O Poderoso Aguiar | 50º Capítulo

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O Poderoso Aguiar
50º Capítulo – Acerto de Contas

Pov Lua

Como é difícil ser frágil, mas tendo que ser forte. Mais do que nunca eu precisava da força e coragem que aprendi com meu marido. Pelo menos grande parte dela veio da minha convivência com Arthur. Estava moída por dentro, mas ainda assim estava de pé.

O baque foi grande demais e me pegou completamente desprevenida. Eu não entendia… por mais que eu pensasse, simplesmente não entrava em minha cabeça o porquê de minha mãe ter agido assim. Credo… parecia que queria mesmo morrer. Eu senti, claro, não irei negar. Mas a dor maior foi ver meu Joseph sofrendo tanto. Ele mesmo me avisou que minha mãe havia saído sozinha. Bastou uma distração minha… e ela saiu. Joseph veio correndo, os olhos arregalados e o coração batendo freneticamente. E depois aquela notícia horrível. Eu senti no ar que havia algo de errado. Mas meu primeiro pensamento como sempre foi Arthur. Com Dom Matteo solto, pensei que ele fosse seu primeiro alvo. Burra que sou… lógico que ele não iria tentar acertar a fortaleza primeiro. Iria atrás dos mais fracos… ou dos sem juízo, como a minha mãe.

Entretanto eu não poderia ficar sentada, chorando as pitangas. Por isso mesmo fui atrás de Arthur no dia anterior. Queria ficar cara a cara com a vaca que supostamente assassinou minha mãe. E eu me senti a poderosa ao ver como Arthur me olhou com orgulho e não me mandou embora dali como das outras vezes. Ousei pensar que ele queria mesmo me ver ao seu lado nos negócios, mas isso eu iria conversar com ele depois.

A tal Victória não abriu a boca nem por um segundo. Apenas encarava nós dois, com ar de deboche que me fez querer estapear sua cara de vadia.

Mas eu já conhecia bem os métodos de Arthur. A tortura psicológica era o primeiro passo. Ele gostava de deixar suas “presas” acuadas, sem saber qual seria o seu destino. Aliás… sem saber como seria seu fim, pois o destino delas estava traçado desde quando ousaram cruzar o caminho dele.

Nesse dia à noite dormimos separados. Arthur dormiu ao lado de Joseph que ainda estava quase em choque e eu coloquei os pequenos em nossa cama.

Até mesmo eles sentiam a mudança no ar. John como sempre carinhoso colocava as mãozinhas em meu rosto o tempo todo. Lunna apenas olhava para o meu rosto, com os olhinhos arregalados como se esperasse uma explicação minha.

Dormi mal, temerosa por esse momento triste, mas inevitável. A hora do adeus à minha mãe. A prova irrefutável de que não foi um pesadelo. Achei melhor deixar as crianças em casa. Sophia como não gostava de enterros, ficou com elas.

Joseph fez questão de vir. A princípio eu fui contra, mas Arthur acabou me convencendo. De certa forma Joseph agora era um filho da máfia e teria que se acostumar com esse tipo de coisa. Além do mais ele simplesmente adorava minha mãe. Talvez ele fosse um pouco como eu… teria que ver para crer.

Durante todo o tempo ele permaneceu com a mão agarrada a minha, enquanto ouvíamos as orações de conforto. Eu me contive: não chorei. Acho que já tinha chorado o suficiente com Joseph assim que saímos de casa. Arthur passou o braço sobre meu ombro e me olhou intensamente antes de voltar os olhos para o túmulo onde o caixão acabara de ser colocado. Eu sabia que ele também sentiu o baque, embora sua expressão fosse distante.

A cerimônia foi bem restrita, cercada obviamente de toda segurança. E Arthur enfrentou mais uma luta, dessa vez com Tânia que queria estar presente ao funeral. Somente depois que Arthur disse que ele mesmo a mataria caso aparecesse por aqui, foi que ela se conformou.

Assim que a cerimônia chegou ao final eu ainda fiquei parada próxima ao túmulo, rezando em silêncio. Mesmo sabendo que minha mãe tinha grande culpa nisso tudo… eu não poderia deixar de sentir ódio. Passei anos sem sua presença. Depois fui premiada com seu retorno à minha vida. E não poderia ter sido melhor. Ela sempre me amou e isso foi um alento, depois de descobrir que meu pai e irmão eram dois monstros. E agora… tão rápido ela se foi.

– Lua? – Arthur colocou a mão sobre meu ombro e eu coloquei a cabeça em seu peito.
– Podemos ir?
– Sim. Estava apenas me despedindo.
– Vamos lá… Joseph já está no carro.

Ergui minha cabeça e limpei algumas lágrimas que ainda insistiam em cair. Mais uma página da minha vida que estava sendo fechada. Agora começava outra… ainda mais perigosa, mas que incrivelmente redobrava minhas forças.

