O Poderoso Aguiar | 43º Capítulo

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O Poderoso Aguiar
43º Capítulo – Minha Família… Minha Vida.

Pov Lua

Quanto mais eu conhecia o ser humano, mais eu ficava decepcionada. Claro que em certos casos, já era de se esperar. Convivi com tanto vagabundo… meu pai, meu irmão… até mesmo Arthur teve seus momentos. Entretanto Dom Matteo superou todos eles juntos. Acho que não existia mais por onde um ser humano ser tão desprezível e odioso. Quanto mais podres dele eram descobertos, mais revolta ele causava às pessoas. Sinceramente se não fosse o garoto, com certeza Arthur o teria matado. Pessoas como ele realmente não mereciam viver. Entretanto havia o garoto. O tal “filho” de Dom Matteo. Um garoto que tirou das ruas, ou roubou da mãe… sei lá, para satisfazer suas vontades. Tentei chegar a uma conclusão após ouvir tudo o que Arthur me disse, mas continuava no vácuo.

Arthur ficou abalado demais e eu bem entendia suas razões. Primeiro porque, apesar dos pesares, ele sempre foi um homem integro, tem o coração do tamanho do mundo. E isso ficou ainda mais exacerbado depois que nossos filhos nasceram. O único pensamento que consegui ter foi adotar o garoto caso ele não tivesse nenhum parente que pudesse ficar com ele. Engraçado foi ver a cara de surpresa de Arthur. Quando ele tocou no assunto, sua expressão era tão triste e desolada que cheguei a pensar que ele tinha pensado na adoção. Mas ele ainda não tinha tido essa ideia. Por isso mesmo abraçou meu corpo com força, beijando-me com paixão. Foi apenas uma fagulha para acender nossos corpos que se enroscaram na cama o resto da noite. Arthur estava ainda mais intenso que o normal. Suas mãos agarravam meu corpo com tanta força que por várias vezes eu cheguei a sentir dificuldades em respirar.

Girei na cama buscando o calor dos seus braços e encontrei o vazio. Abri meus olhos constatando que eu realmente estava sozinha. Estendi meu braço e verifiquei as horas no celular. Ainda não eram seis da manhã. Talvez nossos filhos tivessem acordado e Arthur foi verificar. Levantei-me e fui até o quarto de John que dormia tranquilamente. Dirigi-me ao quarto de Lunna que também dormia. Não era possível que Arthur já tivesse saído. Não falou nada comigo a respeito de sair tão cedo. Aliás, pela forma como me amou, imaginei que ficaria na cama até mais tarde. Mas ele sempre me surpreendia.

Voltei para o nosso quarto e no exato instante em que notei a ausência da babá eletrônica, eu ouvi o som de algo caindo na água. Fui até a sacada do quarto e então fiquei estática, a respiração suspensa. Era aquilo mesmo que eu estava pensando… e vendo? Apoiei-me na grade da sacada e fiquei admirando as braçadas vigorosas que Arthur dava enquanto atravessava a piscina. Mergulhou e voltou à tona, passando as mãos nos cabelos. Estava de costas pra mim e apoiou os braços na borda da piscina. Acompanhei cada linha dos músculos de suas costas largas, passando a língua nos lábios. Eu adorava apertar aqueles músculos… morder… só de me lembrar disso senti minha boca salivar.

Pensei por um momento e depois me decidi. Fui até o closet e peguei um biquíni azul e me vesti, colocando o roupão por cima. Voltei novamente ao quarto das crianças e constatando que ainda dormiam desci silenciosamente as escadas e sai em direção à piscina. Atravessei o jardim e segui em direção a ele sem fazer qualquer ruído. Ele permanecia na mesma posição. Dei a volta e parei em frente a ele que sequer ergueu a cabeça.

– Pensei que não viesse mais.
– Como?
– Estava esperando você. Sabia que iria sentir falta do meu calor ao seu lado e viria me procurar.

Nem ousei chamá-lo de convencido. Como se não bastasse estar certo quanto ao que disse, sua voz soou rouca, baixa… e carregada de desejo em cada sílaba. Eu conhecia muito bem meu marido para saber que ele estava ardendo.

