8 Segundos - CAP. 22

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8 Segundos


Capítulo 22: 


Pov. Lua
— Família de Arthur Vitor? — o médico perguntou e Santiago tomou a frente. Eu nem sabia que Vitor era o segundo nome do Arthur. Sempre pensei, por mais estranho que parecesse, que Ranger fizesse parte do seu nome. — Tenho boas notícias. — Suspirei aliviada e Mel sorriu ao meu lado. Graças a Deus! — O paciente sofreu uma lesão na medula espinhal pela pancada. Queda de um touro, certo? — Henrique confirmou, e o médico continuou. — Com o deslocamento de uma das vértebras, sua medula foi comprimida. É como se ela estivesse inchada, o que causa a dormência nas pernas. Mas, com o tratamento certo, ele poderá voltar a se locomover normalmente. — Todos sorriram e se abraçaram, celebrando a boa notícia, mas eu estava focada no “poderá”.
— Doutor? — chamei antes que ele se afastasse. — Qual é a probabilidade de ele não se recuperar totalmente? — Não sabia se queria ouvir a resposta, não podia nem imaginar o Arthur sem andar.
— Geralmente, quando esse choque medular acontece, o paciente recupera a capacidade motora em um período que varia de uma semana a seis meses. Mas, como nada é cem por cento certo, teremos que aguardar sua evolução. Se, de forma natural e com a ajuda de apoio profissional, após seis meses ele não tiver apresentado melhora, realmente, o caso fica mais delicado. Mas o rapaz é jovem, forte e saudável, e estamos apostando todas as nossas fichas na recuperação total. — Fiquei mais calma com a explicação, embora ainda estivesse apreensiva. Nada de mau poderia acontecer ao meu Arthur.
— Podemos vê-lo? — Tinha esperança de falar com ele e abraçá-lo.
— Claro. — Ele olhou na prancheta em sua mão. — Melanie e Santiago foram autorizados a entrar. Melanie é você? — Senti o chão sumir e sacudi a cabeça em negativa. O médico me olhou com tristeza. — Desculpa, ele autorizou a entrada somente dos dois. Santiago seguiu o médico, e Mel parou na minha frente, me olhando com cumplicidade.
— Tenho certeza de que foi um engano. Fique aqui, que eu já volto para você entrar. — Balancei a cabeça concordando e me sentei no sofá, próxima ao Rodrigo. 
Quase vinte minutos depois, Mel saiu com os olhos brilhando de lágrimas e me levantei depressa, pronta para ver meu peão. Então, Mel parou na minha frente, e suas palavras me fizeram desabar.

