O Poderoso Aguiar | 44º Capítulo

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O Poderoso Aguiar
44º Capítulo – Lançando os Dados

Pov Lua

Por fim eu desisti de continuar olhando para a figura impaciente à minha frente. Voltei meus olhos para John, que mamava com os olhinhos arregalados fixos em mim. Eu sabia que Arthur queria dizer alguma coisa, podia sentir isso. E pelo jeito não deveria ser coisa boa já que Arthur jamais teve papas na língua e sempre falou o que lhe dava na telha. Mas como ele não dizia nada, também não perguntei. Melhor esperar sua boa vontade antes que levasse algum coice, embora já estivesse mais do que acostumada com isso. Meu sexto sentido me dizia que tinha algo a ver com o garoto Joseph. Já tínhamos conversado a respeito de ir vê-lo na instituição onde estava, mas depois não tocamos mais no assunto. Isso foi há dois dias. Entretanto os negócios vinham ocupando demais os dias de Arthur. Ele foi chamado a depor no caso de Don Matteo. E aquele vagabundo ainda denunciou Arthur. Não que isso fosse novidade. As autoridades sempre estiveram de olho nas atividades dos Aguiar, mas jamais conseguiram provar nada contra eles. E ao que parece mais uma vez não iriam conseguir.

A rede pedófila de Don Matteo foi desmantelada e com isso várias outras pessoas foram presas. Felizmente apesar de todas as denúncias contra ele, Arthur era muito respeitado. E somente isso livrou a cara de Tânia já que ela foi apontada como uma possível aliciadora de menores. Minha mãe ficou de fora. Quase não teve tempo de se infiltrar, portanto nem ao menos foi citada nas denúncias. Ontem à noite Arthur recebeu a notícia de que Don Matteo aguardaria preso, o dia do julgamento.

John terminou sua mamada e começava a cochilar. Levantei-me e coloquei-o de pé, junto ao meu peito para que arrotasse. Mantive meus olhos fixos em Arthur, que ainda caminhava pelo quarto, o dedo na boca, olhando para o chão. Assim que John arrotou coloquei-o em minha cama e me aproximei-me de Arthur parando à sua frente.

– O que foi? – Levei às mãos a cintura, encarando-o.
– Eu que deveria perguntar isso. Está há horas andando pelo quarto, não diz uma palavra sequer… conheço você Arthur. O que está pegando?
– Pensamentos… vários… estou meio confuso.
– Vamos conversar? John já dormiu e Sophia está com Lunna. Não seremos interrompidos. – Ele ponderou por uns instantes e depois pegou-me pela mão, indo até a cama onde nos sentamos.
– Chay me ligou hoje bem cedo. Encontraram a mãe do Joseph.
– Mesmo? E aí? Quer dizer… então ele sairá da instituição e…
– Não. – Parei de falar ao ouvir sua negativa um tanto rude.
– Não? – Ele suspirou e passou a mãos pelos cabelos revoltos.
– Parece que ela assumiu que “deu” realmente o garoto. Não tinha condições de criá-lo… enfim… ela disse com todas as letras que não o queria.
– Que horror. Que mulher mais sem coração.
– Pois é… então ele entrou mesmo para a lista de adoção. – Involuntariamente um sorriso estampou meu rosto.
– Então você já pode… quer dizer… poderemos tentar… – Arthur segurou minha mão, acariciando-a um tempo antes de erguer os olhos para mim.
– É sobre isso que quero falar. Quero toda a sinceridade Lua.
– Não minto pra você.
– Eu sei que não… mas pode omitir.
– Também não.
– Escute… nós estamos casados há pouco tempo… nossos filhos estão tão bebezinhos ainda. – Um sorriso brotou em seus lábios quando ele se referiu aos filhos. – O fato de adotarmos uma criança não acarretaria um peso maior para você? Para a nossa vida… para o nosso casamento?

Apertei sua mão com força, encarando seus olhos verdes que pareciam tão confusos e ao mesmo tempo pareciam suplicar alguma coisa. Passei a mão em seu rosto, deslizando-a pelo maxilar pronunciando que me encantava. Ele fechou momentaneamente os olhos e suspirou.

