vez. Foi tão devagar, que fechei os olhos, mas não pude impedir que um gemido escapasse.
– Isso te responde? – Ele perguntou baixinho, dando um tapa meio forte, do lado
direito do meu bumbum. Assenti, porque não consegui dizer mais nada; eu mordia
meus lábios para não gemer. – Rebola, meu
amor... – Pediu calmo, segurando meus quadris. – Devagar... Assim... – Disse, quando comecei a me movimentar, como
ele havia me pedido.
Arthur
colou os lábios no meu ombro e me abraçou, acariciando minhas costas com a
ponta dos dedos. Enterrei o rosto no pescoço dele, ofegante demais para tentar
falar alguma coisa. Ele apertou mais forte meu corpo contra o dele. E eu
suspirei, apoiando minhas mãos em seu ombro. Arthur me encarava como se pudesse
me enxergar por dentro. Ele tinha um sorriso maravilhoso nos lábios. Aquele de
tirar o fôlego.
Espalmei
uma das mãos em seu peitoral e intensifiquei os movimentos: Subindo e descendo. Sentindo-o me
invadir e me preencher por inteira, e ainda naquele ritmo dele carinhoso de sempre.
Sem pressa. Sem força. Como se os minutos não se passassem.
–
Amor... – Gemi mordendo levemente sua
orelha.
–
Não, Luh... ainda não. – Beijou o canto da minha boca quando ergui a cabeça
para olha-lo. – Agora que tá ficando bom demais. – Completou. Trocando de
posição, me deixando de costas na cama outra vez.
Dobrei
um pouco os joelhos e Arthur apertou minha coxa, entrando bem mais fundo em
mim. Segurei com força em seus braços e mordi os lábios. Ele aproximou o rosto
do meu, e roçou nossos narizes, me beijando lentamente em seguida. Arfei, o
puxando pela nuca e intensificando o beijo. Entrando numa luta com sua língua,
para ver que dominaria. Acho que dessa vez, ele me deixaria ganhar.
–
Arth... – Murmurei antes de voltar a
colar nossos lábios. – Céus! – Exclamei sentindo que não poderia pensar em mais
nada. – Não. Para. – Quase implorei. Enfatizando cada palavra.
Arthur
desceu os lábios para o meu pescoço, e depois para os meus seios – mas sem
deixar de sair e entrar em mim –. Ele
ainda não tinha passado por ali. Ergueu o rosto e me encarou.
–
Eu já estava ficando com saudades. – Confessou. Aquela voz rouca só fez com que
eu me contorcesse ainda mais embaixo dele. E Arthur mordiscou um dos bicos de meus
seios.
–
Aai... eu também. – Falei de olhos
fechados. Aproveitando a sensação incrível que era de tê-lo chupando meus
seios, me penetrando e quase me fazendo esquecer onde eu estava, com aquele
ritmo de “vai e vem” que estava me matando. – Eu...
–
Ainda não, minha linda. – Me disse, abocanhando o outro seio; chupando-o
lentamente.
–
Arthur. – Reclamei. Embora eu estivesse adorando. O fim estava próximo e eu o
queria.
–
Você me disse para não ter pressa. – Me lembrou, beijando meus seios. Um de
cada vez. – E é o que eu estou fazendo. – Finalizou. Beijando no vão entre meus
seios e depois subindo os beijos para o meu pescoço.
–
Por favor... meu amor. – Implorei.
–
Assim eu não consigo negar nada... – Me disse, antes de puxar uma de minhas
pernas e aperta-la, me fazendo encolhe-la. Entrando mais fundo e mais forte do
que vinha fazendo antes. Arthur não precisava fazer muita coisa. Ele sabia a
única coisa que precisava fazer e ele já tinha feito. Gemi, mas seus lábios
logo encontraram os meus. Minha vista escureceu momentaneamente. E caímos outra
vez juntos naquele paraíso. Meu corpo ainda tremia junto ao dele. – Seu pedido
é sempre uma ordem. – Falou sorrindo. E trilhou um caminho de beijos dos meus
lábios, passando pelos seios outra vez e parando em minha barriga. Arthur se
inclinou sobre mim e me deu um selinho, antes de deitar ao meu lado novamente.
–
Eu adoro... ser atendida. – Eu ainda tentava recuperar minha voz e respiração.
–
E eu não sei?! – Brincou, ficando de lado. Apoitando-se com o cotovelo no colchão.
–
Eu quero... – Comecei, mas Arthur me interrompeu.
–
Não me diz que já quer de novo, Lua? – Perguntou-me, se fingindo de chocado.
Embora não fosse isso o que eu ia dizer. Eu não podia perder a oportunidade de
provoca-lo.
–
Por que? Seu amiguinho não...? – Fiz um gesto com a mão subindo. Arthur riu,
jogando um dos braços sobre os olhos e deitando-se de costas na cama.
–
Aah, Lua... Não queira pagar pra ver. – Me provocou de volta. – Ele só não
sobe, meu amor. Como já está prontinho pra outra. – Avisou. – Basta você fazer
o sinal. – Arthur beijou meu pescoço, me fazendo encolher os ombros.
