Belo Desastre - CAP. 26

|


Belo Desastre



Capítulo 26 : Embalos a dois

Joguei uma pequena pílula branca na boca e a engoli, com um copo cheio de água. Estava parada no meio do quarto de Arthur de calcinha e sutiã, me preparando para vestir o pijama.
— O que é isso? — ele me perguntou da cama.
— Hum… a minha pílula?
Ele franziu a testa.
— Que pílula?
— Pílula, Arthur. Você ainda não reabasteceu a gaveta, e a última coisa que eu preciso é me preocupar se a minha menstruação vai descer ou não.
— Um de nós tem que ser responsável. — eu disse, erguendo uma sobrancelha.
— Meu Deus, como você é sexy! — disse ele, apoiando a cabeça na mão. — A mulher mais bonita da Eastern é minha namorada. Que loucura!
Revirei os olhos e deslizei a seda púrpura sobre a cabeça, juntando-me a ele na cama. Montei com as pernas abertas em seu colo e beijei seu pescoço, dando risadinhas quando ele deixou a cabeça cair de encontro à cabeceira.
— De novo? Você vai me matar, Flor.
— Você não pode morrer. — eu disse, cobrindo o rosto dele de beijos. — Você é durão demais.
— Não, eu não posso morrer porque tem muito idiota querendo pegar o meu lugar. Vou viver eternamente só por maldade!
Dei risadinhas encostada em sua boca e ele me deitou de costas. Deslizou o dedo sob a delicada fita púrpura presa no meu ombro e a puxou para baixo, beijando minha pele desnuda.
— Por que eu, Thur?
Ele recuou um pouco, buscando meus olhos.
— Como assim?
— Você já ficou com um monte de mulheres, se recusou a assumir compromisso com qualquer uma delas, se recusou até mesmo a pegar um número de telefone… Então, por que eu?
Porque isso agora? — disse ele, acariciando meu rosto com o polegar. Dei de ombros.
— Só estou curiosa.
— Por que eu? Você tem metade dos caras da Eastern só esperando que eu estrague tudo.
Torci o nariz.
— Isso não é verdade. Não mude de assunto.
— É verdade sim. Se eu não estivesse correndo atrás de você desde o inicio das aulas, você teria mais do que o Parker Hayes no seu pé. Ele só é egocêntrico demais para ter medo de mim.
— Você está fugindo da minha pergunta E de um jeito muito ruim, devo acrescentar.
— Tudo bem. Por que você? — Um sorriso se espalhou em seu rosto enquanto ele se inclinava para me beijar. — Eu me senti atraído por você desde aquela primeira luta.
— O quê? — perguntei, com uma expressão desconfiada.
— É verdade. Você naquele cardigã, com todo aquele sangue… Você estava ridícula. — ele riu baixinho.
Valeu.
O sorriso dele sumiu do rosto.
— E aí você ergueu o olhar pra mim. Foi naquele momento. Você tinha um ar inocente, ingênuo… sem máscaras. Você não olhou pra mim como se eu fosse Arthur Aguiar, — ele revirou os olhos com as próprias palavras. — você olhou pra mim como se eu fosse… sei lá, uma pessoa, eu acho.
— Novidade, Thur: você é uma pessoa.
Ele tirou a franja do meu rosto.
— Não, antes de você aparecer, o Chay era o único que me tratava como uma pessoa qualquer. Você não ficou toda sem jeito, não me paquerou, não ficou mexendo no cabelo. Você me viu.
Eu fui uma vaca com você.
Ele beijou meu pescoço.
Foi isso que completou o conjunto.
Deslizei as mãos pelas costas dele até a cueca.
— Espero que isso deixe de ser novidade logo. Não me vejo nunca ficando cansada de você.
Promete? — ele sorriu.
Seu telefone vibrou na mesa de cabeceira e ele sorriu, segurando-o perto do ouvido.
— Oi. Ah, de jeito nenhum, a Flor tá aqui comigo. A gente está quase indo dormir… Cala a porra da sua boca, Trent não tem graça… Sério? O que ele está fazendo aqui? — Ele olhou para mim e deixou escapar um suspiro. — Tudo bem. A gente chega aí em meia hora… Você me ouviu, babacão. Porque não vou em lugar nenhum sem ela, é por isso. Você quer que eu arrebente a sua cara quando eu chegar aí? — Arthur desligou e balançou a cabeça.
Ergui uma sobrancelha.
— Essa foi a conversa mais esquisita que já ouvi.
— Era o Trent. O Thomas está na cidade e é noite de pôquer na casa do meu pai.
— Noite de pôquer? — engoli em seco.
— É, geralmente eles ficam com todo o meu dinheiro. Malditos trapaceiros!
— Vou conhecer a sua família em trinta minutos?
— Vinte e sete, pra ser mais exato.
— Ai, meu Deus, Arthur! — reclamei, pulando da cama.
