Little Anie - Cap. 70 | 2ª Parte

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Little Anie | 2ª Parte

Pov Lua

Anie e meu pai ainda não haviam chegado. Mas ela não demoraria a pintar ali, e carregando uma sacola de doces, eu podia adivinhar que era isso que ela tinha feito o avô ir com ela comprar. Minha mãe estava tomando chá e me ofereceu uma xícara.

– Está sorrindo sozinha? – Perguntou enquanto eu me sentava a mesa. Provavelmente eu estava com um sorriso idiota no rosto.
– Aah mãe! – Exclamei abanando o ar. E ela riu baixinho.

Logo o barulho da porta foi ouvido. E como um furacão, Anie apareceu na cozinha, com os doces que eu havia comentado. Esse vício ela herdara do pai.

– Mamãe! – Exclamou ofegante se jogando em meu colo.
– Eei calma! – Falei passando as mãos nos cabelos dela. Meu pai estava quase morrendo de tão cansado, coitado.
– Lua, filha. Meu Deus! Eu não tenho mais idade pra correr desse jeito. – Falou indo pegar um copo d'água. Minha riu da cara que ele fez ao falar.
– John, você está velho, querido. – Minha mãe comentou.
– Estamos. – Ele corrigiu.
– O que eu disse, hein dona Anie? – Levantei o rosto dela, para que a mesma me encarasse. Ela estava vermelha, mas o sorriso travesso não abandonou seu rosto.
– Era pra eu me comportar. – Repetiu o que eu havia falado com ela antes deles saírem.
– Então, e o que você fez?
– Eu corri. – Admitiu. – Mas só um pouquinho, mamãe. – Ela escondeu o rosto em meu pescoço. Já que agora tinha subido para meu colo.
– Mas não era pra correr. E se acontece alguma coisa? Primeiro seu pai me mataria, e só depois ele ia querer saber o que realmente tinha acontecido. – Falei. Anie me olhou e beijou minha bochecha.
– Tááá, não vou mais correr. – Disse. – Quando meu papai chega? Tô com saudades dele. – Reclamou.
– Ele... – Minha mãe começou.
– Ele não vai demorar. – Pisquei para minha mãe. E Anie desceu do meu colo. – Agora a mocinha precisa de um banho. Urgente! – Deixei claro e Anie fez um bico.
– Posso assistir desenho? Vovô comprou doces. – Ela me mostrou a sacola com doces de várias cores, formas e sabores.
– Depois do banho. E eu sabia que tinham ido comprar doces. – Olhei para o papai, que deu de ombros. A mesma desculpa de Arthur.
– Agora?
– Não. Depois do banho. – Repeti.
– Vovóóóó... – Chamou. Ri.
– Nem inventa mãe. Nada de drama filha. Banho! – Apertei as bochechas dela. Ela continuou sustentando o bico enorme, mas seguiu para o banheiro. Depois de me entregar os doces, que deixei sobre a mesa.

Era quase 18h, Arthur ainda estava dormindo. Eu estava na sala com meus pais e Anie, que nos obrigou a assistir mais um de seus desenhos favoritos. Ela falava toda hora o que ia acontecer, e nos falava o nome dos personagens e insistia em perguntar se estávamos entendendo. Apenas concordávamos. Sem dúvida alguma, só Arthur era capaz de assistir aqueles desenhos junto com a filha, repetidas vezes e sem reclamar.

Anie se ajeitou em meu colo, colocando a cabeça sobre meu ombro e suspirou baixinho, e eu já sabia o que ela diria. Passei os braços ao redor do corpo dela, apertando-a em meu colo. Beijei o topo de sua cabeça, e encostei a minha na dela.

– Eu queria que o meu papai estivesse aqui. – Disse baixo.
– Ouvir dizer que pedidos se realizam. – Ouvi a voz de Arthur. E em meio segundo, Anie pulou do meu colo e saiu correndo em direção a ele.
– PAAAPAAAIII! – Sim. Ela gritou. E meus pais acharam aquela cena, a coisa mais linda. Ciúmes a parte, era a cena mais linda. Admito.
– Oow! – Ele exclamou carregando-a. – Que saudades, princesa. – Ele a encheu de beijos.

