Ugly Love
Capítulo 5:
Pov. Lua
—
Quantas caixas você tem? —
Chay pergunta. Ele está colocando seus sapatos na
porta. Eu pego minhas chaves no bar.
—
Seis, mais três malas e todas as
minhas roupas nos cabides.
Chay caminha até a
porta do outro lado da sala e bate nela,
então se vira e segue
na direção dos elevadores. Ele aperta o botão de descer.
—
Você disse para mamãe que você fez
isso?
—
Sim, eu mandei uma mensagem ontem à
noite.
Eu ouvi a porta do seu
apartamento abrindo quando o elevador chegou, mas eu não me virei pra vê-lo
saindo. Eu entrei, e Chay segurou o elevador para Arthur. Assim que ele fica na
minha frente, eu perco a guerra. A guerra que eu sequer sabia que estava
lutando. Isso não acontece frequentemente, mas quando eu encontro um rapaz
atraente, é melhor quando acontece com uma pessoa que eu queira que aconteça.
Arthur não é a pessoa por quem eu quero ter sentimentos. Eu não quero me sentir
atraída por um cara que bebe até esquecer, chora por outras garotas, e não pode
sequer lembrar se ele dormiu com você na noite passada. Mas é difícil não notar
sua presença quando sua presença se torna tudo.
—
Deve ser apenas duas viagens. —
Chay diz para Arthur enquanto ele
aperta o botão para o térreo.
Arthur está olhando para
mim, e eu não posso julgar sua atitude, porque ele ainda parece puto da vida.
Eu encaro de volta, porque não importa quão bonito de olhar ele seja com aquela
atitude, eu ainda estou esperando por obrigado que eu nunca recebi.
—
Oi. — Arthur finalmente diz. Ele dá um passo para frente e
ignora completamente a etiqueta de não falar no elevador chegando bem perto e
estendendo sua mão. — Arthur Aguiar. Eu moro do outro lado do corredor.
E eu estou confusa.
—
Eu acho que nós estabelecemos isso.
— digo,
olhando para a sua mão estendida.
—
Começando de novo. —
ele diz, arqueando uma sobrancelha.
— Com o
pé direito?
Ah. Sim. Eu disse isso
pra ele.
Eu pego a sua mão e
balanço.
—
Lua Blanco. Eu sou a irmã do Chay.
O jeito que ele se
afasta e mantém seus olhos nos meus me faz sentir um pouco desconfortável, já
que Chay está só a um passo de distância. Chay não parece se importar, no
entanto. Ele nos ignora, preocupado com o seu celular. Arthur finalmente
interrompe seu olhar e tira seu celular do bolso. Eu aproveito a oportunidade
para estudá-lo enquanto sua atenção não está em mim. Eu chego à conclusão que
sua aparência é completamente contraditória. É como se dois criadores
estivessem em guerra quando ele foi concebido. A força da sua estrutura óssea
contrasta com a leveza, o apelo convidativo dos seus lábios. Eles parecem
inofensivos e convidativos comparados com a dureza dos seus traços e a cicatriz
irregular que percorre toda a extensão do lado direito da sua mandíbula. Seu
cabelo não se decide se ele quer ser castanho ou loiro ou ondulado ou liso. Sua
personalidade alterna entre convidativo e insensivelmente indiferente,
confundindo minha habilidade de discernir entre quente e frio. Sua postura
casual é uma guerra com a fúria que eu vi em seus olhos. Sua compostura hoje de
manhã contradiz seu estado ébrio na noite passada. Seus olhos não podem decidir
se eles querem olhar para o seu celular ou para mim, porque eles vão e vem
diversas vezes antes das portas do elevador abrirem. Eu paro de olhar e saio do
elevador primeiro. Cap está sentado na sua cadeira, sempre tão vigilante. Ele
olha para nós três saindo do elevador e levanta os braços da cadeira, chegando
a uma posição lenta e instável. Chay e Arthur acenam para ele e continuam
andando.