–
Eu hein... – Respondi, puxando o lençol para me cobrir. O que fez ele ri.
–
Ficou assustada?
–
Quem gosta de mim, sou eu. – Deixei claro, mas sem abandonar o tom de
brincadeira.
–
E eu também. – Arthur ressaltou em meu ouvido. – Gosto muito.
–
Que horas são? – Mudei de assunto. E Arthur se virou para o outro lado cama e
pegou o celular.
–
Uma e cinco. – Ele franziu o cenho ao falar. – Achei que era mais cedo. – Acrescentou.
–
Quer ir dormir, é? – Ergui as sobrancelhas e Arthur me encarou.
–
Só se você quiser. – Me respondeu.
–
Aah, você nem deixou eu dizer o que queria. – O lembrei.
–
E o que é?
–
Mais vinho. – Falei.
–
Olha, se você não se lembrar de nada amanhã. Eu vou fazer greve. – Arthur me
avisou.
–
Haha... Até parece. – Falei descrente.
–
Duvida? – Insistiu.
–
Eu aposto que ando sem roupa por aí, se você fizer o que acabou de dizer. –
Provoquei. Arthur me encarou sério.
–
Com essa sua aposta aí, não tô nem doido, Lua. – Respondeu.
–
Pois bem... – Encerrei o assunto. – À propósito, eu não estou nenhum pouquinho
bêbada. – Deixei claro.
–
Vamos dormir?
–
Jogou a toalha, foi?
–
Haha, engraçadinha. Se eu gastar toda a minha energia com você, amanhã, nós
dois estamos na roça quando a Anie acordar. – Justificou. O que fazia muito
sentindo. – Até porque, te conheço muito bem pra ter certeza de que vai querer
amanhecer dormindo. – Acrescentou, me fazendo lhe mostrar língua. – Mas se você
faz questão, eu volto pra cama e te canso um bocado. – Disse.
–
Incansável você, nooossa! – Ironizei. Arthur riu, se jogando sobre mim outra
vez e cheirando meu pescoço.
–
Uuuuhm... Linda. Linda. E cheirosa. – Falou.
–
Pega mais vinho?
–
Acrescenta mal-acostumada também. – Disse e lhe dei um tapa.
–
Agressiva.
–
Coloca viúva na lista, se você desejar acrescentar mais alguma coisa. – Ri.
Arthur me encarou perplexo.
–
Credo, Lua. Você nem sabe brincar. – Ele se levantou da cama, me fazendo rir
ainda mais.
–
Eu te amo. – Falei, vendo ele me olhar de soslaio.
***
Depois
que terminamos o champanhe e o vinho, junto com os bombons – que eu não perdi a
oportunidade de dizer que Arthur queria me engordar e ele dizer que eu era
louca – e os morangos entre risos e provocações. Nós resolvemos tomar um banho.
Era quase duas e dez da madrugada. Arthur estava certo. Se passássemos a
madrugada acordados, de manhã seria uma luta para nos levantarmos e Anie não ia
esperar. Ainda mais que ela tinha capotado, já devia ter recuperado todas as
energias, para acabar com as nossas amanhã. Onde
iriamos mesmo? À praia. Lembrei.
Quando
saímos do banho, escovamos os dentes e eu fui procurar minha calcinha e a
camisola. Que Arthur tinha jogado ao pé da cama. Me vesti e Arthur saiu do
quarto, voltando depois, já vestido com uma boxer preta.
Aquilo era tentação demais!
Eu
apaguei algumas velas que ainda estavam acessas, mas não as tirei do lugar.
Tinha pétalas de rosas espalhadas por todo canto do quarto. Arthur sacudiu a
colcha, fazendo com que elas se espalhassem ainda mais.
–
Quero ver dormir, querendo tirar essa sua cueca. – Falei me jogando na cama.
–
Quero ver dormir, pensando nisso que você acabou de falar. – Me imitou, se
jogando na cama e me abraçando por trás. – Para de provocar... Tô aqui,
comportado. – Comentou, beijando meu ombro.
–
Noossaa, que homem comportado eu fui arranjar. – Falei irônica e Arthur me
apertou ainda mais.
–
Você tem sorte.
–
Realmente. – Concordei, entrelaçando nossos dedos.
–
Boa noite, Luh. – Desejou, se inclinando, beijando o canto da minha boca.
–
Boa noite, amor.
Pov
Arthur
Brighton
– Sete e dezoito da manhã.
Eu
não queria abrir meus olhos. Eles estavam pesados e eu estava numa posição tão
confortável, que eu pedia internamente para que Lua não se mexesse.
Uma
de minhas pernas estava entre as dela. Eu ainda a abraçava e nossos dedos ainda
estavam entrelaçados. Não sei como conseguimos dormir o resto da madrugada e
acordar nessa mesma posição. Meus músculos estavam levemente doloridos e eu
deixei um sorriso idiota estampar meu rosto. Lua ressonava baixinho, que eu
senti pena de mexer com ela para acordar. Depositei um beijo carinhoso em seu
ombro. E fechei os olhos, tentando voltar a dormir.