Pov Arthur

– Esses dois... – Ouvi Emma comentar.
– Eu também senti saudades, papai. – Anie disse com os bracinhos em volta do meu pescoço. E a cabeça encostada em meu ombro. – Você demorou. – Ela reclamou.
– Eu sei, amor. Eu sei. Mas já estou aqui, tá bom? – Disse depositando um beijo em sua bochecha. – E você? Se comportou? – Ergui uma sobrancelha e ela riu. – Filha?
– Me comportei. – Respondeu.
– O quê, Anie? – Lua perguntou, fingindo não ter escutado.
– Eu me comportei. – Ela repetiu.
– Aham... Agora pergunta o que ela fez o avô dela fazer hoje.
– Anie?
– Paapaaai...
– O que aprontou hein, mocinha?
– Foi nada, Arthur. – Meu pai a defendeu.
– Ela só fez ele correr atrás dela o caminho todo até chegarem aqui...
– Filha? O que eu disse sobre obedecer a mamãe, hein? Era pra obedecer seus avós também. – Repreendi. – Já pensou se acontece alguma coisa?
– Foi o que eu disse, e bom, se acontecesse alguma coisa, você me mataria. – Lua disse distraidamente.
– Que exagero, Luh! – Exclamei.
– Papai?
– Oi, meu anjo.
– Vamos assistir desenho. É legal. – Ela me convidou e eu andei até John. Cumprimentando-o. Porque quando minha filha estava por perto, ela era o centro das atenções. As outras pessoas ficavam para depois.
– E aí, como vai? – Apertamos as mãos.
– Vou bem. E você?
– Tô bem. Um pouco cansado da viagem, e... foi uma longa semana. – Comentei me sentando ao lado de Lua.
– Vocês estavam em Liverpool?
– Sim. Fomos gravar umas coisas. Estamos terminando o novo CD.
– Micael comentou. E ah, ele e Sophia vieram nos trazer uma ótima notícia. Vamos ser avós novamente. – Falou contente. E eu sorri assentindo.
– Sim. Ele estava mais que feliz, vai pai e tio quase ao mesmo tempo. – Comentei.
– Ooh sim. Ele nos disse. E também comentou sobre o que Chay fez. E ainda disse que era melhor nem sabermos o resto.
– E eles estão certos. – Lua comentou. – E ah, eu fui a primeira a saber sobre a gravidez.
– Ah claro, como sempre. – Emma mostrou língua.
– Mas vocês nem sabem... – Comecei. – Tem uma pessoa morrendo de ciúmes desses bebês. – Completei e beijei os cabelos de Anie, que quieta prestava atenção no desenho.
– Está com medo de ficar no canto, meu anjinho? – Emma perguntou. Mas ela fingiu não escutar.
– Papai não vai deixar, né amor? – Falei abraçando-a mais forte e Anie concordou comigo. Arrancando um coro de "Aaaaawn". Ela enterrou a cabeça em meu peito. E Lua se inclinou para depositar um beijo em sua bochecha.
– Uhm... Por isso que ainda não veio um irmãozinho... – Agora foi a vez de John. Rir sem vontade. – Você não quer um irmãozinho, querida? – Perguntou e Anie negou. Arrancando um riso da avó.
– Nem sei de quem ela herdou esse ciúme todo... – Comentou distraidamente.

Lua fez uma careta, tentando ignorar o comentário do pai. E voltou a sentar direito no sofá.

– Nem eu... – Comentei também, me inclinando para beijar o pescoço de Lua. – Amo você. – Sussurrei. E ela sorriu acariciando meu rosto. Logo Anie se mexeu em meu colo. – Eu também amo você. – Falei lhe depositando um beijo na testa. – As ciumentas da minha vida. – Falei.
– Tive que conviver com isso boa parte da vida. – John comentou.
– Pai! – Lua exclamou. – Eu não era ciumenta. – Retrucou fitando-o.
– Você não era. Você ainda é ciumenta, linda. – Corrigi. Levando um tapa. – Vocês estão vendo né? Lua ama me agredir.
– Ela sempre foi agressiva.
– Que mentira! Vocês que amam me irritar. É diferente. – Justificou.
– Mas agora, mudando de assunto, amanhã é sábado, podíamos ir ao Bourton on the Water, o que acham? – John propôs.
– Uma ótima ideia. Anie nunca foi. Você vai gostar amor. – Falei a ela. Que sorriu. – Você quer ir, Luh?
– Pode ser... – Ela deu de ombros.
– Seu entusiasmos contagia. – Emma ironizou. – Arthur, o bolo está pronto. Vou preparar um suco pra gente. – Ela disse se levantando.
– Quer ajuda, mãe?
– Não, filha. Já volto.
– Sophia disse que vem passar o final de semana aqui. – John nos disse. – Mas chega só a tarde.
– Ela não me disse... Mel podia vim, vai ficar sozinha em casa.
– Você podia ligar, amor...
– Vou fazer isso. – Ela respondeu.

