Milagres do Amor - Cap. 74º

|

Milagres do Amor
Imperfeição e Dúvidas | Parte 2

Pov Narrador

A noite já estava chegando quando Arthur resolveu ir embora, e junto nesse momento uma tempestade começou a cair. Ele não poderia acreditar, respirou fundo e entrou em seu carro. A volta foi mais conturbada que a ida, a chuva que mais parecia um dilúvio impedia os carros de avançarem rapidamente, o para-brisa não dava conta de tanta água.

Com toda a calma que não possuía, dirigiu calmamente pela rua, até chegar em casa. Guardou o carro na garagem, saindo em seguida. Girou o pescoço, tentando fazer com que a dor na nuca sumisse. Precisava de um banho e uma boa noite de sono.

Parou na porta da garagem e gemeu cansado, teria que atravessar correndo a chuva e na certa ficaria todo encharcado. Com a cara e a coragem contou até um e correu porta a fora de baixo de chuva. Xingou todos os nomes que conseguiu, quando chegou na varanda escutou uma risadinha e olhou pra cima, Lua ria da situação. Arthur nem teve tempo de falar nada, logo ela desapareceu.

Ele entrou terrivelmente encharcado na sala, tirou os sapatos e as meias. Lua desceu as escadas e lhe entregou uma toalha felpuda verde e deu um selinho em seus lábios, sem o envolver pelo pescoço.

– Boa noite. – sorriu brilhante pra ele.
– Boa noite, amor.

No momento em que viu Lua com um moletom gigante rosa, com um ursinho desenhado e uma calça de moletom preta. Com seu sorriso encantador lançado como uma flecha certeira em sua direção, encarou o mar derretido de chocolate, foi como veneno em suas veias. Sentiu uma paz e amor lhe envolver por completo, a raiva logo foi jogada para escanteio.

– Como foi seu dia? – perguntou enquanto o ajudava a tirar a jaqueta.
– Uma merda.
– Não fala assim, não pode ter sido tão ruim.
– Sem dúvidas foi. – enxugou os cabelos.
– Ok, vai tomar um banho agora, antes que fique doentinho. – beijou sua bochecha. – Quer algo pra comer?
– Não, comi qualquer coisa no trabalho e você já jantou?
– Não, mas estou sem fome. Mais tarde eu como um sanduíche.

Eles entraram no quarto, Arthur foi logo para o banheiro. Tirou suas roupas encharcadas e entrou na água escaldante e relaxante. Vestiu uma calça de pijama e saiu do banheiro, encontrado Lua sentada na cama assistindo TV.

A pegou pela cintura, lhe deu um abraço e um beijo gostoso e deitou com ela na cama.

– Como está minha princesa hoje? – perguntou alisando a barriga de Lua.
– Bem, muito bem. – ele enfiou sua cabeça na curva de seu pescoço, se intoxicando com o cheiro de morango que tanto ama. – Estou vendo que está cansado, quer que eu te faça uma massagem?
– Oh sim, seria ótimo.
– Então deite-se de bruços. – Arthur obedeceu, Lua sentou em suas costas e começou a massageá-lo com carinho. – O que anda te cansando tanto, hein? – riu.
– Você.
– Eu? Ah, Thur, está perdendo o jeito? – brincou.
– Você não diz isso enquanto te faço gritar.
– Oh, me respeite Aguiar. – gargalhou e mordeu suas costas. – Mas eu sei que o senhor anda trabalhando muito, vi hoje na televisão.
– Aposto que não falaram bem dessa vez. Sempre que mato alguém eles reclamam. – bufou extremamente relaxado.
– Verdade, mas não falaram de todo mal. – ele deu de ombros.
– Amor, essas mãos são milagrosamente mágicas. – suspirou.
– Sempre que quiser. – saiu de cima dele e sentou na cama. – Eu te liguei.

Arthur virou a cabeça para seu lado e abriu os olhos.

– Ligou? – pegou o celular na cômoda e verificou. – Realmente, me desculpe hoje foi um dia conturbado.
– Tudo bem.
– O que você queria? – perguntou pegando sua mão e levanto aos lábios.
– Nada demais.

Arthur ergue suas sobrancelhas e Lua dá de ombros.

– Sabe que dia é hoje?
– 14 de fevereiro. – respondeu simplesmente.
– E?

Arthur franziu o cenho, procurou em sua memória o que esse dia representava. Ele não poderia acreditar na sua sorte.

