Belo Desastre
Capítulo 34 : Não, obrigada
Fiquei fazendo desenhos no meu caderno, quadrados
dentro de quadrados, conectando uns aos outros para formar caixas rudimentares
em 3D. Dez minutos antes de a aula começar, a sala ainda estava vazia. Minha
vida estava começando a entrar nos eixos de novo, mas precisei de alguns
minutos para me preparar psicologicamente para estar cercada de pessoas que não
fossem Finch e Melanie.
— Só porque não estamos mais namorando, não quer dizer
que você não pode usar a pulseira que te dei. — disse Parker, assim que se
sentou ao meu lado.
— Venho querendo te perguntar se você quer que eu
devolva.
Ele sorriu, inclinando-se na minha direção para
desenhar um laço em uma das caixas no meu caderno.
— Foi presente, Lu. Não dou presentes com condições.
A professora Ballard ligou o retroprojetor enquanto se
sentava à frente da classe, depois ficou remexendo nos papéis em sua mesa
abarrotada. A sala de repente ficou alvoroçada com conversas, que ecoavam pelas
grandes janelas molhadas de chuva.
— Ouvi dizer que você e o Arthur terminaram faz umas
semanas. — Parker ergueu uma das mãos ao ver minha expressão de impaciência —
Não é da minha conta. É só que você parece tão triste, e eu queria te dize que
sinto muito.
— Obrigada. — murmurei, virando uma página em branco no caderno.
— E também quero pedir desculpas pelo meu
comportamento. O que eu fiz foi… grosseiro. Eu só estava com raiva e descontei
em você. Não foi justo, e eu peço desculpas.
— Não estou interessada em namorar, Parker. — falei em
tom de aviso. Ele deu uma risada abafada.
— Não estou tentando me aproveitar da situação. Nós
ainda somos amigos, e quero ter certeza que está tudo bem com você.
— Estou bem.
— Você vai voltar pra casa no feriado de Ação de
Graças?
— Vou pra casa da Melanie. Geralmente janto na casa
dela no Dia de Ação de Graças.
Ele começou a falar alguma coisa, mas a professora
Ballard iniciou a aula. O assunto do Dia de Ação de Graças me fez pensarem meus
planos anteriores de ajudar Arthur com o peru. Pensei em como teria sido, e me
peguei preocupada com o fato de que eles acabariam pedindo pizza de novo. Uma
sensação de angústia tomou conta de mim, mas a afastei imediatamente, fazendo o
meu melhor para me concentrar em cada palavra dita pela professora.
Depois da aula, fiquei vermelha quando vi Arthur vir
do estacionamento quase correndo na minha direção. Ele estava com a barba
feita, vestia um moletom com capuz e seu boné vermelho predileto de beisebol,
abaixando a cabeça para se proteger da chuva.
— A gente se vê depois do intervalo, Lu. — disse
Parker, encostando a mão de leve nas minhas costas.
Esperei por um olhar cheio de raiva de Arthur, mas ele
nem pareceu notar a presença de Parker enquanto se aproximava.
— Oi, Flor.
Dei um sorriso meio sem graça, e ele enfiou as mãos no
bolso da frente do moletom.
— O Chay me disse que você vai com ele e com a Mel
para Wichita amanhã.
— É.
— Você vai passar o feriado inteiro na casa da
Melanie?
Dei de ombros, tentando parecer casual.
— Sou muito chegada aos pais dela.
— E a sua mãe?
— Ela vive bêbada, Arthur. Nem vai saber que é Ação de
Graças.
De repente ele ficou nervoso, e meu estômago se
contorceu com a possibilidade de um segundo quebra-pau em público. Um trovão
rugiu sobre nós, e Arthur ergueu a cabeça, apertando os olhos enquanto grandes
gotas de chuva caíam em seu rosto.
— Preciso te pedir um favor. — ele me disse. — Vem cá.
Ele me puxou para debaixo do toldo mais próximo e
consenti, tentando evitar outra cena.
— Que tipo de favor? — perguntei, desconfiada.
— Meu… hum… — Ele alternou o peso do corpo, se
apoiando ora em uma perna, ora em outra. — Meu pai e os caras estão esperando
você na quinta-feira.
— Arthur! — falei, em tom de queixa.
Ele olhou para baixo.
— Você disse que ia.
— Eu sei, mas… é um pouco sem sentido agora, você não
acha?
Ele pareceu não se incomodar.
— Você disse que ia.
— A gente ainda estava junto quando concordei em ir
pra casa do seu pai. Você sabia que agora eu não iria.