Emma trouxe bolo com suco, e nós acabamos comendo. Anie dormiu logo em seguida, mas não sem antes dizer que me amava. A simples menção daquelas palavras, me deixou ainda mais feliz. Era reconfortante saber que tudo se encontrava bem. Ver que Lua estava se esforçando para melhorar, era bom demais. E me deixava aliviado. Porque eu já esperava o pior. E ainda teríamos que falar sobre isso, com os pais dela. E a menção de um outro filho mais cedo, me deixou preocupado. Mas Lua pareceu ignorar, e eu sabia que ela tinha se esforçado bastante para fazer tal coisa.

– Acho melhor levar ela para o quarto. – Ouvi Lua comentar ao olhar para a nossa filha, que dormia tranquilamente em meu colo.
– Não. Só depois. Deixa ela um pouco aqui... Senti tanta falta. – Falei baixo, acariciando o rosto da pequena, que se mexeu em meu colo, a procura de uma posição mais cômoda, e quando encontrou, fez um bico fofo, voltando a encostar a cabeça em meu peito.
– Imagino... Ela também sentiu sua falta. Ficava pedido para eu te ligar todas as noites, mesmo depois da gente já ter se falado mais cedo. – Me disse baixo, ainda observando Anie. – Às vezes acordava de madrugada e pedia para eu ligar. – Sorriu.
– E por que você não ligava? – Perguntou no mesmo tom que ela.
– Você estava trabalhando. Devia chegar cansado...
– Ei, eu não ia reclamar. Eu disse que podiam ligar a qualquer hora. – Expliquei.
– Eu sei. Mas era tarde demais. – Lua retrucou. – Agora você está aqui. Está tudo bem... – Finalizou.
– Acho que senti mais saudades dela essa semana, do que em qualquer outra semana ou mês que tenha estado ausente. – Confessei. Lua me olhou assentindo.
– Eu sei... – Murmurou. – Fique calmo, você não vai perdê-la também. – Me olhou. – Anie vai estar sempre aqui quando você voltar de viagem.
– É o que eu peço que aconteça. – Sorri de lado.
– Uhm... – Lua roçou os lábios em minha bochecha. – Não se preocupe, amor. Não só ela, mas eu também vou estar aqui. – Ela depositou um beijo no canto da minha boca.
– Agora sim. – Sorri.
– Eu senti saudades... – Sussurrou encostando a cabeça em meu ombro. E começou a passar a mão nos cabelos da filha.
– Eu também... Você sabe... – Respondi baixo. – A gente precisa conversar a sós. Mas quero fazer isso em casa.
– Tudo bem. Leva ela para o quarto, amor. – Lua se ajeitou no sofá. – A gente precisa falar com meus pais...
– Ok. – Me levantei com cuidado para não acordar Anie.
– Já? – Ouvi John perguntar baixo.
– Vou deixa-la no quarto. Bom, eu e Lua precisamos falar com vocês. – Avisei. – Já voltou.
– Eu sabia que tinha alguma coisa. – Ouvi Emma dizer, mas continuei andando até o quarto, onde coloquei Anie na cama, e a embrulhei.

Pov Lua

Não demorou muito para que Arthur voltasse. Minha mãe desligou a TV, quando ele sentou-se ao meu lado, e me abraçou. Respirei fundo sabendo que teria que contar tudo novamente, embora não fosse tão difícil quanto tinha sido contar para o meu marido, não era fácil também falar a eles, para que não esperasse mais netos vindo da gente.