Tirei meu roupão deixando-o deslizar pelo meu corpo e cair aos meus pés. Somente então, Arthur me olhou… subindo vagarosamente pelos pés… coxas… meu sexo que a calcinha minúscula do biquíni mal ocultava… barriga... Pela sua respiração eu percebi como ele estava balançado com minha presença. Continuou subindo o olhar e meus mamilos imediatamente ficaram túrgidos quando seus olhos pousaram sobre eles. Continuou a inspeção, passando pela minha boca até seus olhos cravarem-se nos meus. Parecia que iriam perfurar minha pele tamanha intensidade com que me olhava.

– Não vem? Já estava sentindo sua falta.
– Mas… e as crianças?

Ele desviou o olhar até a mesa pouco atrás de mim e então vi a babá eletrônica. Eu não sei por que ainda me espantava com certas atitudes dele. Meu marido é perfeito. E que ousem dizer o contrário. Ele se afastou da borda até chegar ao meio da piscina, mas sempre de frente pra mim. Observei seu tórax perfeito reluzindo à luz do dia que começava a nascer e então… mergulhei. Seus braços rapidamente envolveram minha cintura e inclinando a cabeça, sua boca roçou a pele sensível do meu pescoço. Eu gemi, deixando minha cabeça pender para trás. A barba recém crescida arranhava minha pele e transmitia vibrações elétricas por todo meu corpo.

– Adoro seu cheiro… seu sabor… – Apertou minha cintura e um calor se espalhou pelo meu sexo, mesmo sob a água. – Não imagina como eu já estou duro. Nem parece que estive a noite inteira dentro de você.

Meus dedos automaticamente fecharam-se em seus cabelos e uma das mãos apertou seus ombros. Eu já tinha perdido há muito tempo a sensibilidade das pernas e só permanecia de pé porque Arthur me segurava. O poder que esse homem tinha sobre mim chegava a ser ultrajante. Bastava um olhar ou meras palavras e eu me derretia… me desmanchava inteira nos braços dele.

– Já estava ficando maluco aqui… e agora olhando esse biquíni… estou mais louco ainda.

Ele afastou o tecido do sutiã, apertando meu mamilo. Colei mais meu corpo no dele, a boca grudada em seu peito. Arthur baixou a cabeça e me fez gemer alto ao engolir meu seio, a outra mão descendo e afastando minha calcinha, massageando meu clitóris. Eu rebolei, descontrolada, agarrando-me mais a ele. Ele continuava sugando meu seio, gemendo enquanto penetrava seu dedo em mim. Senti um formigamento no outro seio e o leite começar a escorrer. De alguma forma Arthur percebeu e ergueu a cabeça, sorrindo torto. Ergueu meu corpo e caminhou comigo até a borda da piscina, colocando-me sentada. Era incrível a facilidade com que ele me pegava, carregando-me como se eu fosse uma pluma. Afagou e apertou minhas coxas, afastando-as. Em seguida segurou o laço da calcinha do biquíni e o desfez, retirando a peça e jogando-a para o lado. Eu arfei e segurei sua mão, o bom senso falando mais alto.

– Arthur… – Olhei para os lados. – E os seguranças?
– Dispensei todos assim que acordei. Ninguém irá nos perturbar.
– E Sophia?
– Saiu ontem à noite… ficaria com o Micael.
– Fez isso de caso pensado?
– Claro. Precisava ter algumas horas de privacidade com minha família.

Sua mão apertava minha coxa e a outra se enfiava no meio das minhas pernas, abrindo-me e penetrando-me com dois dedos. Impossível segurar um gemido e o remelexo dos meus quadris, meu corpo inteiro pedindo por mais.

– Olhe para mim, meu amor.

Obedeci no mesmo instante, encarando seus olhos flamejantes. Passei a língua nos lábios, sentindo minha pulsação disparar ainda mais quando começou a estocar seus dedos de forma dura e firme, curvando seus dedos dentro de mim e tocando-me naquele ponto que ele bem sabia… me levava ao céu.

Eu gritei, agarrando-me aos cabelos dele, rebolando, estremecendo ainda mais quando seu polegar circulou meu clitóris.