— Ele mandou te dizer... — ela engasgou. — Ele pediu para você ir embora. Arthur não quer você aqui, Lua. — Fechei os olhos, pois só poderia ser um pesadelo, do qual eu precisava acordar.
— Como... Como assim ele não quer me ver? — balbuciei já com lágrimas nos olhos. — Por quê, Mel? — Aguardava a resposta, mas ela parecia tão confusa quanto eu. Mel olhou para o Santiago, que sacudiu a cabeça.
— Eu não sei, Lua. — Ela se sentou ao lado do Chay no sofá e continuou falando, mas eu sabia que ela só queria me poupar, apenas procurando as palavras certas.
— Desembucha, Melanie. Por que ele está me mandando embora? — perguntei com a voz um pouco alterada. Estava aflita para vê-lo, morrendo de vontade de contar que estava apaixonada, que pela primeira vez alguém realmente tinha entrado no meu coração. E ele tinha resolvido se afastar de mim? Estava perdida. Santiago tentou explicar, pois Mel apenas chorava nos braços do Chay.
Lua, ele está muito abalado, acabou de receber a notícia da paralisia. É normal ele se sentir um pouco perdido. — O pai da Mel falava esfregando meus ombros com seu jeito paternal, me confortando. — Não foi somente você. Hoje ele não quer ver mais ninguém. Eu vou ficar aqui com ele, e vocês voltam para a fazenda. — Ele olhou por cima do meu ombro em direção ao Henrique e ao Rodrigo.
— Mas eu queria vê-lo. Estou preocupada com ele, Santiago. — falei num tom de súplica. Sei que ele notou sinceridade em minhas palavras, pois me lançou um olhar compreensivo.
— Eu sei, Lua, mas se coloca no lugar do Arthur. Ele acabou de receber uma notícia muito grave. Apesar de confiarmos que ele voltará a andar, isso é difícil demais para qualquer pessoa. — Mel sacudiu a cabeça, concordando com o pai, e ficou ao meu lado. — Tenho certeza de que, quando o choque inicial passar, Arthur vai te receber. — Acabei concordando, pois teria que respeitar o momento que ele estava vivendo.
— Mel, o seu pai tem razão. Não tem por que nós ficarmos aqui. Vamos embora e amanhã retornamos com todas as coisas de que o Arthur vai precisar. — Chay disse, trazendo Mel para seus braços, e ela me encarou. Eu sabia que ela não queria ficar longe do Arthur, mas, diante do pedido do Chay, ela acabou aceitando.
Lua, posso te dar carona. Você deve estar exausta e ainda não conhece totalmente o caminho.
— Eu não vou. — respondi de forma sucinta e todos me encararam. — Não saio daqui. Mel trouxe algumas roupas, e eu vou procurar um hotel próximo ao hospital.
Lua, realmente não é necessário. — Santiago tentava me convencer, mas eu estava decidida.
— Desculpa, Santiago, gostaria que respeitasse minha decisão. Não é hora para falar disso, mas eu e o Arthur... — Procurei as palavras certas para explicar o que estava sentindo. — Nós meio que estamos juntos. — falei de cabeça baixa, um pouco envergonhada. Mel arregalou os olhos e Santiago suspirou. Notei o desconforto dele com as minhas palavras, mas não soube identificar o motivo. Mesmo com o seu olhar de repreensão, eu não recuei. Depois descobriria o que o incomodava tanto.
— Se cuida, Lua. Fico feliz que tenham se acertado. — Mel disse e me abraçou.
— Não se preocupa comigo. E pode acreditar que, assim que ele se levantar daquela cama, eu vou chutar a bunda dele. 
Eu e Mel nos despedimos. Prometi contar tudo a ela sobre a minha história com o Arthur assim que ela chegasse, no dia seguinte. Chay se despediu, assim como Henrique.

— Obrigada pela ajuda, Rodrigo. Realmente não conseguiria chegar aqui sem você. — agradeci com um abraço toda a sua gentileza.
— Tudo bem, linda. Tem certeza de que vai ficar bem? — perguntou, realmente preocupado. Por um segundo senti pena dele. Será que Mel não tinha consciência de que Rodrigo era apaixonado por ela? Impossível. Estava escrito na testa dele.
— Vou ficar bem. — tentei tranquilizá-lo.
— Anota meu número. Se precisar, não hesite em me ligar, ok? — Rodrigo já estava se comportando como um irmão mais velho. Quando procurei o celular para anotar o número dele, lembrei que o aparelho não estava comigo. Então, pedi que ele falasse com a Melanie para pegá-lo na fazenda. 
Perguntei na recepção onde era o hotel mais próximo e fiquei aliviada ao descobrir que havia um a poucos metros do hospital. Informei a Santiago onde eu estaria, embora ele continuasse me repreendendo com o olhar, e me despedi. Ignorei sua reação e me concentrei em como Arthur reagiria à minha presença no dia seguinte. Fiz check-in na recepção do hotel, que não era uma espelunca nem um cinco estrelas, mas pelo tempo que ficaria ali estava de bom tamanho. Levei para o quarto a malinha que Mel tinha preparado e fui tomar um banho. Deixei a água lavar meu corpo, e flashes do que tinha acontecido voltaram à minha mente.

— Por favor, Senhor... — rezei sozinha, enquanto encarava o espelho. Nunca fui de rezar, sempre tive tudo o que queria, por isso não estava acostumada a implorar por algo ou por alguém. Então, orei da minha maneira e torci para que Deus me desse uma chance e me escutasse. Nunca tinha desejado algo com tanta força como desejava a recuperação do Arthur. Estava confusa com meus sentimentos, meu mundo parecia virado de cabeça para baixo desde que vi o sorriso do meu peão antes de ele montar. Mas eu estava puta com o destino por ter feito aquilo comigo. Ri por dentro. Desde quando eu acredito em destino? 
Olhei para o pijama que Mel tinha colocado na sacola e decidi vestir uma camiseta do Arthur que estava junto. Uma lágrima desceu pelo meu rosto quando o cheiro do seu perfume invadiu meu nariz. Sua camiseta cheirava a roupa lavada, mas ainda assim tinha um resquício do seu aroma. Cheiro do Arthur... Cheiro do Ranger. Caminhei até o lado da cama e peguei o telefone do hotel para ligar para o meu pai. Tinha certeza de que ele se recusaria a ajudar o Arthur, alegaria que ele tinha se machucado fora do trabalho e que não tinha responsabilidade nenhuma pelo ocorrido. Na verdade, um mês antes, eu pensaria da mesma forma. Mas algo havia mudado. Arthur, Mel, Chay, Santiago e até Rodrigo estavam entrando em minha vida de uma forma que nunca pensei que pudesse acontecer. Tudo isso, somado às lembranças da minha mãe e aos sonhos estranhos que vinha tendo, estava me deixando confusa e perdida. Porém, uma coisa era certa: Arthur! Ele me balançou. O telefone tocou até cair na caixa postal. Olhei para o relógio na parede e vi que já passava das dez horas. Liguei novamente, e então ele atendeu com a aspereza de sempre.