– Tudo bem, amor?
– Sim. – Respondi e entrelacei os dedos nos de Arthur, que estavam envolta da minha cintura.
– O que aconteceu, filha? – Minha mãe indagou preocupada.
– Deixa ela falar, Emma.
– Er... Bom, duas semanas atrás aconteceu uma coisa comigo. Grave. – Frisei. – Eu tinha chegado de viagem. Arthur não estava, mas eu já não estava me sentido bem quando viajei para o Texas. Eu havia caído e acabei me machucando. Arthur quase não deixa eu ir. Mas eu tinha que ir, e quando voltei, ele viajou. A gente se viu no aeroporto. – Expliquei. É óbvio que eu não contaria o que a gente tinha feito. Essa parte seria omitida. – E depois eu fui pra casa, e piorei. Falei com ele pelo celular, mas achei que fosse... – Parei por um momento. – Uhm... coisas de mulher. E ele me fez prometer que iria ao médico na segunda. – Suspirei. – Só que eu não consegui dormir e de madrugada, minha barriga começou a doer... E eu me levantei com cuidado para que Anie não acordasse, ela estava dormindo comigo... E quando vi... e-eu... – Minha voz já estava ficando embargada e Arthur me puxou mais ainda para perto dele. – Eu estava sangrando muito e... eu fiquei assustada. Só que não... Não tinha ninguém além da minha filha, e eu não queria assusta-la. – Suspirei. E Arthur começou a acariciar o dorso da minha mão.
– Filha... – Eu mal pude ouvir, de tão baixo que minha mãe falou.
– Eu andei até o banheiro... – Continuei. Sem deixar de notar a expressão triste que tomava conta do rosto de minha mãe. Meu pai permaneceu sério, atento a cada palavra que saia da minha boca. –  E vi que era mais grave do que eu pensava... Eu acabei chamando a Mel, e ela ligou para Soph, ir ficar com Anie.
– Sua irmã sabia... – Minha mãe murmurou.
– Eu pedi para que ela não contasse... – Expliquei. – E ela veio, a Mel me levou para o hospital, eu acabei desmaiando no caminho... Acordei em um quarto, e um médico e uma enfermeira me olhavam. Eu ainda estava nervosa, e com medo do que tinha acontecido. Ele foi bem calmo e sério, enquanto me explicava tudo. E eu perguntei o que tinha acontecido, e sem hesitar, ele disse que eu... estava... grávida. – Falei um pouco rápido a última palavra. E vi quando minha abriu a boca e apertou a mão do pai, que franziu o cenho, mas não disse nada.
– O quê? – Minha mãe quase gritou. – Por que você não me ligou? Eu teria ido até Londres... Você sabe... – Falou um pouco magoada.
– Emma, eu também não sabia, fez uma semana que fiquei sabendo. – Foi a primeira vez que Arthur resolveu se meter. Talvez adivinhando que o tom magoado da voz da minha mãe, tivesse me magoado também.
– Por que você fez isso, filha? – Insistiu.
– Eu não queria preocupar ninguém. Arthur não estava, e eu só conseguia imaginar os tipos de reações que ele teria quando soubesse o que tinha acontecido. E por isso eu demorei a contar... George, o médico disse que eu estava com quase três semanas, e explicou que eu tinha tido um aborto espontâneo... – Fuguei sentido Arthur passar a ponta dos dedos em meu rosto.
– Shh... – Ele depositou um beijo em minha bochecha. – Fique calma. – Pediu.
– E perguntou se eu não sabia da gravidez. Falei que não... E eu não conseguia mais pensar em nada a não ser na reação do Arthur... Eu fiquei com medo do que pudesse acontecer e tinha consciência de que se eu escondesse o que havia acontecido, ia ser bem pior... Mas...
– Eu acabei ligando naquela madrugada. Eu sentia que ela não estava bem, e eu sabia que estava acontecendo alguma coisa. Eu liguei tanto, eu liguei pra casa, para o celular dela, para o celular da Mel, eu mandei mensagens e ninguém me respondeu nada. E quando eu conseguir falar com Lua, era de manhã. E eu me senti aliviado, mas ela falou que estava tudo bem, mas eu sabia que não estava, e ela continuou repetindo a mesma coisa até quinta-feira, quando eu liguei pra ela, e Lua atendeu chorando. E eu tive certeza de que nada estava bem... Ela me pediu que voltasse e foi o que eu fiz naquela mesma hora. – Ele explicou sem alterar o tom de voz.
– E quando ele chegou, eu... contei, a gente acabou discutindo, porque eu havia mentido... E... E porque mais filho era tudo que Arthur vinha me pedindo nos últimos meses. – Deixei que as lágrimas caíssem. – Mas a gente logo se acertou, e Arthur fez de tudo para que eu ficasse bem... Só que... – Me virei colocando os braços envolta do pescoço dele e chorando baixinho.
– Não chore, amor... – Ele murmurou próximo ao meu ouvido.
– Filha... – Ouvi minha mãe dizer e tocar meu ombro. – Tudo vai ficar bem, queria. Nós estamos aqui... E... e você sabe que depois de alguns meses... podem tentar novamente... – Ela dizia devagar, tentando escolher as palavras, e começou a acariciar meu rosto. Me agarrei ainda mais em Arthur, por saber que não. Não poderíamos tentar depois de alguns meses.
– Emma... – Ele sussurrou. – Não podemos. – Negou engolindo em seco.
– Como? – Minha mãe perguntou confusa.
– Eu não posso mais... ter filhos... mãe... – Respondi ganhando um abraço dela, logo meu pai se levantou e caminhou até nós.  Arthur se levantou do sofá, para que meu pai sentasse ao meu lado.
– Fique calma, meu amor... Sei que deve ser difícil. Mas veja só, você tem o Arthur, tem a mim, tem ao seu pai... Tem sua irmã...
– Ela não sabe... Só Arthur e... vocês. Ele foi comigo ao médico. Eu...  eu não quero que mais ninguém saiba... Não quero que sintam pena de mim...
– Ninguém vai sentir pena de você. – Minha mãe me repreendeu. – Não diga isso. E nós não vamos contar a ninguém. Não se preocupe. – Finalizou e meu pai me abraçou apertado, enquanto beijava meus cabelos.
– Não chore, filha... – Foi só o que ele disse, eu sabia que estava sendo difícil pra ele me ver naquele estado. Ele nunca sabia o que falar quando via a gente chorando.
– Nós estamos aqui. – Minha mãe beijou ternamente minha testa. – E você tem uma filha linda, e amada. E oh, põe amada nisso... – Não fique triste assim. Você tem a ela.
– É o que eu tento fazê-la entender, mas vocês sabem a filha que tem. – Arthur fez uma careta e se agachou em minha frente. – É teimosa demais. Mas já falei que tudo vai ficar bem, e que vamos aprender a conviver com isso. – Finalizou.
– Tá vendo o marido que tem? Você não poderia ter escolhido um melhor. – Minha mãe disse orgulhosa e bem emocionada. Arthur se inclinou para beijar minha bochecha.
– Eu sei... – Respondi meio que sorrindo. – Ele é o melhor marido do mundo. Desculpa, pai. – Dei de ombros. O que os fez rir.
– Eu aceito ser o segundo melhor marido do mundo, se o primeiro for meu genro. – Ele piscou dando uns tapinhas nas costas de Arthur, que riu.
– Eu também tenho a melhor mulher do mundo, embora ela seja bem teimosa e agressiva as vezes, estressada sempre. Ela é bem calma, raras vezes confesso, e boa ouvinte... Grita bastante, paciência é algo que ela desconhece na maioria das situações... – Ele disse ganhando um tapa meu. – Eu disse que ela era bem agressiva. – Riu se desvencilhando de mim.
– Chato. – Mostrei língua.
– A gente conhece a peça, Arthur.
– Mãããe! – Exclamei.

