8 Segundos - CAP. 20

|


8 Segundos


Capítulo 20:

Pov. Lua

Acordei com o toque do meu celular e instantaneamente passei o braço ao meu lado para ver se Arthur estava comigo. Ao sentir o vazio na cama, uma frustração tomou conta de mim. Mas logo me lembrei de tudo, e um sorriso idiota despontou no meu rosto. Meu despertador estava tocando e eu nem me lembrava de tê-lo programado. Levantei e caminhei até a minha penteadeira.
— Meu Deus, estou igualzinha à Bruxa do 71, do Chaves. — brinquei, sorrindo para o espelho. Meu cabelo estava espetado e despenteado, meu rosto vermelho, havia marcas no meu pescoço e meus lábios estavam inchados. — Droga, Arthur fez um bom trabalho. — Estava virando para ir ao banheiro, quando percebi um bilhete pregado no canto do espelho. Eu o peguei para ler e dessa vez abri um sorriso de orelha a orelha. Era do Arthur.
Adorei a noite! Tive que sair para atender uma emergência. Animal ferido. 
Mas se prepara, vou te buscar para passar o dia comigo. Use botas. 
Você fica gostosa com elas. Beijos para a minha Potranca. 
Arthur..

Olhei para o bilhete e para o meu celular. Putz! Não tinha nem amanhecido ainda. Provavelmente Arthur tinha programado o despertador. O aparelho também mostrava duas ligações perdidas da minha amiga Letícia. Estava com saudades da minha companheira de farra. 
Tomei um banho rápido e sequei meu cabelo para sair com ele solto. Vesti um short jeans e uma camisa de botão de mangas curtas. Um cinto não muito largo combinava com as botas de caubói. Passei só protetor solar e um brilho labial. Peguei os óculos escuros e desci correndo as escadas em direção à cozinha.

— Bom dia, Lúcia. — cumprimentei a cozinheira e me surpreendi ao ver que ela já estava trabalhando. Sempre ouvi meu pai dizer que o dia na fazenda começava cedo, mas não pensei que fosse tanto. Lúcia me olhou espantada. Eu não costumava ser tão gentil, mas, com a noite anterior, meu humor estava mais que perfeito. — Você por acaso viu o... — Virei a cabeça enquanto falava e dei de cara com ele. — Arthur? Ele estava sentado em uma cadeira, próximo à mesa, terminando de descascar uma laranja que colocou em uma cesta enorme ao seu lado.
— Bom dia, Cristal. Dormiu bem? — Seu olhar malicioso me fez sorrir. O desgraçado sabia que tinha me dado uma canseira.
— Sim, e você? Parece cansado. — Eu me atrevi a desafiá-lo. Arthur sorriu abaixando a cabeça, mas ainda me olhando. Lúcia parecia alheia à nossa conversa.
— Um pouco. Tive que domar uma potranca, não foi fácil, mas no fim consegui o que queria. — Para muitos poderia parecer uma ofensa, mas eu sabia que Arthur estava me provocando. Foi assim desde que nos vimos pela primeira vez. — Vamos lá? — ele me chamou ao levantar, segurando a cesta nas mãos. Dei uma olhada na Aparecida, que estava ao lado da Lúcia. Não sei se as duas eram discretas ou se estavam se fazendo de sonsas para escutar minha conversa com o Arthur. Não me importei, estava bem demais para me preocupar com fofocas.
— E aonde vamos? — questionei quando saímos pela porta, deixando a cozinha. Antes de responder, ele olhou de um lado para outro. Acompanhei seus olhos para tentar descobrir o que procurava, mas estava muito escuro. Foi quando senti seus lábios tocarem os meus carinhosamente.
— É uma surpresa. — Encostou na ponta do meu nariz com o dedo indicador. Quase derreti com aquele gesto. Estava virando uma pamonha. Arthur pegou em minha mão, entrelaçando meus dedos aos dele. Estava vestido como sempre, camisa xadrez e jeans: totalmente delicioso. Andamos até a porta do galpão, e fiquei surpresa.
— Vamos começar o dia no galpão? De novo? — perguntei e torci o nariz quando ele me olhou.
— Claro que não, sua boba. Vamos pegar o Ventania. — respondeu naturalmente. Paralisei e Arthur tentou me arrastar com ele.
— Você está querendo dizer que vamos a cavalo? — Ele sorriu assentindo e eu não acreditei na sua resposta.
— Nem morta que eu ando naquele animal. Arthur bufou divertido. Acho que nunca o tinha visto tão à vontade. Passou uma das mãos em minha cintura e me puxou para ele.
— Querida, você está segura comigo. Sou o melhor peão da região. — Abaixou a cabeça em direção ao meu ouvido. — E eu sei que você sabe cavalgar. Meu pau ainda se lembra de você galopando em cima de mim. Eu me afastei dele.
— Nossa, Arthur. Você não presta! — Dei um soco em seu ombro e não esperei uma resposta. Saí andando em sua frente. Aquele homem seria minha perdição.
— Posso ouvir sua risada, Cristal. — disse ele atrás de mim. Eu ainda iria matá-lo por aquele apelido ridículo. Como não tive escolha, montei o Ventania com o Arthur. Não me lembrava se andara a cavalo quando criança. No começo, a sensação foi horrível, mas, com o corpo do Arthur tão perto e uma de suas mãos apertando meu quadril contra ele, me esqueci de tudo. Até pular de bungee-jump com o Arthur seria perfeito. 
Ainda estava meio escuro e, como se soubesse o caminho, o Ventania seguiu por um trieiro quase imperceptível.

