15 dias para confessar - Regresso

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     Arthur tinha de confessar: ele estava nervoso. Estava inquieto com a reação das pessoas ao verem-lhe mais uma vez dentro daquele hospital. Tinha medo de ser mal recebido. Sonhou, inclusive, que era insultado logo à entrada por um grupo de manifestantes que o tentavam atacar e o chamavam de assassino.

     Por momentos pensou em entraria no hospital com Louis. Mas o seu colega de trabalho entrava mais tarde por ter feito urgência no dia passado. Contou até três e saiu do seu carro. Foi direto para o elevador passando por alguns colegas aos quais desejou bom dia. De seguida, ouviu o "tlim" do elevador, avisando que tinha chegado ao andar pretendido, respirou fundo e saiu, passando pelo corredor de cabeça bem levantada. Ouviu alguns sussurros e viu pessoas encolhidas a olhar para si. Não ligou e andou em frente até ao quarto onde normalmente os docentes trocam de roupa.
     Lá dentro, encontravam-se alguns médicos e enfermeiros.

- Arthur, que bom vê-lo.
- Que bom que tudo não passou de um mísero erro.
- Você vai processar quem lhe prendeu, certo?
- Se eu fosse você, não deixava passar em branco. - Diziam agradavelmente os seus colegas de trabalho.
- Muito obrigado. Eu estou bem. É pena isto ter acontecido porque agora será difícil de limpar a minha imagem.
- Não receie. Os seus pacientes sabem que não tem razões de queixa.
- Pois, lá isso nunca tiveram.
- Tenha um resto de bom dia.
- Igualmente. - Disse Arthur, antes dos seus colegas saírem. Agora conseguia se sentir mais confiante.

     Trocou a sua roupa, vestiu a sua bata de trabalho e dirigiu-se à sua sala para trabalhar.

(...)


     Na hora do lanche, como de sempre, dirigiu-se ao bar do hospital para tomar o seu café. Estranhou não ver o Gaspar. No lugar dele encontrava-se uma rapariga jovem e nova por ali.


- Desculpe, o Gaspar não faz manhã hoje?
- Não. Ele teve uns problemas e teve de se ausentar do trabalho.
- Oh, está bem. Um café, por favor. - Pediu Arthur.

(...)

     Por outras bandas, Gaspar e Britney encontraram-se para conversar, como de costume.

- És um inútil. - Insultou a rapariga.
- Inútil? Faço mais que tu, bem mais! E não te atrevas a afrontar-me dessa maneira. - Ele apontou-lhe o dedo na cara.
- Como não? - Ela meteu as mãos sobre a cintura - Disseste que os ias separar e agora isto? Estão juntos e ele já não está preso?
- Ao menos meti-lhe lá dentro.
- Mas não fizeste mais nada porra! Ele saiu dias a seguir. - Ela gritou.
- Que queres que faça? Se eles não têm provas, é óbvio que não o podem deixar lá dentro para sempre.
- Faz algo para os separar de uma vez por todas.
- Eu estou farto das tuas ordens. Faz tu alguma coisa!
- Eu? Sabes bem que eles não podem nem sonhar que eu estou cá para lhes chatear outra vez.
- Ah claro, mas comigo já é diferente? Não é? - Gaspar encarou-a. - Sabes que mais? Acabou!
- Acabou?
- Sim, acabou. Não trabalho mais para ti.
- Trabalhas sim! - Berrou ela, ao tirar do bolso de trás das calças uma arma.
- Baixa isso já.
- Não baixo! - Ela voltou a gritar.
- Baixas ou dás-te mal! - Foi a vez dele tirar algo do bolso, deixando ela de olhos arregalados.

(...)


     Arthur preparava-se para sair do trabalho. Tinha sido um dia difícil. Um dos seus pacientes ofendeu-lhe durante a sua consulta, dizendo que não queria ser atendida por Arthur e demonstrando de todas as maneiras possíveis a raiva que tinha por ele. A senhora acabou por ser retirada da sala de consultas por um segurança.
     Dois rostos conhecidos são notados por Arthur à saída. Eles estavam visivelmente chocados, enquanto choravam e se abraçavam um ao outro.

- Senhora e senhor Arnold? - Arthurcolocou-lhes de leve no ombro - Aconteceu alguma coisa?

    A senhora em questão encontrava-se demasiado sensível para pronunciar qualquer palavra que fosse. E o senhor, apesar de ter o rosto lavado em lágrimas, proferiu algumas palavras enquanto abraçava a mulher.