***

Arthur estava há tanto tempo em silêncio que por instantes achei que tinha me enganado. Ele iria me dizer um Não bem grande.

– Eu sou forte Arthur…. Sou quando precisa ser. E somos companheiros… você mesmo disse isso. E não tem jeito, os negócios não são os mesmos sem você à frente. Eu quero estar com você, ajudar você. Eu nunca irei desobedecer suas ordens, como fez minha mãe. Eu só quero que me deixe participar.

Ele suspirou mais uma vez antes de responder. Estávamos sentados na cama, abraçados. Ele com as costas apoiadas na cabeceira e eu com a cabeça em seu ombro.

– Eu seria hipócrita se disse que você não faz parte. A partir do momento que aceitou ser minha esposa… companheira, automaticamente você passou a fazer parte da máfia. Claro que não queria você bancando a poderosa por aí, mas… – Ele parou e riu. – Confesso que me divirto. Mas tudo tem que ser ponderado, embora eu saiba que você tem juízo suficiente para isso. Não quero que esqueça seu lado mãe, que é perfeito.

Apertei-me ao corpo dele. Arthur sempre me fazia sentir como a melhor entre todas as mulheres.

– Nunca. Eu nem conseguiria isso.
– Realmente você é forte quando precisa. – Ele segurou em meu queixo e se afastou um pouco para olhar em meus olhos.
– Estará ao meu lado… moderadamente, é claro.
– Eu aceito qualquer coisa. – Arthur aumentou o aperto à minha volta e beijou meus cabelos.
– E Victória? O que fará com ela?
– Você sabe muito bem, Lua. Ela não diz nada. Mas eu convivo com essa gente há tempo demais para saber quando tem culpa no cartório. E ela tem… vai chegar uma hora que irá falar. O corpo dela não irá aguentar.

Eu estremeci ao ouvir aquelas palavras. Já vi Arthur agindo… e sinceramente era de arrepiar. Apesar do que eu não fiquei muito atrás quando torturei o Pedro. Mas ai eu estava movida pelo ódio, pelo desespero, pelo medo de perder meu marido.

Ficamos em silêncio, cada um perdido em seus pensamentos até que Arthur se afastou um pouco.

– Vou ver como estão as crianças e já volto.
– Estive lá há pouco tempo.
– Eu sei. Mas irei ver assim mesmo.

Nem retruquei. Sabia muito bem como ele ficaria contrariado e sinceramente… o dia não estava pra isso. Pouco depois ele voltou e se deitou de lado na cama.

– Estão dormindo. Notou como a Lunna estava hoje?
– Quieta não?
– Muito. Como se tivesse entendendo o que se passava. Mas dizem que criança sente o clima né? Mesmo que não entendam as coisas ainda. – Puxou-me para os braços dele e fechei os olhos assim que apoiei a cabeça no aconchego deles.
– Queria tanto fazer amor com você, mas sei lá… fica parecendo desrespeitoso.
– Desrespeitoso foi o que Cláudia fez conosco. Mas você está certa… é no mínimo estranho. Tente descansar, apenas.
– Vai sair cedo?
– Não. Tenho assuntos a resolver aqui.

Eu sabia bem quais eram esses assuntos. Bocejei e tive tempo apenas de dizer um boa noite, antes de cair num sono profundo.

Acordei com algo puxando meu edredom e uma voz de anjo em tom de repreensão.

– Mamãe…

Eu sorri, ainda com os olhos fechados. Óbvio que só poderia ser Lunna tentando me acordar. Estiquei meus braços e só depois abri os olhos. Lunna estava ao lado da cama, os cachinhos rebeldes balançando em volta do seu rosto. Ao lado dela Joseph segurava sua mão.

– Desculpe mãe… mas ela está impossível hoje.
– Mais do que o normal? – Sentei-me na cama e ajeitei meus cabelos. – Bom dia. Onde estão as babás?
– Bom dia mãe… estão na sala. O John está lá… já tomou banho. Mas Lunna só queria ficar aqui.
– Procurando o pai, lógico.
– Não. Quando ela acordou ele não tinha saído ainda.
– Hum… e agora já saiu?
– Foi pra outra ala.

Nem precisava pensar muito sobre o que ele estaria fazendo lá. Será que Victória se dignou a dizer alguma coisa? Lunna esticou os braços pra mim e eu a peguei no colo. Isso realmente me surpreendeu, ela geralmente preferia o Joseph quando estávamos juntos.

– O que foi meu amor? Sentiu saudades da mamãe? – Ela apenas brincou com meu cabelo.
– Joseph… tome conta dela enquanto tomo um banho? Ou então leve-a para a Glenda.
– Eu fico com ela. – Levantei-me mas antes que eu chegasse à porta do banheiro eu ouvi a voz de Lunna, congelando-me no lugar.
– Vovó… – Engoli em seco, olhando para o Joseph que baixou a cabeça.

