Ugly Love - CAP. 2

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Ugly Love


Capítulo 2:

Pov. Lua
Eu suspiro, porque eu estive dirigindo durante seis horas, e fazer todo o caminho de volto pelas escadas não é algo que eu queira fazer no momento. Eu também suspiro porque Cap é a última pessoa que poderia provavelmente me ajudar nessa situação.
Apenas fique no telefone comigo até que eu esteja dentro do seu apartamento.
Eu penso melhor no meu plano. Eu equilibro meu celular contra minha orelha com meu ombro e cavo dentro da minha bolsa pela chave que Chay enviou para mim. Eu a insiro na fechadura e começo a abrir a porta, mas o rapaz bêbado começa a cair para trás a cada polegada que o porta abre. Ele murmura, mas seus olhos não abrem novamente.
É muito ruim que ele esteja perdido. —  eu digo para Chay. — Ele não tem uma má aparência.
Lua, apenas coloque sua bunda dentro do apartamento e feche a porta então eu posso desligar.
Eu rolo meus olhos. Ele ainda é o mesmo irmão mandão que ele sempre foi. Eu sei que morar com ele não será bom para o nosso relacionamento, considerando o quão paternal ele agiu comigo quando éramos jovens. No entanto, eu não tinha tempo para arranjar um emprego, conseguir meu próprio apartamento, e me instalar antes das aulas começarem, então isso me deixa com uma pequena escolha.
Eu espero que as coisas sejam diferentes entre nós agora. Chay tem 25 anos e eu tenho 23 anos, então se não podemos conviver melhor do que fizemos quando éramos crianças, nós temos muito que crescer. Eu penso que muito depende do Chay e se ele mudou desde a última vez que vivemos juntos. Ele teve problemas com qualquer pessoa que namorei, com todos os meus amigos, com cada escolha que eu fiz – até com qual faculdade que eu quis frequentar. Não que eu tenha prestado atenção para a sua opinião. À distância e o tempo separados pareceram tirá-lo das minhas costas estes últimos anos, mas morar com ele será o teste final para a nossa paciência.
Eu coloquei minha bolsa em volta do meu ombro, mas peguei na alça da minha mala, então eu apenas a deixei cair no chão. Eu mantive minha mão esquerda firmemente envolta na maçaneta e segurei a porta para que o rapaz não caísse completamente dentro do apartamento. Eu peguei o meu pé e pressionei contra seu ombro, movendo-o para o meio do corredor.
Ele não cedeu.
Chay, ele é muito pesado. Eu vou ter que desligar assim eu posso usar as duas mãos.
Não, não desligue. Apenas coloque o celular no seu bolso, mas não desligue.
Olho para baixo para a camisa grande e as leggings que estou vestindo.
Sem bolsos. Você vai para o sutiã.
Chay faz um som de engasgo enquanto eu tiro o celular da minha orelha e o empurro no meu sutiã. Eu removo a chave da fechadura e a deixo cair na minha bolsa, mas eu erro e ela cai no chão. Eu chego para baixo para pegar o cara bêbado para que eu possa movê-lo para fora do caminho.
Tudo certo, companheiro. — eu digo, lutando para afastá-lo do meio do corredor. — Desculpe interromper sua soneca, mas eu preciso entra nesse apartamento.
De alguma forma consigo sustentá-lo contra o batente da porta para evitar que ele caia dentro do apartamento, e então empurro mais a porta e me viro para pegar minhas coisas.
Alguma coisa quente agarra o meu tornozelo. Eu congelo.
Eu olho para baixo.
Deixe-me em paz! — eu grito, chutando a mão que está segurando meu tornozelo com tanta força que tenho bastante certeza que está causando uma contusão. O cara bêbado está olhando para mim agora, e seu aperto me faz cair para trás dentro do apartamento enquanto eu tento me afastar dele.
Eu preciso entrar aí. — ele murmura, enquanto minha bunda encontra o chão. Ele faz uma tentativa de empurrar a porta do apartamento com a outra mão, e isso imediatamente me manda para o modo pânico. Eu puxo minhas pernas o resto do caminho para dentro do apartamento, e sua mão vêm comigo. Eu uso minha perna livre para chutar a porta, batendo-a diretamente no seu pulso.
Merda! ele grita. Ele está tentando puxar sua mão de volta para o corredor, mas meu pé ainda está pressionado contra a porta. Eu alivio a pressão para ele ter sua mão de volta, e então imediatamente eu chuto a porta para fechar o caminho. Eu me levanto e tranco a porta, o ferrolho, e a corrente da porta o mais rápido que eu posso.
Tão logo meu coração começa a se acalmar, ele começa a gritar comigo.
Meu coração está realmente gritando comigo. No fundo uma voz masculina.
E soa como se estivesse  gritando, "Lua! Lua!" Chay.
Eu imediatamente olho para o meu peito e tiro meu celular para fora do sutiã, então o levo para a orelha.
Lua! Responda-me!
Eu me encolho, então coloco o celular a algumas polegadas do meu ouvido.
Eu estou bem. — eu digo, sem fôlego. — Estou dentro. Eu tranquei a porta..
Jesus Cristo! — ele diz, aliviado. — Você me assustou pra caramba. O que diabos aconteceu?