Sete
e quarenta da manhã.
Quando
acordei novamente, Lua me fitava. E eu não estava mais abraçado a ela. Agora eu
estava deitado de bruços. E Lua tinha o queixo apoiado nas duas mãos.
–
Bom dia, Aguiar. – Me disse.
–
Bom dia, Blanco.
–
Passou bem a noite? – Perguntou, aproximando os lábios dos meus.
–
Eu diria que foi a melhor dessa semana que está só começando. – Respondi, lhe
beijando em seguida.
–
Que tal uma fotinho pra mostrar que rosto bonito também acorda amassado? –
Provocou pegando o celular.
–
Nem inventa. – Fiz um gesto com uma das mãos para que Lua parasse. – Você odeia
que eu poste fotos assim. – Acrescentei. – Então, não autorizo fotos minhas
também. – Finalizei. Lua riu, beijando meu abdômen. – Lua. Não começa! –
Avisei. – Se você descer mais um pouquinho, não vou querer que pare. – Sorri
maroto. E Lua me encarou, para logo depois, abaixar um pouco o cós da minha
cueca.
–
Aqui? – Perguntou. Depositando um beijo molhado ali e logo me encarou
novamente. Agora, com um sorriso atrevido nos lábios.
–
Mais para o centro. – Falei, puxando-a pelos braços. – Que atrevida. –
Comentei, antes de beija-la.
–
Não me aperta assim... – Reclamou manhosa, se sentando na cama.
–
Por que? – Indaguei, mesmo já sabendo sua resposta.
–
Estou um pouco dolorida. Você sabe. – Riu.
–
A noite foi maravilhosa, Lua.
–
Foi incrível. – Disse apontando a câmera do celular para mim.
–
Aah, para! – Mandei, colocando meu rosto entre o travesseiro e o colchão. Lua
tentou puxa-lo, mas eu segurei, ouvindo sua gargalhada diante da minha
tentativa de me esconder da câmera.
–
Você é lindo de qualquer jeito, sabe disso. – Tentou me convencer, como o papo
furado dela.
–
Tira aí do meu corpo, pra você guardar de recordação. – Provoquei.
–
Pra que foto? Se eu tenho ao vivo, Arthur. – Disse convencida.
–
Convencida. – Retruquei.
–
Você ficou até com uns músculos, pareceu bem sexy na foto. – Comentou.
–
Eu sou sexy por inteiro. Vai ver que essa sua foto aí, vai dar o que falar.
–
Depois a convencida sou eu. – Falou, deitando-se ao meu lado. Tirei o
travesseiro do rosto e olhei para ela.
–
Não vai postar, vai? – Indaguei olhando para a foto.
–
Claro que vou... Escuta só a legenda: "Bom
dia, arthuraguiar! Ps: Não se engane. Arthur não é nada vergonhoso como está
parecendo na foto haha Ele só acabou de ser acordado." – Me disse
sorrindo. – Tem os emojis também. E... Publicada! – Comemorou me dando um
selinho. – Quer ver?
–
ARTHUR! – Lua riu alto, se encolhendo quando comecei a beijar seu pescoço. E eu
aproveitei para tirar uma foto também. – Isso não vale... – Disse mais baixo,
quando viu o que eu tinha feito.
–
É esse sorriso que eu amo. – Falei, entrando na minha conta do instagram, pelo
celular de Lua. – O mundo precisa ver...
–
Deixa eu ver primeiro... – Pediu.
–
Espera aí... deixa postar... – Falei. – Minhas legendas são sempre carinhosas: “Bom dia! Com amor e sorrisos. lua_blanco” – Lua se apoiou no meu braço
e olhou para o celular.
–
Claro, eu estou na foto. – Disse óbvia, tomando o celular da minha mão. – Você
não posta uma foto desde a apresentação da Anie. – Lua comentou, mexendo na
minha conta. – Estávamos brigados nesse dia.
–
Você estava... – Corrigi.
–
Gostei dessa foto. – Apontou para uma que eu estava com a nossa filha no colo,
e sorriamos com a testa encostada uma na outra.
–
Pois eu gosto dessa. – Apontei para a foto que estávamos os três. Anie em meu
colo e Lua ao meu lado, com uma das mãos na minha cintura. E sorriamos como se
não estivéssemos brigados. Não que estivéssemos fingindo. Estávamos realente
felizes com a alegria da nossa filha.
–
Anie ainda não acordou... – Lua mudou de assunto e olhou para a porta. – Ainda
vamos à praia? – Me perguntou.
–
Vamos, claro. – Respondi. – E olha, o sol está do nosso lado. – Olhei para a
janela e Lua me seguiu.
–
Verdade. E nem parece que estamos no outono. – Finalizou e eu balancei a
cabeça, concordando com ela. – Aaah... – Murmurei, olhando para a porta, que
Anie acabara de abrir. – Vem, meu anjinho. – Lhe chamei.
–
Vem, amor... – Lua também chamou a filha.