— O que você está fazendo?
Remexi no armário e peguei uma calça jeans, dando pulinhos para vesti-la, depois tirei a camisola pela cabeça, jogando-a na cara dele.
— Não acredito que você me avisou vinte minutos antes que eu vou conhecer a sua família! Eu podia te matar agorinha mesmo!
Ele tirou minha camisola dos olhos e riu da minha tentativa desesperada de parecer apresentável. Enfiei uma blusa de gola "v" preta e corri até o banheiro, escovando os dentes e passando rapidamente uma escova nos cabelos. Arthur entrou no banheiro atrás de mim, vestido e pronto, e envolveu minha cintura com os braços.
— Estou toda desarrumada! — falei, franzindo a testa ao me olhar no espelho.
— Você não percebe que é linda? — ele perguntou, beijando meu pescoço.
Bufei e fui correndo até o quarto para colocar um par de sapatos de salto, então dei a mão para Arthur enquanto ele me conduzia até a porta parei, fechando o zíper da jaqueta preta de couro e puxando os cabelos para cima em um coque apertado, me preparando para a viagem corrida até a casa do pai dele.
— Calma, Beija-Flor. É só um bando de caras sentados em volta de a mesa.
— É a primeira vez que vou encontrar seu pai e seus irmãos… tudo ao mesmo tempo… e você quer que eu me acalme? — falei, subindo na moto atrás dele.
Ele se virou, encostou no meu rosto e me beijou.
— Eles vão amar você, que nem eu amo.
Quando chegamos, deixei os cabelos caírem nas costas e os arrumei com os dedos algumas vezes, antes de Arthur me conduzir pela porta.
— Santo Cristo! É o merdinha! — falou um dos meninos.
Arthur assentiu uma vez. Ele tentou parecer irritado, mas eu por ver que estava animado dever os irmãos. A casa estava marcada pelo tempo, com um papel de parede amarelo e marrom desbotado e um carpete felpudo em tons diferentes de marrom. Atravessamos o corredor até uma sala com a porta escancarada. A fumaça flutuava para dentro do corredor e os irmãos e o pai de Arthur estavam sentados a uma mesa de madeira redonda com cadeiras diferentes umas das outras.
— Ei, ei… olha o jeito como você fala, tem uma moça aqui. — disse pai dele, o charuto em sua boca balançando enquanto ele falava.
— Flor, esse é o meu pai, Jim Aguiar. Pai, essa é a Beija-Flor.
— Beija-Flor? — perguntou Jim, com uma expressão divertida no rosto.
— Lua. — falei, balançando a cabeça.
Arthur apontou para os irmãos.
— Trenton, Taylor, Tyler e Thomas.
Eles acenaram com a cabeça. Todos, menos Thomas, pareciam versões mais velhas de Arthur: cabelos bem curtos, olhos castanhos, camisetas esticadas sobre os músculos salientes e cobertos de tatuagens. Thomas usava camisa social e gravata solta. Os olhos eram de um castanho esverdeado, e os cabelos loiro escuros, eram um pouco mais compridos que os dos outros.
— A Lua tem sobrenome? — um quis saber.
— Blanco. —assenti.
— Prazer em te conhecer, Lua. — disse Thomas, sorrindo.
— Um prazer mesmo. — disse Trent, me olhando de cima a baixo com uma cara travessa. Jim deu um tapa na nuca dele, que soltou um grito.
— O que foi que eu disse? — ele perguntou, esfregando a nuca.
— Sente-se, Lua. Observe enquanto tiramos o dinheiro do Arthur. — disse um dos gêmeos. Eu não saberia dizer quem era quem, eles eram cópias idênticas um do outro, até mesmo as tatuagens eram iguais.
A sala estava decorada com imagens antigas de jogos de pôquer, fotos de lendas do pôquer posando com um e com outro homem, que presumi ser o avô de Arthur, e cartas antigas de jogo nas estantes.
— Você conheceu o Stu Ungar? — perguntei, apontando para a foto empoeirada.
Os olhos apertados de um ganharam brilho.
— Você sabe quem é Stu Ungar?
— Meu pai também é fã dele.
Ele se levantou, apontando para a foto ao lado.
— E esse aqui é o Doyle Brunson.
Eu sorri.
— Meu pai viu o Doyle jogar uma vez. Ele é incrível.
— O avô do Arthur era profissional… Agente leva o pôquer muito a sério aqui. — um sorriu.
Eu me sentei entre Arthur e um dos gêmeos, enquanto Trenton embaralhava as cartas com moderada habilidade. Os garotos colocaram o dinheiro na mesa, e um distribuiu as fichas.
Trenton ergueu uma sobrancelha.
— Quer jogar, Lua?
Sorri educadamente e balancei a cabeça.