Ele estava tentando entrar. Eu tranquei a porta, no entanto. — Eu acendi a luz da sala de estar e dei não mais que três passos para dentro antes de parar.
Muito bem, Lua.
Eu lentamente me virei em direção à porta antes de realizar o que eu fiz.
Hum. Chay? — eu parei. — Eu talvez tenha deixado algumas coisas lá fora que eu vou precisar. Eu apenas gostaria de pegá-las, mas o cara bêbado acha que precisa entrar no seu apartamento por alguma razão, então sem chance de eu abrir a porta de novo. Alguma sugestão?
Ele se calou por alguns segundos.
O que você deixou no corredor?
Eu não quero respondê-lo, eu vou.
Minha mala.
Cristo, Lua. — ele resmunga.
E, minha bolsa.
Por que diabos sua bolsa está lá fora?
Eu talvez tenha também deixado à chave do seu apartamento no corredor.
Ele não respondeu a esta última. Ele apenas murmurou.
Eu vou ligar para o Arthur e ver se ele ainda está em casa. Dê-me dois minutos.
Espere. Quem é Arthur?
Ele vive do outro lado do corredor. O que quer que você faça, não abra a porta novamente até que eu telefone de volta. — Chay desliga, e eu encosto-me à sua porta da frente.
Eu estou vivendo em San Francisco há trinta minutos, e já sou um pé no saco. Números. Eu terei sorte se ele me deixar ficar aqui até eu encontrar um emprego. Eu espero que não demore, considerando que eu me inscrevi para três posições RN no hospital mais próximo. Isso pode significar trabalhar durante a noite, fins de semana, ou ambos, mas eu irei aceitar o que eu conseguir se isso evitar que eu tenha que mexer nas minhas economias enquanto eu volto para a escola.
Meu celular toca. Eu deslizo meu polegar sobre a tela e atendo.
Oi.
Lua?
Sim. — eu respondo, me perguntando por que ele sempre checa duas vezes para ver se sou eu. Ele me ligou então quem mais poderia estar respondendo e que soa exatamente como eu?
Eu falei com o Arthur.
Bom. Ele vai me ajudar a pegar minhas coisas?
Não exatamente. — Chay diz. — Eu meio que preciso que você me faça um favor enorme.
Minha cabeça cai contra a porta novamente. Eu tenho um pressentimento que os próximos meses serão cheios de favores inconvenientes, desde que ele sabe que está me fazendo um favor enorme me deixando ficar aqui. Pratos? Ok. Lavanderia do Chay? Ok. Supermercado do Chay? Ok.
O que eu preciso fazer? — eu pergunto para ele.
Arthur meio que precisa da sua ajuda.
O vizinho? — eu faço uma pausa enquanto algo se encaixa, e eu fecho meus olhos. — Chay, por favor, não me diga que o cara que você chamou para me proteger do cara bêbado é o cara bêbado.
Chay suspira.
Eu preciso que você destrave a porta e deixe-o entrar. Deixe-o desabar no sofá. Eu estarei aí na primeira hora da manhã. Quando ele estiver sóbrio, ele saberá onde está, e ele irá diretamente pra casa.
Eu balanço minha cabeça.
Que tipo de complexo de apartamentos você está vivendo? Eu preciso me preparar para ser apalpada por pessoas bêbadas todo dia que eu chegar em casa?
Longa pausa.
Ele lhe apalpou?
Apalpar pode ser um pouco forte. Ele agarrou meu tornozelo. — Chay deixou escapar um suspiro.
Apenas faça isso por mim, Lua. Ligue-me de volta quando você pegá-lo e todas as suas coisas estiverem dentro.
Tudo bem. — resmungo. Reconhecendo a preocupação na sua voz.
Eu desligo e abro a porta. O cara bêbado caiu sobre seu ombro, e seu celular deslizou da sua mão e pousou no chão ao lado da sua cabeça. Eu o viro de costas e olho pra ele. Ele abre seus olhos e tenta olhar para mim, mas suas pálpebras se fecham novamente.
Você não é o Chay. — ele murmura.
Não. Eu não sou. Mas eu sou sua nova vizinha, e parece que, você está perto de me dever pelo menos umas cinquenta xícara de açúcar.
Eu o levanto pelos seus ombros e tento sentá-lo, mas ele não consegue. Eu não acho que ele possa, atualmente. Como uma pessoa fica bêbada desse jeito?
Eu agarro as suas mãos e o puxo polegada por polegada para dentro do apartamento, parando quando ele está dentro o suficiente para que eu seja capaz de fechar a porta. Recupero todas as minhas coisas do lado de fora, então chuto e fecho a porta da frente. Eu pego um travesseiro do sofá, ergo sua cabeça, e a coloco de lado no caso dele vomitar durante o sono.
E essa é toda a ajuda que ele vai conseguir de mim.
Quando ele está confortavelmente adormecido no meio do chão da sala de estar, eu o deixo lá enquanto olho ao redor do apartamento.
A sala de estar sozinha poderia caber três da sala de estar do último apartamento do Chay. A área de jantar se comunica com a sala de estar, mas a cozinha é separada da sala de estar por uma meia parede. Há várias pinturas modernas pelo cômodo, e o espesso sofá é de um  castanho claro, equilibrando as pinturas vibrantes. A última vez que estive com ele, ele tinha um futon, um pufe, e pôsteres de modelos nas paredes. Eu penso que meu irmão finalmente cresceu.