Eles riram, e ela me abraçou de lado. Arthur continuou me olhando, como se não existisse mais ninguém ali além de nos dois. Dei um pequeno sorriso, e ele me jogou um beijo.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/A: Oi? 0-0 alguém por aqui? Eu sei que demorei à beça, e que a última atualização foi ano passado. Mas vão me desculpando mais uma vez.

Bom, espero que tenham gostado do capítulo. Embora triste, foi um amor o começo, Arthur e Anie <3 love, love, love... E ah, ele também é o melhor marido, não? <3 só amor e mais nada.

Volto em breve... Até...

PS: Sobre O Clube, irei atualizar. Aguardem!
E Milagres do Amor, só amanhã.

Beijos!

13 comentários:

  1. Queria que o medico tivesse errado no exame e que ela ainda podesse ter filhos ;(
    Mt bom posta maiiiis!

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  2. Nossa, chorei mt, os pais da Lua são uns amores, não tem país melhores..
    Tomara q eles passem por isso com um sorriso no rosto.
    E como eu queria q esse médico tivesse errado o exame e pego de outra pessoa...
    Já quero o próximo.. Choro mt com essa web.

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  3. q lindo o thur com a anie, eles são um amor juntos <3 <3 <3 . tadinha da lua, ela ainda ta muito mal com tudo isso . Sim thur é o melhor marido. ansiosa por mais Xx adaline

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  4. Arthur e Anie são tão bonitinhos *_* família linda e unida, Arthur é um fofo!
    Demora pra atualizar não
    Helena

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  5. Ohhh ñ queria me acostumar com a ideia de Lua e Arthur terem somente a Anie.
    Com certeza o amor que os une é maior e vao suportar tudo. ♡♥

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  6. Pelo amor de Deus, posta maissssssss

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  7. Amejiiiii... Já tá a com saudades dessa web!!! Eles poderiam adotar!!

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  8. Estava com saudades!!!!
    Tadinha da Lua e do Arthur tbmm

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  9. Noossaaa chorei tadinha isso tinha que acontecer logo com ella !!; ����

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  10. Lindooooooooooooooo demaaaaaaaaais, chorei mt
    Mais pelo amor de Deus.

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  11. ++++++ Little Anie e Milagres Do Amor *-*

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