— Acho melhor não.
— Você não sabe jogar? — Jim me perguntou.
Não consegui conter um sorriso. Ele parecia tão sério, quase paternal. Eu sabia que resposta ele esperava e odiaria desapontá-lo.
Arthur beijou minha testa.
— Dê adeus ao seu dinheiro, Lua. — Thomas deu risada.
Pressionei os lábios e enfiei a mão na bolsa, tirando duas notas de cinquenta, Estendi-as a Jim e esperei, com paciência, enquanto ele as trocava por fichas. A boca de Trenton se apertou em um sorriso presunçoso, mas o ignorei.
— Boto fé nas habilidades do Arthur como professor. — falei. Um dos gêmeos bateu as mãos.
— É isso aí! Vou ficar rico hoje!
— Vamos começar com pouco dessa vez. — disse Jim, jogando uma ficha de cinco dólares.
Trenton distribuiu as cartas e Arthur espalhou as minhas em leque para mim.
Você já jogou cartas alguma vez na vida?
— Faz um tempinho. assenti.
— Rouba-monte não conta, Poliana. — disse Trenton, encarando suas cartas.
— Cala a boca, Trent! — disse Arthur, erguendo o olhar de relance para o irmão antes de direcioná-lo novamente para as minhas cartas.
— Você precisa de cartas altas, números consecutivos e, se tiver muita sorte, do mesmo naipe.
Na primeira mão, Arthur olhou as minhas cartas e olhei as dele. Basicamente assenti e sorri, jogando quando ele me dizia para fazê-lo. Nó dois perdemos, e minhas fichas diminuíram no fim da primeira rodada. Depois que Thomas distribuiu as cartas da segunda mão, eu não quis deixar que Arthur visse as minhas.
— Acho que já entendi. — falei.
— Tem certeza? — ele me perguntou.
— Tenho, baby. — respondi.
Três mãos depois, eu já tinha conseguido minhas fichas de volta e aniquilado a pilha de fichas dos outros jogadores, com um par de ases, um straight e a carta mais alta.
— Que saco! — Trenton praguejou. — Sorte de principiante é uma merda!
— Ela aprende rápido, Arthur. — disse Jim, mexendo a boca em volta do charuto.
Arthur tomou um grande gole de cerveja.
— Você está me deixando orgulhoso, Beija-Flor!
Seus olhos brilhavam de animação. Eu nunca tinha visto aquele seu sorriso antes.
— Obrigada.
— Quem não sabe fazer, ensina. — disse Thomas, com um sorriso afetado.
— Muito engraçado, babaca. — Arthur murmurou.
Quatro mãos depois, virei o que restava da minha cerveja e apertei os olhos para o único homem à mesa que ainda não tinha passado a mão.
— É com você, Taylor. Vai dar uma de bebezinho ou vai se compor como um homem?
— Que se foda. — ele retrucou, jogando as últimas fichas na mesa.
Arthur olhou para mim animado, o que me fez lembrar das expressões daqueles que assistiam a suas lutas.
— O que você tem, Beija-Flor?
— Taylor? — falei, incisiva.
Um largo sorriso se espalhou pelo rosto dele.
— Flush! — ele sorriu, espalhando as cartas na mesa.
Seis pares de olhos me analisavam. Fiquei olhando para a mesa por um momento e então bati minhas cartas com força.
— Vejam e chorem, meninos! Ases e oitos! — exclamei, dando risada.
— Um full house? Caraca! — Trent gritou.
— Desculpa. Eu sempre quis dizer isso. — falei, puxando as fichas para mim.
Thomas estreitou os olhos.
— Isso não é sorte de principiante. Ela joga.
Arthur olhou para ele por um momento e voltou o olhar para mim.
— Você já tinha jogado pôquer, Flor?
Pressionei os lábios e dei de ombros, exibindo meu melhor sorriso inocente. A cabeça de Arthur foi para trás, quando ele caiu num incontrolável acesso de riso. Ele tentava falar e não conseguia, depois bateu na mesa com o punho cerrado.
— Sua namorada acabou de passar a perna na gente! — disse Taylor, apontando na minha direção.
— Não acredito! — Trenton lamentou, se levantando.
— Belo plano, Arthur. Trazer uma jogadora profissional para a nossa noite de pôquer. — disse um, piscando para mim.
— Eu não sabia! — ele respondeu, balançando a cabeça.
— Ah, tá. — disse Thomas, olhando para mim.
—Não sabia mesmo! — Arthur confirmou, em meio às gargalhadas.
— Odeio dizer isso, mano, mas acho que acabei de me apaixonar pela sua garota. — disse Tyler.
— Opa! — disse Arthur, rapidamente tirando o sorriso do rosto e fazendo uma careta.
— É isso aí. Eu estava pegando leve com você, Lua, mas vou ganhar meu dinheiro de volta agora mesmo. — Trenton avisou.