Como não percebi? Minha mãe era sempre a primeira a ir olhar as crianças, no tempo em que ficou aqui. Lógico que Lunna iria sentir sua ausência hoje. Apenas entrei no banheiro, abri a ducha e ali eu chorei novamente, mais tranquila longe dos olhos de Arthur. Achei que não tinha mais lágrimas… mas eu estava enganada. Entretanto, da mesma forma que começou… se foi. Senti-me revigorada e pronta para fazer o que eu queria… o que eu precisava fazer.

Quando voltei ao quarto os dois já não estavam mais lá. Fui até o closet e retirei meu tubinho, meias finas, sapatos e o blazer… todos negros.

Terminei de me vestir, passei uma leve maquiagem e escovei meus cabelos, deixando-os soltos. Peguei uns acessórios que eu iria precisar, coloquei no bolso do blazer e desci, encontrando as crianças acompanhadas por Glenda na sala de estar.

– Está bonita mamãe. Vai sair?
– Irei falar com o papai. – Fui até o John, que eu ainda não tinha visto e beijei suas bochechas rosadas.
– Comportem-se. Eu não me demoro.

Fui até a cozinha e tomei apenas um iogurte. Em seguida sai em direção aquela maldita ala onde Victória estava. Parecia que eu tinha acabado de vestir minha capa de poderosa. Eu me sentia como se estivesse armada com a mais potente das armas. As imagens circulavam minha mente: a notícia, o reconhecimento do corpo, o funeral. E o principal… o choro do meu filho. Ainda hoje pela manhã eu percebi que ele havia chorado. Sem contar Lunna que sentiu a ausência.

Parei à porta do quarto, minhas mãos fechando-se sem que eu ao menos percebesse. Nunca o espírito de vingança esteve tão entranhado em mim. Acho que nem quando o Pedro estava aqui.

Abri a porta sem me preocupar em bater e entrei, encontrando a mulher sentada e amarrada na cama. Ela apenas me olhou cinicamente e voltou a desviar o olhar.
Meu ódio por aquela mulher crescia a cada segundo. Ela era uma das responsáveis pelo buraco que ainda estava aberto em meu peito. Era uma das responsáveis pelo choro triste de Joseph por dias. Além disso… eu via muito bem o jeito safado que ele olhava para o MEU marido. Como se quisesse devorá-lo.

VADIA!

Olhava fixamente para ele como se estivessem só os dois ali. Olhei para Arthur e por um momento eu me distrai, olhando para aquela gostosura de homem espojado na poltrona, fumando o charuto. Ele sabia o quanto ficava sexy desse jeito, a ponto de me deixar de pernas bambas.

Ele girou a cabeça um centímetro… e me olhou meio de lado, soltando lentamente a fumaça. Assim era covardia. Meu Deus… ele me fazia imaginar coisas impróprias para esse momento. Aproximei-me dele enquanto ele voltava a tragar o charuto. Antes que ele soltasse a fumaça eu devorei sua boca, sentindo-o soltá-la dentro da minha boca… o odor e o gosto do tabaco misturando-se ao próprio cheiro e gosto delicioso de Arthur. Eu gemi e apertei seus cabelos, ciente do olhar de Victória sobre nós.

– Olhe pra mim agora Poderoso.

Afastei-me e balancei o pequeno estojo de unhas que tirei do bolso do blazer. Retirei o alicate e balancei-o na frente de Victória, que já arfava e tinha os olhos arregalados.

– Hora de fazer as unhas queridinha.

Arthur inclinou-se para frente, ficando sentado, as pernas afastadas e os braços apoiados na coxa.

– Essa eu quero ver de camarote.
– Ela já disse alguma coisa amor?

Perguntei, sentando-me na beira da cama e cruzando sensualmente as pernas. Arthur acompanhou meus movimentos, seu olhar fechando-se, típico de quando ele estava excitado.

– Nenhuma palavra… exceto: eu não sei de nada.
– Será? E você acreditou?
– De forma alguma.
– Posso ter uma “conversa” com ela? – Ele se recostou novamente, voltando a tragar o charuto e me olhar em meio a nuvem de fumaça.
– Você está no comando agora. – Sorri e chamei Kevin, um dos seguranças que estavam no quarto.
– Deite-a e amarre a perna dela nos pés da cama. – Agora ela arfava audivelmente e se debateu um pouco. Fui até ela e dei uma bofetada em seu rosto. – Quieta. Antes que as coisas piorem. – Assim que ela ficou firmemente amarrada eu me sentei ao lado dos pés dela.
– E então Victória… não vai compartilhar nada conosco? Não vai nos dizer como ajudou Dom Matteo a sair da prisão? Não vai nos dizer como fizeram essa emboscada? Seria qualquer um? Ou minha mãe era o alvo?
– Eu já disse que não sei de nada. – Suspirei.
– Que pena…

Segurei o pé dela com firmeza e levei o alicate até seu dedo. Primeiro comecei a arrancar a pele ao redor da unha. Victória gritou de dor. Qualquer mulher que se cuida e mantém os pés bem cuidados sabe o que uma pele, uma cutícula mal tirada faz com nossos pés. Era uma dorzinha chata.