–
Eu quelo um balão desse de coração, mamãe. – Anie pediu, quando se aproximou da
nossa cama. Lua pegou a menina no colo e lhe deu um beijo na bochecha.
–
Depois a mamãe pega um pra você, tá? Bom dia, filha.
–
Tá. Bom dia, mamãe.
–
São todos seus... – Sorri, abrindo os braços para que Anie viesse para o meu
colo. – Uhm... Bom dia, cheirinho. – Eu sempre a chamava assim depois de lhe
dar um cheiro.
–
Bom dia, cheilinho. – Ela murmurou rindo e me abraçando pelo pescoço. – Por que
tem flor jogada no chão todinho? – Nos perguntou, olhando para o chão e depois
me encarou. Olhei para a Lua que sorria discretamente, sabendo que eu não
falaria nenhuma besteira para a nossa filha.
–
Foi da surpresa que o papai fez pra mamãe ontem. – Expliquei, lhe dando um
beijo na bochecha.
–
Você gostou, mamãe? – Indagou.
–
Eu adorei. – Lua respondeu. – E a senhorita sabia?
–
Eu sabia. – Anie afirmou e me olhou. – A gente escolheu os balões e os bombons
e as... as flolhezinhas e... e eu ganhei bombons também. – Sorriu sapeca quando
Lua colocou as mãos na cintura.
–
Ah é? Por isso estava fazendo birra, ontem pela manhã! – Exclamou. – Vocês
dois...
–
A gente só te ama. – Falei.
–
Eu também amo vocês... – Lua se jogou no meu colo, abraçando a filha e me dando
um beijo no rosto.
Oito
e cinquenta da manhã.
Tomamos
banho e depois nos arrumamos para ir à praia. Não íamos entrar no mar. Mas como
praia pede biquíni, Lua não deixou de colocar um. Que por sinal, ficou lindo nela.
E que obvio, eu impliquei só para não perder o costume. Ela ficava ainda mais
linda quando eu a irritava. Anie também colocou um e eu não sei pra que elas
vestiram isso.
Lua
vestia um vestido branco, curto, de tecido fino, com forro por baixo. A parte
que ficava acima dos seios até a gola do mesmo, era toda de renda. E algumas
tiras ao longo dele, eram de renda também. O biquíni também era branco. A parte
de baixo era comportada, pelo menos na frente, eu não podia falar a mesma coisa
da parte de trás que era fio dental. Mas como Lua não ficaria só de biquíni lá
mesmo, então eu não precisava sentir ciúmes. A parte de cima era maior que os
biquínis tradicionais, e comportado também. Ele amarrava no pescoço, e tinha um
detalhe prateado na gola. A sandália era bege.
Já
Anie, vestia um macacãozinho curto, de tecido leve e verde estampado. O biquíni
da pequena também era branco, mas tinha detalhes de oncinha. Na parte de baixo,
tinha uma sainha de oncinha, sobre o cós da calcinha. E na parte de cima, as
alças que formavam um “X” nas costas e a bainha, eram de oncinha. E tinha uma
frase escrita “It’s Love”. A sandália
era azul e dourada, com tirinhas coloridas que quase imitavam a cor da estampa
de sua roupa.
E
eu? Bom, eu vestia uma camiseta cinza bem clarinho, com bolso na frente cinza
mais escuro e listas cinzas mais escuras também. A bermuda era jeans, e o
chinelo era quase da cor da blusa.
***
–
Quanto tempo que não vínhamos à praia. – Lua comentou, segurando minha mão.
Anie segurava a outra.
Fazia
uns dez minutos que tínhamos decido para a praia. Porque quando chegamos ao
Pier, fomos tomar café da manhã. Já era quase nove e meia. E nós estávamos
famintos. Anie nem tanto, porque ela não saia de casa sem antes tomar aquela
mamadeira cheia de vitamina de frutas. Agora resolvemos dar uma volta, e Anie
já queria comer novamente. Eu não sabia para onde ia tudo o que ela comia.
Porque a pequena não para de pedir besteiras.
–
E eu quelo sorvete. – Anie pediu.
–
A gente compra quando encontrar. – Lhe avisei.
–
Tá...
–
Por que contou para a nossa filha sobre a surpresa? – Lua me perguntou baixo.
–
Aah, não falei nada de mais. – Garanti. – Só disse que queria te fazer uma
surpresa, porque você merecia. Ela me ajudou com os balões, as flores e os
bombons. – Expliquei. – Tive que comprar pra ela também. Foi nosso combinado
pra ela não te contar nada e claro, dormir sozinha ontem. – Ri. Lua me olhou
negando com a cabeça.
–
Você não existe. – Riu encostando a cabeça em meu braço, enquanto continuávamos
andando pela praia.
–
Sorvete! – Anie exclamou.
–
Sorvete! – Exclamei, pegando a pequena no colo. – De chocolate, aposto um
beijo!
–
É, de chocolate. – Assentiu e eu lhe dei um beijo na bochecha.
–
Você quer, meu amor? – Perguntei a Lua.
–
Não, obrigada. Vou ficar aqui. – Disse eu assenti.
