Ugly Love - Capítulo. 3

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Ugly Love


Capítulo 3:

Pov. Lua

Eu caminho pra onde o travesseiro jogado está e o tiro do chão.
Eu paro antes de entregá-lo de volta para ele, porque ele está de lado agora, e seu rosto está pressionado contra a almofada do sofá. Ele está apertando o sofá tão fortemente que seus nós dos dedos estão brancos. Num primeiro momento, eu penso que ele está doente, mas então eu realizo a quão incrivelmente errada eu estou.
Ele não está doente. Ele está chorando.
Com força.
Com tanta força que ele não está sequer fazendo barulho.
Eu nem conheço o cara, mas a devastação óbvia que ele está vivenciando é difícil de presenciar. Eu olho para o corredor e volto para ele, me perguntando se eu devo deixá-lo sozinho pra dar privacidade.  A última coisa que eu quero  fazer é ficar presa no problema de alguém. Eu evitei com sucesso a maioria das formas de drama no meu círculo de amigos até hoje, e tenho certeza que não quero começar agora. Meu primeiro instinto é ir embora, mas por alguma razão, eu me encontro estranhamente simpática com ele. Sua dor realmente parece verdadeira e não apenas o resultado de um consumo exagerado de álcool.
Eu me ajoelho na frente dele e toco seus ombros. 
Arthur?
Ele inala um longo suspiro, virando seu rosto devagar na minha direção. Seus olhos são meras fendas e estão vermelhos. Eu não tenho certeza se isso é o resultado do choro ou do álcool.
Ele inala um longo suspiro, virando seu rosto devagar na minha direção. Seus olhos são meras fendas e estão vermelhos. Eu não tenho certeza se isso é o resultado do choro ou do álcool.
Eu lamento tanto, Rachel. — ele diz, levantando a mão na minha direção. Ele envolve sua mão no meu pescoço e me puxa em sua direção, enterrando seu rosto entre meu pescoço e ombro. — Eu lamento tanto.
Eu não tenho ideia quem seja Rachel ou o que ele fez para ela, mas se ele a machucou muito, tremo só de pensar no que ela está sentindo. Eu tento achar seu telefone e procurar o nome dela e ligar para ela para que ela possa corrigir isso. Ao invés disso, eu gentilmente o coloco de volta no sofá. Eu pego o travesseiro e o coloco nele.
Vá dormir, Arthur. — eu digo gentilmente.
Seus olhos estão tão cheios de culpa quando ele cai sobre o travesseiro.
Você me odeia muito. — ele diz enquanto agarra a minha mão.
Seus olhos se fecham de novo, e ele solta um suspiro pesado.
Eu o encaro em silêncio, permitindo que ele segure a minha mão até que ele esteja quieto e imóvel e não haja mais lágrimas. Eu tiro minha mão da dele, mas permaneço ao seu lado por mais alguns minutos. Embora ele esteja dormindo, ele de algum jeito ainda parece que está num mundo de dor. Suas sobrancelhas estão enrugadas, e sua respiração é esporádica, caindo até permanecer em um padrão pacífico. Pela primeira vez, eu noto uma fraca e irregular cicatriz, com cerca de quatro centímetros de comprimento, que corre por todo o lado do seu maxilar. Ela para apenas a dois centímetros dos seus lábios. Eu tenho a estranha urgência de tocá-la e corro o meu dedo pelo comprimento da cicatriz, mas ao invés disso, minha mão sobe para o seu cabelo. É curto nos lados, e um pouco mais comprido no topo, e tem a perfeita mistura de castanho e loiro. Eu afago o seu cabelo, o confortando, embora ele possa não merecer isso.
Esse cara talvez mereça cada pedaço de remorso que ele está sentindo por o que quer que ele tenha feito a Rachel, mas ao menos ele está sentindo isso. Eu tenho que dar para ele algo.
O que quer que ele tenha feito para Rachel, ao menos ele a ama o suficiente para se arrepender.