— Eu não sabia e, de qualquer forma, agora é tarde
demais, O Thomas já está vindo de avião pra cá, e o Tyler tirou folga no
trabalho. Todo mundo está ansioso pra te ver.
Eu me encolhi, torcendo as mechas molhadas dos cabelos
em volta do dedo.
— Eles iam vir de qualquer forma, não iam?
— Nem todos. Faz anos que a gente não se reúne mais no
Dia de Ação de Graças. Todos eles fizeram um esforço, já que prometi uma
refeição de verdade pra eles. Não temos uma mulher na cozinha desde que minha
mãe morreu e…
— Isso nem é machista nem nada.
Ele inclinou a cabeça para o lado.
— Não foi isso que eu quis dizer, Flor, poxa! Todos nós
queremos você lá. É isso que estou dizendo.
— Você não contou pra eles sobre a gente, não é? —
desferi as palavras no tom mais acusador que consegui usar.
Ele ficou inquieto por um instante e fez que não com a
cabeça.
— Meu pai me perguntaria o motivo, e não estou
preparado pra conversar com ele sobre isso. Ia ser um sermão interminável. Por
favor, vamos, Flor.
— Tenho que colocar o peru no forno às seis da manhã.
A gente teria que sair daqui lá pelas cinco…
— Ou a gente pode dormir lá.
Subitamente ergui as sobrancelhas.
— De jeito nenhum! Já é ruim o suficiente precisar
mentir pra sua família e fingir que ainda estamos juntos.
— Você está agindo como se eu tivesse pedido pra você
atear fogo em si mesma.
— Você devia ter contado pra eles!
— Eu vou contar. Depois do Dia de Ação de Graças… eu
conto.
Suspirei, desviando o olhar.
— Se você jurar que isso não é nenhum esquema pra
tentar me fazer voltar com você, eu vou.
Ele assentiu.
— Eu juro.
Embora Arthur estivesse tentando ocultar, eu vi uma
centelha em seus olhos. Pressionei os lábios para não sorrir.
— Vejo você às cinco.
Ele se inclinou para beijar o meu rosto, deixando os
lábios por um tempinho em minha pele.
— Valeu, Beija-Flor.
Melanie e Chay me encontraram na porta do refeitório e
entramos juntos. Puxei com força o garfo e a faca do porta-talheres e larguei o
prato na bandeja.
— O que é que você tem, Lua? — ela me perguntou.
— Não vou viajar com vocês amanhã.
Chay ficou boquiaberto.
— Você vai pra casa dos Aguiar?
Os olhos de Melanie se voltaram como dardos na direção
dos meus.
— Você o quê?
Suspirei e entreguei minha carteirinha de estudante ao
caixa.
— Eu prometi ao Thur que iria quando a gente estava no
avião, e ele disse pra família inteira que eu estaria lá.
— Em defesa dele, — Chay falou — ele realmente não achou que vocês iam terminar. Ele
achou que você ia acabar voltando. E já era tarde demais quando ele se tocou
que você não estava de brincadeira.
— Isso é bobagem, Chay, e você sabe disso. — falou
Melanie, borbulhando de raiva. — Você não precisa ir se não quiser, Lua.
Ela estava certa. Eu tinha escolha, mas não poderia
fazer Arthur. Nem mesmo se o odiasse. E eu não o odiava.
— Se eu não for, ele vai ter que explicar pra eles por
que não apareci, e não quero estragar o Dia de Ação de Graças deles. Todos
estão vindo pra casa porque acham que vou estar lá.
Chay abriu um sorriso.
— Eles gostam mesmo de você, Lua. O Jim ficou falando de
você para o meu pai outro dia.
— Que ótimo. — murmurei.
— A Lua está certa. — ele disse — Se ela não for, o
Jim vai o dia inteiro enchendo o saco do Arthur. Não tem por que estragar o dia
deles.
Melanie colocou o braço em volta dos meus ombros.
— Você ainda pode vir com a gente. Você não está mais
com ele e não precisa continuar salvando a pele dele.
— Eu sei, Mel, mas é a coisa certa a fazer.
O sol se refletia nos prédios lá fora, e eu estava
parada na frente do espelho passando a escova nos cabelos, enquanto tentava
descobrir como conseguiria fingir ainda estar com Arthur.
— É só um dia, Lua. Você consegue lidar com isso. —
falei para o espelho.
Fingir nunca foi um problema para mim. O que me
preocupava era o que aconteceria enquanto estivéssemos fingindo. Quando Arthur
me deixasse em casa depois do jantar, eu teria que tomar uma decisão. Decisão
essa que seria distorcida por uma falsa sensação de felicidade que passaríamos
para a família dele.