– Arthur… apesar de tudo o que já passamos eu ouso dizer que nossa vida é “leve”… quase tranquila. Nós temos você… nosso patriarca… só com sua presença você nos transmite segurança. Eu adoro cada momento que passo com você, com nossos filhos. Mesmo que às vezes seja tudo muito corrido. Mas quanto ao que me perguntou… uma criança… um filho, seja ele biológico ou não, jamais poderá ser chamado de “peso”, de estorvo. Um filho é como luz na vida de um casal, Arthur. E agora imagine três filhos… três luzes. Seremos uma família iluminada Arthur.

Ele me olhou por um tempo longo… não consegui definir exatamente. Seus dedos enfiaram-se em meus cabelos e inclinando a cabeça ele roçou o nariz em meu pescoço, cheirou meus cabelos e beijou suavemente minha boca.

– Você é maravilhosa. Tenho orgulho de ter dado essa mãe aos meus filhos. E aquele garotinho Lua… se nós conseguirmos… quer dizer, ele já sofreu tanto. E se ganhar uma mãe como você…

Eu o interrompi colocando meu dedo em seus lábios. Arthur passou a língua nele e mordiscou. Uma onda elétrica percorreu meu corpo fazendo-me estremecer e mordi meus lábios. Isso lá era hora de me deixar excitada?

– Não… hum… – Pigarreei até encontra voz novamente. – Não diga uma mãe como eu… diga uma família como a nossa. Pense em como esse garoto será feliz, Arthur… se conseguirmos.
– Irá comigo hoje? Eu… tomei a liberdade de confirmar com a assistente social.
– Claro que irei. Já tinha dito isso antes.
– Acha que Sophia consegue dar conta as crianças?
– Claro que sim. A que horas iremos?
– Agora.

Coloquei-me de pé imediatamente. Entretanto eu rezei para que tudo desse certo. A única coisa que eu não queria era ver aquele brilho de esperança nos olhos de Arthur se apagar.

***

Eu estava absolutamente encantada, fascinada com aquele garoto. Era lindo… meigo… inteligente. Eu estava há mais de meia hora conversando com ele enquanto Arthur conversava com a assistente social.

Apesar de dar umas gargalhadas com as idiotices que eu falava ele me pareceu um pouco triste, com toda razão, é claro. Nem gosto de imaginar como deve ter sofrido nas mãos de Don Matteo e pior… sem se dar conta que aquilo era completamente errado.

Segurei as mãos pequenas entre as minhas e sorri quando ele ergueu os olhos para mim. Passei a mão pelos cabelos negros que caiam em sua testa, afastando-os um pouco.

– Você é tão bonito… lindo. Meus filhos também são lindos. Eu te falei que tenho dois filhos?
– Aquele moço de cabelo estranho me falou… você veio com ele.
– Sim… eu vim com ele. Arthur é meu marido. – Ele deu um sorriso triste.
– Deve ser bom ter irmãos.
– Você poderá ter um dia. Joseph… sabe que você irá pra adoção, não é? – Ele afirmou.
– Você sabe o que é adoção?
– É quando vamos morar com alguém? Que não é da nossa família.
– Isso mesmo. E essa será a sua nova família. Você será criado como se fizesse parte dessa família a vida toda.
– E se ninguém me quiser? – Coloquei meu braço em seu ombro, puxando sua cabeça para o meu peito.
– Não é capaz de imaginar o que viemos fazer aqui? – Ele voltou a me olhar, os lábios tremendo.
– Vocês querem?
– Queremos muito. Mas infelizmente não depende apenas de nós. Por isso Arthur está conversando com a assistente social. Você acha que gostaria de morar conosco?
– Ele é legal… e você também.
– Então está tudo perfeito… porque você também é muito legal.

Se eu já estava animada com a ideia de adoção, agora eu queria isso desesperadamente. Joseph poderia ter um futuro maravilhoso se tivesse pessoas decentes ao seu lado. Arthur além de ser um homem muito ligado à família, ainda tinha condições financeiras de proporcionar tudo aquele garoto, não somente no campo material. Talvez ele precisasse até de um acompanhamento psicológico, embora não deixasse transparecer.

Pouco depois Arthur veio conversar com ele e eu fui conversar com a assistente social. Era uma mulher jovem e eu fiquei feliz ao saber que ela também tinha filhos. Geralmente essas pessoas são mais emotivas, embora eu não quisesse de forma nenhuma que esse assunto fosse tratado apenas pelo lado emocional.