– Ah… Arthur… isso é covardia… – Ele riu baixinho e segurou-me pelos cabelos, forçando-me a olhar pra ele.
– Somente assim eu me sinto o poderoso que você tanto fala. Adoro a forma como seu corpo reage ao meu olhar… ao meu toque. Amo saber que essa boceta deliciosa fica incrivelmente encharcada somente com o som da minha voz…

Ele se colocou no meio das minhas pernas, abrindo-as ainda mais. Eu não tinha forças para falar… apenas gemia.

– É muito foda saber que eu… somente eu faço isso com você e que você é minha. E é igualmente foda saber… que eu sinto exatamente a mesma coisa com você.

Mal pronunciou a última palavra e abaixou a cabeça, enterrando sua língua dentro de mim. Ele estava quente… muito quente e o contato com minha fenda úmida me fez gritar novamente de prazer. Arthur empurrou um pouco meu corpo para trás.

– Quero você inteiramente aberta pra mim. Preciso devorar essa boceta antes de arrombá-la com meu pau.

Ele pode ter pensado que me deitei um pouco, apoiando-me nos cotovelos, mas na verdade eu cai mesmo, completamente enlouquecida com aquelas palavras. E ele estava literalmente me devorando. Sua língua entrava e saía de mim, depois prendia meu clitóris entre seus lábios e voltava a enfiar sua língua novamente. Eu rebolava cada vez mais rápido em sua boca, mal sentindo a dureza do piso em meus cotovelos. Minha mente só se ligava em sentir a dureza do pau dele dentro de mim. O pior de tudo é que o homem é simplesmente espetacular… e eu sentia meu orgasmo chegando. Arthur conhecia meu corpo, bastou uma única contração em meu sexo e ele literalmente me mastigou, abrindo sua boca sobre meu sexo, chupando com tanta volúpia que meu clitóris ardeu insuportavelmente... Eu gritei muito alto, enquanto meu corpo convulsionava-se e liberava meu gozo em sua boca.

Arthur continuou me chupando até não deixar mais nenhum vestígio de meu prazer.

– Merda de boceta deliciosa… me deixa tarado. Preciso comer você agora.
– Não… eu quero chupar você.

Rapidamente ele despiu a sunga, ainda dentro da piscina, depois me fez descer, pegando-me pela cintura. Em seguida tomou um pequeno impulso e sentou-se na borda da piscina. Eu salivei ao ver seu pau duro e enorme na mão dele.

– Dizem que a água deixa… hã… flácido.
– E tem como ficar flácido com uma máquina dessas na minha frente?

Já atordoada de tanto tesão eu segurei com firmeza em seu pau e punhetei, fazendo Arthur rosnar. Primeiro passei apenas o polegar na cabeça inchada… melada e pulsante. Mas a delícia daquele homem era demais para que eu me contentasse apenas com isso.

Inclinei-me, engolindo-o com tanta fome que meus dentes roçaram nele, fazendo Arthur gemer e impulsionar seus quadris. Segurei-me em suas coxas musculosas, movimentando minha cabeça num vai e vem frenético, devorando-o a ponto de fazê-lo alcançar minha garganta.

Puta que pariu… gostosa… mata seu homem. Eu gemi… meu sexo contraiu-se tanto que chegou a doer.

– Venha cá…

Arthur pulou novamente na piscina e me arrastou até a escada.

– Suba…

A princípio não entendi. Pensei que iria fazer amor comigo do lado de fora da piscina, mas logo vi que me enganei. Estava no segundo degrau quando veio a ordem.

– Aí… quietinha aí. – Senti seu corpo forte e quente atrás de mim e as mãos em minha cintura.

Automaticamente segurei no corrimão… o que foi uma sorte. Arthur penetrou meu corpo com tanta força que eu poderia ter caído de cara no último degrau.
Ele gemeu junto comigo, enfiando seu pau cada vez mais fundo, colando sua pélvis em minha bunda e remexendo seu pau de um lado a outro dentro de mim. Arthur também segurou no corrimão, tomando impulso para assaltar meu corpo com força redobrada. O ar saía de dentro de mim com tanta dificuldade que minha cabeça girava. E Arthur continuava metendo forte e rápido, empurrando meu corpo que rebolava despudoradamente nele.

– Caralho… gostosa… ah… prende meu pau… goza comigo.