Pov. Arthur

Seis anos antes

Eu abro a porta do escritório de administração e caminho até a mesa da secretária. Antes eu me viro e olho a classe, ele me para com uma pergunta.
Você está na classe sênior de inglês do Sr. Clayton, não estão, Arthur?
Sim. — eu respondo para a Sra. Borden. — Precisa de mim para falar algo para ele?
O telefone na sua mesa toca, e ela acena com a cabeça, pegando o telefone. Ela o cobra com a sua mão.
Espere em torno de um minuto ou dois. — ela diz, acenando sua cabeça na direção da sala do diretor. — Nós temos uma nova aluna que acaba de se matricular, e ela também está na sala do Sr. Clayton esse período. Eu preciso que você mostre para ela a sala.
Eu concordo e me estatelo em uma das cadeiras perto da porta. Eu olho ao redor da sala da administração e percebo que essa é a primeira vez em quatro anos de colegial que eu sento em um desses lugares. O que significa que eu passei, com sucesso, quatro anos sem ser mandado para a diretoria.
Minha mãe ficaria orgulhosa em saber disso, embora isso me deixe desapontado comigo mesmo. Detenção é algo que homem deve fazer no colegial pelo menos uma vez. Eu tenho o resto do meu último ano para conseguir isso, embora, deva olhar para frente.
Eu tiro meu celular do bolso, secretamente desejando que a Sra. Borden me veja fazendo isso e decida me presentear com uma detenção. Quando eu olho para ela, ela ainda está ao telefone, mas ela faz contato visual comigo. Ela simplesmente sorrir e continuar com seus deveres de secretária.
Eu balanço minha cabeça em desapontamento e abro a mensagem do Micael. Não há nada muito excitante nas pessoas daqui. Nada novo acontece.
Eu: Nova garota matriculada hoje. Sênior.
Micael: Ela é gostosa?
Eu: Eu ainda não a vi. Tenho que levá-la até a sala.
Micael: Tire uma foto se ela for gostosa.
Eu: Tirarei. A propósito, quantas vezes você esteve na detenção esse ano?
Micael: Duas vezes. Por quê? O que você fez?
Duas vezes? Sim, eu preciso me rebelar um pouco antes da formatura. Eu definitivamente vou me transformar em alguém que atrasa a tarefa de casa esse ano.
Eu sou patético.
A porta da sala do diretor se abre, então eu fecho meu celular. Eu o deslizo para dentro do meu bolso e olho para cima.
Eu nunca vou querer olhar para baixo de novo.
Arthur vai mostrar para você o caminho até a sala do Sr. Clayton, Rachel. — A Sra. Borden aponta na minha direção, e ela começa a caminhar para mim.
Eu instantaneamente me torno consciente das minhas pernas e da inabilidade das mesmas em ficarem de pé.
Minha boca esquece como se fala.
Meus braços esquecem como cumprimentar uma pessoa.
Meu coração esquece como esperar e conhecer uma garota antes de iniciar sua saída do meu peito para chegar até ela.
Rachel. Rachel.
Rachel, Rachel, Rachel. Ela é como poesia.
Como prosa e cartas de amor e letras, em cascata para baixo O Centro De Uma Página.
Rachel, Rachel, Rachel.
Eu digo o seu nome várias vezes na minha cabeça, porque eu sei.
Que esse é o nome da próxima garota por quem eu vou me apaixonar.
De repente estou de pé. Caminhando na direção dela. Eu posso Estar sorrindo, fingindo que não estou afetado por esses olhos Verdes que eu espero que um dia esteja sorrindo só para mim. Ou Que aquele cabelo vermelho como o meu coração parece que
nunca foi mudado desde que Deus o criou especificamente para ele em Sua mente. Eu falo com ela.
Eu digo para ela que meu nome é Arthur.
Eu digo para ela que ela pode me seguir e que vou mostrar o caminho para a sala do Sr. Clayton.
Eu estou olhando para ela porque ela não falou nada até agora, mas ela acenar a cabeça é a coisa mais legal que uma garota já disse pra mim.
Eu pergunto de onde ela é, e ela me diz Arizona.
Phoenix. — Ela diz especificamente.
Eu não pergunto pra ela o que a trouxe para a Califórnia, mas digo que meu pai tem negócios em Phoenix principalmente porque ele é dono de alguns prédios lá.
Ela sorri.
Eu digo para ela que nunca estive lá, mas que gostaria de ir um dia. Ela sorri novamente.
Eu acho que ela diz que é uma boa cidade, mas é difícil entendê-la. Quando tudo que escuto na minha cabeça é o seu nome Rachel.
Eu vou me apaixonar por você, Rachel.
Seu sorriso me faz querer continuar falando, então eu pergunto outra coisa enquanto passamos pela sala do Sr. Clayton.
Nós continuamos caminhando.
Ela continua falando, porque eu continuo fazendo perguntas. Ela acena algumas vezes.
Ela responde algumas vezes. Ela canta algumas vezes.
Ou soa como isso.
Nós chegamos ao final do corredor, justo quando ela diz Algo sobre como ela espera gostar dessa escola porque Ela não estava pronta pra se mudar de Phoenix.
Ela não sabe o quão feliz estou por ela ter se mudado.
Onde é a sala do Sr. Clayton? — ela pergunta.
Eu fico encarando a boca que fez a pergunta. Seus lábios não são simétricos. Seu lábio superior é um pouco mais fino Seu lábio inferior, mas você não pode dizer isso até que ela comece. Quando as palavras saem da sua boca, me faz imaginar o porquê das palavras serem melhores vindo da sua boca do que de qualquer outra.