Respondi a todas as perguntas com uma firmeza que surpreendeu até a mim mesma. E então ficou agendado nova entrevista com uma psicóloga, Arthur e eu. Além disso seria feita uma visita à nossa casa. Mas eu percebia a tensão de Arthur e eu nem precisaria perguntar o motivo.

– Fique tranquilo Arthur… nunca foi provado nada contra você. Seus impostos são pagos religiosamente, você faz suas contribuições para obras assistenciais… caramba… não há o que temer.
– Eu sou um mafioso, Lua.
– Provas Arthur… é preciso provas. E eles irão até nossa casa… mais família do que aquilo? Estou botando fé que tudo dará certo. – Ele segurou minha mão enquanto dirigia de volta pra casa.
– O que achou dele?
– Ai… ele é muito fofo… que graça de garoto. E me dá um ódio saber que ele passou por aquelas barbaridades.
– Nem me lembre disso… mas se conseguirmos… nossa… – Ele balançou a cabeça, sorrindo… a imagem da esperança iluminando mais uma vez seu rosto.
– Elas irão a nossa casa daqui há dois dias não é?
– Sim. E teremos que providenciar algumas coisas… teremos que fazer inclusive exames psicológicos, sanidade mental… essas coisas. – Ficou em silêncio observando o trânsito antes de soltar a pérola. – Sinceramente estou com medo de ser reprovado no exame de sanidade mental. – Eu ri alto, apoiando minha cabeça no encosto do banco.
– Deixe de ser idiota, Arthur.
– É sério… sabe que não sou bom da cabeça.
– Não sei de nada. Você só é muito cavalo às vezes… mas também é muito carinhoso. Mas isso não quer dizer que tenha dupla personalidade. Você só não tem muita paciência para certas coisas.
– É… realmente não tenho mesmo.
– Mas é visível o seu carinho com seus filhos… comigo… até mesmo com os rapazes. Você é assim… intenso em tudo. E acho que é o que tem de melhor.

Arthur ficou me encarando, depois soltou uma das mãos do volante e acariciou meu rosto.

– Eu sei que tenho três coisas de melhor: você, John e Lunna. – Balancei a cabeça.
– Minto… você é todo bom… inteiramente perfeito. – Ele rolou os olhos e bateu levemente em minha mão.
– E você é a mais perfeita mentirosa que já conheci.
– Você é muito absurdo às vezes. – Ele nem se deu ao trabalho de responder. Pegou novamente minha mão e levou aos lábios, beijando-a delicadamente.
– Estive pensando uma coisa.
– Hum… e o que poderia ser?
– O que acha de sairmos hoje à noite? – Opa… aquilo realmente me pegou de surpresa.
– Sairmos? Pra onde?
– Ah… sei lá… jantar fora… apenas você e eu. Nem que eu tenha que pedir ajuda para a minha mãe para olhar as crianças.
– Eu acho maravilhoso… mas por que isso agora? Você é sempre tão reservado… – Ele suspirou e olhou pela janela, apenas uma forma de buscar as palavras corretas.
– Acho que a única vez que fizemos isso foi em nossa lua de mel. Se quisermos ser uma família normal… precisamos começar a fazer programas normais.
– Normal… tai uma coisa que nunca seremos. – Ele deu de ombros.
– Que seja. E além do mais… você é jovem demais. Precisa fazer programas para pessoas da sua idade ou daqui a alguns anos estará frustrada e irá querer me enfiar o pé na bunda.

Olhei em seu rosto, buscando seu sorriso torto e debochado mas não encontrei. O que vi foi um rosto torturado… o cenho franzido. Arthur não estava mesmo acreditando naquela loucura, estava?

– Arthur? – Quando seus olhos me fitaram eu tive a certeza que ele falava sério.
– Meu Deus, Arthur… que espécie de louca acha que eu sou? Você me proporcionou os melhores momentos da minha vida… como pode dizer que ficarei frustrada? Se eu fizesse tanta questão desses programas eu teria falado pra você, mesmo correndo o risco de levar um coice. Estou feliz assim.
– Mesmo?
– Você nunca fui inseguro.
– Eu nunca fui um monte de coisa antes de conhecer você e de ter filhos.
– Eu sei. Mas estou feliz de verdade. Mas se você quer sair um pouco… eu vou amar mostrar meu homem para todo mundo. – Ele riu, ainda segurando minha mão com força.
– Então iremos hoje. Será até bom para espairecer um pouco.