Compramos
o sorvete e logo voltamos para onde Lua tinha ficado. Quando me viu, ela me
entregou a bolsa que eu nem tinha notado que ela tinha trago.
–
Vou vestir um short jeans e aproveitar um pouco desse solzinho. Não é todo dia.
– Me disse.
Assenti
me sentando ali mesmo, nas pedrinhas. Anie me imitou e eu lhe entreguei a
toalhinha que Lua tirou da bolsa. Ela também tirou o short e o vestiu por baixo
do vestido e depois tirou o vestido, ficando só com a parte de cima do biquíni
à mostra e sentou ao meu lado.
–
Quando chegarmos em casa, podemos aproveitar o resto da tarde na piscina, caso
o sol não se esconda. O que acha? – Perguntei a Lua, lhe empurrando levemente
com meu ombro.
–
Uma boa ideia. Eu vou adorar. – Respondeu, olhando para o mar. – Vamos almoçar
por aqui? Sabe que não sou boa na cozinha. – Comentou, mas dessa vez me olhou.
Como se já esperasse que eu fizesse uma gracinha.
–
Oh se eu não sei. – Brinquei, apertando aponta do seu nariz. – Relaxa, Luh. A
gente compra a comida e leva pra casa. Eu quero comer lá. – Falei e ela
assentiu.
–
Eu quelia sorvete de so... de sob... – Anie ficou tentando falar a palavra o
que me fez querer rir.
–
De sobremesa, filha? – Lua perguntou carinhosamente, e sorriu.
–
É, mamãe.
–
Você já está tomando sorvete agora, amor.
–
Mesmo assim eu quelia de novo. – Anie insistiu.
–
Você não pode comer muito doce, filha. Isso não é saudável, você sabe. Lembra
que a sua pediatra sempre fala isso?
–
Mas mamãe, ela não plecisa saber... e a senhola é a minha mamãe. – Falou. O que
me fez cair na risada.
–
Que garotinha esperta! – Puxei Anie para o meu colo e lhe enchi de beijos.
Fazendo-a rir alto.
–
Mas não é, papai?
–
É sim, amor.
–
Não dá corda, Arthur... – Lua avisou entre risos.
–
E o meu papai me disse ontem, que eu podia ir no cavalinho que gila hoje de
novo, mamãe.
–
No carrossel, filha?
–
É, mamãe. Não foi, papai?
–
Aham... – Respondi. – E quem ia com você mesmo?
–
A minha mamãe. – Anie abriu um largo sorriso ao olhar para a Lua.
–
Mas eu não falei nada. – Lua pontuou.
–
Mas o meu papai falou. – Anie justificou.
–
A gente volta a conversar sobre isso depois. – Lua disse, desistindo do
assunto.
–
Não deixa ela te enrolar, cheirinho! – Alertei nossa filha e Lua me encarou.
–
Até parece que eu tenho cara de gente enrolona. – Nos disse, erguendo as
sobrancelhas. Me fazendo rir alto.
–
Aah, Lua... Para! – Pedi entre risos. E ela me mostrou língua.
–
Vamos dar mais uma volta, antes de irmos comprar nosso almoço e voltarmos pra
casa. – Disse já se levantando.
–
E você vai assim? – Indaguei me levantando e colocando Anie no chão.
–
Por que? – Lua me perguntou e olhou para a própria roupa. – Quer que eu vá
como?
–
Só perguntei mesmo. – Dei de ombros. Não que a roupa me incomodasse. Eu só
achei que ela vestiria o vestido antes de irmos.
–
Seja o que for, pode parar. – Me pediu. Levantei as mãos a altura do peito, em
sinal de trégua. – Muito bem. – Finalizou segurando em minha mão. Anie segurou
na outra.
–
Eu quelo correr... – Nos disse cautelosamente.
–
Mas a senhorita não vai... – Falei no mesmo tom que ela. E Lua curvou os lábios
num sorriso contido.
–
Por que? – A pequena levantou o rosto e me encarou.
–
Porque você é uma mocinha muuuito comportada, que sempre obedece os pais. Só
por isso. – Respondi, tentando parecer sério.
–
Mas eu sou comportada mesmo. Mas eu gosto de correr também...
–
Eu sei bem, filha...
Continuamos
andando de volta ao Pier, onde íamos atrás de um restaurante. Talvez até voltássemos
ao da noite anterior. Ele abre pela manhã também.
–
Você podia chamar menos atenção. – Murmurei para Lua que me encarou.
–
Até parece que é para mim que essas pessoas estão olhando. – Debochou. – Me
admira é que ainda nenhuma delas pediu para você parar... – Completou.
–
Tu é debochada, Lua. – Comentei, vendo a mesma sorrir.
–
Sou nada. Só fiz uma observação. – Se defendeu.
–
Por que tá todo mundo olhando pra gente? – Anie perguntou, parando na frente da
mãe e pedindo colo.