– Não se lembrou de nada Victória?
– Não sei…

Forcei novamente o alicate e dessa vez chegou a sangrar. Arrisquei um olhar para Arthur e o vi espojar-se ainda mais, colocando o braço atrás da cabeça. Novamente senti o poder em minhas mãos. E continuei perguntando… e a cada resposta negativa, mais eu cravava o alicate ao redor de suas unhas. Por fim eu ouvi a voz rouca de Arthur chegar aos meus ouvidos, arrepiando-me da cabeça aos pés.

– Lua? Chega de brincar, amor. Não acha que está na hora de… “trabalhar”? – Encarei seus olhos por um tempo. Ele me instigava… parecia me dizer: Você é foda.

Olhei para os pés que sangravam um pouco e depois olhei novamente para Victória que tinha lágrimas nos olhos. Ainda assim a cachorra não dizia nada.

– Vamos acabar com isso Victória? A última pergunta… minha mãe era o alvo? – Ela fez a besteira de olhar para Arthur. Gente… como era vagabunda.
– Arthur… – Puxei seu pé com violência.
– O assunto é comigo sua puta. RESPONDA! – Por fim ela berrou.
– SIM! A VADIA DA CLÁUDIA ERA O ALVO. QUEM MANDOU TRAIR DOM MATTEO? AQUELA PUTA TINHA QUE PAGAR.

O ódio me cegou. Eu não via mais como minha mãe, pelo menos não nesse momento. Eu a vi como avó… e vi o que sua ausência causaria aos meus pequenos. Furiosa, eu cravei o alicate na unha dela e puxei com toda força do meu ódio. O berro foi ensurdecedor e o sangue escorreu em minha mão. Agora que comecei… iria até o fim.

– Quais são os planos daquele vagabundo? Pode falar sem medo… não ficará viva para que ele descubra que o traiu.
– Eu… – Esperei, apertando seu pé com uma força que nem eu sabia ter.
– Fale.

Ela fechou os olhos e mordeu os lábios para não falar. Voltei a cravar o alicate arrancando outra unha e dessa vez ela chegou a perder a voz de tanta dor. Mas em seguida berrou.

– SUA PUTA, CHIFRUDA ORDINÁRIA… DEVERIA TER SIDO VOCÊ. ESPERO QUE DOM MATTEO ESTOURE SEUS MIOLOS. – Arthur se colocou de pé no mesmo instante. Ele vociferou, encarando a mulher.
– Arranque todas… inclusive dessas mãos imundas.

Parecia que havia uma pedra de gelo em meu coração. Ou melhor… parecia que eu não tinha um coração. Minha ânsia em ver o sangue daquela mulher só aumentava. E ela era páreo duro. Não disse como tirou dom Matteo da prisão, não disse quem eram seus cúmplices. Em compensação… deixou escapar quem era o alvo de Dom Matteo. Isso só aumentou a cólera de Arthur.

– Lunna. Ele quer a Lunna. – Arthur avançou sobre ela apertando seu pescoço.
– Eu acabo com a raça vagabunda de todos vocês. Você irá sofrer… sofrer muito se não abrir o jogo AGORA.

Entretanto ela não resistiu a dor que eu causei a ela e continuei causando, repuxando o restante de suas unhas até perceber o lençol molhado de urina. Mas eu iria continuar… se Arthur não me impedisse.

– Chega Lua.

Ela perdeu os sentidos. Levantei-me olhando para a mulher desmaiada na cama, suja de sangue e urina, o rosto retorcido numa máscara de dor. Eu me perguntava até que ponto ela seria burra. Medir forças com Arthur era apenas assinar seu atestado de óbito mais cedo.

Pov Arthur

Eu olhava atentamente para a tela do notebook, ainda buscando alguma explicação. O que aquelas mulheres tinham na cabeça? Titica de galinha? Será que elas amavam aquele crápula tanto assim a ponto de ficarem ao lado dele e pior… arriscando-se a serem mortas pelas minhas mãos?

Victória era uma mulherzinha tinhosa. Pior do que pensei. Confesso que nem me recordava que tinha sido uma das amantes de Dom Matteo. Foi tão insignificante que passou despercebida. E agora essa surpresa. Assassinou Cláudia e estava presa conosco… recusando-se a colaborar.

Ali na tela estava tudo o que os meus homens conseguiram descobrir. Alguns nomes que poderiam estar de volta à ativa, apoiando Dom Matteo.