Eu sorri, animando-me. Sair com meu marido… com essa maravilha de homem e matar todas as mulheres de inveja.

Uma puta sortuda… isso é o que sou.

Arthur aproveitou e ligou para Rita naquele instante. Deixou no viva voz e conversava, sempre atento ao trânsito. Obviamente Rita não recusou. Aquela família inteira era apaixonada pelas crianças, até mesmo os marmanjões da máfia viravam gatinhos quando estavam perto delas.

Eu só não imaginava a confusão que Arthur estava provocando ao ligar para Rita. E nem ele, claro. Assim que chegamos em casa encontramos Sophia parada à varanda, como se esperasse por nós. E esperava mesmo…mais especificamente por Arthur.

– E aí baixinha?
– E aí baixinha uma ova… como pode fazer isso comigo?
– Do que está falando, louca? – Ela colocou as mãos na cintura, encarando, um dos pés batendo nervosamente no chão.
– Você… por que pediu pra Rita olhar as crianças? Acha que não tenho capacidade para isso? Já não dei provas de que sei cuidar de crianças?
– Ah… isso…

Sophia tinha se esquecido do quanto aquele bater de pés irritava Arthur? Eu não daria dois segundos…

– PARE DE BATER A PORRA DESSE PÉ.
– Não paro… atrevido.
– Sophia… – Ele passou as mãos nervosamente pelos cabelos e nesse momento Micael apareceu com John no colo.
– Ah… chegaram.
– Chegamos e essa maluca da sua namorada está tendo um ataque.
– Não fale assim comigo, Arthur… poxa… que sacanagem. Até parece que não confia em mim. Rita ligou falando que vinha buscar os pequenos.
– Sophia… não é nada disso. Só não queria sobrecarregar você, afinal Micael está aqui e…
– É bom que já vamos treinando… – Senti Arthur ficar tenso ao meu lado e olhou para o Micael com fúria e depois para Sophia.
– ESTÁ QUERENDO ME DIZER QUE ESTÁ GRÁVIDA?
– Pare de gritar, seu ogro… vai acordar o John. E eu não estou grávida… mas ficarei um dia. – Sophia fez um muxoxo, rolando os olhos.
– Arthur… por que não liga pra Rita? Já que Sophia não se importa…

Resolvi interferir antes que Arthur desse umas palmadas nela. Ele suspirou e me olhou profundamente, sabendo que eu estava com a razão. Passou por Sophia e bagunçou seus cabelos.

– Tudo bem sua maluca. E agradeça por eu não te dar umas palmadas. – Ela sorriu aberta e desavergonhadamente.
– Obrigada… LUA… – Arthur deu meia volta e parou à frente de Sophia.
– Espero que Lunna chore bastante… e não deixe você dar ao menos um beijinho.
– É provável… puxou ao gênio danado do pai.
– Sophia… está pedindo umas palmadas.
– Como fez com a Lua?

Micael e eu acompanhávamos o jogo de palavras sem dizer nada, espantados demais com a criancice dos dois. Arthur deu um aperto na bochecha de Sophia.

– Não sua tola. Em Lua eu bati com segundas intenções… estava louco pela bunda dela.
– ARTHURRRR!

Eu esbravejei mas o maldito já entrava, rindo alto. Nessa família só existe louco… não há como negar.

Ainda que Arthur quisesse, ele não conseguiria fazer nada imperfeito. Tudo… absolutamente tudo que vinha dele tinha um toque especial e inesquecível. Eu nunca pensei em namorados e romance. Sempre fui muito vigiada pelo meu pai e pelo Pedro, por motivos escusos, mas ainda assim era protegida.

Por isso mesmo nunca me imaginei fazendo programas românticos com ninguém. E agora vinha Arthur me proporcionando essa noite perfeita. Fomos a um restaurante elegante, claro, assim como Arthur. Uma banda de jazz tocava em espaço reservado, mas ainda assim embalava nossa noite.