Toc, toc.
Eu me virei e olhei para a porta. Kara não tinha
voltado para o quarto a noite toda. Eu sabia que Melanie e Chay já tinham
pegado a estrada e não conseguia imaginar quem era. Coloquei a escova sobre a
mesa e abri a porta.
— Arthur? —falei baixinho.
— Você está pronta?
Ergui uma sobrancelha
— Pronta pra quê?
— Você disse para vir te buscar às cinco.
Cruzei os braços sobre o peito.
— Eu quis dizer cinco da manhã!
— Ah... —
ele disse, parecendo desapontado. — Acho que vou ter que ligar para o meu pai
pra avisar que não vamos passar a noite lá então.
— Arthur! — reclamei.
— Eu peguei o carro do Chay pra gente não ter que
levar as malas na moto. Tem um quarto sobrando em que você pode dormir. Nós
podemos ver um filme ou…
— Eu não vou passar a noite na casa do seu pai!
A expressão dele ficou triste.
— Tudo bem. Eu… hum… te vejo amanhã de manhã.
Ele deu um passo para trás e fechei a porta, me
apoiando nela. Todas as minhas emoções se entrelaçavam em minhas entranhas,
então soltei um suspiro exasperado. Com a expressão desapontada de Arthur
fresca na mente, abri a porta e saí, vendo que ele estava atravessando o
corredor devagar, discando ao celular.
— Arthur, espera. — Ele se virou e o olhar de
esperança em seus olhos fez meu peito doer — Me dá um minuto pra colocar umas
coisas na mala.
Um sorriso de alívio e gratidão se espalhou em seu
rosto. Ele foi atrás de mim até o quarto e ficou olhando enquanto eu arrumava a
mala.
— Eu ainda te amo, Flor.
Não ergui o olhar.
— Não começa. Não estou fazendo isso por você.
Ele inspirou com dificuldade.
— Eu sei.
Seguimos viagem em silêncio até a casa do pai dele. O
carro parecia carregado de uma energia nervosa, e era difícil ficar sentada no
banco de couro frio. Quando chegamos, Trenton e Jim saíram na varanda, e
sorridentes. Arthur pegou nossas malas de dentro do carro, e Jim deu uns
tapinhas de leve nas costas dele.
— Que bom ver você, filho. — O sorriso dele ficou
ainda mais largo quando olhou para mim. — Lua Blanco. Estamos esperando ansiosamente pelo jantar amanhã. Faz
muito tempo desde que… Bom, faz muito tempo.
Assenti e segui Arthur casa adentro. Jim repousou a
mão na barriga protuberante e abriu um largo sorriso
— Arrumei lugar pra vocês dois no quarto de hóspedes,
Arthur que você não ia querer brigar com o gêmeo no seu quarto.
Olhei para Arthur. Era difícil observar enquanto ele
lutava para encontrar as palavras.
— A Lua… hum… ela vai ficar… no quarto de hóspedes. Eu
vou dormir no meu.
Trenton fez uma careta.
— Por quê? Ela tem ficado no seu apartamento, não tem?
— Não nos últimos tempos. — ele disse, tentando
desesperadamente evitar a verdade.
Jim e Trenton trocaram olhares de relance.
— O quarto do Thomas está sendo usado como uma espécie
de deposito faz anos, então eu ia deixar ele ficar no seu quarto. Acho que pode
dormir no sofá. — disse Jim, olhando para as almofadas desbotadas e caindo as
pedaços na sala de estar.
— Não se preocupe com isso, Jim. A gente só estava
tentando manter o respeito. — eu disse, colocando a mão no braço dele.
Sua risada alta ecoou pela casa, e ele deu uns
tapinhas de leve na minha mão.
— Você conhece meus filhos, Lua. Devia saber que é
quase impossível me ofenda.
Arthur fez um sinal com a cabeça apontando para as
escadas e atrás dele. Ele abriu a porta com o pé e colocou nossas malas no chão
olhando para a cama e depois se virando para mim. O quarto era forrado de
painéis marrons, e o carpete, da mesma cor, tinha passado da hora de ser
trocado. As paredes eram de um branco sujo, com a tinta descascando em alguns
lugares. Vi apenas uma moldura na parede, enquadrando uma foto de Jim com a mãe
de Arthur. O fiando da foto era um azul genérico de estúdio fotográfico, o
casal tinha o cabelo alisado e o rosto sorridente e jovem. A foto devia ter
sido tirada antes de eles terem os meninos, á que nenhum dos dois parecia ter
mais de vinte anos.