– Dia dos namorados. – gemeu, colocou as mãos no rosto e os esfregou.
– Ufa.
– Amor, me perdoa eu esqueci completamente. – falou culpado.
– Percebi, mas não tem problema. Se você tivesse esquecido a data do nosso casamento, ai sim o senhor teria um problemão. – apertou sua bochecha e sorriu, saindo da cama e se enfiando dentro do closet. Saiu de lá com duas caixas, uma grande preta e com um laço vermelho e outra pequena de veludo verde.

Arthur sentou na cama, extremamente envergonhado por ter esquecido. Lua lhe entregou a caixa maior.

– Obrigada amor. – lhe deu um beijo demorado nos lábios – Mas eu não mereço, além de eu ter esquecido, não comprei nada pra você. – passou as mãos pelo cabelo nervosamente.
– Deixa disso, quantos presentes você já me deu, hein? Agora é minha vez. Abra.

Arthur desfez o laço e abriu a caixa, onde se encontrava um conjunto de perfume e barbeador.

– Obrigado.
– Não agradeça ainda, agora que vem o melhor. – lhe estendeu a outra caixa.

Arthur abriu a caixa e encontrou uma pulseira e um cordão, ambos grossos e de ouro. O cordão possuía um pingente oval de porta retrato.

Ele abriu o cordão, onde se encontrava uma foto dele e Lua, onde ele estava atrás dela a abraçando e segurando sua barriga.

– Amor, obrigado, é lindo. – sorriu.
– Gostou mesmo?
– Claro. Eu só não colocarei agora por que pretendo dormir ou fazer outra coisa. – olhou maliciosamente pra ela, beijando seu pescoço.
– Pode parar, você vai dormir. Precisa descansar. – Arthur fez uma cara de pidão, mas Lua não cedeu.

Deitou e o puxou para seus braços, o fazendo com a cabeça entre seus seios. Onde não passou dez minutos e sua respiração já estava leve, dormindo como um bebê. Lua sorriu e continuou a afagar seus cabelos.

Com os cabelos lavados, banho tomado e arma na cintura, Arthur estava pronto para ir trabalhar. Sentado à mesa, coisa que raramente fazia de manhã principalmente estando sozinho, tomava seu café enquanto lia algumas notícias no jornal.

– Senhor Aguiar. – Ruth o chamou.

Ele tirou o jornal que ocultava seu rosto e olhou para a mulher.

– Eu queria falar com o senhor.
– Já está falando. – ergueu as sobrancelhas.
– Sei que não é da minha conta, mas…
– Se não é da sua conta, então não se meta. – disse ríspido, voltando à atenção para o jornal.
– Desculpe, mas eu terei que falar. Eu gosto de Lua e não posso vê-la sofrendo.

Arthur franziu o cenho e jogou o jornal na mesa.

– Do que você está falando?
– Estou falando de Lua, o senhor pode não perceber… Mas ela está diferente. Não pelo fato de estar grávida e isso afeta-la um pouco, sim o fato dela estar triste. – disse Ruth encarando Arthur.
– Eu não a vejo triste, você deve estar caducando.

Apesar dele a ter chamado de louca, o conhecia muito bem e filtrar palavras elegantes e educadas não é muito o seu forte, apenas riu e balançou a cabeça.

– Não estou caducando não, sempre depois do senhor ela sai, sabe pra onde, quando chega é a desolação em pessoa. Ela mascara bem e abre um sorriso sincero assim que o ver, mas não é assim que se sente por inteira. Procure chegar mais cedo do trabalho e verá, procure bem dentro dos olhos dela e sua resposta será respondida. Com licença, senhor.

Arthur bufou, sabia muito bem que Ruth era uma senhorinha muito sensitiva, só abria a boca quando tinha certeza de algo. Passou as mãos nos cabelos nervosamente e se levantou, tinha uma ideia do que a perturbava.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Oie! Bom, só agora deu pra postar. Arthur tava precisando desse alerta. Será que agora ele cede quanto ao assunto adoção? Vamos torcer para que a resposta seja SIM! \o/.

11 comentários:

  1. tomara que seja um SIM mesmo

    ResponderExcluir
  2. Ain obrigado senhora Ruth por ter dado esse alerta pro arthur torcendo para que ela aceite a adoção !

    ResponderExcluir
  3. Tomara que siim !!! Hoje foii um capítulo pequeno !! Que pennaa querroo maiss

    ResponderExcluir
  4. Oremos \0/
    Deus é mais como pode um homem tão bruto assim?! Só Lua pra aguentar.
    Adoreeei ♡♥

    ResponderExcluir
  5. Lua cuidado do thur q fofo ,posta mais

    ResponderExcluir
  6. Cada dia mas apaixonada pela essa web posta mas ansiosa *___*

    ResponderExcluir
  7. ++++++++ Cada dia que passa to amando ainda + essa web

    ResponderExcluir