Minha cabeça repousava em seu ombro enquanto voltávamos para casa. Ele dirigia com apenas uma mão, a outra envolvia minha cintura. A rosa que me foi oferecida no restaurante estava em meu colo e seu odor delicioso e marcante estava ainda mais pronunciado com as janelas do carro fechadas.

– Às vezes eu consigo deixar de ser um cavalo, não é?
– Eu já falei que amo todas as suas facetas e não menti.
– E eu amo saber que está feliz comigo.
– Teria como ser diferente?

Ergui a cabeça e imediatamente sua boca cobriu a minha num beijo rápido. Olhei as luzes do parque ao longe e suspirei.

– Não vejo a hora de levarmos nossos filhos ao parque… para passear em algum lugar. Vê-los correndo pela casa…

Arthur me olhou de forma estranha, o cenho franzido e a ponta de um sorriso nos lábios sensuais.

– Parque? – Antes de ouvir minha afirmativa, Arthur fez o retorno e pelo caminho que seguia eu entendi que ele se dirigia ao melhor parque da cidade.
– Não acredito que vai fazer isso… – Ele sorriu sem me olhar.
– Você me deu ideias.
– Tenho medo dessas ideias.
– Tem medo, mas adora.
– Você faz tudo perfeito… claro que vou adorar. O que pretende agora?
– Nada… você é quase uma adolescente ainda… dezenove aninhos… vai curtir coisas que eu sei que não curtiu ainda.

Quando ele dava aquele sorriso estonteante eu já sabia que curtir seria uma palavra pequena demais para o que ele iria me propor.

Saímos do carro de mãos dadas e Arthur olhou ao redor como se escolhesse os “brinquedos”. Até agora eu não acreditava que ele fosse mesmo fazer isso. Mas acabei me convencendo quando ele foi comprar os tíquetes. Passamos por vários até que ele parou em frente à roda gigante que estava completamente abandonada. Tão abandonada que o rapaz que tomava conta cochilava de boca aberta.

Arthur deu um tapinha em seu ombro e ele deu um pulo, passando as costas da mãos nos lábios.

Aproximou-se ainda mais dele e falou algo tão baixo que mesmo me esticando toda não consegui captar o que era. Mas eu percebi muito bem quando o rapaz guardou apressadamente um maço de notas em seu bolso.

– Deve ser grave… para precisar subornar o rapaz.
– Olha como você fala com seu marido Lua.

Falamos enquanto éramos colocados dentro da cabine e fechados lá dentro. Enrosquei-me no peito de Arthur quando começamos a rodar lentamente, o ar gélido batendo em meu rosto. Nem bem começamos a subir e Arthur segurou meu rosto, devorando minha boca, a mão erguendo meu vestido e massageando meu sexo sobre a calcinha.

Eu gemi e estremeci, o bico dos meios seios enrijecendo-se… não sei se de frio ou das sensações tão conhecidas e poderosas que já tomavam conta do meu corpo. Arthur levou a mão até o elástico da minha calcinha e eu ergui um pouco meus quadris, já adivinhando suas intenções. Deslizou minha calcinha pelas minhas pernas e guardou-a no bolso, voltando a levar meus dedos até minha entrada.

– Eu fico maluco quando sinto essa boceta tão molhada pra mim… e eu nem fiz nada ainda.
– Você… não precisa de grande esforço… sabe disso.

Novamente sua boca colou-se na minha e minhas mãos voaram até seus cabelos, apertando meus dedos nele e rebolando meus quadris ao sentir seus dedos me penetrando.

– AH… era isso… não era? Pagou para não deixar ninguém subir…

Sua boca passou ao meu pescoço e seus dedos começaram a se movimentar dentro de mim. Meus quadris reagiram automaticamente, remexendo e erguendo-se mais, procurando maior penetração dos seus dedos.

–Também… ordenei que jamais olhasse para trás… na terceira volta… quando estivermos lá no alto… – Ele falava e mordiscava meu pescoço sem parar de estocar seus dedos dentro de mim. – Quero que ele pare a máquina…e não a coloque em movimento antes de quinze minutos.
– Quinze?
– Tempo mais que suficiente para fazer você gozar. – Eu gemi novamente e deslizei uma das mãos, colocando-a sobre o pau dele e apertando com força. – Gostosa… você me deixa louco, Lua… sempre foi assim.