–
Não é pra gente. É para o seu pai, meu amor... – Lua respondeu pegando a filha no
colo e lhe dando um beijo na bochecha, assim que Anie encostou a cabeça no
ombro dela. – Eu disse que era pra você. – Comentou quando cinco adolescentes eufóricas
quase pularam em cima de mim com canetas, papeis e câmera.
–
Quelo o meu papai. – Ouvi Anie dizer quando Lua se afastou um pouco.
–
Ele já vem... – Disse e riu, como sempre fazia quando estava com a razão.
–
Calma, meninas. – Pedi. O plano inicial era não chamar a atenção. Passear como
uma pessoa normal. Ontem eu consegui. Hoje eu já não podia dizer o mesmo.
–
Ai meu Deus! Ai meu Deus! Tira uma foto comigo?
–
E comigo!
–
Comigo também. – As três mais agitadas pediram.
–
Eu vou tirar com todas. Não precisam se preocupar. – Autografei o último
papelzinho que elas haviam me entregado quando chegaram.
–
Primeiro comigo! – A loira de olhos azuis me encarou, como se pedisse: “Diz que
é?!” Porque as loiras que eu encontrava tinham que ser todas mandonas, autoritárias,
primeiras em tudo? Eu não conseguia entender.
–
Pode ser... – Sorri de lado e olhei de soslaio para Lua que provavelmente
repetia mais uma vez para a nossa filha que eu já estava voltando. A pequena me
olhava com aquele bico de quem já está cansada de esperar. E isso era
engraçado.
–
Quando você chegou? Vai quando? Você está tão sumido das redes sociais. Hoje
que vimos fotos suas. Adoramos a que a Lua postou. – A outra garota falou sem
parar e olhou para onde Lua estava com Anie. Ri de seu último comentário e
balancei a cabeça.
–
Lua vai adorar saber disso. – Comentei. E elas sorriram.
–
Você não queria tirar a foto?
–
Ela tinha acabado de me acordar... Eu não estava digamos que apresentável para
fotos. – Respondi, fazendo-as rirem outra vez.
–
Aposto que está sendo modesto. – A outra falou.
–
Eu estou falando sério. – Insisti.
–
Teria adorado mais senão tivesse os lençóis e o travesseiro. – A loira voltou a
comentar e eu a olhei.
Eu
era cínico, como Lua gostava de dizer. Não era qualquer coisa que me constrangia
e nem todo mundo sabia fazer isso. Só a minha mãe. Acho que mães sabem muito
bem como fazer isso. E Lua, as vezes.
–
Aí não teria nenhuma foto. – Comentei. – Lua não pensaria nisso se não tivesse
os lençóis e o travesseiro. – Completei. Elas me encaravam com risinhos,
capitando a mensagem.
Lua simplesmente me mataria se ouvisse
isso...
–
Arthur. – E ela me chamou. – Vai demorar? Anie está inquieta. – Explicou. –
Olá, garotas. – Falou educadamente, e sorriu.
–
Oi. – Um coro de “oi” foi ouvido.
–
Oi, Anie. – A garota loira sorriu para Anie, que apena deu um tchauzinho. Não
muito interessada naquele alvoroço todo.
–
Eu já vou, querida. – Respondi.
–
Tudo bem. – Lua sorriu assentindo e ficou ali, me esperando enquanto eu tirava
fotos com as fãs.
***
–
Aposto que chego na piscina primeiro que você! – Falei quando sai do carro e
Anie me seguiu.
Joguei
as sandálias para o lado, e tirei a bermuda e a camiseta, começando a correr em
seguida. Anie queria fazer o mesmo, mas estava toda vestida. Então ela começou
a ficar agitada, o que me fez rir olhando para trás, esperando ela vim. Lua me
encarava com as duas mãos na cintura, ainda perto do carro.
–
VEM, FILHA! – Lhe chamei.
–
Não, papai! Mamãe! Diz pa ele que não vale, mamãe. – A pequena falou correndo
até Lua e puxando as mãos da mesma. – Me ajuda a tilar minha roupa, mãe? Manda
ele me espelar, mamãe. – Ela pulava inquieta, me fazendo rir mais ainda.
–
Arthur, para! Tá deixando ela nervosa. – Me avisou.
Quando
Anie queria fazer uma coisa, e não conseguia, ela falava trocando e engolindo
mais vezes algumas letras e era engraçado. Porque ela irritada, era a Lua
todinha. E isso me fazia rir.
–
Mãe, tila meu sapato. Quelo ir logo! – Pediu se abaixando junto com Lua.
–
Calma, meu amor. Ele está te esperando.
–
Não tá não. Tila logo minha roupa. – Lua desabotoou o macacão de Anie, Deixando
a garotinha de biquíni.
–
Cuidado, Anie. Não corre assim. Ai meu Deus! Arthur, se você assustar ela com
essa brincadeira doida, eu bato em você. Sabe que ela não vai se jogar nessa piscina
sozinha. – Lua me avisou brava.
–
CORRE, ANIE!
–
ME ESPELA! – Disse me fazendo rir ainda mais.
Me
joguei na piscina e foi água pra tudo quanto é lado. E ouvi o grito de Lua
quando emergi.