— Sabe se a Mel está bem? — Eu estava preocupada. Se Chay a tivesse rejeitado novamente, ela estaria péssima. Arthur bufou.
— Eu liguei para ela. Acho que os dois colocaram os pingos nos “is”. Arthur era muito ciumento, mas a vontade de ver a prima feliz era maior do que qualquer coisa. Eu estava começando a admirar a personalidade dele. Eu apreciava o clima de pós-chuva com Arthur agarrado a minha cintura. — Confie em mim, você vai adorar. — ele sussurrou em meu ouvido, me segurando forte. E o pior é que eu confiava de olhos fechados nele. Todas as células do meu corpo diziam que aquilo estava errado. Desde que tinha chegado à fazenda, eu e Arthur vivíamos em pé de guerra. Como tudo poderia ter mudado tão de repente? — Algum problema, Potranca? — Acho que Arthur sentiu a tensão em meu corpo. — Não me diga que ainda está com medo do Ventania? Ele é inofensivo. — brincou. Mal sabia Arthur o que se passava pela minha cabeça e que todos os altos e baixos que eu estava vivendo o envolviam.
— Já estou me acostumando com esse animal.
— Essa é a minha Cristal. — Fechei os olhos ao ouvir aquele apelido ridículo: eu já estava me acostumando. — Chegamos! 
Quando abri os olhos, a paisagem que vi me tirou o ar. Arthur pulou no chão, e, enquanto uma de suas mãos segurava o arreio para o Ventania manter-se imóvel, a outra estava estendida em minha direção. Desci do cavalo com a ajuda de Arthur e, assim que meus pés tocaram o chão, notei que ele me encarava de uma forma diferente. Seus olhos brilhavam, e eu senti toda a vibração do seu corpo quando sua boca tocou a minha.
Meu Deus! Onde estou com a cabeça que não percebi isso chegando?