— Desculpa, Flor. Vou dormir no chão.
— Ah, mas vai mesmo. — falei, puxando os cabelos e prendendo-os em um rabo
de cavalo. — Não acredito que deixei você me convencer a fazer isso.
Ele se sentou na cama e esfregou o rosto, frustrado.
— Isso vai ser uma puta confusão. Não sei onde eu
estava com a cabeça.
— Eu sei exatamente onde você estava com a cabeça. Não
sou idiota, Arthur.
Ele ergueu o olhar para mim e sorriu.
— Mas ainda assim você veio.
— Tenho que deixar tudo pronto para amanhã. — falei,
abrindo a porta.
Ele se levantou.
— Vou te ajudar.
Nós descascamos uma montanha de batatas, picamos
verduras e legumes, colocamos o peru para descongelar e começamos a preparar a
massa da torta. A primeira hora foi pra lá de desconfortável, mas, quando os
gêmeos chegaram, todo mundo se reuniu na cozinha. Jim contava histórias sobre
cada um de seus meninos, e demos risada das histórias sobre feriados
desastrosos de Ação de Graças, quando eles tentaram fazer algo que não fosse
pedir pizza.
— A Diane era uma tremenda de uma cozinheira. — falou Jim, pensativo — O Arthur não lembra, mas não fazia sentido tentar cozinhar
depois que ela faleceu.
— Sem pressão, Lua. — disse Trenton, dando uma
risadinha e pegando uma cerveja na geladeira. — Vamos pegar as cartas. Quero
tentar recuperar um pouco daquele dinheiro que a Lua me tirou.
Jim mexeu um dedo para o filho.
— Nada de
pôquer esse fim de semana, Trent. Eu peguei o dominó, vá arrumar as peças. Nada
de apostar, estou falando sério.
Trenton balançou a cabeça.
— Tudo bem, meu velho, tudo bem.
Os irmãos saíram da cozinha e Trem parou para olhar
para trás.
— Vem, Arthur.
— Estou ajudando a Flor
— Estou quase acabando, baby. — falei. — Pode ir.
Os olhos dele ganharam um ar mais terno ao ouvir
minhas palavras, e ele pôs a mão no meu quadril.
— Tem certeza?
Fiz que sim, e ele se inclinou para beijar o meu
rosto, dando um apertãozinho no meu quadril antes de acompanhar Trenton até a
sala de jogos. Jim ficou observando seus filhos saírem, balançando a cabeça e
sorrindo.
— É incrível isso que você está fazendo, Lua. Acho que
você não se dá conta de como ficamos gratos por isso.
— Foi ideia do Arthur. Fico feliz em poder ajudar.
Ele apoiou o corpo forte no balcão, tomando um gole de
cerveja enquanto ponderava sobre as palavras que diria a seguir.
— Você e o Arthur não conversaram muito. Estão tendo
problemas?
Espremi o detergente dentro da pia enquanto a enchia
com água quente, tentando pensar em algo para dizer que não fosse uma mentira
descarada.
— As coisas estão um pouco diferentes, eu acho.
— Foi o que pensei. Você precisa ser paciente com ele.
O Arthur não se lembra muito disso, mas ele era muito chegado à mãe e, depois
que a perdemos, ele nunca mais foi o mesmo. Achei que quando ele crescesse isso
fosse mudar, já que ele era muito novinho quando ela faleceu. Foi difícil para
todos nós, mas para o Arthur… ele parou de tentar amar as pessoas depois disso.
Fiquei surpreso quando ele trouxe você aqui. A forma como ele age quando está
perto de você, o modo como ele te olha… soube que você era especial.
Eu sorri, mas mantive o olhar na louça.
— O Arthur vai te dar muito trabalho. Vai cometer
muitos erros. Ele cresceu cercado de um bando de meninos sem mãe e com um pai
velho, solitário e ranzinza. Todos nós ficamos um pouco perdidos depois que a
Diane morreu, e acho que não ajudei os meninos a lidarem com isso da forma como
deveria. Sei que é difícil não botar a culpa nele, mas você precisa amar o
Arthur de qualquer forma, Lua. Você é a única mulher que ele já amou além da
própria mãe. Não sei o que aconteceria com ele se você também o deixasse.
Engoli as lágrimas e assenti, incapaz de responder.
Jim colocou a mão no meu ombro e apertou-o de leve.
— Eu nunca vi o Arthur sorrir como faz quando está com
você. Espero que todos os meus meninos encontrem uma Lua na vida deles um dia.