E seus olhos. Não há maneira dos seus olhos não terem visto o mais bonito, o mais pacífico mundo do que todos os outros olhos.
Eu a encaro por mais alguns segundos, então eu aponto para trás de mim e digo para ela que nós passamos da sala do Sr. Clayton.
Suas bochechas ficam num tom rosado, como se minha confissão a afetou da mesma maneira que ela me afeta.
Eu sorrio de novo.
 Eu aceno minha cabeça na direção da sala do Sr. Clayton. Rachel.
Você vai se apaixonar por mim, Rachel.
Eu abro a porta pra ela e deixo o Sr. Clayton saber que a Rachel é nova aqui. Eu também queria acrescentar, pela segurança de
todos os caras da minha turma, que a Rachel não é deles. Ela é minha.
Mas eu não digo nada.
Eu não preciso, porque a única pessoa que precisa ser informada que eu quero a Rachel é a Rachel.
Ela olha pra mim e sorri novamente, pegando o único lugar vazio, Todo o caminho através da sala.
Seus olhos me dizem que ela já sabe que é minha. É só uma questão de tempo.
Eu queria escrever para o Micael e dizer que ela não é gostosa. Eu queria dizer
Para ele que ela é vulcânica, mas ele riria muito disso.
Ao invés disso, eu discretamente tiro uma foto dela de onde eu estou sentado.
Eu mando a foto em uma mensagem para Micael que diz: Ela vai Ter todos os meus filhos.
A aula do Sr. Clayton começa. Arthur Aguiar se torna obcecado. ...
Eu conheci a Rachel numa segunda. Hoje é sexta.
Eu não falei com ela desde o dia que nos conhecemos. Eu não sei por quê.
Nós temos três aulas juntos. Toda vez que eu a vejo, ela
Sorri para mim como se quisesse que eu falasse com ela. Toda vez eu tento
Ter coragem, eu falho.
Eu costumava ser confiante. Então Rachel aconteceu.
Eu me entreguei até hoje. Se eu não criar coragem hoje, eu irei dar meu único tiro com ela. Garotas como Rachel não ficam disponíveis por muito tempo.
Se ela estiver disponível.
Eu não sei sua história ou se ela está enrolada com algum rapaz em Phoenix, mas só há um jeito de descobrir.
Eu fiquei parado perto do armário dela, esperando por ela. Ela saiu da
sala de aula e sorriu pra mim.
Eu digo "Oi" quando ela caminha até o
Armário. Eu observo a mesma mudança sutil na cor da pele dela. Eu gosto disso. Eu pergunto como foi sua primeira semana. Ela me conta que foi boa. Eu pergunto se ela fez algum amigo, ela dá de ombros enquanto diz:
Alguns.
Eu a cheiro, sutilmente.
Ela percebe de qualquer maneira. Eu digo pra ela que ela cheira bem. Ela diz:
Obrigada.
Eu deixo pra trás o som do meu coração socando meus ouvidos.
Eu deixo pra trás o brilho da umidade se desenvolvendo nas palmas das minhas mãos.
Eu abafo seu nome, o qual eu continuo esperando para repetir em alto som, várias vezes. Eu deixo isso pra trás E a seguro enquanto pergunto se ela gostaria de fazer Algo mais tarde.
Eu afasto tudo e espero sua resposta, Porque é a única coisa que eu quero.
Eu quero aquele aceno, na verdade. Aquele que não requer palavras?
Só um sorriso?
Eu não recebi aquele aceno.
Ela tinha planos pra hoje à noite.
Tudo volta atrás dez vezes, transbordando como uma inundação e eu sou a represa. Os batimentos, as palmas suadas, o nome dela, uma recém-descoberta insegurança que eu nunca soube que existia, enterrando-se no meu peito. Tudo isso toma conta de mim e parece estar construindo um muro ao redor dela.
Eu não estou ocupada amanhã, no entanto. ela disse, destruindo as paredes com suas palavras.
Eu dou espaço para essas palavras. Muito espaço. Eu as deixo-me Invadir. Eu absorvo essas palavras como uma esponja. Eu as Arranco do ar e as engulo.
Amanhã está bom pra mim. digo.
Eu tiro meu celular do bolso, sem me importar em esconder meu sorriso.
  Qual é o seu Número? Eu ligo pra você.   Ela me diz o seu numero. Ela está animada.
Ela está animada.
Eu salvo seu contato no meu celular, sabendo que será por muito, muito tempo. E eu vou usá-lo. Muito.

N/A: Hello Hello, amorecos! Boa Noite :)
Me perdoem pela demora, mas é que tive uns probleminhas de saúde (tô com zica), aí não deu pra postar antes. Mas a partir de amanhã eu volto ao normal com as atualizações aqui no blog. Espero que gostem desse capítulo, por enquanto as narrações do Arthur vão ser narradas desse jeito, mas vocês logo irão entender. Qualquer dúvida perguntem. 

COMENTEM!!!

6 comentários:

  1. Ótimo, começou a contar a história do Arthur deve ser mais fácil entender depois disso..
    Até que enfim apareceu Brenda, estava preocupada, melhoras ^-^
    Fany

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  2. Amando a fic,to super hiper mega curiosa pra saber o que aconteceu entre o Arthur e essa tal de Raquel.
    N tem nada o que perduar n flor,fica tranquila,melhoras pra vc.

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  3. Arthur chorando, deve ter feito alguma coisa muito ruim pra essa Rachel. Eles namoram?
    Melhoras Brenda, eu tive e sei o quanto é ruim!!
    Helena

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  4. Nossa oque será que o Arthur vez fez? Posta mais

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