— Me dá um minuto, vou prender o Ventania. — disse ele e caminhou segurando as rédeas até uma árvore próxima. Por mais que estivesse ciente da paisagem única ao nosso redor, eu não ousava desviar o olhar do Arthur. Depois de prender o cavalo, Arthur pegou a cesta e caminhou de volta.
— Vem — disse, pegando a minha mão. — Você vai perder a festa. — Fechei a cara e Arthur sorriu.
— Meu conceito de festa é um pouco diferente. — provoquei.
— Eu sei, mas, depois que provar o que vou te proporcionar, você nunca mais vai trocar isso aqui pela cidade grande. — Assim que terminou de falar, apontou para a cachoeira a nossa frente. Os primeiros raios de sol refletiam na água cristalina.
— Uau! — exclamei. Arthur deu um sorrisinho de “eu não te disse?”, me deixando sem graça. Mas ele estava certo: nada que eu tinha vivido se comparava àquele momento. E essa constatação me deixava ainda mais confusa. Como se eu não tivesse habitado meu corpo até então e só tivesse despertado depois de chegar à fazenda.
— Senta aqui. — disse ele, depois de estender a toalha e se sentar no chão.
Nunca vi ninguém 
Viver tão feliz 
Como eu no sertão 
Perto de uma mata 
E de um ribeirão. 
Deus e eu no sertão 
“Deus e eu no sertão” — Victor & Leo

Arthur poeta? Essa foi boa. — Eu me sentei ao seu lado e me deliciei com sua risada.
— Bem que eu queria, mas não é um poema, e sim uma música. — Dei de ombros, pois com certeza não a conhecia. Permanecemos ali, sem dizer muita coisa, somente apreciando o nascer do sol. Fiquei impressionada com quanto aquilo era romântico. E eu que achei que Arthur correria de mim. Em certo momento, para quebrar o silêncio, Arthur começou a tirar da cesta o que chamou de nosso café da manhã.
— Trouxe sanduíches, frutas, doces, suco e o meu preferido... — Ri quando ele tirou um Danoninho da cesta. — Ei, tem que ser muito macho para admitir que gosta de Danoninho. — disse ele, fingindo-se ofendido. Comemos de tudo um pouco e eu perguntei quem tinha preparado os sanduíches, pois estavam deliciosos. Arthur jurou de pés juntos que tinha sido ele, o que eu duvidava totalmente.
Como resposta às minhas provocações, Arthur ameaçava me atirar na cachoeira. Claro que acabamos na água gelada, mas, por sorte, consegui tirar as roupas antes. Estava de calcinha e sutiã e não consegui esconder o meu desejo ao vê-lo somente de cueca. Mas Arthur se negava a transar ali, pois sabia que a cachoeira era muito visitada pelos funcionários e suas famílias nos fins de semana. Depois de nos secarmos, nos vestimos e montamos o Ventania para voltar para a fazenda. 
Antes de chegar perto da sede, Arthur desviou do caminho e me levou a um campo que eu não conhecia.

— Vou te mostrar meu segundo lugar preferido na fazenda. Então, alguns metros depois, eu avistei, como no meu sonho, uma plantação enorme de girassóis. Dessa vez nem esperei Arthur me ajudar a descer. Pulei do cavalo e andei meio desequilibrada até as flores.
Arthur, o que é...? — Perdi a voz ao olhar para a plantação novamente. Minha pele arrepiou quando me lembrei da minha mãe. Senti seus braços me envolverem, me abraçando, e o cheiro do Arthur me acalmou. Relaxei um pouco quando ele começou a falar.
— Meu tio cuida dos girassóis. É lindo, né? — ele disse. As lembranças me invadiram e eu não conseguia entender o porquê dos sonhos.
— Faz tempo que essa plantação existe? — Tinha que tentar achar alguma pista que ligasse minha mãe àquele lugar. Arthur me virou para ele e passou a mão pelo meu rosto.
— Muito tempo. Eu sempre vinha aqui quando era criança e estava na fazenda visitando o meu tio. Por quê? — perguntou curioso.
— Nada, é que eu não conhecia esse lugar. — disfarcei, pois, antes de explicar os sonhos a alguém, eu teria que entendê-los. 
Voltamos para casa e Arthur foi embora com a promessa de voltar à noite. Ele disse que tinha um compromisso durante a tarde, mas, mesmo morrendo de curiosidade, não perguntei o que era. Nós nos despedimos e eu subi direto para o quarto. 
Tomei um banho, dessa vez bem demorado. Depois, me sentei na cama ainda de toalha e peguei meu telefone. Fiz uma ligação que evitava fazer havia alguns dias. No terceiro toque, ele atendeu.