–
NÃO PULA ANIE! – Lua gritou. É claro que Anie não pularia. Ela não sabia nadar
e morria de medo de entrar na piscina sozinha.
–
Não vou pular. – Anie murmurou, colocando as mãos na cintura e me encarou. –
Você me enlolou! Já é gande. Nem me espelou. Isso não vale, papai! – O mais
engraçado que as palavras trocadas dela, era o pesinho batendo no chão.
–
Vem logo. – Lhe chamei. – Você que corre devagar, a culpa não é minha. – Me
aproximei da borda da piscina para pegar Anie no colo. – Pula.
–
Tenho medo. – Respondeu.
–
Então eu carrego você. – Sorri. – Senta aqui. – Pedi que ela sentasse na borda
da piscina e depois a peguei no colo, molhando-a até a cintura quando a abaixei
na água. – Uuuhm... – Beijei seu pescoço. – Te amo, te amo...
–
Te amo, papai.
–
Vou levar a comida lá pra cozinha. Já volto. – Lua falou um pouco alto.
–
Estamos te esperando, meu amor. – Jogamos beijos para ela que retribuiu o
gesto.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
N/A: Olá? Boa tarde! <3
Sentiram a minha falta? Hahaha Não demorou taaanto, quanto da última vez. Pelo
menos isso! Mas é que eu não posso escrever todo dia, então vou escrevendo de
pouquinho em pouquinho.
Lá vem as perguntinhas:
O
que acharam do capítulo? E do restante da noite hot do nosso casal? <3
Just love... Eles não se acanharam haha mas também, não há motivos
para isso, certo? Eles conhecem um ao outro melhor do que ninguém. Lua estava
bem atrevida, e Arthur adora isso! (emoji
cara de safado) Ele também sabe como deixa-la louquinha. A noite rendeu,
hein?! Eles mereciam aproveitar mesmo, cada segundo. Concordam?
E
a Anie <3 esse pinguinho de gente que fala e
fala e morre de ciúmes do pai? Haha Arthur parece uma criança quando está com
ela. E ainda mais, quando tem essas ideias malucas que fazem Lua querer bater
nele. Mas Anie também não fica atrás, adora uma bagunça.
PS¹: O que dizer da resposta
dele para o comentário da fã do: “Teria
adorado mais senão tivesse os lençóis e o travesseiro.” Haha Realmente não
sem qual tem menos vergonha, ele ou ela.
PS²: O que acharam da minha
ideia de fazer montagens estilo “print do instagram?” e
postar na fic como se fossem eles? Eu já fiz várias e adorei (a Brenda também
adorou e aprovou a ideia) Espero que vocês gostem e aprovem.
O
que acharam dos look?
Arthur pira quando a Lua veste essas
roupas haha
Estou
muito contente com o retorno de vocês aqui do blog no capítulo anterior. Espero
que se repita nesse também. Ou seja melhor ainda.
Acho que é isso... Comentem! E eu volto em
breve com mais uma atualização.
Beijos e até mais...
Simplesmente amei esse capítulo,como todos os outros kkkk sou suspeita pra falar kkkk amei o hot e a a lua sendo atrevida kkkk e concordo eles mereciam essa noite
ResponderExcluirEstou amando esse momento família,como não amar a Anie *___* ela falando errado é uma fofura
Adorei essa ideia das montagens *___*
Arrasou Milly como sempre
Caroline
Boa noite, Caroline <3 Obrigada pelo comentário!
ExcluirFico muito feliz que tenha amado <3 Saber disso é muito importante e gratificante. Porque eu demoro tanto, mas nem é por mal. É que eu gosto de escrever bem cada capítulo e se eu me apressar com eles, sai uma merd** e nem eu nem vocês gostaríamos disso, né? Então, como eu acho isso ruim, não quero que vocês leem qualquer coisa. Aí eu dou o meu melhor para escrever um cap. muito bom pra compensar vocês <3
Que bom que gostou da ideia <3 Vem mais pela frente haha me empolguei bastante com isso.
Obrigada, mais uma vez!
Beijos!
Capítulo maravilhoso como sempre ñ canso de falar né amei os looks tão lindos como sempre sobre a montagem do print do insta quase achei q era real amei d+
ResponderExcluirNoemi
Olá, Noemi! Boa noite <3 e Obrigada pelo comentário.
ExcluirFico muito feliz que tenha gostado de tanto de tudo como sempre <3 saber disso é muito importante. Nós incentiva a seguir em frente. Haha algumas montagens as vezes parecem tão reais a ponto de nos confundir e nos iludir cada vez mais. Que bom que adorou a mais nova ideia!!! :-D
Beijos!
Anie ciumenta, com quem Será que ela aprendeu heim? 😂😂😂 Amei o momento foto deles, posta mais fotos assim na fic
ResponderExcluirAnie ciumenta, com quem Será que ela aprendeu heim? 😂😂😂 Amei o momento foto deles, posta mais fotos assim na fic
ResponderExcluirOlá, Piedade. Boa noite <3 Obrigada pelo comentário.