Novamente ele rebolou e voltou a estocar fazendo meu sexo espremê-lo dentro de mim. Ele gemia sem parar, acompanhado por mim. Senti seu pau inchando-se… expandindo-se dentro de mim e deixando-me tão preenchida que pensei que não conseguiria abrigá-lo. Mas foi o bastante para que ele urrasse de prazer, gozando loucamente dentro de mim.

– Tome… receba minha porra…

Mais uma vez eu gozei… tudo escureceu… como se de repente o dia se transformasse em noite, mas era apenas o êxtase dominando meu organismo. Mal tínhamos nos recuperado e ouvimos o choro: Lunna. Arthur riu baixinho e beijou meu ombro.

– Boa menina. Esperou o papai terminar o serviço. – Segurou-me pela cintura, ajudando-me a sair da piscina. Estendeu-me o roupão e vestiu o dele.
– Agora os amantes saem de cena e entram os pais. Vamos lá, senhora Aguiar. – Sorri para ele, mordendo os lábios, ainda balançada demais com o sexo delicioso.
– Vamos, meu amante. Acabou o recreio.
– Agora iremos fazer um programa diferente… nós quatro.
– Eu, você e as crianças.
– Sim… a minha família… minha vida. Amo vocês.

Ignorei um pouco o choro de Lunna e me atirei em seus braços. Ainda chegaria o dia… um dia em que eu morreria de tanto amor.

Pov Arthur

Eu me sentia mais leve. Incrivelmente mais leve. Lógico que ainda tinha muito a ser resolvido, mas o fato de ter Dom Matteo atrás das grades melhorava e muito o meu humor. Eu precisava desse momento com minha família. Estar com Lua e nossos filhos longe desse ambiente carregado de coisas ruins.

Já acordei pensando nisso e desci para a piscina. Tinha certeza que Lua iria sentir minha falta ao seu lado na cama e sairia para me procurar. Até demorou um pouco, em minha opinião. Mas como sempre valeu a pena. Se tem uma coisa que sempre admirei e amo em Lua é essa capacidade de se entregar sem reservas. Num momento estava brava, uma leoa. No outro estava derretida em meus braços… exatamente como eu. Nesse ponto somos idênticos. Ambos intensos… apaixonados demais.

Hoje, claro, não foi diferente. Deu uma louca em mim. Apesar de ter ficado muito puto quando vi Lua pela primeira vez na piscina, tenho que admitir que ela estava deliciosa. Daí veio o pensamento de fazer amor com ela ali. Assim que desci chamei os seguranças, tanto os que estavam deixando o posto quanto os que iriam começar. Dei o dia de folga para todos eles. Sei que Lua provavelmente iria ficar com o pé atrás. Ela já estava mais que acostumada a ter esses brutamontes por aqui. E além disso, ela estava com medo por causa dos últimos acontecimentos.

Bobagem dela. Nesses anos de pratica, de convívio com esse mundo nojento, eu bem sabia que Dom Matteo sendo preso, o resto abandonaria o barco. Ninguém iria ficar para ver o barco naufragar de vez. Pessoas da espécie dele eram covardes demais. Mas até que Lua não ficou tão arredia assim. Entregou-se como sempre de forma intensa… arrebatadora. Tanto que até agora eu suspirava, lembrando-me de como gozei gostoso com ela. Ou então eu suspirava só de olhar aquela bunda que ia rebolando à minha frente. Se Lunna não continuasse chorando, muito provavelmente eu a jogaria contra essa parede agora.

– Pare de me olhar assim, Arthur. Estou sentindo.
– Sentindo nada. Deixe de ser convencida. Fica com esse joguinho para ver se eu como você de novo. – Ela se virou e me olhou de cima a baixo.
– Como se você aguentasse. Está ficando velho, Arthur.

Imagino que ela nem tenha imaginado que eu a iria lançar contra a parede, esmagando seu corpo e segurando seus braços abertos como se a crucificasse.

