Ugly Love
Capítulo 4:
Pov. Lua
Pov. Lua
Normalmente, se eu
acordasse, abrisse meus olhos, e visse um homem raivoso me encarando da porta
do quarto, eu poderia gritar. Eu poderia atirar coisas. Eu poderia correr para
o banheiro e me trancar lá dentro. No entanto, eu não faço nada disso. Eu
encaro de volta, porque estou confusa como esse é o mesmo rapaz que estava
desmaiado bêbado no corredor. Como esse é o mesmo rapaz que chorou até dormir
na noite passada? Esse rapaz é intimidador. Esse rapaz é raivoso. Esse rapaz
está me olhando como se eu devesse uma desculpa ou uma explicação para ele. É o
mesmo rapaz, no entanto, porque ele está vestindo o mesmo par de jeans e a
mesma camiseta preta com que ele dormiu ontem à noite. A única diferença na sua
aparência entre a noite passada e essa manhã é que ele agora é capaz de se
manter em pé sem assistência.
—
O que aconteceu com a minha mão,
Lua?
Ele sabe o meu nome.
Ele sabe disso porque Chay contou para ele que eu estava me mudando ou porque
ele realmente se lembra de que eu falei a noite passada? Eu espero que Chay
tenha contado pra ele, porque eu realmente não quero que ele se lembre da noite
passada. Eu de repente me sinto constrangida de que ele possa se recordar de
que o consolei na noite passada enquanto ele chorava até dormir. Ele aparentemente não tem nenhuma pista do que
aconteceu com a sua mão, então eu espero que isso signifique que ele não tenha
nenhuma lembrança além dessa. Ele está encostado contra a minha porta do quarto
com seus braços cruzados no seu peito. Ele parece defensivo, como se eu fosse a
única responsável pela sua noite ruim. Eu enrolo, ainda não tendo terminado de
dormir, embora ele pense que eu deva algum tipo de explicação. Eu coloco as
cobertas sobre a minha cabeça.
—
Tranque a porta da frente quando
você for embora. — eu
digo, esperando que ele pegue a deixa de que ele é mais do que bem vindo a
voltar ao seu próprio lugar.
—
Onde está meu celular?
Eu aperto meus olhos e
tento abafar o som suave da sua voz que desliza para os meus ouvidos e faz
caminho por todos os nervos do meu corpo, me aquecendo em lugares onde esse
frágil cobertor não conseguiu durante toda a noite. Eu lembro pra mim mesma que
a voz sensual pertence a pessoa que está parada na porta, rudemente exigindo
coisas sem ter o conhecimento do fato de que eu o ajudei na noite passada. Eu
gostaria de saber onde está o meu, Obrigado por isso. Ou o meu Oi, eu sou
Arthur. Prazer em conhecê la.
Eu não recebi nada disso desse cara. Ele está muito preocupado com a sua mão. E seu celular, aparentemente. Muito preocupado consigo mesmo para se interessar sobre quantas pessoas ele incomodou com sua negligência a noite passada. Se esse cara e sua atitude serão meus vizinhos pelos próximos meses, é melhor eu corrigi-lo agora. Eu sacudo as cobertas e fico de pé, então caminho até a porta e encontro seu olhar.
Eu não recebi nada disso desse cara. Ele está muito preocupado com a sua mão. E seu celular, aparentemente. Muito preocupado consigo mesmo para se interessar sobre quantas pessoas ele incomodou com sua negligência a noite passada. Se esse cara e sua atitude serão meus vizinhos pelos próximos meses, é melhor eu corrigi-lo agora. Eu sacudo as cobertas e fico de pé, então caminho até a porta e encontro seu olhar.
—
Faça-me um favor e dê um passo para
trás. — Surpreendentemente,
ele faz. Eu mantenho meus olhos nos dele até a porta do quarto bater na sua
cara e eu estou olhando para a parte de trás da porta. Eu sorrio e caminho de
volta para a minha cama. Eu me deito e coloco as cobertas sobre a minha cabeça.
Eu venci. Eu mencionei que eu não sou uma pessoa matinal? A porta abre
novamente. Escancara-se.
—
O que diabos há de errado com você?
— ele
grita.
Eu resmungo, então me
sento na cama e olho para ele. Ele continua parado na porta, ainda olhando para
mim como se eu devesse algo pra ele.
—
Você! — eu grito de volta.