ExcluirKkkkk com quem será mesmo? Fica até difícil da gente supor kkkk sqn Vamos perguntar pra Lua?!
Postarei... Pode deixar! Fico feliz que tanha gostado tanto :-)
Beijos!
Você sabe que eu sou suspeita a falar de Little Anie, vaca.
ResponderExcluirQuando eu te dou essas ideias loucas, eu nunca acho que você vai aceitar, mas quando vejo que você gosta e fica animada eu fico super feliz. Porque é muito bom compartilhar ideias com os amigos. E esses prints do instagram são a coisa mais linda do mundo, me iludi mais ainda kkkkk sério tô bem apaixonada 😍😍
Eu sei que tem anos que eu não comento a fic nem aqui e nem no insta e ontem estávamos justamente falando sobre isso. Eu sempre acabo esquecendo e comento só com você. Mas esse capítulo eu tive que comentar porque tá a lindo demais, perfeito ❤ Cada dia eu tenho mais certeza que LA é dona do meu coração ❤ hahaha...
Então, amei todo o capítulo esse casal e essa família é puro amor 😍
Esse meu comentário tá igual seus N/A KKKKKKKK
Oi, vaca <3 Obrigada pelo comentário.
ExcluirEu sei, amiga <3 haha
Somos loucas haha nossa ideias, porém, são loucas também :´D Nem preciso falar o quão estou apaixonada por eles também. Ficaram a coisa mais linda... a gente até confunde haha Sim, é bom demais compartilhar ideias com quem nos entende e entra na onda.
Mil anos que você, Fajuta, não dar o ar da graça nos comentários. Só te perdôo, porque sempre comenta comigo haha Sou dessas (emoji pintando a unha)Mas obrigada, amiga. Não só pelo comentário. E sim, por tudo. Haha fico feliz em saber que L.A tem um lugar especial no seu coração de leitora.
São só amor mesmo... <3
Zoa minhas N/A, mas lê tudinho que eu sei... Fajuta!
Beijos!
AMEIIIII, vc sempre capricha milly. Esses dois safadinhos são demais, fogo que não acaba más . Esses print estão maravilhosos , vc sempre consegue colocar algo novo para a gente se iludir más kkkkk com o nosso casal favorito. E o que dizer de anie , esse amorzinho de pessoa, que morre de ciúmes do pai ( tour tem duas mulheres muitooo ciumentas na vida dele kkkkk ) XX adaline
ResponderExcluirOi, Adaline <3 Obrigada pelo comentário.
ExcluirAh, fico feliz em saber disso. Obrigada! Haha muuuito safadinhos. Ali é um vulcão em erupção. Isso sim! haha Que bom que adorou a ideia. Postarei mais! É verdade... Eu sempre arrumo um jeito de me iludir mais ainda, e levar vocês pelo mesmo caminho :´) haha
Quando não é a Lua, é a Anie <3 Mas Arthur não escapa haha
Beijos!
Capitulo MA-RA-VI-GO-LD ,amei.Os looks e achei o comentário da fã bem atiradinho, Lua podia ter escutado kkkk queria só vê o q ela ia dizer kkk.AMEI os prints do instagram.Cap mais que perfeito.
ResponderExcluirOlá, Anninha! Boa noite e Obrigada pelo comentário <3
ExcluirAaaah que bom que adorou! Muito obrigada pelo elogio. Fico muito feliz mesmo.
Só acho que Lua ia ser bem irônica com Athur na frente das fãs, depois, quando eles estivessem sozinhos, ela só ia querer matar ele kkkkkk nem sou exagerada kk
Que bom que gostou da ideia. É muito importante saber disso. Continuarei com esse estilo de postagem :-D
Beijos!
Amei esse capítulo! Que fogo esse dois tem, Anie cada vez mais fofa e lua estava toda dengosa nesse cap kkkk...
ResponderExcluirBoa noite! E Obrigada pelo comentário <3
ExcluirFico feliz em saber disso... Haha e põe fogo nisso! Anie um amorzinho só. O nível de fofura dela ultrapassa todos os limites haha :-)
Beijos!
Ameei nesse capítulo teve tudo que a gente gosta anie provocação e hot (claro)kkk amei o capítulo e esses posts do instagram os looks tbm ..faz mais assim
ResponderExcluirFany
Olá, Fany! Obrigada pelo comentário <3
ExcluirFico feliz que tenha adorado tanto o capítulo, quanto a ideia. Pode deixar que postarei mais...
Beijos!
Tá cada dia melhor,adoro a anie ela é muito fofa, amo LuAr sempre emplicando um com outro,mas se amando sempre, fico triste só de pensar que vai ter uma separação no meio de tanto amor, mas é a vida e sei que com o amor que sentem um pelo outro vão superar as barreiras que vai vim.
ResponderExcluirBoa tarde e Obrigada pelo comentário <3
ExcluirFico feliz em saber disso. Obrigada! Aah, ela é um amor só... E esses dois haha adoram uma implicância. Mas sempre rodeados de muito amor... Não fique triste agora. Aproveite esses capítulos maravilhosos! :-D
Beijos!