– Repete, bandida. – Sua respiração já estava absurdamente acelerada e ela me olhava, mordendo os lábios.
– Eu te amo.
– Não foi isso o que disse. – Mordi o lóbulo da sua orelha, repuxando-o um pouco. Ergui um pouco minha perna, roçando nela e sentindo sua umidade me molhar. – Tá doida para ser fodida de novo. Mais tarde, benzinho. – Senti suas pernas amolecendo e um gemido baixo lhe escapou.
– Ah… Arthur… – Dei um tapa em sua coxa.
– Agora vá fazer seu papel de mãe… deixe o de vadia para mais tarde. – A safada sorriu e se inclinou mordendo meus lábios.
– É promessa, amor?
– É gostosa. Agora vamos… sabe que a Lunna não espera.
– É bem parecida com o pai mesmo.

Merda.

Eu já estava aceso de novo e esperar até a noite seria uma tormenta para mim. Eu digo esperar porque estava disposto a sair com os três. Ultrapassar um pouco esses muros e respirar vida. Primeiro entramos no banheiro e lavamos as mãos, depois entramos no quarto de Lunna que continuava com seu choro atrevido.

– Credo… parece que está sem comer há séculos. – Passei à frente de Lua e peguei Lunna no colo. O choro cessou imediatamente.
– Ah… é manha para ganhar o colo do pai?
– Parece que sim.
– Lua… sei que ainda tem algumas mamadeiras guardadas. Por que não toma um banho? Eu cuido dela enquanto isso.
– Por quê? – Revirei os olhos.
– Porque está fedendo à porra e não vai pegar em meus filhos assim.
– Credo, Arthur. Quanta grossura. – Eu ri.
– É grosso mesmo… e grande. – Ela deu um tapa em meu ombro e saiu.
– Eu vou então… tomar banho, seu chato.

Assim que ela saiu eu sai também, conversando com Lunna que tinha os olhos fixos em mim.

– Vamos ver como está o John também? Você bem que poderia ser quietinha como ele não é? É nisso que deu puxar à sua mãe e não a mim.

John dormia o sono dos deuses. Estava de lado no berço, com as mãos unidas perto da bochecha. Tão tranquilo… tão lindo. Por essas e por outras é que eu tinha que me esforçar, dar o melhor de mim para ser um bom pai, dar uma família digna a eles, para que pudessem se orgulhar de pertencer a ela. Busquei a pequena mamadeira onde Lua armazenava seu leite e voltei para o quarto do John. Sentei-me na poltrona enquanto alimentava Lunna. Rapidamente a mamadeira ficou vazia.

– Estava faminta, hã?
– John ainda está dormindo? – Lua estava de volta, o cabelo molhado e aqueles vestidinhos leves que me deixavam com água na boca.
– Feito um anjo.
– Dê-me Lunna. E agora vá você tomar seu banho.
– Farei isso. E trate de arrumar as coisas deles que iremos sair um pouco.
– Pra onde?
– Por aí… passear.
– Mas eu preciso saber onde.
– Precisa nada. Se vire… coloque tudo aí.
– Céus… é a única pessoa que conheço que consegue ser gostoso mesmo sendo um cavalo.

Eu gargalhei e sai do quarto indo tomar meu banho. Não era nada de especial, apenas queria sair como uma família normal, embora nada tivéssemos de normal. Depois do banho voltei ao quarto. Lunna estava no berço de John e Lua o preparava para o banho.

– Fique com a Lunna, Lua. Deixe que eu dou banho no John.

Era completamente diferente cuidar do John e cuidar da Lunna. Ele era tranquilo demais. Eu brincava, mas na verdade ele não puxou nem a mim nem a Lua. Lunna não… essa pegou tudo da Lua e tudo de mim, ou seja, eu acho que ela iria ser terrível.

– E você, garotão? É a cara e o jeitão do papai, hein? – Lua riu alto e eu a olhei, desafiador. – Rindo do quê? Estou falando a verdade.
– Cara de pau mesmo.

Terminei de dar o banho, mas Lua vestiu a roupa. Nisso aí confesso que me embananava todo. Olhei ao redor e vi que a bolsa deles estava arrumada. Lua era realmente rápida pra essas coisas.

– Agora posso saber para onde vamos?
– Já falei que não é nada demais. Nem eu sei.

Peguei a bolsa e Lunna. Lua desceu com Jhon e colocamos os dois na cadeirinha.