—
Como foi a sua primeira noite, Lua?
— ele me
pergunta com um sorriso, me parando no meio do caminho. O fato que ele já sabe
meu nome não me surpreende, desde que ele sabia pra qual andar eu ia à noite
passada. Eu olho na direção do Arthur enquanto eles continuam sem mim.
—
Um pouco agitada, na verdade. Eu
acho que meu irmão pode ter uma má escolha nas companhias que ele mantém.
Eu olho pro Cap, e ele
olha para Arthur agora, também. Seus lábios enrugados formam uma linha fina, e
ele dá um leve aceno de cabeça.
—
Ah, aquele garoto provavelmente não
pode ajudar ninguém. — ele diz, descartando meu comentário.
Eu não tenho certeza se
ele está se referindo a Chay ou Arthur quando ele diz “aquele garoto”, mas eu
não pergunto. Cap se afasta de mim e começa a se misturar na direção dos
banheiros do lobby.
—
Eu acho que fiz xixi em mim mesmo.
— ele
murmura.
Eu o observo
desaparecendo pela porta do banheiro, imaginando em que ponto da vida a pessoa
se torna muito velha para perder seu filtro. Embora Cap não pareça o tipo de
homem que nunca filtrou nada. Eu meio que gosto disso nele.
—
Lua, vamos! —
Chay grita do final do lobby. Eu os
alcanço para mostrar o caminho até o meu carro.
E demora três viagens
para levar todas as minhas coisas, não duas. Três viagens inteiras onde Arthur
não fala outra palavra comigo.
Pov. Arthur
6 anos atrás
Pai: “Onde você está?”
Eu: “Na casa do
Micael.”
Pai: “Nós precisamos
conversar.”
Eu: “Não pode esperar
até amanhã? Eu vou chegar tarde em casa.”
Pai: “Não. Eu preciso
de você em casa agora. Eu estou esperando por você desde que as aulas
acabaram.”
Eu: “Okay. Estou indo.”
Essa foi à conversa que
me levou até esse momento. Eu, sentando em frente ao meu pai no sofá. Meu pai,
me dizendo algo que eu não me importo em ouvir.
—
Eu teria dito mais cedo, Arthur. Eu
apenas –.
—
Se sentiu culpado? —
eu interrompo. —
Como se você estivesse fazendo algo
errado? — Seus
olhos me encontram, e eu começo a me sentir mal por dizer o que eu disse, mas
eu escondo esse sentimento e continuo. — Ela morreu há menos de um ano.
Assim que as palavras
deixam minha boca, eu quero vomitar. Ele não gosta de ser julgado,
especialmente por mim. Ele está acostumado com meu suporte em suas decisões.
Diabos, eu costumo apoiar suas decisões. Até agora, eu sempre pensei que ele
tomava boas decisões.
—
Olhe, eu sei que é difícil para
você aceitar, mas eu preciso do seu apoio. Você não tem ideia o quão difícil
foi pra eu seguir em frente depois que ela morreu.
—
Difícil? — Eu estou de pé. Eu estou elevando a minha voz. Estou
agindo como se eu me importasse, quando eu realmente não me importo. Eu poderia
me importar menos que ele está namorando outra vez. Ele pode ver quem ele
quiser. Ele pode dormir com quem ele quiser. Eu acho que a única razão pra
estar agindo assim é porque ela não pode. É difícil defender o seu casamento
quando você está morta. Eu estou fazendo isso por ela.
—
É óbvio que não é tão difícil pra
você afinal de contas, pai.