E meus homens já estavam todos na rua à caça deles. Logicamente se Victória resolvesse abrir o bico seria tudo mais fácil.

Ela iria morrer... isso era fato. Mas eu poderia acabar com sua tortura com uma simples bala no peito. Mas ela se negava. E tenho certeza que ela tinha coisas preciosas a dizer.

Confesso que meu lado “ruim” estava bem exacerbado hoje. Eu sentia necessidade de ferir aquela mulher. Eu conhecia o mundo do crime mais do que a mim mesmo. Mesmo sendo uma estúpida… sei que grande parte desse plano foi arquitetado por Victória. E acredito também que Cláudia não era o alvo, embora ela afirmasse isso.

Mas ela conseguiu atingir e fazer um estrago considerável. Lua estava machucada, embora disfarçasse bem. Sem contar meus filhos. Eu jamais imaginaria que crianças tão pequenas sentiriam algo estranho no ar. Pela manhã, assim que sai do quarto, Lunna já vinha pelo corredor com Joseph. Pulou em meu colo e falou:

– Vovó…

Aquilo me doeu. E doeu ainda mais quando olhei nos olhos tristes de Joseph. Esse foi um dos motivos que me levaram a ter certeza que não errei ao dar crédito a Lua. Aliás eu nem precisava disso. Lua já provou milhares de vezes que nasceu para estar ao meu lado. E mais… ela nasceu para a máfia. Foi feita pra essa vida. Sabia levar tudo com mãos de ferro.

Eu não quis dizer nada a ela, mas eu previa dias difíceis pela frente. Mas eu nunca me abaixei pra porra nenhuma nessa vida e não seria agora.

A única preocupação era com a segurança da minha família… e o resto que se foda.

– E então chefe? O que acha? – Ergui os olhos encarando Chay, Bernardo e Micael que estavam a minha frente.
– Acho que vocês estão lentos demais. O cérebro de vocês parou de funcionar, ou o que? Não adianta procurar Dom Matteo em um buraco qualquer… essa não seria uma atitude dele. Tem outras pessoas dando cobertura a ele, e enquanto eu não consigo arrancar isso de Victória… vocês deveriam estar investigando esses nomes que me trouxeram. – Eles se entreolharam, admitindo silenciosamente que eu estava certo.
– Ela não disse nada?
– Muito pouco. Mas ela irá falar simplesmente porque já perdi o pouco de paciência que eu tenho.
– E se ela não falar?
– Eu arranco a língua dela fora. – E eu falava sério. Era bem capaz de fazer isso.
– Hã… er… soubemos que a Poderosa entrou em ação hoje.

Acabei dando um sorriso torto ao me lembrar do que Lua fez pela manhã. Eu disse que ela levava tudo com mãos de ferro. Agora… onde ela aprendeu esse tipo de tortura… eu nem fazia ideia.

– Sim. Digamos que ela fez um estrago considerável nela.
– Porra… a Dona Maria é fogo hein?
– Dona Maria é a puta que pariu Chay. Ela é simplesmente… – Levantei-me fechando o notebook.
– Poderosa! Mas chega de conversa fiada. Tenho serviço urgente pra vocês. E eu já vou avisando… eu não irei aceitar desculpas estúpidas quando voltarem. Portanto… deem o melhor de si… o que nunca fizeram até hoje. Revirem essa cidade e encontrem nem que seja um cúmplice dele.
– Já estamos indo então. Amanhã voltaremos com notícias. – Ergui minha sobrancelha, mostrando claramente meu deboche.
– Você bateu a cabeça onde Bernardo? Eu disse UR-GEN-TE. – Olhei o relógio em meu pulso.
– Vocês tem três horas para me trazerem algo que preste.
– TRÊS HORAS?
– Duas? Sim… duas. Três horas é tempo demais.
– Arthur, pelo amor de Deus. Estamos há dois dias atrás disso e não conseguimos nada. E você quer que em duas horas…
– E ISSO TEM NOME… – Falei elevando minha voz e calando o Bernardo. – Incompetência. E uso essa palavra porque estou simpático hoje. O que penso é bem pior.
– Você tá brincando cara.

Dei um soco na mesa. Eu já não fui brindado com a tal paciência e ainda vinham esses loucos conversarem fiado comigo? Que porra aconteceu com o mundo? Eles se esqueceram de como trabalho? E pior… eles não percebiam a urgência da situação?

– E desde quando eu brinco em serviço, hã? Acho bem saírem agora porque daqui a duas horas e meia eu quero aquela vaca daquela mulher amarrada lá fora. – Eles se entreolharam.
– Sinceramente… se não fossem da família e amigos da família, como você Bernardo… eu iria achar que estavam do lado de Dom Matteo. Deus… ou então estão furtando drogas dos carregamentos e usando.
– Credo Arthur… que pensamento…
– Então são incompetentes mesmo. Agora vão…

Assim que eles saíram eu joguei meu corpo na cadeira, deixando a cabeça pender para trás. Sei que pegava pesado com eles, mas sinceramente… às vezes eles precisavam pegar no tranco. Devem estar apaixonados… aí ficam assim…vendo passarinhos e borboletas coloridas.