– Há quanto tempo não saímos juntos assim, Arthur?
– Há quanto tempo nunca saímos juntos assim, Lua? Que eu me lembre só saímos para nos divertir um pouco em nossa lua de mel. Aliás… falando nisso, aquele tango ronda meus pensamentos até hoje. – Suas bochechas tingiram-se de vermelho e Lua sorriu timidamente.
– Eu também queria repetir a dose.
– E iremos, com certeza.

Íamos conversando amenidades enquanto eu dirigia pelas ruas da cidade. Sempre gostei de morar aqui na Sicília, e se tinha um lugar que sempre gostei era esse parque. Foi ali que resolvi parar. Peguei o bebê conforto dos dois e coloquei-os sob uma frondosa árvore. Ajudei Lua a colocá-los e depois nos sentamos. Eu fiquei encostado na árvore e Lua no meio de minhas pernas. Abracei sua cintura e coloquei meu queixo em seu ombro.

– Sempre gostei daqui. Mas quase não vinha. Meu pai… Billy não gostava muito que eu saísse por aí.
– Eu também gosto muito daqui. Já vim aqui várias vezes sempre que estava a ponto de sofrer um ataque. Transmite calma… paz.
– E é tudo que precisamos agora não é?
– Sim.
– E amanhã?
– Irá comigo, é claro.

O suposto filho de Dom Matteo estava numa instituição para menores. E amanhã eu iria até lá para ver como ele estava. Lua fazia questão de ir. Estava louca para conhecer o garoto. Sinceramente eu desejava que ele não tivesse mais ninguém no mundo. Não era por maldade, mas porque eu me sentia responsável por ele. E tenho certeza que Lua e eu daríamos um lar decente para ele.

Passamos horas ali, conversando, nos beijando, brincando com nossos filhos. Em certo momento fui até uma pequena lanchonete que havia ali perto e levei algo para comermos. Lua tinha amarrado os cabelos num rabo de cavalo e parecia uma garotinha. E é como se fosse. Ela é tão forte e destemida que às vezes me esqueço que ela tem apenas dezenove anos.

– Podíamos repetir isso mais vezes, Arthur.
– Não só isso como várias coisas novas. É como já te disse, Lua. Meus filhos precisam ter uma vida normal apesar de tudo.

Passava de uma da tarde quando resolvemos ir para casa. Ficar tanto tempo naquele bebê conforto também não era muito saudável. Chegamos em casa, tomamos banho novamente, afinal o dia estava quente. Depois disso nos deitamos em nossa casa, os dois bebês nos separando. Assim que eles dormiram Lua os levou para o berço. E eu a arrastei para o salão de jogos.

– O que vamos fazer?
– Jogar um pouco. – Ela olhou ao redor e sorriu, correndo até a mesa de sinuca.
– Um desafio na sinuca, senhora Aguiar?
– Sou boa nisso, Arthur. – Olhei para a saia curta muito acima dos joelhos e lambi os lábios.
– Nisso e em tudo mais…
– Safado… vamos lá.

Sinceramente eu queria me distrair um pouco. Já fizemos um programinha com nossos filhos e agora queria um com minha esposa. Era apenas diversão mesmo, juro. Mas quando Lua se inclinou à minha frente, tentando dar uma tacada, eu perdi completamente o foco. Lua se esticou toda e a saia absurdamente curta revelou a ausência da calcinha. À minha frente eu só via aquela fenda fechada, como se gritasse me chamando. Foi a famosa lei da ação e reação, meu pau pulsou violentamente e mais que depressa eu colei meus quadris naquela bunda redonda, gemendo alto.

– Arthur… que isso?
– Que isso é o cacete que vou te dar agora. Fez isso para me provocar, nem vem.

Empurrei um pouco mais o seu corpo sobre a mesa, seu braço empurrando várias bolas que foram parar no chão. Ergui sua saia e me afastei um pouco. Suas pernas mal tocavam o chão e eu via suas coxas brilhando pelo tesão que já escorria ali.

Porra… era a imagem mais fodidamente erótica que já vi na vida. Sem mais delongas, abri meu zíper, baixando minha calça e me aproximando do traseiro delicioso. Levei meu pau até sua boceta, esfregando-o ali para espalhar sua umidade.