Ele olha genuinamente
chocado com a minha resposta dura, o que meio que me faz sentir mal. Mas ele é
o grande idiota! Eu acho. Ele começou. Eu acho. Ele me encara por alguns
segundos, então inclina sua cabeça lentamente para frente e arqueia suas
sobrancelhas.
—
Nós... — Ele faz um gesto com o dedo para frente e para trás
entre nós. — Nós
ficamos juntos na noite passada? É por isso que você está puta da vida?
Eu rio quando meus
pensamentos iniciais são confirmados. Ele está sendo um idiota. E isso é ótimo.
Eu sou vizinha de um cara que fica bêbado nas noites da semana e obviamente
traz pra casa tantas garotas durante o processo que ele nem sequer se lembra
com quem ele brincou. Eu abro minha boca para responder, mas sou interrompida
pelo barulho da porta do apartamento se fechando e a voz do Chay gritando.
—
Lua?
Eu pulo imediatamente e
corro para a porta, mas Arthur ainda está bloqueando a porta, olhando para mim,
esperando a resposta para a sua pergunta. Eu o olho diretamente nos olhos para
lhe dar uma resposta, mas seus olhos me pegam desprevenida por um momento. São
os olhos azuis mais claros que eu já vi. Sem as pálpebras pesadas e os olhos
vermelhos da noite passada. Seus olhos são tão azuis claros que eles parecem
quase sem cor. Eu continuo encarando-o, talvez esperando ver ondas se eu olhar
mais de perto. Eu posso dizer que eles são tão azuis quanto às águas do Caribe,
mas eu nunca estive no Caribe, então eu não posso saber. Ele pisca, e
imediatamente me afasto do Caribe e volto para San Francisco. De volta para o
quarto. De volta para a última pergunta que ele me fez antes de Chay entrar
pela porta da frente.
—
Não sei se você pode chamar de
ficar o que nós fizemos. — eu sussurro.
Eu o encaro, esperando
que ele saia do meu caminho.
Ele fica mais alto,
colocando uma parede invisível com a sua postura e sua linguagem corporal
rígida. Aparentemente, ele não gostou de imaginar nós dois ficando, baseado no
olhar duro que ele está me dando. Quase parece que ele está olhando para com
nojo, o que me faz não gostar dele ainda mais. Eu não volto atrás, e nenhum dos
dois quebra o contato visual quando ele sai do meu caminho e me permite passar
por ele. Chay está chegando ao fim do corredor quando eu saio do meu quarto.
Ele olha de mim para Arthur, então rapidamente eu lanço um olhar para ele saber
que não é nem remotamente possível.
—
Oi, irmãzinha. —
ele diz, me pegando num abraço.
Eu não o vejo há quase
seis meses. Algumas vezes é fácil esquecer o quanto você sente falta das
pessoas até que você as veja novamente. Este não é o caso com Chay. Eu sempre
sinto falta dele. Por mais que seu protecionismo possa voltar como nos velhos
tempos, também testemunha o quão próximos nós estamos. Chay me solta e puxa uma
mecha do meu cabelo.
—
Está grande. —
ele diz. — Eu gosto.
Esse pode ser o maior
tempo que já passamos sem nos ver. Eu chego perto e tiro o cabelo caindo sobre
a sua testa.
—
O seu também. —
eu digo. — E eu não gosto.
Eu sorrio para deixá-lo
saber que estou brincando. Eu realmente gosto dele cabeludo. As pessoas sempre
dizem que nós somos parecidos, mas eu não
vejo isso. Sua pele é
um pouco mais escura do que a minha,o que eu sempre invejei. Nosso cabelo é no
mesmo rico tom de castanho, mas os nossos traços faciais não são nada
parecidos, especialmente nossos olhos. Mamãe costumava nos dizer que se
colocássemos nossos olhos juntos, eles pareceriam como uma árvore. O dele era
verde como as folhas, e os meus eram marrons como um tronco. Eu sempre invejei
que ele tivesse as folhas da árvore, porque verde era minha cor favorita quando
estava crescendo.
Chay reconhece Arthur com um aceno de cabeça.
Chay reconhece Arthur com um aceno de cabeça.
—
Oi, cara. Noite difícil? —
Ele pergunta com um sorriso, já que
ele sabe exatamente o tipo de noite que Arthur teve ontem. Arthur passa por nós
dois.