Eu caminho para o lado oposto da sala de estar. Eu caminho de volta. A casa é muito pequena para caber toda a minha frustração e desapontamento. Eu olho pra ele novamente, reconhecendo que não é muita coisa o fato dele estar vendo alguém. É o olhar que aparece nele quando fala nela que eu odeio. Eu nunca o vi olhando pra minha mãe desse jeito, seja quem ela for eu sei que não é uma coisa casual. Ela está prestes a se infiltras nas nossas vidas, se entrelaçando em torno e através da minha relação com o meu pai como se ela fosse uma hera venenosa. Não será mais apenas meu pai e eu. Será eu, meu pai e Lisa. Isso não parece certo, considerando que a presença da minha mãe ainda está em cada canto da casa. Ele está sentando com suas mãos dobradas na sua frente, entrelaçadas. Ele está olhando para a porta.
Eu caminho para o lado oposto da sala de estar. Eu caminho de volta. A casa é muito pequena para caber toda a minha frustração e desapontamento. Eu olho pra ele novamente, reconhecendo que não é muita coisa o fato dele estar vendo alguém. É o olhar que aparece nele quando fala nela que eu odeio. Eu nunca o vi olhando pra minha mãe desse jeito, seja quem ela for eu sei que não é uma coisa casual. Ela está prestes a se infiltras nas nossas vidas, se entrelaçando em torno e através da minha relação com o meu pai como se ela fosse uma hera venenosa. Não será mais apenas meu pai e eu. Será eu, meu pai e Lisa. Isso não parece certo, considerando que a presença da minha mãe ainda está em cada canto da casa. Ele está sentando com suas mãos dobradas na sua frente, entrelaçadas. Ele está olhando para a porta.
—
Eu não sei se isso vai pra frente,
mas eu quero tentar. Lisa me faz feliz. Algumas vezes seguir em frente é...o
único jeito de se mover.
Abro minha boca para
respondê-lo, mas minhas palavras são cortadas pela campainha. Ele olha pra mim,
hesitando em ficar em pé. Ele parece menor. Menos heroico.
—
Eu não estou pedindo que goste
dela. Eu não estou pedindo pra gastar seu tempo com ela. Eu só quero que você
seja legal com ela. — Seus olhos estão suplicando, e me fazem sentir culpado
por ser tão resistente.
Eu aceno.
—
Eu serei, pai. Você sabe que eu
serei.
Ele me abraça, e isso
me faz sentir bem e mal. Não é como apenas abraçar o homem que eu tenho num
pedestal por dezessete anos. É como apenas abraçar um igual. Ele pede pra eu
abrir a porta enquanto ele volta pra
casa pra terminar o jantar, então eu faço. Eu fecho meus olhos e deixo a mamãe
saber que eu vou ser legal com a Lisa, mas ela sempre será apenas Lisa para
mim, não importa o que aconteça entre ela e o meu pai. Eu abro a porta.
—
Arthur?
Eu olho para o seu
rosto, e é completamente diferente do rosto da minha mãe. Isso faz eu me sentir
bem. Ela é bem menor que a minha mãe. Ela não é tão bonita como a minha mãe,
também. Não há nada nela que eu possa comparar com a minha mãe, então eu nem tento.
Eu aceito ela pro que ela é: nossa convidada pra jantar. Eu aceno e abro mais a
porta pra a deixar entrar.
—
Você deve ser Lisa. Prazer em
conhecê-la. — Eu
aponto pras minhas costas. — Meu pai está na cozinha.
Lisa se inclina pra
frente e me dá um abraço – um que com sucesso me deixa embaraçado e após alguns
segundos eu a abraço de volta. Meus olhos encontram os olhos da garota parada
atrás dela. Os olhos da garota parada atrás dela encontram os meus. Você Vai se
Apaixonar Por mim, Rachel.
—
Arthur? — ela diz em um sussurro partido.
Rachel soa um pouco
como a sua mãe, mas triste. Lisa olha de Rachel para mim.
—
Você se conhecem?
Rachel não acena. Nem
eu. Nosso desapontamento se funde no chão e combina em Uma poça prematura de
lágrimas aos nossos pés.
—
Ele,hum,...ele... —
Rachel gagueja, então eu a ajudo a
terminar as palavras.
—
Eu vou para a escola com a Rachel.