– Ah… puta merda, Arthur.
– Puta merda digo eu, gostosa. Tem ideia do que eu vejo aqui? Estou quase explodindo…

Ela se remexeu um pouco, com dificuldade devido à posição. Não me segurando mais, segurei em seus quadris com uma das mãos empurrei meu pau para dentro daquela boceta que me tirava o juízo. A outra mão deslizou em sua bunda e meu dedo se enfiou no rabinho apertado dela, fazendo-a gemer alto e se apoiar nos cotovelos. Comecei a meter com força dentro dela e igualmente forte rápido meu dedo abria o traseiro suculento.

– Merda… merda de homem gostoso…

Lua estava agora com os braços abertos sobre a mesa segurando nas laterais e rebolando com a mesma maestria de sempre, fazendo meu pau aprofundar-se cada vez mais em sua gruta que já encharcava meu pau.

– Sempre quis… trepar com você… desde a primeira vez.

Meus gemidos eram altos, consequência não só da foda deliciosa quanto das palavras obscenas que Lua proferia.

– Me enche agora, Arthur… quero sentir sua… PORRA…

Eu sai um pouco e voltei com força, prensando seu corpo contra a mesa e rebolando meus quadris, estirando sua boceta o máximo que consegui. Lua praticamente berrou e seu corpo estremeceu, seu tesão deslizando em meu pau e contribuindo para que eu praticamente urrasse de prazer e me liberasse dentro dela. Inclinei meu corpo para frente e desci beijos em suas costas até a bunda. Afastei-me e puxei seu corpo abraçando-a.

– Te amo pra cacete, Arthur. – Eu ri.
– Desbocada.
– Aprendi com você. – Fechei meus olhos e inspirei, sentindo o cheiro delicioso dos cabelos dela.
– Arthur?
– Hum?
– Poderia ser quase sempre assim? Você muito carinhoso, atencioso… mas sem esquecer as ferraduras? – Dessa vez eu ri muito alto.
– É mulher de malandro mesmo.
– Sabe… eu me molho toda quando você está assim… meio… hã…
– Cavalo mesmo, eu sei. – Ela riu escondendo a cabeça em meu peito.
– É.
– Mas eu não quero ser assim. Você é minha rainha… merece que eu me ajoelhe aos seus pés. – Ela se afastou para me olhar e acabei me perdendo em seus olhos apaixonados.
– Eu me apaixonei por você assim… cheio de defeitos, mas as qualidades são tantas que superam qualquer coisa.

Beijei-a apaixonadamente. Ela talvez nem desconfiasse, mas a única coisa que superava tudo era meu amor por ela e agora por nossos filhos. Esse sim era um amor maior que tudo o que já conheci. Inclusive maior que esse ser pequeno que sou eu.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/M: Olá? Boa noite...

Bom, particularmente, amo demais esse capitulo. É um dos mais lindos de toda a fanfic – para mim, na sequência, ele só perde para o capítulo do nascimento dos bebês <3 aquele é tão, tão, tão lindo.

É maravilhosos ver/ler todo esse amor que o casal sente um pelo outro. Parece uma coisa tão absurdamente grande, que um dia não terá mais como caber amor dentro do coração de ambos.

A forma como Arthur devota esse amor todo por Lua e pelos filhos, nos faz esquecer o quão durão ele acaba sendo na maioria das vezes.

Ps: Demorei com a atualização, porque eu estava ocupada aqui com as coisas do aniversário da minha irmã. Que eu estava ajudando. Como já passou – foi ontem – voltarei com as atualizações de OPA diárias e ainda esta semana postarei Little Anie.

Beijos!

8 comentários:

  1. Sempre intensos!! Essa casal é de mais....

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  2. Tá cada vez melhor, ansiosa por LA.

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  3. Eles sempre safados Hahaha

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  4. Nossa esses dois tem um fogo,senhorrr,hot pra cacete.Tomará q eles adotem o garotinho,ele merece amor e esses dois tem de sobra.Tbm estou super anciosa por LA.

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  5. Que lindo esse momento familia���� tenho certeza de eles serão pais adotivos perfeitos, mas ainda acho que a família verdadeira deveria aparecer e ficar com a criança

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  6. Que lindooooos que familia lindaa que eles se tornaram !!
    Amandooo tudo isso

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