Muito impressionante, Chay. — digo alto enquanto ando de cômodo em cômodo e acendo todas as luzes, inspecionando o que se tornou minha casa temporária. Eu meio que odeio isso ser tão bom. Será muito difícil querer procurar meu próprio lugar quando eu tiver dinheiro suficiente salvo.
Eu caminho até a cozinha e abro o refrigerador. Há uma fileira de condimentos na porta, uma caixa com sobras de pizza na prateleira do meio, e um galão de leite completamente vazio na prateleira mais alta. Claro que ele não tem comida. Eu não esperava que ele tivesse mudado completamente.
Eu agarro uma garrafa de água e saio da cozinha para procurar um quarto onde eu possa viver pelos próximos meses. Há dois quartos, então eu pego o único que não é do Chay e deixo minha mala em cima da cama. Eu tenho mais três malas e seis caixas no carro, sem mencionar todas as minhas roupas nos cabides, mas eu não vou me aventurar essa noite. Chay disse que ele estará de volta pela manha, então eu farei isso com ele. Eu me troco e coloco calças de moletom e uma camiseta regata, então escovo meus dentes e fico pronta para dormir. Normalmente, eu estaria nervosa com o fato de ter um estranho no mesmo apartamento que eu estou, mas eu tenho o pressentimento que eu não preciso me preocupar. Chay não me pediria para ajudar alguém se ele sentisse que pudesse ser uma ameaça para mim. O que me confunde, porque se isso é um comportamento comum para o Arthur, eu estou surpresa que o Chay me peça para trazê-lo para dentro.
Chay nunca confiou em rapazes comigo, e eu culpo Blake por isso. Ele foi meu primeiro namorado sério quanto eu tinha quinze anos, e ele era o melhor amigo do Chay. Blake tinha dezessete anos, e eu tinha uma queda enorme por ele durante meses. Claro, minhas amigas e eu tínhamos quedas enormes pela maioria dos amigos do Chay, simplesmente porque eles eram mais velhos do que nós. Blake costumava vir à maioria dos finais de semana para passar a noite com Chay, e nós sempre achávamos um jeito que passar um tempo juntos quando Chay não estava prestando atenção. Uma coisa levou a outra, e depois de várias semanas se esgueirando, Blake me disse que queria tornar nosso relacionamento oficial. O problema é que Blake não previu como Chay iria reagir quando Blake quebrasse o meu coração.
E ele quebrou. Tanto quanto um coração de quinze anos pode ser quebrado depois de um relacionamento secreto de duas semanas.
Acontece que ele estava oficialmente namorando com algumas garotas durante as duas semanas que ele estava comigo. Quando Chay descobriu, a amizade deles acabou, e todos os amigos do Chay foram avisados para não chegar perto de mim. Eu descobri ser quase impossível namorar na escola até Chay finalmente se mudar. Apesar disso, os rapazes que escutaram estórias horrorosas e tenderam a se afastar da irmãzinha do Chay. Por mais que eu odiasse isso, isso seria mais do que bem vindo agora. Eu tive minha cota de relacionamentos errados desde o colegial. Eu vivi com meu mais recente namorado por mais de um ano antes de perceber que nós queríamos duas coisas diferentes da vida. Ele me queria em casa. Eu queria uma carreira.
Então agora estou aqui. Prosseguindo o meu mestrado em enfermagem e fazendo o que for preciso para evitar relacionamentos. Talvez viver com o Chay não seja tão ruim afinal.
Eu voltei para a sala de estar para apagar as luzes, mas quando eu viro à esquina, eu paro de imediato. Não apenas Arthur saiu do sofá, mas ele está na cozinha, com sua cabeça pressionada contra seus braços e seus braços cruzados sobre o balcão da cozinha. Ele está sentado na beira de um banco de bar, e ele aparenta como se estive prestes a cair a qualquer segundo. Eu posso dizer se ele está dormindo de novo ou apenas tentando se recuperar.
Arthur?
Ele não se mexe quando eu chamo seu nome, então eu caminho até ele e gentilmente coloco minha mão sobre o seu ombro para sacudir e acordá-lo. No segundo que meus dedos apertam seu ombro, ele engasga e senta ereto como se eu o tivesse acordado no meio de um sonho.
Ou um pesadelo.
Imediatamente, ele desliza do banco e fica sobre pernas muito instáveis. Ele começa a oscilar, então eu jogo seu braço sobre meu ombro e tento caminhar com ele para fora da cozinha.
Vamos para o sofá, camarada.
Ele baixa sua testa para o lado da minha cabeça e tropeça junto comigo, o que torna ainda mais difícil segurá-lo.
Meu nome não é camarada. — ele repreende. — É Arthur.
Nós nos movemos para frente do sofá, e eu começo a separá-lo de mim.
Okay, Arthur. Quem quer que você seja. Apenas volte a dormir.
Ele cai sobre o sofá, mas ele não se separa dos meus ombros. Eu caio com ele e imediatamente tento me afastar.
Rachel, não. — ele implora, me segurando pelo braço, tentando me colocar no sofá com ele.
Meu nome não é Rachel. — eu digo, me livrando do seu aperto de ferro.  É Lua. — Eu não sei por que eu esclareci qual é o meu nome, pois não é como ele fosse se lembrar dessa conversa amanhã.