—
Eu não sei. —
ele responde. —
Eu não me lembro. —
Ele caminha até a cozinha e abre o
armário, pegando um copo como se ele estive confortável o suficiente para fazer
aquilo. Eu não gosto disso. Eu não gosto do Arthur confortável. Arthur
confortável abre outro armário e pega um pote de aspirina, enche seu copo com
água, e coloca duas aspirinas na sua boca.
—
Você pegou todas as suas coisas? —
Chay me pergunta.
—
Não. — eu digo, olhando para Arthur quando eu respondo. —
Eu estava meio preocupada com o seu
vizinho a maior parte da noite.
Arthur limpa sua
garganta nervosamente enquanto ele lava o copo e o guarda no armário. Seu
desconforto com seu lapso de memória me faz rir. Eu gosto que ele não tenha
ideia do que aconteceu a noite passada. Eu até meio que gosto que o pensamento
de ter estado comigo pareça enervá-lo. Eu talvez mantenha essa fachada por um
tempo para o meu próprio divertimento.
Chay olha para mim como se ele soubesse o que eu estou tentando fazer. Arthur
sai da cozinha e me olha de relance, então olha de volta pra Chay.
—
Eu devo voltar pro meu lugar agora,
mas eu não acho minhas chaves. Você tem a chave extra?
Chay acena e caminha
até uma gaveta da cozinha. Ele abre a gaveta, agarra a chave, e joga para
Arthur, que a pega no ar.
—
Você pode voltar em uma hora e me
ajudar a descarregar o carro da Lua? Eu quero tomar banho primeiro. —
Arthur acena, mas seus olhos cortam
brevemente para mim enquanto Chay começa a caminhar para o seu quarto.
—
Nós vamos conversar quando não for
tão cedo. — Chay
fala pra mim. Pode fazer sete anos desde que nós vivemos juntos, mas ele
aparentemente se lembra de que não sou muito de conversar pela manhã. Uma pena
Arthur não saber isso sobre mim. Depois de o Chay desaparecer no seu quarto, eu
me viro para Arthur de novo. Ele ainda está olhando para mim na expectativa,
como se ele ainda estivesse esperando uma resposta minha quaisquer que sejam as
perguntas que ele fez mais cedo. Eu só quero que ele saia, então eu respondo
todas de uma vez.
—
Você estava desmaiado no corredor
na noite passada quando eu cheguei aqui. Eu não sei quem você é, então quando
você tentou entrar no apartamento, eu posso ter batido a porta na sua mão. Não
está quebrada. Eu verifiquei, está machucada na melhor das hipóteses. Basta
colocar algum gelo e envolvê-la por algumas horas. E não, nós não ficamos. Eu
ajudei você entrar no apartamento, e então eu fui pra cama. Seu celular está no
chão perto da porta da frente onde você o derrubou na noite passada porque
estava muito bêbado para andar. — Eu me virei para ir pro meu quarto, apenas querendo me
afastar da intensidade dos seus olhos. Eu me viro quando chego à porta do meu
quarto.
—
Quando você voltar em uma hora e eu
tiver a chance de acordar, nós podemos tentar novamente.
Sua mandíbula está
rígida.
—
Tentar o que novamente? —
ele pergunta.
—
Começar com o pé direito. —
Eu fecho a porta do meu quarto,
colocando uma barreira em mim e aquela voz. Aquele olhar...
N/A: Desculpem a demora para postar, mas tava sem internet. Capítulo pequeno, porque teve poucos comentários no capítulo anterior.
Mais tarde tem mais!
COMENTEM!!!
Arthur deveria saber que a primeira impressão é a que fica, e a dele para a Lua não foi nada boa! Mas eles podem melhorar quando a Lua realmente acordar.
ResponderExcluirHelena
Mesmo de ressaca ela gostou dele. Estou adotando!
ResponderExcluirQuê começo em
ResponderExcluirCredo que ignorante Arthur poderia pelo menos ter dito um "obrigado".. posta mais e faz um capítulo maior ^-^
ResponderExcluirFany
Poooosta maaais
ResponderExcluirLua poderia continuar enganando o Arthur como ele ta idiota..
ResponderExcluirPosta mais
ResponderExcluirFiquei quase um mês sem ver o site e quando volto tá cheio de web e capitulos novos s2 continuua
ResponderExcluir