Rapidamente eu liberei seu pau, sentindo seu calor pulsar em minha mão. Sem pensar duas vezes eu cai de boca sobre ele, inclinando meu corpo. Arthur gemeu erguendo meu vestido. Os dedos que antes estocavam meu sexo agora abriam minhas nádegas e se enfiavam ali, fazendo-me chupar seu pau com mais voracidade e rebolar minha bunda em sua mão. Era uma sensação deliciosa… o vento frio batendo em minha pele em chamas… a roda girando… o pau de Arthur fodendo minha boca e seus dedos levando-me à loucura. Ergui minha cabeça assustada ao perceber que tínhamos parado.

– Deus do céu…

Arregalei meus olhos ao perceber tudo muito pequeno logo abaixo de nós. Estávamos parados bem no topo da roda gigante, a cabine balançando levemente.

– Arthur… eu…
– Não precisa ter medo amor… mas se quiser eu vou devagarzinho… venha cá.

Olhei para sua mão que friccionava seu pau em movimentos erráticos e deixei meus medos de lado. Arthur abriu um pouco as pernas para que eu me encaixasse ali. Fui descendo lentamente, sentindo seu pau abrir minha carne.

– Puta que pariu… cada dia mais gostosa.

Rebolei um pouco e Arthur puxou meu corpo para trás, uma de suas mãos envolvendo meu seio e a outra massageando meu clitóris.

– Adoro comer você… Morro sem isso… sem o calor dessa boceta…
– Arthur…
– Rebola no meu pau, amor…

Segurei em sua coxa, o coração disparando ao perceber o balanço da cabine. Sua mão abandonou meu seio e apertou minha cintura, fazendo meu corpo subir e descer e seu pau se enfiar em mim com força. Ele gemia alto e eu percebi que assim como eu, seu orgasmo não estava longe.

Arthur aumentou o ritmo, as pernas fortes suportando o meu peso e permitindo que ele impelisse os quadris, socando com força, a ponto de me fazer sentir suas bolas em minha bunda. Seus dedos apertaram meu clitóris e eu gritei e mordi meus lábios.

– Goza comigo agora…
– Eu vou… vou… Arthur… – Meu corpo estremeceu e meus músculos apertaram seu pau que pulsava e dilatava dentro de mim.
– Quero fazer você ver estrelas… literalmente… olhe para cima, meu amor.

Ergui minha cabeça e abri meus olhos, nós dois estremecendo e gemendo juntos. Meu corpo se convulsionava, Arthur continuava estocando com força, seu sêmen penetrando meu corpo, enquanto eu olhava boquiaberta para o céu… como se eu pudesse tocá-lo.

– Arthur… – Arrisquei uma rápida olhada para ele que também olhava para o céu, o rosto tomado pelo êxtase.
– Perfeita…
– Sim… a noite está perfeita. – Sua boca roçou meu pescoço.
– Estava falando de você… mas a noite também está perfeita.
– Nossa… – deixei minha cabeça cair sobre seu ombro, sentindo seu pau ainda pulsando dentro de mim.
– Tenho a impressão que posso tocar as estrelas… o céu.
– Eu faria isso por você… se pudesse.
– Eu já tenho você… nossa família… conquistar o mundo fica fácil agora.

Sua mão forçou minha cabeça e nossos lábios se encontraram. Ele sempre encontrava uma forma de fechar tudo… tudo com chave de ouro.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/M: Olá? Boa noite!

Vão desculpando a demora com a atualização dos capítulos.

Quer capítulo mais perfeito e amoroso que esse? Nossa <3 Só queria um homem desse na minha vida.

E tocar o céu também... Hahaha

Beijos... e até a próxima atualização.

7 comentários:

  1. Tô amando esses momentos românticos dos dois é muito lindo

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  2. Nossa que fogo ����esse dois tem hahaha...

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  3. Adorei esse capítulo mais romântico ❤❤

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  4. Que safados eles são kkkkkkk

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  5. Que fogo desses dois to amando esses momentos românticos deles dois vc tem que fazer mais capítulos assim

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  6. Melhor web de todas �������������� comecei a ler e acabei todos os capítulos em um dia, muito bom saber que ainda tem webs depôs de tanto tempo, posta mais por favor ��

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