Passei a mão pela nuca, tentando aliviar a tensão. Apesar de ter me divertido com Lua mais cedo, a situação não tinha a menor graça. Eu estava frio mesmo… bem mais do que o normal. E pior… não estava afim de muito papo. Se Victória quisesse falar… ótimo. Senão… que morresse pra lá. Nesse caso seria olho por olho.

– Arthur?

Ergui a cabeça e abri os olhos ao ouvir a voz de Lua. Estava parada bem a minha frente. Minha mente deveria estar desligada mesmo, afinal não percebi sua presença, tampouco seu cheiro, coisa que eu SEMPRE sentia. Ela, claro, percebeu.

– Cansado ou preocupado? Ou os dois?
– Preocupado. – Estiquei meu braço, pegando sua mão e sentando-a em meu colo.
– A filha da puta não abriu o bico.
– Mas vai abrir. De hoje não passa.
– Sabe que estarei junto não é? – Olhei intensamente em seus olhos.
– Você já entrou Lua. Uma vez dentro da máfia… sempre nela. Eu estou aí pra provar isso. Quantas vezes não disse que sairia?
– Eu sei. E você sabe que eu nunca quis que saísse.
– Acho que eu não conseguiria mesmo.
– Você não comeu nada o dia todo… – Apertei levemente sua cintura.
– Irei comer… mais tarde.

Lua mordeu os lábios e se ajeitou melhor em meu colo. Essa era uma das inúmeras coisas que eu amava nessa mulher. Bastava uma insinuação e ela entrava no clima. Pra falar a verdade, eu já estava no clima há horas. Na noite passada ela achou melhor não fazermos nada. Eu concordei para não chateá-la, porque se fosse depender da minha vontade e do meu tesão eu a teria fodido até perder as forças.

– Mais tarde? Tipo… que horas? – Mordi a ponta do seu nariz.
– Tipo… depois que eu acabar com a vida daquela ordinária.
– Fará isso hoje? Sem ela dizer nada?
– Ela não diz nada mesmo… então irei descobrir pelos meus próprios meios. Ela será apenas minha vingança.
– Sua? Ou minha?
– Nossa.

Foi uma surpresa até pra mim. Eu não esperava que fosse ficar tão impaciente assim. Na verdade meu medo maior sempre seria minha família e o que poderia acontecer a ela. Eu queria liquidar com Dom Matteo logo. E com isso… proporcionar diversão a minha poderosa.

Olhei o relógio mais uma vez quase não acreditando: uma hora e cinquenta minutos. Não contive um meio sorriso debochado. Sempre soube que meus homens trabalhavam melhor sobre pressão. E o melhor… traziam notícias.

– Quer dizer que Joanna também está de novo ao lado do velho?
– Quem é Joanna Arthur?
– Uma das tantas mulheres dele, Lua. – Foram muitas. Algumas nem eu mesmo me lembrava.
– É isso aí, Arthur. E pelo jeito que ela saiu de casa… temos quase certeza que ele está ali.
– Foi como eu falei. Mesmo fugindo da polícia ele não iria de enfiar num buraco qualquer. Ele tinha vários companheiros tão vagabundos quanto ele e que felizmente conseguiram escapar. Mas vocês deixaram alguém lá, claro.
– Sim. Anthony e Ray ficaram lá de tocaia.
– Ótimo. Amanhã eu mesmo irei lá. Mas agora eu tenho outra coisa a resolver. Quero que levem a Victória até o pomar… no lugar mais distante e arborizado.
– Mais arborizado? Por quê?
– Porque. Eu. Estou. Mandando. – Respondi simplesmente. Balancei a cabeça, inconformado. Bernardo estava pegando a mesma lerdeza dos outros dois? – E pode ser rápido.
– Está certo. – Eles se afastaram e Lua me olhou desconfiada.
– Por que no pomar?
– Primeiro porque quero distância da casa. Nunca se sabe se o Joseph vai andar por aí. Além do mais… lá é mais fresco por causa das árvores… e é disso que preciso.
– Eu irei?
– Não. Quero que fique com as crianças, por favor.

Ela não retrucou e isso já era um passo enorme. E não era pra menos… já dei provas mais cedo que eu confiava nela e que ela sempre estaria comigo. Mas nesse momento realmente eu preferia que ela ficasse em casa. Não queria nem pensar se Joseph resolvesse sair de casa e ir passear no pomar como já fez várias vezes.