— Não me diga que já bateu o carro.
— Oi, papai, também é bom falar com você. E não, não bati o carro. — respondi ríspida. Meu pai era sempre tão frio e grosso que eu tinha receio de conversar com ele.
— Que bom, menos um problema. Mas o que aconteceu, então? — Seu tom de voz tinha mudado um pouco, mas nem de longe lembrava a forma carinhosa como Santiago tratava a Melanie.
— Quero ficar mais... — disse de olhos fechados, com medo de me arrepender da decisão. — Quero ficar mais um tempo na fazenda. — completei, pois meu pai ainda estava em silêncio.
— Quem é você e o que fez com a minha filha? — Dessa vez, e posso dizer que foi uma das poucas vezes, ouvi meu pai soar divertido.
— É que a Melanie é muito legal, e eu queria passar mais um tempo com ela. — tentei ser convincente, não queria colocar Arthur na história, pois nem eu sabia como ficariam as coisas entre nós. 
Meu pai concordou e parecia aliviado com a minha decisão. Na certa estava mesmo, assim me manteria longe de problemas. Ele respondeu que eu poderia ficar o tempo que quisesse. Encerrei o telefonema e retornei a ligação da Letícia, mas caiu na caixa postal. 
Ouvi uma batida na porta, e, em seguida, Mel entrou no quarto.

— Oi, como foi ontem? — perguntei. Já não me aguentava de tanta curiosidade para saber se o plano tinha dado certo. Ela estava com uma carinha triste, mas abriu um sorriso tímido.
— Acho que estamos nos entendendo, mas Chay vai ficar uma semana fora, então não sei como vai ser quando ele voltar. Também foi por isso que vim falar com você. Arthur pediu para te avisar que ele volta só no domingo. Eu dei seu número, ele tentou ligar, mas estava sem sinal. — Não consegui disfarçar minha decepção. Porra! Logo agora.
— Onde eles estão?
— O Instituto de Defesa Agropecuária recebeu uma denúncia de uma praga que anda matando alguns animais na região e pediu a ajuda do Arthur. Como a primeira pista indica que a causa está no pasto, ele levou Chay.
— Entendi. — Eu me sentei na cama com Mel ao meu lado.
— Isso quer dizer que você e o maninho estão juntos? — Foi a sua vez de ser curiosa. Dei de ombros.
— Não sei. A gente ficou, mas... Arthur é muito complicado e não sei se os nossos mundos vão se encaixar.
— Deixa de besteira, a gente se encaixa onde nosso coração está. — E, dito isso, a Mel saiu, me deixando sozinha com os meus pensamentos. 
Não sei se rolaria algo além de sexo entre mim e Arthur, mas ele tinha se mostrado uma pessoa diferente no piquenique. E estava claro que eu me sentia cada vez mais atraída por ele.

***
Foram os sete dias mais longos da minha vida. Tanto eu quanto Melanie estávamos em uma tristeza só. Tentamos nos distrair fazendo compras, fomos à cidade, e Mel até me ensinou a jogar truco. Mas nada do que eu fizesse tirava Arthur da minha cabeça. Comecei a achar que realmente estava gostando dele, pois nunca tinha pensado tanto em uma pessoa. Mel ainda tinha a sorte de que Chay ligava todos os dias, mas eu e Arthur nunca mais nos falamos. Ele não entrou em contato e eu não me senti segura para tomar a iniciativa.
No domingo, enquanto eu estava sentada no sofá zapeando os canais de TV, meu celular apitou. Quase deixei para lá, mas resolvi ver quem era.
Cheguei. Precisamos conversar. 
Te pego na fazenda hoje de tarde e você passa a noite comigo. 
Arthur