Lua conhecendo a família do Arthur, só dá homem hahaha.

Respondendo a pergunta do Anônimo: Não, a Lua não fica grávida nesta fic.


Com mais 10 comentários, posto o próximo capítulo.

15 comentários:

  1. Q belo jeito de conhecer a família do namorado

    ResponderExcluir
  2. Amei o jeito que a Lua conheceu a família do Arthur

    ResponderExcluir
  3. Lua chegou arrasando a familia do Arthur
    ... E o bolso deles também kkkk

    by: Naat

    ResponderExcluir
  4. KKKKKKKKKKKKKKK lua conhecendo a família de Arthur em grande estilo kk

    ResponderExcluir
  5. Jogadora profissional de poker KKKKKKKKKKKKKKK lua tirando dinheiro da família do Arthur em passe de mágica.

    ResponderExcluir
  6. Ri MT quando o irmão do Arthur disse q tá apaixonado, como não se apaixonar por esses dois???

    ResponderExcluir
  7. Lua esperta kkkkkk mandou bem no jogo. Conhecendo a família do Arthur em grande estilo

    ResponderExcluir
  8. Amando de Paixão essa Web,apesar q eu amo todas as webs q a Brenda Posta Aqui,essa tá maravilhosa,mais na outra temporada ela vai fica Grávida ??

    ResponderExcluir
  9. Meu Deus kkk lua deu uma cartada louca kkk ninguém já imaginar isso
    Passou a perna nos cunhados e sogro kk

    ResponderExcluir
  10. Crlh kkkkkkkkkkk lua é mt fda
    Ele é mt espertas, sabia jogar e engano eles

    ResponderExcluir
  11. Lua te amo por isso kkkkkkkkkkk ninguém nunca imaginária isso

    ResponderExcluir
  12. Arthur fez a escolha perfeita, eles dois tão mt safadinhos kkk eu já imaginava que a lua sabia jogar poker

    ResponderExcluir
  13. Kkkk a Lua é mt esperta,kkkkkk.Lua Profissa no poker kkkk

    ResponderExcluir
  14. Lua profissional no poker kkkkk ganhando de 6 homens
    Helena

    ResponderExcluir