– Está indo?
– Sim. Mas não me demoro. E se prepare… temos serviço hoje à noite. – Falei levantando-me com ela no colo e colocando-a de pé.
– Nós dois?
– Sim. Esqueceu-se que é a Primeira Dama da Máfia? Vá vestida assim… sexy e gostosa como agora. Aliás…. – Abracei sua cintura, roçando sutilmente meus quadris nos dela e depois erguendo um pouco a perna, enfiando meu joelho entre elas. Lua gemeu e seus dedos se enfiaram nos meus braços. – Eu senti um puta orgulho de você hoje… mais do que já sinto normalmente.
– Sério? – Baixei minha cabeça, lambendo seu pescoço e mordendo.
– Sério… Você estava … foda! E só me fez vontade de comer você.
– Arthur… vamos subir um pouco… – Ela ronronou rebolando seus quadris em minha perna. Eu ri e a afastei.
– Agora não. Mais tarde.
– Bandido. – Fez bico e em seguida sorriu. – Vá lá então… estou começando a contar as horas. – Eu ri alto, afastando-me.
– Safada.

Sai em direção ao pomar, tomando o cuidado de olhar se Joseph não estava, embora tivesse a certeza que Lua o seguraria em casa. Caminhei por toda a extensão do pomar, passando inclusive pelo lugar onde Lua e eu transamos quando estávamos nos reconciliando. Pena que o motivo da minha presença agora era outro.

Logo cheguei até onde Bernardo, Micael e Chay estavam. O Tempo frio contribuía e muito para meus objetivos.

Inacreditavelmente eu não perdi a paciência com a ousadia daquela mulher. Quer dizer… eu não a matei logo de cara. Pelo contrário… aquele joguinho de gato e rato estava me agradando. A sua falta de juízo em me desafiar dentro do meu território era por demais estimulante.

– Onde quer que a amarre chefe?
– Aí mesmo Micael. – Ele deu um sorriso safado.
– Vamos tirar a roupa dela?
– Não. Eu não curto muito filme de terror.

Ele e Bernardo gargalharam enquanto amarravam Pérola contra o tronco da árvore. A mulher era marrenta… ainda esperneava como se pudesse medir forças com aqueles brutamontes.

– E então Victória? Gosto dessa brincadeira mas estou começando a me cansar.
– Eu não tenho nada a dizer.
– A mangueira Micael.

Imediatamente ele a colocou em minha mão e eu nem fiz questão de repetir a pergunta. Girei a ponta da mangueira e o jato forte de água gelada fez o corpo de Victória escorregar um pouco. Esse era apenas o começo de sua tortura. Se não fala por bem…Deixei por um tempo e voltei a fechar a torneira. Ela engasgou e começou a tossir, a cabeça pendendo para frente.

– Quem mais está por trás disso Victória?

Somente o silêncio.

Novamente abri a mangueira, esguichando água outra vez. Dessa vez demorei mais e ela começou a fazer barulhos estranhos.

– Ela vai se afogar Arthur. – Eu ri, mas fechei a mangueira.
– Morrer afogada com mangueira Bernardo? Essa daí aguenta meio metro de mangueira no rabo, não vai aguentar na boca?
– Opa… eu quero.
– E então? Victória?
– Ah… ah… eu… e Joanna…

Bingo.

Os rapazes deram uma dentro.

– Ele está na casa dela?
– Er… er… – Esperei um pouco até que ela recuperasse o fôlego e voltei a perguntar.
– Ele está na casa da Joana.
– Não… interessa… seu corno gostoso. Tomara que Dom… arrebente com a Lua.

O rugido alto que escapou do meu peito assustou até a mim. Eu abri novamente a mangueira, aproximando-me dela e enfiando-a pela boca da vadia.

– Sua puta ordinária… é tão canalha quanto ele… mas agora acabou a brincadeira. – Afastei-me jogando a mangueira ao chão e vendo-a engasgando novamente e fazendo vômito. – Levem-na para galpão. Hoje o mundo se despedirá de mais uma puta.

A mulher estava lá… amarrada pelas pernas e braços abertos apenas à espera do seu fim. Enquanto isso eu devorava a boca da minha poderosa. Já não via a hora de acabar com aquilo tudo e voltar pra casa… pra cama.

– Vamos acabar logo com isso?
– Demorou. – Eu ri e me afastei, ficando de frente pra Victória.
– Onde ele está? – Perguntei logo de cara. Como sempre… ela não respondeu. – Micael…

Bastou eu chamar seu nome e Micael repuxou as cordas que seguravam Victória, abrindo mais suas pernas e braços. Ela gemeu e fechou os olhos. Suspirei, já cansado.

– Onde ele está, vaquinha?
– Só… Joanna sabe… eu juro…
– Boa menina.
– Puff… menina. – Lua debochou ao meu lado.
– O que ele está planejando?

Silêncio.