Os passos dele foram sumindo enquanto ele atravessava
o corredor, eu me agarrei à beirada da pia para recuperar o fôlego. Eu sabia
que passar o feriado com Arthur e a família dele seria difícil, mas não achei
que meu coração fosse ficar partido novamente. Os homens faziam piadas e riam
na sala ao lado, e eu lavava e secava a louça, colocando-a no lugar. Limpei a
cozinha, lavei as mãos e fui andando até a escada para ir me deitar.
Arthur me agarrou pela mão.
— É cedo, Flor. Você não vai dormir já, vai?
— O dia foi longo. Estou cansada.
— A gente estava se preparando para ver um filme. Por
que você não volta aqui pra baixo e fica com a gente?
Ergui o olhar para os degraus, depois o baixei e me
deparei com o riso esperançoso dele.
— Tudo bem.
Ele me levou pela mão até o sofá, e ficamos sentados
juntos enquanto passavam os créditos.
— Apaga a luz, Taylor. — Jim pediu.
Arthur esticou o braço atrás de mim, descansando-o nas
costas do sofá. Ele estava tentando manter as aparências e me acalmar. Ele
tinha o bem cuidadoso em não se aproveitar da situação, e eu me vi em conflito,
ao mesmo tempo grata e decepcionada por causa disso. Sentada assim, tão perto
dele, sentindo o cheiro de seu cigarro e de sua colônia era muito difícil
manter distância, tanto física quanto emocionalmente. Exatamente como eu temia,
minha determinação estava falhando. Eu lutava para bloquear tudo que Jim havia
me dito na cozinha.
No meio do filme, a porta da frente da casa se abriu e
Thomas apareceu, com as malas na mão.
— Feliz Ação de Graças! — disse ele, colocando a
bagagem no chão.
Jim se levantou e abraçou o filho mais velho, e todos,
menos Arthur, foram cumprimentá-lo.
— Você não vai dizer “oi” para o Thomas? — sussurrei.
Ele não olhou para mim quando respondeu, observando
sua família se abraçar e rir.
— Tenho só uma noite com você e não vou desperdiçar
nem um segundo.
— Oi, Lua. É bom te ver de novo. — Thomas sorriu.
Arthur pôs a mão no meu joelho e olhei para baixo,
depois para ele. Ao notar minha expressão, ele tirou a mão e entrelaçou os
dedos no colo.
— Oh-oh. Problemas no paraíso? — Thomas perguntou.
— Cala a boca, Tommy. — resmungou Arthur.
O clima na sala ficou alterado e senti todos os olhos
em mim, esperando por uma explicação. Sorri, nervosa, e peguei a mão de Arthur.
— Nós só estamos cansados. Trabalhamos a noite toda na
preparação da comida. — falei, apoiando a cabeça no ombro dele.
Hello Hello :)
Nada a declarar sobre o feriado de Ação de Graças... O que será que vai acontecer?
Parker aproveitando da situação, odeio ele '-'
Desculpem pela demora pra postar.
Ps: Obrigada a todas que me desejaram "Feliz Aniversário", no capítulo anterior, desejo tudo em dobro pra vocês!
Com mais 10 comentários, posto o próximo capítulo.
Parker tomara que o Arthur acabe com VC
ResponderExcluirParker idiota já querendo se meter onde não deve!
ResponderExcluirLua e Arthur vão demorar para voltar?
ResponderExcluirAmando sua web PARABÉNS
Anciosa é pouco pra identificar o quanto quero saber se eles voltam ou não
ResponderExcluirFaz eles voltarem logo. Eles só ficam bem juntos.
ResponderExcluirBy:Eliza
O Parker é um escroto, tem que apanhar do Arthur pra aprender
ResponderExcluirEles têm Q voltar logo
ResponderExcluirAhh espero q eles voltem logo,Arthur tá tão carente ,Anciosa para o próximo *---*
ResponderExcluirMais... Mais ... Pelo amor, ta muito bom, volta luar, o arthur ta sofrendo xent ...
ResponderExcluirTadinho do thur, a lua tem q largar esse pensamento, o thur não é igual o Mick. #postamais
ResponderExcluirComecei a ler hj e ta muito boaa posta mais
ResponderExcluirMt bom!
ResponderExcluirAmei o que o pai do arthur falou pra lua, ela tem que perdoa ele, tadinho ta sofrendo muito.
ResponderExcluirAcho que já ta na hora da Lua perdoar o Arthur tudo bem que ele errou ,mas todos erram.
ResponderExcluir