N/A: Capítulo nova pra vocês saírem do tédio de domingo, haha. Vish, Arthur trocando os nomes sinal que está bêbado demais... 


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12 comentários:

  1. Sinto que vou sofrer aos montes </3 sim, tô lendo agora, no meio da minha escrita, e você sabe disso kkk

    É pecado dizer que preciso de mais capítulos? Se for, creio que Deus perdoa, preciso de mais cap. kkk

    Arthur, Arthur... Nada de Rachel. É Lua, creio que ele vai lembrar disso pela manhã.

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  2. Foi uma brejas a mais em Arthur

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  3. Preciso de mais um Cap pra sair do tédio Brenda pfr kkk. Curiosa pra saber oque vai acontecer com esses dois

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  4. Kkkk realmente ajuda a sair do tédio kkk mt bom.

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  5. Mt bom! Já tô adorando essa web! Posta mais ainda hj!

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  6. Arthur bebado hahahah creio que isso não é uma 1ª impressão boa para Lua ter dele, ainda mais a chamando de Rachel!!
    Já que Chay é acostumado com isso, Lua vai ter que se acostumar Tbm para quando Chay não estiver e ela ajudar Arthur.
    Helena

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  7. Que doido.. Arthur bêbado.. Rachel.. Cap.. tô entendendo nada mas tô curiosa pra saber oque vai acontecer quando Arthur tiver melhor e der de cara com a lua.
    Fany

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  8. Ai mds, que coisa boa chegar de viagem e ver que tem fic novaaa! Sabia que você não ia nos abandonar Brenda! Hahahah ja to amando! Maria Julia

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  9. brendaa amei a web nova e o final de 8 segundos, vc arrasa com as escolhas de adaptações para web, talvez tenha que formatar meu celular se eu sair do grupo do whats vc me coloca de novo? please.

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  10. Estou amando ����, será que você pode fazer uma maratona?
    Fernanda

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  11. Breeeenda postaaaa
    fany

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