— Você sabe que horas são, Lua? Eu trabalho amanhã. — disse ríspido, mas pela primeira vez eu não retruquei. Tinha um plano B caso meu pai se recusasse a ajudar Arthur, mas tudo seria mais fácil se ele se prontificasse a pagar o tratamento.
— Preciso da sua ajuda. — disse, me deitando na cama. Eu me sentia profundamente sozinha. Estava acostumada a ficar só, mas daquela vez era diferente. — O Arthur caiu de um touro e está hospitalizado. — expliquei, e meu pai ficou alguns segundos em silêncio.
— Foi na Girassol? — Sua pergunta me fez ter a certeza de que ele se recusaria a ajudar. Mas ele continuou antes que eu respondesse. — Ele está bem? Qual é seu estado clínico? — Eu me sentei na cama, realmente surpresa com a preocupação repentina do meu pai.
— Ele corre risco de ficar sem andar por um tempo. Não sei explicar muito bem o que o médico disse.
— Você está no hospital? — Foi a vez de o meu pai ficar surpreso.
— Eu... Nós... Eu e Mel nos tornamos muito próximas, e eu acompanhei ela até aqui. — respondi sem dar muitas explicações. A verdade poderia atrapalhar, então menti.
— Vou ligar para o Santiago e informar que o tratamento do Arthur será por minha conta. — meu pai afirmou com convicção, sem dúvidas na voz, o que realmente me pegou desprevenida. — Vou reorganizar minha agenda para visitar vocês. — Certo! A história realmente estava ficando estranha. Meu pai não mudava sua agenda por ninguém, e por que faria isso por um simples veterinário? Não fazia sentido. — Lua? — Ele chamou minha atenção, pois eu havia ficado muda.
— Ok! — respondi, ainda tentando imaginar o porquê de tanta preocupação do meu pai com o Arthur, mas não questionei. Fiquei com medo de ele voltar atrás. — Amanhã falo com o Santiago também. — Eu me despedi e tentei relaxar um pouco, pois sabia que dormir seria impossível. Me sentia perseguida pelos olhos do Arthur me encarando enquanto estava imóvel naquela arena. Passei horas me virando na cama até que não consegui mais suportar. Peguei uma calça jeans e uma camisa branca da malinha, calcei as botas e saí. Olhei para o relógio, e eram cinco da manhã. Foda-se! Precisava ir ao hospital.
Chegando lá não encontrei Santiago na recepção, então, disfarçadamente, fui até o corredor que dava para os quartos e procurei pelo do Arthur. Escutei Mel falar na noite anterior que ele estava no 302. Arthur estava deitado em uma cama com alguns fios ligados a ele. O quarto estava na penumbra. Era pequeno, mas pelo menos era individual. Eu me aproximei dele e passei a mão pelo seu rosto. Estava tão lindo, tão normal, tão ele... Tirando os fios e tubos que o rodeavam, era como se ele estivesse dormindo ao meu lado, como na noite que havíamos passado juntos.

— Estou aqui. — sussurrei com medo de acordá-lo, mas também queria que ele sentisse minha presença. Levei os lábios até o seu rosto e acariciei sua pele.
— Senhorita, não é permitido visita nesse horário. — A voz baixa de uma mulher chamou minha atenção. Virei para a porta e vi uma enfermeira com cara de poucos amigos me encarando. — Terá que sair. 
Dei uma última olhada em Arthur e saí, seguindo a dona ranzinza. Quando cheguei à recepção, encontrei Santiago com um copo de café, e com as mesmas roupas do dia anterior.