— eu
deixo escapar. Eu me arrependo de dizer isso, porque o que eu realmente quero
dizer é, Rachel é a próxima garota por Quem eu vou me apaixonar. Eu não posso
dizer isso, no entanto, porque é obvio o que está Para acontecer. Rachel não é
a próxima garota por quem eu vou me apaixonar, porque Rachel é a garota que
mais provavelmente será Minha meia-irmã.
Pela segunda vez nessa
noite, eu me sinto mal. Lisa sorri e bate suas mãos.
—
Isso é ótimo. —
ela diz. — Estou tão aliviada.
Meu pai entra na sala.
Ela abraça Lisa. Ele diz oi para Rachel e diz para ela que é bom vê-la de novo.
Meu pai já conhece a Rachel. Rachel já conhece o meu pai. Meu pai visita muito
Phoenix. Meu pai tem visitado muito Phoenix desde que a minha mãe morreu. Meu
pai é um bastardo.
—
Rachel e Arthur já se conhecem. — Lisa diz para o meu pai. Ele sorri, e o alívio enche o
seu rosto.
—
Bom. Bom. — ele diz, repetindo a palavra duas vezes como se isso
pudesse fazer as coisas melhores.
Não. Ruim. Ruim.
—
Isso fará a noite menos estranha. —
ele diz com uma risada.
Eu olho para Rachel.
Rachel olha para mim.
Eu não posso me
apaixonar por você, Rachel. Meus pensamentos estão tristes. E você não pode se
apaixonar por mim. Ela lentamente entra, evitando o meu olhar enquanto ela olha
para cada passo que ela dá. Eles são os passos mais tristes Que eu já vi. Eu
fecho a porta. É a porta mais triste que eu já fechei.
N/A: Gente, cadê os comentários? Vocês não estão gostando da fic? Se não tiverem vocês precisam me falar, porque aí eu paro de postar ela. Só que vou logo avisando, eu não tenho nenhuma outra para adaptar no momento. Os comentários de vocês são o que me motiva para vim postar todo dia aqui. Se continuar assim, eu irei parar de postar no blog.
Comentem!
O que? Ficou louca? Essa história é... Não tenho palavras pra explicar! Amo drama! E tem drama nessa história! A história só está meio parada, mas sei que pra você estar postando ela, isso significa que ela vale a pena.
ResponderExcluirEstou amando a história!
Tem hr q esqueço o outro enredo da história e tenho pena do Arthur em relação a Rachel.
ResponderExcluirComo assim parar ?? Tem que continuar siiim !! Kkkk
ResponderExcluirAgora que tá ficando bom
Não parar!! A Web está maravilhosa!! Posta logo
ResponderExcluirFinalmente começaram com o pé direito!! E esse "Cap" sempre sabe de tudo, só não consegue segurar muito as coisas hahaha.
ResponderExcluirParece que Arthur não vai poder se apaixonar por Rachel...
Não para de postar não!!! To amando a web, assim como todas as outras que você adaptou!!
Helena
Quero continuação... Quero saber logo o que aconteceu para o Arthur ter bebido tanto naquele dia.
ResponderExcluirPera... Não para de postar não... Se for preciso comento mais de uma vez só para dar mais comentários rsrs mais não pare por favor.
ResponderExcluirTa tudo muito no início ainda.... Eu quero logo os próximos capítulos. To sentindo que vai demorar para a Lua e o Arthur ficarem juntos.
ResponderExcluirÉ meio estranho uma web LuAr começar com o Arthur sofrendo de amor por outra pessoa... Sei que é de acordo com o desenrolar da história. Mais que é estanho é.
ResponderExcluirNao para nao,a web esta muito boa,estou adorando.
ResponderExcluirÉ... pelo menos ele tentou ser legal com a lua :)
ResponderExcluirQue drama do Arthur com essa Rachel, tô muito curiosa pra saber oque aconteceu.. ou pelo menos pro thur e pra lua ficarem.. posta mais
Já tá melhor Brenda?
Fany