– Micael? – Novamente ela foi estirada e eu cheguei a ouvir o estalo de seus ossos.
– Ah… porra... seu fodido…
– Baixe-a Micael.

Lentamente seu corpo foi baixado, mas ela praticamente caiu de joelho, escorada na pilastra. Fui até ela e apertei sua bochecha. Mas não foi preciso perguntar nada.

– Ele planeja acabar com sua família… um por um… você será o último. – Eu sabia… isso não era novidade pra mim. Ele queria que eu sofresse.
– Chega de brincadeira Victória... Conte tudo. – Ela não respondeu. Lua foi até ela e desferiu uma violenta bofetada em seu rosto, fazendo sua boca sangrar na hora.
– Eu… arga… ah… eu planejei a morte de Cláudia. Estava… hum… há dias na cola dela. Foi merecido. Dom Matteo… o verdadeiro poderoso…
– Ahã… estou vendo como é poderoso.
– Sua mulher sabe Arthur? Que você me quis? Que você foi ao delírio quando me viu dançar nua naquela boate? – Lua arfou ao meu lado.
– Isso só vai piorar pra você Victória Deixe de mentiras… sabe que nunca nos vimos pessoalmente. – Ela ainda riu debochada.
– Toda sua família irá ruir Arthur… apenas um será poupado. – Meus sentidos ficaram em alerta. Victória deu um sorriso demente.
– A doce… e imagino que seja: Deliciosa Lunna.

Foi tudo rápido demais. Lua foi muito rápida, devo dizer. Arrancou a arma da minha cintura e efetuou um disparo contra o pé de Victória que berrou. Bernardo debochou.

– Tiro no pé não mata. – O olhar mortal de Lua pousou sobre ele e ela apontou a arma.
– Cale a boca ou encho sua cabeça de bala também. Eu só quero que ela sofra.
– Ahaha… ninguém vai sofrer… mais que a Lunna… quando Dom Matteo fizer…

Outro tiro foi disparado dessa vez na garganta dela. Dei um passo na direção de Lua e ela simplesmente disparou a arma… uma… duas… três vezes. Uma bala no lado esquerdo do rosto, outra na barriga e a última direta e certeira no coração. O corpo de Victória tombou para o lado e Lua baixou a arma. Aproximou-se do corpo dela e o chutou.

– Vagabunda.
– Arthur… iremos jogar o corpo no…
– NÃO! – Lua gritou.
– Coloquem numa caixa bem linda… e entreguem pelo menos a cabeça dela para Dom Matteo. – Arregalei meus olhos… nunca… mas nunca imaginei ouvir isso naquela voz tão doce. Seus olhos frios pousaram em mim. – Podemos ir para casa?

Dei ordem aos rapazes que cuidassem de tudo. Estava com medo que Lua desmoronasse na frente deles.

Segurei sua mão, percebendo que ela tremia e levei-a até a parte de trás do galpão onde estava meu carro. Preparava-me para abrir a porta pra ela quando ela bateu com a mão em meu peito.

– É verdade o que ela falou? Você já chegou a desejá-la?

Ah… não… a louca acreditou?

– Estou decepcionado. Se eu tivesse sentido qualquer coisa por ela algum dia… acha que eu não teria dito logo que ela reapareceu? – Lua apenas sustentou meu olhar.
– Argh.

Segurei seus braços com firmeza e girei-a de costas pra mim, prensando-a contra a porta do carro. Depois segurei-a com apenas uma das mãos e com a outra abri meu zíper. Meu pau já estava duro e pelando há horas.

– Abra essa perna… está pensando que sou o que hã? Que me interesso por qualquer vadia?

Eu mesmo usando a mão afastei sua perna, ergui o vestido e afastando sua calcinha enfiei meu pau com toda força em sua boceta.

– Arthur… alguém pode…
– Ninguém seria louco o bastante para vir aqui agora. Mas eu vou responder a minha própria pergunta: Não... eu não me interesso por qualquer vadia. Só por uma… só pela minha vadia. – Dei um tapa em sua coxa. – Rebola!
– Ah… Arthur… – Ela obedeceu e depois tombou a cabeça, colocando-a em meu peito. Nosso olhar se encontrou.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Com mais de 10 comentários posto o próximo capítulo.

11 comentários:

  1. Adorei a lua firme!! Que capítulo sensacional

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  2. Tinha que fazer essa vagabunda sofre mais! Viciada nessa web!posta mais

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  3. Sua web e perfeita! Te amo

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    1. Fico muito feliz em saber que gosta da história.

      Porém, a autora não sou eu :')

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  4. O capitulo foi perfeito,to com saudade das cenas hots e dos momentos em família

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  5. O capitulo foi perfeito, continua por favor to super curiosa

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  6. Eu amo ����essa web não dá pra imaginar que já está quase acabando,posta mais

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