— Bom dia, Lua. Já por aqui? — ele me cumprimentou e ofereceu o café que carregava. Agradeci, mas nada desceria pela minha garganta em um momento como aquele.
— Não consegui dormir. — Eu me sentei no sofá e peguei uma revista da mesa de centro para folhear.
— Seu pai acabou de ligar. Obrigado por tê-lo avisado. Apesar de ainda achar que a sua história com o Arthur não vai acabar bem. — Santiago disse preocupado, e eu coloquei a revista de volta na mesa.
— Você tem alguma coisa contra mim, Santiago? — perguntei querendo entender o motivo da sua contrariedade. Desde que cheguei, ele nunca tinha me tratado mal ou com indiferença, mas a partir de quando soube de mim e do Arthur, ele me olhava estranho e então soltou aquela. Santiago continuou a beber o café, tentando agir naturalmente, mas o seu desconforto era nítido.
— Não tenho nada contra você, Lua. — Sua voz era gentil, me deixando ainda mais confusa. — Pelo contrário, acho que o tempo que está passando na fazenda está te fazendo bem, você mudou da água para o vinho desde que chegou, e eu sei que isso se deve à minha filha e ao meu sobrinho. — completou. Santiago realmente estava certo. Eu havia mudado. A Lua com uma nova maneira de ver a vida. Sorri com a sua constatação, pois era daquela forma que me sentia e fiquei feliz por ele ter reconhecido aquilo. — Porém, eu já vi isso acontecer no passado, e não acabou bem. — Arregalei os olhos, pois, depois de tudo o que ele disse, me jogou aquela bomba.
— O que quer dizer? O que aconteceu? — perguntei, elevando minha voz.
— Essa não é uma história minha. Pergunte ao seu pai quando ele estiver aqui. Segundo ele, em uma semana no máximo estará na fazenda. — explicou.
— Por que meu pai se importa tanto assim com o Arthur? — Eu estava angustiada por respostas. Com tudo acontecendo ao mesmo tempo, eu precisava saber o que meu pai e Santiago escondiam.
— Faz parte da história. — Então Mel chegou acompanhada de Chay e correu para me dar um abraço. Ela também tinha madrugado, comprovando a minha tese de que ela só foi embora porque Chay praticamente a arrastou.
— Oi! — Ela me abraçou. — Alguma novidade? — perguntou ao pai.
— Ainda na mesma. Sem nenhuma alteração.
Passamos algumas horas comentando sobre Arthur e sobre as mudanças que deveriam ser feitas para acomodá-lo, caso ele não se recuperasse antes de voltar para casa. Era difícil falar e pensar naquilo, mas se tratava de uma realidade que deveria ser discutida. Sugeri que, assim que ele pudesse voltar para casa, se hospedasse na fazenda, pois era maior e tinha a piscina, que poderia ser de grande ajuda na sua recuperação. Além disso, ele estaria perto da família. Mel concordou, mas Santiago disse que a decisão seria tomada pelo Arthur. Começou o horário de visitas, e todos nós entramos. A enfermeira não chamou por nomes, então entendemos que poderíamos entrar. Assim que chegamos ao quarto, Mel passou na frente de todos e se jogou nos braços do primo.
— Ei, pequena. Não chora. Eu estou aqui. — Arthur disse secando as lágrimas da Melanie. Deu um beijo em seu rosto e outro em sua testa. Fiquei comovida com a cena e tive que segurar o choro. — O que ela está fazendo aqui? — Arthur perguntou quando os seus olhos pousaram em mim. — Eu disse para ela ir embora. Por que ninguém faz o que eu peço?
— Calma, maninho. — Melanie tentava acalmá-lo, mas era em vão. Santiago e Chay me olhavam e eu não sabia se corria ou se chorava, enquanto Arthur esbravejava, me mandando embora.
— Quero ela fora daqui. Agora! — ele começou a gritar, e eu tentei chegar até ele, mas fui parada por Chay. Logo uma enfermeira entrou e, ao saber o motivo da discussão, pediu que eu me retirasse para o bem-estar do paciente.
— Por favor, senhora. Não fará bem a ele se estressar. — explicou. Mais uma vez, não tive o que fazer. Eu me senti impotente, dilacerada. Os olhos do Arthur demonstravam desprezo, e eu não entendia por que ele me tratava daquela maneira. Relembrei tudo o que vivemos e eu não conseguia acreditar que ele não sentia nada por mim. Que ele era tão indiferente a ponto de me expulsar do seu quarto e da sua vida. 
Fui embora. Com o coração na mão atendi ao pedido do Arthur. Estava acabada, triste como nunca tinha me sentido antes. Chorei quase o dia todo, mas não havia nada que eu pudesse fazer. 
Melanie me consolava, também sem entender porra nenhuma e, enquanto eles podiam entrar e sair do quarto do Arthur em todos os horários de visita, eu tinha que ficar na recepção, esperando por notícias. Foi assim durante toda a semana. Eu implorava a Mel por detalhes: se ele sorria, se chorava, se sentia frio, se estava tranquilo, se conversava com os médicos, suas expectativas, o que planejava. Ela sempre me respondia com tristeza no olhar, apesar de tentar amenizar o meu sofrimento contando tudo sobre Arthur.