- A nossa filha foi morta.
- A Britney? A Britney morreu? - Arthur perguntou chocado - Mas como? Teve algum acidente? Quando?
- Hoje... - Respondeu Arnold - Segundo o que nos disseram, levou com uma seringa qualquer e acabou por falecer. Foi encontrada hoje na mata por uns senhores que andavam a caçar. Eles dizem que não viram nada.
- Mas como é que isto é possível?

(...)

     Já em casa, Arthur comenta com a Lua o sucedido.

- Eu não gostava dela devido aos nosso problemas do passado. Mas ela não merecia isto. E agora?
- A polícia anda a investigar... Eu estou chocado. Não esperava que uma coisa destas fosse acontecer.
- E agora?
- O corpo vai ser analisado e só depois é feito o funeral.
- Tu vais?
- Sim... apesar de tudo, ela não merecia isto. Nem ela, nem todas as outras raparigas que foram mortas. Ele gajo precisa de ser apanhado! - Arthur bateu na mesma.
- Por falar nisso, avancei com um processo em cima dos tais inspectores que te prenderam. O caso vai mesmo para a frente e és capaz de receber uma indemnização.
- Nada fará com que as pessoas me deixem em paz e tirem da cabeça que eu não sou o assassino.
- És mais fortes que elas. E tens-me a mim. - Lua sentou-se no colo de e abraçou-o, beijando o seu pescoço.
- Para Lua, não me apetece. - Recusou Arthur.
- O quê? Por quê? - Ela sentiu-se ofendida.
- Foi um dia puxado... estou cansado.
- Tu é que perdes! - Lua cruzou os braços e foi direta para a cozinha.

(...)

     Mais tarde, na hora do jantar, Arthur foi chamar a sua mulher ao quarto. Lua encontrava-se em cima da cama a ver uma série qualquer no computador acompanhada de uma taça de pipocas.

- Lua, vem jantar.
- Estou sem fome.
- Mas tens de comer! - Ordenou ele.
- Já comi.
- Mas sabes que não deves comer essas coisas. A minha colega não te disse para fazeres uma alimentação saudável?
- Pipocas não mata ninguém.
- Mas essa tua irritação mata.
- Culpa tua.
- Só porque recusei aquilo de à pouco? Lua, não me apetecia.
- Apetece-te sempre. Porque é que não querias naquele momento? Por causa da Britney? Afectou-te assim tanto?
- Lua, por favor! - Arthur levantou as mãos - Ela morreu de uma maneira que ninguém no mundo merece. Foi uma notícia que me afectou.
- Tu não falas com elas à séculos. Ou então falas nas minhas costas. Além do mais, o que é que ela fazia aqui? Veio te ver foi?
- Lua, para com essas cenas. Chega. Para de fazer tempestades num copo de água.
- Podes ir embora. Jantas sozinho hoje!

(...)

Notas finais:

Mais um capítulo aqui maravilhoso e uma discussão pequena para abanar um pouco o casal.
Obrigada pelos comentários. 





10 comentários:

  1. Sabia que era o Gaspar, tomara que peguem ele logo!!! Posta mais, to adorando!!!

    By: Naat

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  2. Oba uma discursão básica!
    Capítulo otimo

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  3. Esse gaspar ridiculo >:/ sabia que era ele, Arrthur ela ta gravida apetite sexual é super normal kkkk agora ela irritda corra e se ela começar a chorar fudeu kkkk Hormonios querido kkkk

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  4. Ela ta fragilizada por causa da gravidez parece que ele esqueceu não é uma boa contrariar uma gravida!

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  5. Kkkk o Arthur n está sabendo lidar mt bem com a nova fase da Lua kkkk.Ela esta com os hormônios alterados,meu caro kkkkk acho melhor ele se acustumar logo porque acho que ainda vai piorar mt.kkkk

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  6. Arthur meu caro deixe ela comer a pipoca dela que é melhor kkkkkk gravida e sem sexo ela vai pirar vc negou um desejo dela kkkk fudeu bebe kkk

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  7. Ai Meu Deus *-*
    Lua gravou um video ( Que pra quem não sabe ela tem um canal no YouTube ) ela postou um video falando sobre REBELDE que fala sobre Luar e como foi a escolha pros personagens *-* S2

    Amando a sua web viuuu *-*

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    1. Eu ameiiiiiiiiiii o video muito fofo cheos de caras e bocas kkkk a parte LuAr ela falou mais ue a verdade deve ser um saco o povo chingando seu namorado

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    2. Né, ri muito na parte que ela falou que a gente acredita que eles nasceram um pro outro, acredito mesmo kkkk

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