Meu coração quase saltou pela boca. Meu Deus! Ele voltou! Ele voltou! Dancei pela sala com o celular na mão, mas, quando percebi o que estava fazendo, me sentei de volta e tentei disfarçar.
— Calma, Lua. Essa não é você. — falei sozinha, mas logo abri um novo sorriso. — Que se foda! Eu quero ele. Resolvi fazer algo que já deveria ter feito: liguei para o Henrique. Ele tinha ajudado muito na finalização da Operação Segura Peão e eu lhe devia uma explicação.
— Oi, gata, tudo bem? Caramba! Fiquei uma semana sem minha namorada. — ele atendeu brincando.
— Henrique, precisamos conversar. — eu disse séria e ouvi a sua risada.
— Me deixa adivinhar... O idiota se tocou?
— Mais ou menos isso. — respondi sem conseguir conter a minha alegria. Não sabia se a noite e o dia que tinha passado com Arthur se repetiriam, mas sabia que estava disposta a lutar. Pelo quê, eu ainda não sabia. Eu não era uma mulher de relacionamentos, e sabia que o meu mundo e o do Arthur eram totalmente diferentes, mas as palavras da Mel me convenceram a tentar.
— Gata, por que você não vem aqui em casa? Está rolando um encontro de amigos. Alguns peões estão treinando para o campeonato, e vai ser bacana você conhecer um pouco mais da vida do seu namorado. Ele disse que estaria aqui. — completou com sarcasmo. Fiquei pensando se Arthur não tinha vindo direto me procurar por isso, então resolvi fazer uma surpresa e acabei concordando. Seria legal conhecer um pouco mais das paixões do meu caubói, já que não o tinha visto montar na festa.
— Ok, me explica como chegar aí. — O caminho até a sua fazenda não era difícil nem longo. Chegando lá, eu conversaria com ele, deixando tudo em pratos limpos. E ainda mataria a minha curiosidade de ver o Arthur em ação. Encerrei a ligação e, quando coloquei o celular na estante, vi o ícone de mensagem piscando.
Saudades, meu bebê. 
Rafa.

Por mais incrível que pudesse parecer, não senti vontade de responder. Rafa não fazia mais falta. Eu só conseguia pensar no meu lindo peão de olhos azuis.

N/A: Bom dia, meninas! Adorei os comentários de vocês no capítulo de ontem, foi foda ver que vocês estão gostando e se interagindo tanto. <3 
Eai, será que a Lua vai está a apaixonada? O que será que o Arthur quer falar com ela? Será que vai dar certo essa surpresa que a Lua vai fazer pra ele, indo na casa do Henrique? 

COMENTEM!!! 

Ps: Meninas que estão a espera de BC, hoje a noite eu irei postar dois capítulos. Lembrando que a mesma está em reta final. 

12 comentários:

  1. Mt bom! Adoro a web! Quero mais

    ResponderExcluir
  2. Otimoooo os dois tão se dando bem que bonitinho.. mas estou com medo será que o Henrique vai aprontar alguma? Posta mais
    Fany

    ResponderExcluir
  3. Arthur sendo romântico, que amor! Posta mais ta perfeito

    ResponderExcluir
  4. Se apaixonaram!! Arthur todo romantico *--* tomara que deem certo juntos
    Helena

    ResponderExcluir
  5. Torcendo para que o arthur e a lua fiquem juntos!

    ResponderExcluir
  6. Poxa que lindo , lua não devia ir na casa do Henrique

    ResponderExcluir
  7. Tomara que não aconteça nada que faça os dois brigarem. Faz maratona pfr

    ResponderExcluir
  8. Amandoooooooo eles dois nesse momento amor, tomara q não de merdaa nessa surpresa.. Faz maratonaaaa!!

    ResponderExcluir
  9. Que fofinho o Arthur posta mais

    ResponderExcluir
  10. OMG!!! POSTA MAIS POR FAVOOOOOOR. TO CURIOSA PRA SABER O QUE VAI ACONTECER NA CASA DO HENRIQUE. TO AMANDO O ARTHUR E A LUA NESSE AMOR SÓ

    ResponderExcluir
  11. Q Fofos os dois Juntos,Espero q continuem assim ,Anciosa para o próximo *--*

    ResponderExcluir