Na terça-feira eu tinha pedido a Mel para passar a noite com ele. Ela disse que depois que Arthur adormecia era difícil acordar no meio da noite devido aos medicamentos. Fiz uma coisa errada, mas não me arrependi: paguei ao segurança para que me deixasse entrar. Decorei o horário das visitas médicas e das rondas das enfermeiras. Aconteciam de hora em hora, bem cronometradas. Elas chegaram, aferiam a pressão do Arthur, verificavam o soro, faziam anotações na prancheta e iam embora. Nos intervalos, eu saía do banheiro e me deitava ao seu lado na cama. Descansava a cabeça na curva do seu pescoço e respirava o seu cheiro. Por uma hora eu era feliz, até que chegava o momento de me esconder novamente. 
Na manhã seguinte, antes do horário em que o Arthur acordava, eu saía do quarto disfarçadamente. Fiz isso por vários dias seguidos, até que em uma manhã, quando estava indo embora, ouvi sua voz:

— O que você está fazendo aqui? — perguntou com uma voz ainda sonolenta. — Eu mandei você ir embora. — Estava quase chegando à porta e voltei para responder.
— Sabe, Arthur — falei, encarando seus olhos. — Eu sempre consigo o que eu quero. E, no momento, eu quero você. — Apontei o indicador em sua direção, para enfatizar que era por ele que eu estava ali. — Portanto, ir embora e te deixar aqui está fora de cogitação. Pode ir se acostumando. — Arthur abriu a boca, mas fechou logo em seguida, virando a cabeça para o lado oposto de onde eu estava. Não querendo contrariá-lo, eu saí. 

N/A: Bom dia, amorecos! Vish, parece que o Arthur não quer ver mais a Lua :/ 
Até quando será que vai ficar assim? 


Com mais 10 comentários, posto o próximo capítulo.

15 comentários:

  1. Tadinha da Lua, a culpa não foi dela!
    O Arthur está sendo imaturo, em culpá-la.

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  2. Ainda bem que a Lua é uma pessoa perseverante e não desistiu de estar com ele. O Arthur devia parar de querer se afastar dela, rla está super preocupada e faz dr tudo para vê-lo bem e curado.

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  3. Ainda bem que a Lua é uma pessoa perseverante e não desistiu de estar com ele. O Arthur devia parar de querer se afastar dela, rla está super preocupada e faz dr tudo para vê-lo bem e curado.

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  4. Lua mt persistente, porque Arthur ta tratando ela assim?amando a web

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  5. Tadinha da lua !
    Arthur tá sendo um grosso!

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  6. Esse peão é teimoso, o Henrique merece levar uma coça por causar intriga entre eles dois!
    Quero o peão amável e gentil de novo, a Lua merece, mudou tanto.

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  7. Que dó a lua não merecia isso, oque será o segredo já estou pensando em umas coisas mas espero que não seja. Tomara que o thur se recupere logo.
    Fany

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  8. Poxaaaaa tadinha da Lua.. Ela só quer ajuda, nnão intendi o pq do Arthur tá nessa!! Ela n tem culpa de nada!! Querendo muitooo o próximoooo

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  9. Poxa arthur para de mandar lua embora ela não teve culpa de nada !
    Poderia ter uma mini maratona !��

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  10. Tadinha da Lua,o Arthur não pode fica culpando ela,ela não teve culpa e até quando ele não vai quere vê ela ??
    Anciosa para o próximo capítulo *--*

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  11. Arthur não pode fazer isso com ela, ele deve ta com vergonha e não querer que ela veja ele desse jeito. Lua não desiste mesmo, quando quer alguma coisa ela consegue!!
    Helena

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  12. Tadinha da Lua, ela não merece isso!

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